Buscar

Fisiopatologia da epilepsia e seus tipos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiopatologia da epilepsia e seus tipos
A epilepsia é uma doença causada por uma alteração dos sinais cerebrais, podendo provocar
desmaios, contrações musculares e respiração ofegante. Essa alteração é reversível, temporária e se
expressa por crises epilépticas repetidas.
Causas - podem ser lesões por trauma, infecção, neurocisticercose, abuso de álcool e drogas,
ou hipóxia.
Convulsões são distúrbios paroxísticos da função cerebral causados por uma descarga
sincrônica anormal de neurônios corticais. A convulsão acontece após alterações na atividade
elétrica cerebral que se espalham por todo cérebro, podendo fazer com que a pessoa morda a
língua, apresente sensação de formigamento ou urine durante a crise. A crise convulsiva pode
acontecer em que tem epilepsia ou por outros fatores que causaram uma mudança no
funcionamento cerebral, como lesões cerebrais, como sangramento, AVC e infecção.
1. Parciais (convulsões focais)
A. Convulsões parciais simples com sintomas motores, sensoriais, psíquicos ou autonômicos
B. Convulsões parciais complexas
C. Convulsões parciais com generalização secundária
2. Convulsões generalizadas
A. Crises de ausência
B. Convulsões tônico-clônicas
C. Outras (mioclônicas, tônicas, clônicas, atônicas)
As convulsões ocorrem quando neurônios são ativados de maneira simultânea. O tipo de
convulsão depende da localização da atividade anormal e do padrão de disseminação a partes
diferentes do encéfalo.
Crises Parciais
- Início localizado da crise por observação clínica ou registro eletrencefalográfico;
- Crise começa num local específico do cérebro;
Três tipos de crises parciais:
- Crise parcial simples- caracterizada por disseminação mínima da descarga anormal, a
consciência como a percepção normal são preservadas;
Início súbito de contração clônica de um membro de 60 a 90 segundos de duração; a
fraqueza residual pode durar 15 a 30 minutos após a crise. Paciente está totalmente consciente da
crise e pode descrevê-la de modo detalhado
- Crise parcial complexa - tem um início localizado, a descarga é mais disseminada
(geralmente bilateral) e quase sempre acomete o sistema límbico
● Surge em um dos lobos temporais, possivelmente devido à suscetibilidade
dessa área do cérebro a agressões, como hipoxia ou infecção.
● Tem um breve aviso, alteração da consciência, alguns indivíduos ficam com o
olhar fixo e outros cambaleiam e caem
● Possui fragmentos de comportamento motor integrado, denominados
automatismos
● Duração de 30 a 120 segundos, recuperação gradual da consciência normal,
mas sente-se cansado ou indisposto por várias horas após a crise
- Crise com generalização secundária- em que uma crise parcial precede imediatamente uma
crise tônico-clônica generalizada
- Crises tônico-clônicas generalizadas (grande mal) - não tem evidência de início localizado
● Rigidez tônica de todos os membros, em 15 a 30 segundos, com tremor que
é uma interrupção do tônus pelo relaxamento.
● Fases de relaxamento tornam-se mais longas, a crise entra na fase clônica,
com contração maciça do corpo.
● Contração clônica diminui no decorrer de 60 a 120 segundos e o pessoa fica
um estado de estupor;
● Pode morder a língua ou a bochecha, e é comum haver incontinência
urinária.
- Crise de ausência (pequeno mal) caracteriza-se pelo seu início súbito e cessação abrupta.
● Duração de menos de 10 segundos e raramente mais de 45 segundos
● Alteração da consciência, a contrações clônicas discretas das pálpebras ou
dos membros, com alterações do tônus postural, fenômenos autônomos e
automatismos
● Crise de ausência típica apresentam convulsões com alterações posturais
que são mais abruptas, e, com frequência, esses pacientes têm deficiência
intelectual; o EEG pode exibir uma descarga de ponta-onda mais lenta, e as
convulsões podem ser mais refratárias à terapia.
- Contração mioclônica - contração muscular involuntária que gera movimentos bruscos em
forma de abalo, rápidos e irregulares
- Crises atônicas são aquelas nas quais o paciente sofre uma súbita perda do tônus postural.
● Aumento momentâneo do tônus, daí o uso do termo “crise tônico-atônica
- Espasmos infantis constituem uma síndrome epiléptica, e não um tipo de convulsão. As
crises, embora algumas vezes fragmentadas, são mais frequentemente bilaterais sendo
incluídas, para fins pragmáticos, nas crises generalizadas.
Referências:
KATZUNG, Bertram G.; TREVOR, Anthony J. (Orgs.). Farmacologia básica e clínica. 13 ed. Porto Alegre:
McGraw-Hill, 2017.
HAMMER, Gary D. MCPHEE, Stephen J. Fisiopatologia da Doença - 7ed. McGraw Hill Brasil, 1 de ago. de 2015.

Continue navegando