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Monique e Jana

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
ASPECTOS SÓCIO HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Janaina Bauer Gomes
Monique Alves
Tutora: Estelamaris de Barros Dihl 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLX0568) – Prática Interdisciplinar VIII
08/11/20
1 INTRODUÇÃO
A educação inclusiva inspirou-se principalmente na concepção dos direitos humanas que nos proporciona refletir sobre a importância da educação inclusiva, e também o respeito a diversidade. Nessa perspectiva a garantia dos direitos à seguridade da dignidade humana são valores indissociáveis e inerentes à pessoa humana. 
A instituições educacionais têm princípios fundamentais para a eliminação superação das barreiras físicas e atitudinais. Precisa-se educar para as práticas respeitosas e acolhedoras abolindo as práticas discriminatórias e excludentes.
Nesse sentido as políticas educacionais e a legislação que fundamenta educação inclusiva tornou-se um imperativo educacional na busca e alternativas para romper com a herança histórica excludente e desumana.
 A relevância dessa problemática está na não limitação da visão multiforme acerca das deficiências, mas da contradição entre exclusão e inclusão e nos processos que envolvem os direitos e a satisfação das premissas básicas de aprendizagem, bem como a eliminação das barreiras que a impedem e essencialmente o acesso e a participação de todos nas instituições educacionais.
Os objetivos centram-se na necessidade de estabelecer diálogos críticos e norteadores acerca da dicotomia exclusão e inclusão da diversidade que trata da especificidade humana, assim fundamentando as práticas educativas e consecutivamente como tem-se gerido a educação inclusiva para alcance seu objetivo máximo: a educação de qualidade como um direito de todos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Entender o contexto histórico da exclusão e inclusão das pessoas com deficiências torna-se necessário para acompanhar a trajetória cercada de lutas e conquistas marcada pela superação do processo excludente de séculos conquistando direitos, e sobretudo assegurando a dignidade humana usufruindo o direito de conviver em espaços sociais e desenvolver-se em espaços educacionais. Entretanto ao longo dessa trajetória foram construídos preconceitos que se constituíram barreiras e limitações que impedem a efetivação da inclusão. 
Castel (1998) vê a exclusão como a desafiliação, uma ruptura de pertencimento, de vínculos societais, em que "[...] o desafiliado é aquele cuja trajetória é feita de uma série de rupturas com relação a estados de equilíbrio anteriores, mais ou menos estáveis, ou instáveis [...]" (CASTEL, 1998, p. 416). Outrossim, todo processo de exclusão é uma forma contundente de afirmar a situação de pobreza e as diversas formas de ruptura do vínculo social. Ainda em Castel (1998, p. 569), temos que "a exclusão não é uma ausência de relação social, mas um conjunto de relações sociais particulares da sociedade tomada como um todo". 
Historicamente as pessoas com deficiência desde a idade média sofreram inúmeros atos desumanos como: mortes, perseguições e exclusão, pois havia estigmas de padrão de perfeição baseado na cultura da Grécia Antiga. Nossa cultura atual ainda sofre com influência desses pensamentos helenistas, ou ainda por questões religiosas carregadas de julgamentos.
[...] excluir significa expulsar do mundo dominante, significa, literalmente, pôr para fora dos parâmetros e das normas que regem as relações sociais, é não apenas marginalizar e sim desconsiderar a existência humana. Excluir significa criar e perpetuar condições sociais que tornam permanente o ato de morrer. (BONETI, 1988, p. 15).
Na década de 60 com a formação do pensamento de integrar as pessoas com deficiência ao convívio social condicionando-as a adequação às normas e valores sociais pré estabelecidos houve uma recondução nas práticas do tratamento e cuidados com as pessoas com deficiência, pois passaram a ser cuidadas por médicos e não somente com práticas assistencialistas. Uma série de questionamentos acerca das pessoas com deficiência foram gerados pela medicina porque as pessoas com deficiências eram dotadas de intelecto, ou seja, podiam exercer seu direito à educação.
(...) em geral, os locais segregados, são prejudiciais, pois alienam os alunos. Os alunos com deficiência recebem afinal, pouca educação útil para a vida real, os alunos sem deficiência experimentam fundamentalmente uma educação que valoriza pouco a diversidade, a cooperação e o respeito por aqueles que são diferentes. (STAINBACK, 1999, p.25).
Ainda que participassem da sociedade eram mantidos em atendimento em instituições especializadas em deficiências, pois protegiam e “preparavam” as pessoas com deficiências para futuramente reintegra-las na sociedade. Assim surgiu as instituições especializadas.
A integração é um processo que tem que ser assumido por toda a escola: o professor de turma regular deve receber apoio da educação especial para fazer este trabalho e os alunos devem ser atendidos, paralelamente, nas salas de recursos ou por professores itinerantes. NOGUEIRA (2009, p.88).
Com o passar do tempo as instituições buscaram especializar-se deixando pra traz suas características de asilos para abrigar as pessoas com deficiência e assisti-las de acordo com sua deficiência. As instituições passaram a oferecer atendimentos especializados para sua clientela.
No século XX, surge o paradigma da integração, este vem para defender o direito da criança com deficiência a ser inserida na sociedade e principalmente na rede regular de ensino, porém a mesma com esforço próprio teria que adaptar-se ao ambiente, enquanto que as escolas e os sistemas mantinham-se inalterados, não tinham o compromisso em adaptar-se as necessidades destes alunos (MINETTO, 2010 p.46).
As concepções de integração defendiam o direito as pessoas com deficiência, desde que conseguisse adequar-se ao ambiente escolar e os seus métodos e metodologias de ensinagem enquanto as instituições escolares não tinham a perspectiva de adaptar-se as necessidades dos alunos, nem de adaptar os ambientes.
Segunda Nogueira (2009, p.88) “a criança passa então a ser responsável por seu progresso escolar. Desta maneira, a escola não se vê obrigada a assumir a responsabilidade e a adaptar-se para receber o aluno com deficiência ou com dificuldade de aprendizagem”.
A integração ao ensino regular só tinha êxito caso os alunos acompanhassem o currículo desenvolvido, no entanto, esses parâmetros eram difíceis de serem alcançados o que fatalmente fazia o aluno retornar a classes especiais, frustrando a proposta de integração socioeducacional elevando a segregação, e consecutivamente o preconceito e a discriminação. 
Em 1970 no Brasil com o início da normalização houve debates e divergências, porém, um tempo para entender acerca da inclusão organizando metodologias de ensinam opondo-se a segregação. Segundo Mikkelsen apud (RIBEIRO, 2003, p. 43). Normalizar não significa tornar o excepcional normal, mas que a ele sejam oferecidas condições de vida ás que outras pessoas recebem. 
No Brasil, a inclusão tem uma trajetória contínua, porém, envolvida em desigualdades e comportamentos intolerantes, mesmo que com ações discriminatórias maquiadas de suposta bondade demonstrando uma sociedade despreparada e mal informada, acerca da inclusão e do respeito a diversidade.
As deficiências sempre tiveram presentes na sociedade, precisava-se educar e adequar os alunos com deficiência a sua realidade, desenvolvendo e facilitando sua vida em suas tarefas rotineiras, beneficiando-os das possibilidades da acessibilidade e oportunidades para o acesso aos serviços de qualidade.
O conceito de normalizaçãobasicamente era assegurar as pessoas com deficiências desfrutar de seus direitos poder usufruir do acesso a escolarização, aos espaços sociais e principalmente em atividades de lazer.
Em educação, normalizar significa oferecer, ao aluno com necessidades especiais, os mesmos recursos profissionais e institucionais que qualquer criança dita “normal” sempre teve, permitindo o seu desenvolvimento como estudante, pessoa e cidadã. (NOGUEIRA 2009, p.88) 
A normalização não implicava a negação das deficiências, mas aceitá-la como características sociais, sendo assim, as pessoas com deficiências deveriam fazer parte da sociedade e usufruir seus direitos. Na integração as mudanças são mais profundas, a pessoa com deficiência deveria ser aceita e incluída a sociedade, porém inacessível já que a criança com deficiência tinha que adequar-se a classe regular.
Entende-se que não era mais possível rejeitar a responsabilidade socioeducacional relacionadas as pessoas com deficiências, porém não havia se estabelecido políticas de inclusão social ou educacional em espaços escolares regulares.
A inclusão diz respeito a todos os alunos, e não somente a alguns. Ela envolve uma mudança de cultura e de organização da escola para assegurar acesso e participação para todos os alunos que a frequentam regularmente e para aqueles que agora estão em serviço segregado, mas que pode retornar a escola em algum momento. (MITTLER, 2003, p. 236). 
A educação inclusiva é símbolo da democratização e a aceitação da diversidade não como fator limitante, mas como condição de todo ser humano. No entanto a inserção da educação inclusiva ao ensino regular é extremamente complexa, por essa razão precisa ser revisada constantemente para corresponder as expectativas sociais, e sobretudo assegurar a dignidade humana.
Nos Estados Unidos, na década de 1970, iniciaram-se as primeiras teorias sobre inclusão. Sendo criada uma rede de informações, além de serem aprovadas leis que garantam a aprendizagem desses educandos com modificações curriculares, que tinham como finalidade proporcionar melhores condições de vida às pessoas com necessidades educacionais especiais (GUELBERT, 2007). 
Durante a década de 80 foram firmados tratados originando-se declarações e tratados defendendo os processos de inclusão. Segundo Sassaki, (1997) O movimento de inclusão começou por volta de 1985 nos países mais desenvolvidos, tomou impulso na década de 1990 naqueles países em desenvolvimento e vai se desenvolver fortemente nos primeiros 10 anos do século XXI envolvendo todos os países.
Neste processo de concretização da inclusão no sistema educacional tornou-se imprescindível desenvolver as potencialidades dos alunos utilizando metodologias e métodos alternativos, tecnologias assistivas e recursos tecnológicos, além de profissionais capacitados e especializados para os preparar para viver adequadamente onde possam aprender e conviver.
A partir desses resultados, nos anos 90 surgem os primeiros movimentos que apontavam para um novo paradigma educacional, desta vez a “Inclusão”, no sentido da palavra que significa fazer parte de, não só estar na escola fisicamente, mas participar efetivamente das experiências pedagógicas, integrarem e socializarem-se com os demais alunos e aprender segundo, suas potencialidades e limitações (STAINBACK, 1999, p.47). 
Ainda nesse período houve dois acontecimentos marcantes em defesa da educação para todos: a conferência mundial de educação para todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) onde os princípios educacionais da educação inclusiva solidificou-se no panorama educacional. As escolas deverão, por conseguinte, oferecer opções curriculares que se adaptem às crianças com capacidade e interesses diferentes (Declaração de Salamanca, 1994, p. 33).
No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reformas e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Isso inclui o currículo corrente, a avaliação, os registros e os relatórios de aquisições acadêmicas dos alunos nas escolas ou nas salas de aulas, as práticas pedagógicas bem como, as oportunidades de esportes, lazer e recreação (MITTLER, 2003, p. 25). 
Após a Declaração de Salamanca (1994) houve transformação das concepções acerca da inclusão na escola regular que reafirma e garante o acesso e a permanência dos alunos com deficiências em todos os níveis de ensino, respeitando suas especificidades, seus contexto sócio-histórico, ressaltando o respeito a diversidade preparando a os ambientes escolares para as múltiplas diferenças, provendo as adaptações para atender as necessidades de aprendizagem dos educandos.
De acordo com Mittler (2003, p. 17). A inclusão diz respeito a cada pessoa ser capaz de ter oportunidade de escolha e de autodeterminação. Em educação, isso significa ouvir e valorizar o que a criança tem a dizer, independentemente de sua idade ou de rótulos. 
A inclusão implica mudança de paradigmas sociais, iniciando pela educação que é um ambiente socializador, e também pode transformar os paradigmas que discriminam e estigmatizam proporcionando o acolhimento e a interação social.
As instituições escolares devem adaptar-se as necessidades dos alunos, tendo eles deficiências ou não oportunizando uma educação de qualidade, atendendo-os utilizando metodologias adequadas e utilizando a empatia como aliada. De acordo com Lima (2006) “A inclusão exige medidas mais afirmativas para adequar as escolas a todos os alunos, inclusive os que apresentam necessidades especiais” (LIMA, 2006, p. 24). 
Nessa perspectiva educacional o enfoque não é a deficiência que o aluno tem, mas o que a escola pode oferecer como metodologias que flexibilizem o processo de ensino aprendizagem respeitando as especificidades de cada educando utilizando recursos que auxiliem no aprendizado. Oliveira (2012, p. 77) pontua que “Todas as crianças tem direito a uma educação de qualidade, que atenda a suas necessidades individuais em ambiente que estimulem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social”.
De acordo com Bossa (2000, p. 18), sabe-se "que o sentido da aprendizagem é único e particular na vida de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivos que podem impedir o investimento energético necessário às aquisições escolares". Sabe-se, também, que vários fatores podem atrapalhar a vida escolar. Porém, o relacionamento com o educador é um fator que pode trazer, ou não, consequências desastrosas.
 O educador precisa utilizar a criatividade como forma de "seduzir" o educando a aprender. Seduzir, no sentido utilizado por Codo e Gazzotti (2002, p. 58), como "trazer para o seu lado", produzindo a cumplicidade que gera aprendizagem significativa. "É mediante o estabelecimento de vínculos afetivos que ocorre o processo de ensino-aprendizagem".
REFERÊNCIAS
BONETI, L. W. Estado e exclusão social hoje. In: ZARTH, P. (Org.). Os caminhos da exclusão social. Ijuí: Unijuí, 1988.
BOSSA, Nádia Aparecida. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá-las? Porto Alegre: ArtMed, 2000.
CARDOSO, Marilene. Espaço para a inclusão. Novolhar, ano 10. Número 47. Setembro e outubro de 2012.
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e politicas públicas. São Paulo: Cortez, 2001.
MERGULHÃO, Luciana Stocco de. Calma! Eu tenho o meu tempo: Os caminhos da inclusão como uma prática pedagógica transgressora (e obrigatória!). (Dissertação de Mestrado). Universidade Metodista de São Paulo, 2003.
MÜLLER, Iára. Aconselhamento com pessoas portadoras de deficiência. São Leopoldo: Sinodal, 1999.
RIBEIRO, Vagno Batista. Aportes conceituais sobre a dialética inclusão/exclusão: possibilidades de convivência com a diversidade no espaço escolar. São Leopoldo: EST (Dissertação de Mestrado),2012.
ROSA, Ângela Coronel Da. Educação inclusiva. Obra coletiva organizada pelaUniversidade Luterana do Brasil (ULBRA). Editora Ibpex.

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