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LEGITIMIDADE PASSIVA CPC

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LEGITIMIDADE PASSIVA
 Artigo 779, CPC
O artigo 779 traz a legitimidade passiva tanto originária primária quanto a legitimidade passiva sucessiva ou secundária.
No inciso I temos a clássica legitimidade passiva originária. Aquela pessoa que estava prevista no título executivo como devedora, é a legitimada passiva originária daquela dívida, assim como acontece com o credor.
O inciso II está tratando de uma legitimidade passiva derivada, assim como trata o inciso II do parágrafo 1º do artigo 778 quando menciona a possibilidade de legitimidade ativa derivada.
Depois que foi constituído o título executivo e tenha ocorrido a morte do devedor, vai acontecer a sucessão, é a chamada sucessão causa mortis, que se dá àquela morte depois da constituição do título executivo mas antes da propositura da execução. Se não houver partilha entre os bens do devedor, é o espólio que vai figurar no polo passivo daquela execução representada pelo seu inventariante.
Se o inventariante for dativo, o espólio vai ser representado e irá aparecer no polo passivo daquele processo de execução ou cumprimento de sentença, todos os herdeiros do devedor.
Além disso o credor tem legitimidade para requerer a abertura do inventário afim de que seja nomeado inventariante e o espólio possa responder pelos bens ou no caso de já ter havido partilha, os herdeiros ou sucessores possam responder pelas dívidas que foram contraídas pelo devedor. Além disso é necessário frisar que pelas regras da sucessão, os sucessores respondem na proporção do seu quinhão. Irão responder na proporção do tanto de bens que tenham recebido naquela herança, não respondendo com seus bens próprios.
É possível também que haja sucessão de empresas que não se trata tão somente de sucessão causa mortis, mas se trata também da possibilidade de sucessão de empresas pois o legislador fala no inciso II a respeito do espólio, herdeiros ou sucessores.
 E também quando há sucessão de empresas que houve uma fusão, tornando-se uma empresa, criando uma nova pessoa jurídica, essa nova pessoa jurídica passa a ser a sucessora das anteriores e então deve responder por todos os débitos daquelas empresas.
O Inciso III trata da figura de um novo devedor, ou seja, de uma pessoa que assume a dívida de outra pessoa. Mas o novo devedor só poderá assumir a dívida com o consentimento do credor, sem o consentimento do credor não é possível que haja assunção de dívida.
No inciso IV o legislador está tratando de um débito especificamente constante em título extrajudicial. Essa fiança pode se judicial ou extrajudicial. O artigo 1.647 do CC diz: “Ressalvado o disposto no artigo 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: 
III – prestar fiança ou aval.” 
 Aqui temos um porém que precisamos observar com relação a responsabilidade ou a legitimidade passiva do fiador. O artigo 1.647, CC diz que nenhum dos cônjuges pode sem autorização do outro exceto quando casados em regime de separação absoluta de bens, o STF editou Súmula nº 332 que diz: “a fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.”
Para colocar o fiador no polo passivo é necessário observar se esse fiador no momento que ele prestou a fiança se o fez em concordância como seu cônjuge, na hipótese deles serem casados no regime de comunhão de bens parcial ou total. 
O inciso V, trata de uma legitimidade passiva derivada. A garantia real pode ser a hipoteca, o penhor ou a anticrese. O titular do bem que foi dado em garantia a uma determinada dívida vai figurar no polo passivo como legitimado passivo derivado em uma execução. A responsabilidade de quem entregou o bem como garantia vai até o montante do valor do bem, da coisa. Se a dívida for maior a responsabilidade dessa pessoa que apenas prestou uma garantia real, não é o devedor originário. A garantia não foi uma fiança, não foi aval, foi um bem, uma coisa. A responsabilidade dessa pessoa no processo de execução vai até o valor do bem, não responderá pelo valor total caso o valor da dívida seja maior.
O inciso VI fala sobre a pessoa que está prevista entre os artigos 128 e 138 do Código Tributário Nacional. A Fazenda Pública pode ir a juízo em uma execução fiscal em face não apenas do devedor originário, mas qualquer responsável tributário.
Gardênia da Costa Carvalho
5º semestre
Unidesc

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