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8_pdfsam_cartografia - UFU

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1.2. O Mapa Mental 
 
Muitas pessoas são fascinadas pelos mapas. Eles excitam a imaginação ao se ver 
milhares de quilômetros quadrados da terra num desenho sobre uma pequena folha de papel. 
As pessoas gostam de pendurar mapas em paredes, devido às suas qualidades artísticas e 
científicas. Pode-se considerar o interesse das pessoas pelos mapas, mas os dados constantes 
nos mesmos tem de ser apresentados de forma verdadeira e harmoniosa, com clareza, 
simplicidade e ainda um toque de beleza. Tudo isso depende da habilidade do autor do mapa 
em planejar e desenhar; esses dois aspectos estão intimamente inter-relacionados. Planejar, 
significa estabelecer o plano geral e o estilo do mapa, a ser decidido antes do traçado da 
primeira linha; desenhar, significa dispor no papel o que foi planejado. Essas duas atividades 
não podem ser separadas. 
 
Ao explicar a um estranho como chegar à estação rodoviária, traduzimos em palavras 
o mapa que esta na nossa mente (mapa mental), e somos levados a acompanhar nossas 
palavras com gestos semelhantes aos usados no desenho de um mapa. Uma pessoa cega, que 
se move em torno de um quarto sem bater em qualquer móvel, usa um mapa mental formado 
pelas várias batidas anteriores. Em cada um desses casos, o mapa foi formado por experiência 
pessoal, sintetizando numa imagem mental, centenas de impressões de distâncias, direções, 
voltas e marcas terrestres. Há grandes diferenças entre as pessoas em sua habilidade para 
figurar mapas mentais. O processo é mais complexo quando temos de figurar mentalmente o 
mapa de uma vasta região, na sua maior parte desconhecida por nós. 
 
A melhor forma de nos orientarmos numa área desconhecida é desenhar o local que 
queremos explorar. Por exemplo , para explicar um endereço a alguém, muitas vezes fazemos 
o desenho do local com as ruas, praças ou avenidas próximas. Esses tipos de desenho podem 
ser considerados esboços de mapas, porque não mostram a área com exatidão e, 
principalmente, não têm escala. Os mapas primitivos eram mais ou menos assim, esquemas 
sem escala e sem as convenções cartográficas que usamos hoje. 
 
 A maioria dos mapas elaborados hoje apresentam muita exatidão e muito rigor em 
relação a áreas, limites, distâncias, etc. Mas, para elaborar um mapa, é preciso antes de tudo 
fazer um levantamento. Levantamento é o estudo preparatório para mapear uma região. É um 
trabalho muito minucioso, envolve a aplicação de diversos tipos de produtos e recursos 
tecnológicos, especialmente as técnicas de sensoriamento remoto, cartografia digital e 
geoprocessamento. As fotografias aéreas e as imagens obtidas por satélite, hoje em dia, são 
excelentes fontes de informação para a elaboração de mapas. 
 
Atualmente, a cartografia entra na era da informática. Com o auxílio de satélites e de 
computadores, a cartografia torna -se um verdadeiro sistema de informações geográficas, 
visando a coleta, o armazenamento, a recuperação, a análise e a apresentação de informações 
sobre lugares ao longo do tempo, além de proporcionar simulações de eventos e situações 
complexas da realidade, tendo em vista a tomada de decisões. Assim, não basta que os mapas 
respondam apenas à pergunta "onde?". Hoje, eles precisam responder também a outras 
questões, como "por quê?", "quando?", "por quem?", "para que finalidade?" e "para quem?".

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