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ED Embrio 2 - Blastocisto

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Disciplina: Embriologia N – BMH193
Professora: Kátia Carneiro 
Aluna: Vanessa Vieira Carvalho
Entrega: 25/04/2011
Estudo Dirigido
	Desenvolvimento Embrionário
	Após todo o processo de fertilização, o zigoto formado começa a se clivar, ou seja, se dividir mitoticamente normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. Aumenta-se, assim, rapidamente o número de células; estas, denominadas blastômeros, diminuem de tamanho a cada divisão; por isso, não há aumento no volume desse conjunto de células. O volume só aumenta a partir do momento em que se “perde” a zona pelúcida.
Após o estágio de nove células, os blastômeros ficam mais agrupados (compactação), o que permite uma maior interação entre as células para formar o embrioblasto do blastocisto.
	Quando já existem 12 a 32 blastômeros, o conjunto celular é denominado mórula, recebendo esse nome devido ao fato de sua aparência ser semelhante à de uma amora. A mórula ainda está recoberta pela zona pelúcida, o que impede que o embrião se implante na tuba.
	Ao alcançar o útero, a mórula é preenchida por um fluido que passa através da zona pelúcida, formando a região da blastocele (cavidade), que divide os blastômeros em trofoblasto (camada externa que formará a placenta) e massa celular interna (que dará origem ao embrião). Nesse estágio, o embrião é denominado blastocisto, fase em que a zona pelúcida se degenera.
	O blastocisto pode, então, se aderir ao epitélio endometrial. A massa celular interna vai se diferenciar em epiblasto, que é o assoalho da cavidade amniótica e originará as células tronco embrionárias; e em hipoblasto, que dará origem ao saco vitelínico. Enquanto isso, as células do trofoblasto se diferenciam em citotrofoblasto, que possui uma grande capacidade proliferativa e sinciciotrofoblasto, que é a parte que se adere ao endométrio. No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado.
	A implantação se completa no fim da segunda semana de gestação e, então, o sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial, onde existem capilares e glândulas, e se aprofunda, provocando a apoptose das células endometriais. Após a implantação, o hormônio hCG (hormônio gonadotrofina coriônica), que permite identificar a gravidez, já é produzido pelas células do trofoblasto. As várias mudanças do endométrio devido a sua adaptação para que o embrião se implante são conhecidas como reação decidual.
	Surge, então, um espaço no embrioblasto, que dará origem à cavidade amniótica. Além disso, as células do hipoblasto começam a se multiplicar e revestem a parede da blastocele, originando o saco vitelínico primitivo. Portanto, o disco embrionário situa-se entre o saco vitelínico primitivo e a cavidade amniótica.
	Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelínico, surgem as lacunas no sinciciotrofoblasto, que são preenchidas por sangue materno e restos celulares de glândulas uterinas rompidos na implantação. Esse sangue é responsável por nutrir o embrião com micronutrientes e oxigênio.
	Enquanto ocorrem essas mudanças, o mesorderma extra-embrionário começa a formar celomas isolados, que se fundem e formam o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelínico. Com a formação do celoma, o saco vitelínico primitivo diminui de tamanho e forma o saco vitelínico secundário ou permanente, formado por células endodérmicas extra-embrionárias.
	O mesoderma se divide em somático, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio; e esplâncnico, que envolve o saco vitelínico. O mesoderma somático e as camadas de trofoblasto formam o córion, dentro do qual o embrião, o saco vitelínico e o amniótico ficam suspensos pelo pedículo embrionário. O celoma é, agora, chamado de cavidade coriônica.
	
Referência bibliográfica:
- Moore, Keith L. : Embriologia Básica, 2ª edição, Editora Guanabara.

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