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Perícia Judicial em Fisioterapia
Prof. Marcelo Grandini Spiller
• “O Fisioterapeuta é o detentor do conhecimento da saúde
funcional, capaz de aplicá-lo nos exames periciais e auxiliar a
justiça a ser mais justa!” (VERONESI, 2008)
Perícia X Perito
• Perícia é a habilidade em alguma arte ou profissão, vistoria ou
exame técnico;
• Perito: sábio, hábil, o que é sabedor ou especialista em
determinado assunto.
• O Fisioterapeuta do Trabalho pode ser Perito e atuar tanto
em perícias ocupacionais quanto em perícias judiciais;
Perícia Judicial X Perito Judicial
• Perícia Judicial é o exame de situações ou fatos relacionados
à coisas e pessoas envolvidos em um processo judicial,
praticado por especialista na matéria que lhe é submetida,
com o objetivo de elucidar determinados aspectos éticos;
• O Perito Judicial, Perito do Juiz ou Jurisperito, é o profissional
nomeado pelo juiz, de sua confiança, sendo até denominado
de “os olhos” e “os ouvidos” do juiz, figurando como auxiliar
da justiça que deve reunir os conhecimentos técnicos e
científicos indispensáveis à elucidação dos problemas fáticos
da questão;
Fisioterapeuta como Perito Judicial
• As perícias judiciais do trabalho acontecem quando ocorrem
uma controvérsia em que o reclamante, pessoa física,
normalmente um ex-empregado, podendo ser eventualmente
um empregado, entra com uma ação de indenização contra a
reclamada, pessoa jurídica, a empresa pela qual o reclamante
trabalhava;
• Essa controvérsia é se a doença que o reclamante possui teve
nexo de causalidade, ou foi desenvolvida durante as
atividades laborais executadas na reclamada;
• Outro ponto controverso é saber qual é a capacidade
funcional em que o reclamante se encontra devido à doença
portada por ele ou mesmo qual a sua capacidade funcional
após um acidente de trabalho na reclamada;
• Um terceiro ponto controverso é se a empresa seguiu todas as
NRs do trabalho exigidas pelo Ministério do Trabalho;
Questões periciais: Consequências:
1ª) A doença existente possui nexo causal
com as atividades laborais exercidas na
reclamada?
Culpabilidade:
Possui ou não a culpa
2ª) Qual a capacidade funcional laborativa
que o reclamante possui?
Valor da culpa:
Valor da indenização
3ª) A reclamada adotou ou poderia terá
adotado medidas preventivas de
segurança e saúde do trabalhador para
evitar essa doença?
Dimensão da culpa:
Adotou medidas preventivas? Dimensão
menor de culpa
Não adotou → Dimensão maior
• Para solucionar a 1ª é necessário conhecimento de
cinesiologia e biomecânica para que possa relacionar a
mecânica corporal exigida durante as atividades laborais e
suas relações com a doença de que o reclamante é portador e
hoje comprovada;
Fisioterapeuta como Perito na Justiça Civil
• A justiça civil apresenta em alguns processos a controvérsia
sobre a capacidade funcional do indivíduo;
• Essa controvérsia acontece quando uma pessoa acidenta
outra pessoa, ou mesmo quando um trabalhador se acidenta
dentro da empresa e o juiz não sabe qual a capacidade
funcional que o indivíduo apresenta em consequência do
acidente e qual sua condição de permanência nessa
capacidade;
• A perícia judicial civil analisa somente a capacidade funcional
do periciado;
• Falar sobre capacidade funcional do ser humano é muito
difícil, pois ela é multifatorial;
• Tem que se levar em consideração a capacidade física,
intelectual, e socioeconômica para podermos definir em qual
patamar encontra-se o indivíduo analisado;
• Exemplos metafóricos de análise global da capacidade
funcional ao trabalho do ser humano:
• Exemplo 01: Indivíduo de 40 anos, com capacidade física excelente, jogador amador de
futebol, chegou a ser profissional mas não conseguiu avançar na carreira. Em função da
dedicação ao futebol na fase da adolescência e adulta jovem, não teve oportunidade de
estudar, trabalhar entre outra atividades. Hoje com 40 anos, sem estudo e sem experiência
prévia em outras atividades de trabalho, sem condições de competição, de voltar a jogar
profissionalmente, esse cidadão não consegue emprego! Nesse exemplo, a falta de
capacidade intelectual e socioeconômica faz com que ele tenha uma determinada
incapacidade para o trabalho. Para reverter esse quadro, ele teria que receber um
treinamento ou uma educação profissional em uma determinada área para que possa
desempenhar a determinada função.
• Exemplo 02: Indivíduo de 40 anos, professor universitário, com uma determinada conquista
dentro da área docente, sofre um acidente e perde a mão dominante. Mesmo com essa
perda anatômica, se o indivíduo tem um bom suporte psicológico e uma boa estrutura de
trabalho, em que ele possa realizar suas aulas de forma mais verbalizada, ele não terá
nenhum prejuízo em sua capacidade para o trabalho, pois o segmento da mão perdida não é
o principal para o desenvolvimento de suas atividades, e sim a mente e a fala.
• Exemplo 03: Indivíduo de 57 anos, com atividade braçal a vida toda, sem estudo, analfabeto
funcional, sabe apenas e muito mal assinar o nome, sofre um acidente e perde a mão
dominante, instrumento real de trabalho. Nesse caso, indivíduo encontra-se totalmente
incapaz para o trabalho, a não ser que aconteça uma série de providências em sua vida, com
estudar novamente, aprender uma profissão que utilize mais a mente do que os braços.
Porém sabemos que para a realidade de um homem de 57 anos com uma vida toda de
experiência em trabalhos braçais. Isso é muito difícil.
• Esses exemplos trazem uma reflexão profunda sobre
capacidade funcional para o trabalho, em que temos que
analisar o indivíduo como um todo e não somente o
segmento ou estrutura corporal que se encontra lesionada.
Habilitação para ser Perito da Justiça
• Na perícia judicial requisitada pela Justiça do Trabalho,
aplicam-se os dispositivos semelhantes ao que se aplica na
Justiça Civil, o Código de Processo Civil (CPC);
• Segundo esse código no caítulo IV, seção II, art. 145, as
caracterizações essenciais em que o perito judicial tem que se
enquadrar, estão dispostas nos parágrafos a seguir que tratam
da qualificação exigida:
• “Art. 145. Quando a prova do fato depender do conhecimento técnico ou científico, o juiz será
assistido por perito, segundo o disposto no art. 412;
• 1º Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente
inscritos no órgão de classe competente respeitando o disposto no Capítulo VI, seção VII
desse Código.
• 2º Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre a qual deverão opinar,
mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
• 3º Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos
dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
Perícias Ocupacionais
• As perícias ocupacionais são exames realizados pelo
fisioterapeuta. Chamados também de exames cinesiológico-
funcionais em razão de alguma necessidade explícita;
• Esse exame pode ser realizado dentro do controle da saúde
do trabalhador em uma empresa, abrangendo exames pré-
admissionais, periódicos e demissionais;
• Aquele realizado pelo fisioterapeuta analisa a capacidade
cinesiológica e biomecânica do ser humano, sendo
fundamental na complementação do exame médico
admissional;
• O ideal é que seja feito antes do exame médico;
• Também pode ser aplicado para avaliação de indivíduos com
doenças do trabalho ou com perda de funcionalidade
decorrente de doença ou acidente de trabalho;
• No exame é feita a relação de funções perdidas em estruturas
lesionadas com as atividades ocupacionais que o indivíduo
fazia, bem como as que ele pode fazer, chegando à conclusão
de sua situação funcional;
O Fisioterapeuta como Assistente Técnico Pericial
• O Assistente Técnico é um profissional com competência
técnica sobre o assunto de trata a perícia judicial;
• O Fisioterapeuta com suas competências pode atuar como tal
quando ocorrem perícias envolvendo o nexo causal de
doenças ocupacionais;
• Quando ocorre uma controvérsia o juiznomeia um perito
para fazer a análise do nexo causal, como já vimos. No ato da
decisão o juiz estabelece prazo de 05 dias para que as partes
indiquem seu Assistente Técnico;
• Este profissional tem atitudes parciais defendendo de forma
ética a parte que o contratou;
• O Fisioterapeuta do Trabalho utilizará todos os seus
conhecimentos e ferramentas de diagnose para realizar seu
relatório sobre a perícia realizada;
• O Assistente Técnico pode utilizar de meios fotográficos,
escutar testemunhas, solicitar documentos e laudos para
obter subsídios para seu relatório.
FIM
NR 17 ERGONOMIA
Prof. Marcelo Grandini Spiller
Apresentação
• Pela lei, toda empresa tem de seguir as NRs à risca;
• A NR17 fala sobre ergonomia, sendo um ponto importante
para a atuação dentro das empresas;
• O conhecimento da NR17 é fundamental para o ergonomista
desenvolver seu trabalho, pois ele terá que fazer seus projetos
e intervenções baseados neste documento;
• Em 11/08/2006 foi sancionada a MP 316 que oficializa a
implementação do Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário (NTEP);
• Por via do NTEP, passa a ser considerada como doença
ocupacional toda patologia com incidência “estatisticamente”
maior que a esperada, por meio do cruzamento da
Classificação Internacional de Doenças (CID) com o Código
Nacional de Atividade Econômica (CNAE);
• Como exemplo podemos citar que toda Tendinite (CID M65)
em bancários (CNAE 65.21-8) será considerada como doença
ocupacional até prova contrária;
• Essa é outra característica do NTEP: a inversão do ônus da
prova, ou seja, as empresas terão que provar que não são
causadoras de doenças ocupacionais;
• Com a MP 316, as empresas têm que adotar medidas
preventivas eficientes , o seu programa de ergonomia deve
estar perfeito para que a empresa possa defender-se de
futuros problemas judiciários, tornando importante seguir a
risca a NR17;
• A seguir está a NR17 comentada para facilitar o
entendimento:
• Como exemplo podemos citar que toda Tendinite (CID M65)
em bancários (CNAE 65.21-8) será considerada como doença
ocupacional até prova contrária;
• Essa é outra característica do NTEP: a inversão do ônus da
prova, ou seja, as empresas terão que provar que não são
causadoras de doenças ocupacionais;
• Com a MP 316, as empresas têm que adotar medidas
preventivas eficientes , o seu programa de ergonomia deve
estar perfeito para que a empresa possa defender-se de
futuros problemas judiciários, tornando importante seguir a
risca a NR17;
• A seguir está a NR17 comentada para facilitar o
entendimento:
(Redação dada pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
17.1 Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do 
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme 
estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
17.2 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1 Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é
suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a
deposição da carga. OBS: Quando essa carga é excedida traz riscos e danos à saúde do
indivíduo.
17.2.1.2 Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de
cargas.
17.2.1.3 Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e
maior de quatorze anos.
17.2.2 Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. OBS:
Utiliza-se as ferramentas OWAS e NIOSH para analisar qual é a carga prejudicial e as
formas transportadas que venham danificar a saúde do trabalhador.
17.2.3 Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não
as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de
trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
OBS: Se a empresa descumpriu essa norma, ela favoreceu o desenvolvimento da doença.
A empresa não só tem de fazer o treinamento dos funcionários, quanto fiscalizar e fazer
com que eles cumpram o método correto de levantamento e transporte de cargas.
17.2.4 Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados
meios técnicos apropriados. OBS: Como carrinhos, esteiras, roldanas e outros acessórios
que diminuam a carga para o trabalhador e previnam contra as lesões
musculoesqueléticas.
17.2.5 Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte
manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele
admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. OBS:
Casos em que a empresa exige de mulheres as mesmas tarefas de sobrecarga que
oferece aos homens, essas correm risco de lesões.
17.2.6 O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes
sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser
executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com
sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
OBS: Importante salientar que em cargas que se utilizam de acessórios para o transporte,
como vagonetes ou carros de mão, a empresa tem que fazer treinamento com os
trabalhadores a fim de proporcionar uma atividade mais segura e eficaz.
17.2.7 O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação
manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador
seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua
segurança. OBS: Analisar a capacidade de força do trabalhador, relacionando-a com seu
esforço e se esse é fator de desencadear a doença reclamada.
17.3 Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1 Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de
trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. OBS: Analisar se a postura
adotada pelo trabalhador no posto de trabalho quando sentado, segue as normas da
ergonomia, nas quais as articulações do corpo têm de ficar em neutralidade angular, com
90° de flexão de joelho e quadril e, a coluna, bem apoiada com uma leve inclinação para
trás de 10°.
17.3.2 Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas,
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento. OBS: A falta do cumprimento dessa norma leva a uma sobrecarga biomecânica,
favorecendo o aparecimento de lesões e doenças do trabalho.
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais.
17.3.2.1 Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos
pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como
ângulos adequados entre asdiversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.3 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes
requisitos mínimos de conforto: OBS: O não cumprimento desses itens favorece o
aparecimento de lesões.
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; 
c) borda frontal arredondada; 
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. 
FIM
Ergonomia
Prof. Marcelo Grandini Spiller
Ergonomia: Definição
• Do Grego Ergon (trabalho) e nomos (normas, regras, leis);
• Ciência que estuda a interação entre o homem,
equipamentos, dispositivos e ambiente de trabalho;
• Estuda a adaptação do trabalho às características fisiológicas e
psicológicas do homem;
Associação Internacional de Ergonomia (2000); ABERGO (1998)
Objetivos
• Otimizar o bem estar humano e o desempenho global do
trabalho;
• Contribuir para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas
de modo a torná-los compatíveis com as necessidades,
habilidades e limitações das pessoas.
Associação Internacional de Ergonomia (2000)
Especializações da Ergonomia
Estuda:
- Anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica;
- Posturas;
- Manuseio de materiais;
- Levantamento de cargas;
- Movimentos repetitivos;
- Distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho;
- Segurança e saúde
Estuda como os processos mentais afetam as interações entre os 
trabalhadores:
- Carga de trabalho mental;
- Percepção, memória, raciocínio e resposta motora;
- Tomada de decisão;
- Confiabilidade;
- Estresse;
- Segurança e saúde
Estuda meios de otimizar estrutura, organização, processos do 
ambiente de trabalho: 
- Clima organizacional;
- Gestão de qualidade;
- Comunicação;
- Gerenciamento de RH;
- Equipe de trabalho;
- Projetos de trabalho;
- Turnos.
Tipos de Ergonomia
• Ergonomia do Desenvolvimento: Trata de aumentar as
capacidades e competências dos operadores, para ocorres um
melhor desenvolvimento operacional do trabalho;
• Ergonomia dos meios de produção: Refere-se aos meios
pelos quais ocorrem o trabalho, a forma e os métodos de
trabalho;
• Ergonomia do Produto: Aplicável ao destino que o usuário dá
aos bens de consumo, ao produto na fase final sua
aplicabilidade ergonomicamente correta;
• Ergonomia da Decoração: Se preocupa com a margem do
processo produtivo, do desenho, cor e decoração em geral do
trabalho e dos produtos finais.
Rofessart (1994)
Objetivos da Ergonomia (Ministério da Saúde)
• Analisar os padrões de comportamento para as seguintes
faces de um trabalho;
• O HOMEM: características físicas, fisiológicas, psicofisiológicas
e sociais do trabalhador;
• MÁQUINA: equipamentos, ferramentas, mobiliários e
instalações;
• AMBIENTE: temperatura, ruídos, vibrações, cores, gases e
outros;
• INFORMAÇÃO: comunicações, transmissão e processamento
de informações, tomada de decisões;
• ORGANIZAÇÃO: horários, turnos de trabalho e formação das
equipes;
• CONSEQUÊNCIAS DO TRABALHO: inspeções, estudo de erros e
acidentes, estudos sobre a fadiga e estresse.
Ministério da Saúde (2002)
Fases da Ergonomia
• 1ª FASE: Ergonomia tradicional – Posto de Trabalho: análise
de tudo sobre o posto de trabalho: altura e formato dos
mobiliários, altura e medida dos trabalhadores;
• 2ª FASE: Ergonomia do meio ambiente: análise do meio
ambiente do local de trabalho: temperatura, luminosidade,
nível de ruídos, qualidade do ar, umidade do ar;
• 3ª FASE: Ergonomia cognitiva – Informática: análise da
jornada de trabalho, tempo do ciclo de trabalho, organização,
pressão profissional;
• 4ª FASE: Macroergonomia – Processo/Produto/Posto de
trabalho: análise completa do sistema: posto de trabalho,
meio ambiente e a parte cognitiva-organizacional.
Baú (2002)
Áreas da Ergonomia Aplicada ao Trabalho
• Área 01: Ergonomia na organização do trabalho pesado –
planeja sistema de trabalho em atividades de alto gasto
energético, fatigantes e também com alta temperatura
ambiente;
• Área 02: Biomecânica aplicada ao trabalho: estudo dos
movimentos humanos, posturas, transporte de cargas, com
objetivo de prevenção de disfunções musculoesqueléticas;
• Área 03: Adequação ergonômica geral do posto de trabalho:
analisar por meio da antropometria, dimensões do corpo
humano e seus ângulos de conforto/desconforto para definir
a ferramenta, a postura e o posto de trabalho ideal;
Couto (1995)
• Área 04: Prevenção de fadiga no trabalho – prevenção de
fadiga física e psíquica. Estuda fatores para diminuir ou
compensar sobrecargas;
• Área 05: Prevenção do erro humano – estuda e planeja
estratégias para diminuir a ocorrência de erros humanos que
possam causar danos ao próprio indivíduo como para seu
ambiente de trabalho.
Couto (1995)
Antropometria
• Definida como “Técnica para expressar quantitativamente a
forma do corpo”;
• Ciência relativa à observação, quantificação e análise do
crescimento somático humano que tem como objetivo
mostrar, por meio das dimensões humanas, se o homem
está em harmonia com seu ambiente de trabalho, ou, se o
ambiente de trabalho comporta um homem trabalhando;
• A análise antropométrica no trabalho é muito importante
para fornecer subsídios para dimensionar e avaliar máquinas,
equipamentos ferramentas e postos de trabalho e verificar a
adequação deles às características dos trabalhadores dentro
de critérios ergonômicos adequados, o que ajuda muito na
prevenção de danos à saúde.
(GRANDJEAN, 2005; VERONESI JUNIOR, 2014)
Tipos de Análise Antropométrica
• Antropometria Estática: relacionada com as medidas das
dimensões físicas do corpo parado, tendo sua aplicação para
projetos de assentos, mesas, passagens, postos de trabalho,
equipamentos pessoais, ferramentas manuais etc.
(SELL, 1996; VERONESI JUNIOR, 2014)
• Antropometria Dinâmica: relacionada com a avaliação do
espaço necessário para executar alguma tarefa com o
indivíduo em movimento. Voltada para medidas funcionais
como ângulos, faixas de velocidade e aceleração, ritmos,
forças e espaços envolvidos.
(SELL, 1996; VERONESI JUNIOR, 2014)
FIM
A Fisioterapia na Saúde do 
Trabalhador
Prof. Marcelo Grandini Spiller
Saúde do Trabalhador
• O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do
saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o
processo saúde/doença;
• O fundamento de suas ações é a articulação multiprofissional,
interdisciplinar e intersetorial;
• Assim, as ações de saúde devem pautar-se na identificação
de riscos, danos, necessidades, condições de vida e de
trabalho, que, em última instância, determinam as formas
de adoecer e morrer dos grupos populacionais;
As Portas de Entrada da Empresa para o 
Fisioterapeuta
• O Serviço de Saúde Ocupacional e o setor administrativo de
Recursos Humanos (RH) são as possíveis portas de entrada
para o fisioterapeuta dentro de uma empresa;
• Para cada uma das opções, devem-se considerar a linguagem
a ser utilizada e a forma de apresentação do projeto de
trabalho;
• No Serviço de Saúde Ocupacional, é aconselhado que se
adote uma abordagem mais humana, voltada a enaltecer os
ganhos de qualidade de vida para o funcionário e
subsequente aumento da produtividade e qualidade do
produto diante dessa modificação;
• Para o setor de RH, cujas funções estão ligadas à parte
administrativa de recrutamento, seleção, treinamento de
serviços técnicos, além das folhas de pagamento, horas extras
etc., a linguagem deve ser diferenciada;
• A utilização de termos técnicos somente dificulta o
entendimento dos objetivos fisioterapêuticos dentro da
empresa. Muito mais importante para esse setor é conhecer o
investimento necessário e os ganhos da implantação do
projeto;
• A elaboração de uma proposta deve conter informações
concisas, de fácil entendimento a profissionaisde diversas
áreas, que contemplem os aspectos legais, a relação custo-
benefício e que, acima de tudo, expliquem o que compõe um
programa de atuação preventiva dentro da fisioterapia
aplicada à saúde do trabalhador.
O Fisioterapeuta e os Desafios na Empresa
• A implantação de uma ação prevencionista para a ST por
parte do fisioterapeuta, ainda é uma tarefa árdua.
• A dificuldade na comunicação entre um profissional da saúde
(que tem como prioridade a manutenção da saúde do
trabalhador) e um empresário (que visa lucros e somente
percebe os possíveis benefícios da implantação de um projeto
através de números e gráficos) é somente uma das barreiras a
serem vencidas;
• Dentro de uma empresa, o objetivo inicial é mostrar como a
melhora na qualidade de vida do trabalhador pode se traduzir
em um aumento da produtividade, na melhora da qualidade
do produto e na diminuição do absenteísmo, dos acidentes de
trabalho e dos afastamentos.
• A promoção do bem-estar do funcionário deve ser atingida
por meio de programas como:
 Educação básica em saúde;
 Implantação de treinamentos de educação postural com dicas
de cuidados para manutenção do equilíbrio muscular;
 Adequação do mobiliário, das ferramentas e do ambiente de
trabalho;
• Essas medidas são simples e capazes de melhorar a
autoestima do funcionário, que se sentirá valorizado;
• Como resultado, notam-se a diminuição do estresse físico e
mental e a melhora da socialização e integração no ambiente
laboral.
• Ao contrário do que se imagina, a cinesioterapia laboral é
apenas um dos recursos disponíveis pelo fisioterapeuta;
• Ele pode atuar na avaliação ergonômica do ambiente de
trabalho, do mobiliário, dos instrumentos, na análise
biomecânica de sua atividade motora, passando pela
elaboração de programas de educação básica e treinamento
de agentes multiplicadores;
• Tem condições de identificar fatores de predisposição a lesões
e/ou acidentes e, assim, de agir preventivamente;
• Quando já existe um acometimento por parte do(s)
funcionário(s), a fisioterapia curativa entra em cena, desde a
sua avaliação e tratamento até a sua reinserção com os
cuidados necessários para que não haja recidivas.
Fisioterapeuta do Trabalho X Saúde Pública
• O trabalhador também é alvo de ação da rede básica de
saúde, por meio dos Programas de Saúde da Família e de
Agentes Comunitários de Saúde (norteados por documentos
como a Norma Operacional de Saúde do Trabalhador no
SUS/MS (NOST/SUS), pela Instrução Normativa de Vigilância
em Saúde do Trabalhador e pela Portaria no 3.214/78, que,
por sua vez, criou as chamadas Normas Regulamentadoras do
trabalho;
• É fundamental ao fisioterapeuta, em qualquer uma das
possibilidades de prestação de serviço, terceirizado ou como
parte da equipe da Saúde da Família, o conhecimento a
respeito de direitos, deveres e Normas Regulamentadoras
(NR).
Normas Regulamentadoras do Trabalho
• São ao todo 37 NRs, continuamente atualizadas e
consideradas importantes instrumentos para o alcance do
objetivo de vistoriar e fiscalizar as condições e ambientes de
trabalho, garantindo a saúde e a segurança do trabalhador.
São elas:
• NR1 Disposições gerais: Delimita competências para os Ministérios da
Saúde e do Trabalho, empregador e empregado;
• NR2 Inspeção prévia: Estabelece as disposições gerais, o campo de
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras
- NR relativas à segurança e saúde no trabalho.
• NR3 Embargos: estabelece as diretrizes para caracterização do grave e
iminente risco e os requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição.
• NR4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho;
• NR5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: Fala sobre Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível, de forma permanente, o trabalho com a preservação da vida e
a promoção da saúde do trabalhador.
• NR6 Equipamento de Proteção Individual (EPI);
• NR7 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;
• NR8 Edificações;
• NR9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
• NR10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
• NR11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
• NR12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
• NR13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de
Armazenamento;
• NR14 Fornos;
• NR15 Atividades e Operações Insalubres;
• NR16 Atividades e Operações Perigosas;
• NR17 Ergonomia;
• NR18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção;
• NR19 Explosivos;
• NR20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
• NR21 Trabalhos a Céu Aberto;
• NR22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
• NR23 Proteção Contra Incêndios;
• NR24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
• NR25 Resíduos Industriais;
• NR26 Sinalização de Segurança;
• NR27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho;
• NR28 Fiscalização e Penalidades
• NR29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário;
• NR30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
• NR31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;
• NR32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde;
• NR33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
• NR34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, Reparação e Desmonte Naval;
• NR35 Trabalho em Altura;
• NR36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados;
• NR37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo.
• Link para consulta das NRs: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
FIM
Os Modelos Ideológicos de Trabalho 
e suas Implicações na Saúde do 
Trabalhador
Prof. Marcelo Grandini Spiller
O Trabalho e suas Nuances
• É pelo trabalho que o homem busca o seu sustento, a
satisfação de suas necessidades e o acúmulo de bens
materiais;
• É também pelo trabalho que historicamente se define a
relação entre as classes sociais como de domínio e coerção e
a prestação de um serviço;
• Passaram-se os períodos de escravidão, do feudalismo, e
chegou-se ao capitalismo;
• Com o êxodo rural, houve um grande aumento na população
urbana e, portanto, de uma quantidade de mão de obra não
especializada que barateava sua remuneração;
• A Revolução Industrial, trouxe avanços tecnológicos e o
capitalismo, transformando as necessidades e ampliando a
busca pelo lucro em um ciclo vicioso;
• Era necessário aumentar a produção para que os lucros
também pudessem crescer. Mas, como aumentar a produção
sem dispor de serviço especializado?
• As jornadas de trabalho nessa época eram abusivas, os
salários baixos e as condições de trabalho precárias e
insalubres;
• A soma desses fatores se traduzia por um alto índice de
doenças, acidentes e lesões provenientes da execução
exaustiva da função;
• Apesar de assalariados, na verdade o que se vivenciava era
um regime de semi-escravidão, em que os ganhos não
bastavam para que as necessidades básicas fossem supridas;
• Será que hoje é diferente?
• Frederick Taylor e Henry Ford, através de seus estudos,
transformaram tanto o processo de produção quanto as
condições de trabalho, visando um aumento de produtividade
e de motivação econômica para o trabalhador;
• Era a busca pela racionalização da produção, em um processo
de “robotização” da mão de obra humana;• O Taylorismo propunha o fracionamento da produção em
uma linha de funções facilmente executáveis e treináveis,
eliminando assim problemas como a falta de mão de obra
especializada;
• Ford, por sua vez, priorizou a questão motivacional e, para
isso, pensou na melhora das condições do ambiente de
trabalho;
• Hoje se questiona a relação aumento da produtividade X
diminuição da QV do trabalhador;
• Atualmente, o sistema econômico busca ganhar a confiança, a
fidelidade e a satisfação do consumidor, lançando produtos
cada vez mais personalizados, a um preço competitivo de
mercado e com disponibilidade de entrega que tende ao
imediatismo;
• Com isso, se aumenta a demanda dos trabalhos físico e
mental, com profissionais cada vez mais bem preparados e
qualificados, imposição de um ritmo insano de atualizações e
mudanças empresariais, com o estabelecimento de parcerias
e terceirizações de serviços;
• O trabalho, que era fundamentalmente físico, agora traz
também um desgaste mental e emocional. Conseguir um
emprego e se manter nele é cada vez mais uma tarefa que
demanda energia, tempo e investimento pessoal e financeiro;
• Portanto, é necessário romper com os modelos que
preconizavam o aumento da produção pela mecanização do
trabalho e migrar para um modelo que, apesar de visar a
produtividade, o consiga pela humanização das relações
entre trabalhador e empregador e entre trabalhador e
ambiente de trabalho, ferramentas e sua organização;
• A possibilidade de realização pessoal, a valorização da
autoestima, a independência financeira, o status e o
reconhecimento pelo cargo ocupado podem ser considerados
fatores de influência positivos para o bem-estar psicossocial,
ou negativos, quando a função ou cargo ocupado não se
encaixam nas expectativas do trabalhador, gerando
sentimentos de insatisfação, frustração, desmotivação,
incapacidade e estresse físico e mental;
• Para evitar sobrecargas, buscam-se algumas mudanças no
sentido de aproximação dos diferentes níveis de hierarquia,
divisão de responsabilidades e a descentralização de decisões
que acabam por motivar e valorizar todo o grupo de
funcionários envolvidos em um determinado projeto,
estreitando a distância entre empregado, empregador e
produto final;
• Além disso, deve-se cuidar para que os fatores biomecânicos,
ambientais, organizacionais e psicossociais sejam
monitorados de perto, assegurando ao trabalhador uma
jornada laboral segura, confortável e eficiente;
• Muitas variáveis estão envolvidas neste processo. Algumas
delas são discutidas a seguir.
Horário e Jornada de Trabalho versus Desempenho
• A influência do ritmo circadiano incide diretamente no
desempenho de diversas funções do organismo, agindo como
facilitador em alguns momentos e em outros diminuindo o
rendimento físico e mental;
• As condições de saúde do indivíduo, o início da atividade
laboral de forma lenta e gradual para o ritmo e a intensidade,
a realização de um exercício físico complementar ajustado às
suas necessidades, entre outros fatores (apesar de externos
ao ambiente laboral), interferem em sua atenção,
concentração e, portanto, em seu rendimento e níveis de
predisposição a lesões;
• O desempenho também está ligado ao treinamento. O que
inicialmente pode parecer uma função de difícil realização,
com movimentação fracionada, consciente, executada de
forma “mecanizada” e com alto gasto energético, vai
gradativamente se tornando automatizado, inconsciente,
realizado de maneira harmoniosa e com baixo gasto
energético;
Monotonia
• A automatização da função torna o trabalho monótono. Um
ambiente com poucas variações de estímulos, com ruídos
contínuos, em setores isolados, com baixa luminosidade, ou
com temperaturas de calor extremo trazem também, pela
monotonia, sensações como fadiga, sonolência e déficit de
atenção;
• Pequenas mudanças são perceptíveis aos sentidos, porém,
quando o estímulo é contínuo, permanecendo constante
quanto à intensidade e ao tipo de excitação, o organismo, por
um mecanismo de defesa, acaba por ignorá-lo, o que
ocasiona a diminuição da atenção e o aumento no tempo de
reação de proteção a situações de risco.
Fadiga
• A fadiga é uma resposta do organismo a uma gama de
fatores fisiológicos, psicológicos, ambientais e
organizacionais, que, de forma cumulativa, reduzem,
qualitativa e quantitativamente, sua capacidade de
realização de tarefas;
• A execução de uma atividade contínua (motora, mental,
sensorial e emocional), com dada intensidade, frequência,
duração e tempo de repouso, gera no indivíduo uma carga de
trabalho que pode ser classificada como subcarga, carga
adequada ou sobrecarga. Os primeiros sinais da sobrecarga de
trabalho são as sensações de cansaço e fadiga.
Motivação
• Um trabalhador motivado produz mais e melhor, ao mesmo
tempo em que apresenta menores riscos de lesão, pois sofre
menos efeitos da monotonia e da fadiga, além de não ser
pressionado pela hierarquia superior, já que não necessita de
supervisão;
• Para que ele esteja motivado, é preciso que ele tenha
delimitado objetivos a curto, médio e longo prazos. Os
objetivos devem ser plausíveis e pensados conforme suas
habilidades atuais e pretendidas, sua capacitação profissional
e seu grau de autonomia;
• O incentivo à capacitação pode vir em forma de parceria entre
empresa e empregado, já que a melhora na qualidade do
serviço trará benefícios à qualidade do produto. A melhora de
salário é também uma motivação, porém costuma ser
transitória, já que ocorre normalmente um ajuste de gastos
diante das novas possibilidades financeiras.
Estresse
• Estresse está relacionado a diversas modificações fisiológicas
no organismo que podem estar associadas à reação de luta ou
fuga, entre elas modulação das frequências cardíaca e
respiratória, liberação de reservas de glicose, pressão arte-
rial;
• Essas alterações, chamadas de reações alostáticas, visam ao
equilíbrio do organismo em situações adversas. Quando o
indivíduo é submetido a longos períodos de estresse, essas
modificações causam um quadro de sobrecarga alostática,
caracterizado por desequilíbrio endócrino, doenças físicas e
psicológicas;
• É frequentemente descrita na literatura a relação entre
estresse e doenças cardiovasculares, depressão e
absenteísmo (ausência e desmotivação no trabalho).
Estresse
• O estresse provoca uma série de manifestações que, por sua
vez, aumentam as possibilidades do aparecimento de lesões
e acidentes de trabalho;
• O aumento da tendência aos vícios, ao absenteísmo e às
alterações comportamentais vem normalmente acompa-
nhado de incapacidade de repouso (sono agitado ou insônia);
• Podem-se citar alguns fatores de predisposição ao estresse
no trabalho: alta competitividade e concorrência, fatores
organizacionais, condições físicas e mentais de trabalho,
situação socioeconômica do trabalhador, problemas pessoais,
entre outros.
FIM
Fisioterapia do Trabalho
Prof. Marcelo Grandini Spiller
Contribuição com a 
Disciplina
• Perícia Judicial para Fisioterapeutas 
(INSPIRAR) – Dr. Irineu Jorge Sartor, 2012;
• Perito Judicial nomeado pelo Tribunal 
Regional do Trabalho 9ª região 
(Jacarezinho-PR) – Análise Ergonômica do 
Ambiente de Trabalho em Frigoríficos e 
Usinas de Sementes e Cereais (2012-
2013);
• Análise Ergonômica do Ambiente de 
Trabalho de Fábrica de Seringas e Canetas 
pela MAST Ambiental – 2018;
Fisioterapia do Trabalho
• Especialidade da Fisioterapia reconhecida pelo Conselho
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO, pela
resolução COFFITO N° 351 de 13 de junho de 2008;
• Objetivo: Capacitar Fisioterapeutas para contribuir na
assistência à saúde do trabalhador e na prevenção de
doenças, promoção da saúde e reabilitação;
Fisioterapeuta do Trabalho
• É o Fisioterapeuta Especialistacom título conferido pela
Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho - ABRAFIT e
reconhecido pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional - COFFITO, conforme determinado na resolução
COFFITO N° 351 de 13 de junho de 2008, que presta
assistência à saúde do trabalhador, atuando na prevenção
de doenças, promoção da saúde e reabilitação.
Legislação da Fisioterapia do Trabalho
• Resolução COFFITO nº 259 de 18 de Dezembro de 2003:
Resolve as atribuições do Fisioterapeuta que cuidam da saúde
de trabalhadores. Não significou o reconhecimento da
especialidade, porém foi reconhecido um novo campo de
atuação e estabeleceu métodos e técnicas para tal;
• Resolução COFFITO nº351 de 13 de Junho de 2001:
Reconhece a Especialidade de Fisioterapia do Trabalho;
• Resolução COFFITO nº 465 de 20 de Maio de 2016: Disciplina
a Especialidade de Fisioterapia do Trabalho e traz as áreas de
competência do Fisioterapeuta do Trabalho.
Legislação da Fisioterapia do Trabalho
• Resolução CREFITO 8 nº 41 de 18 de Junho de 2009: Dispõe
sobre a autonomia da habilitação e competência do
Fisioterapeuta para desempenhar atividades de perícia
judicial sobre alterações e disfunções do movimento humano
para elaboração de Nexo Técnico e Causal;
• Resolução COFFITO nº 381 de 03 de Novembro de 2010:
Dispõe sobre elaboração e emissão de atestados, pareceres e
laudos periciais pelo Fisioterapeuta;
• Resolução COFFITO nº 403 de 18 de Agosto de 2011:
Disciplina a especialidade e FT evidenciando e documentando
a atuação do Fisioterapeuta nas perícias judiciais e assistência
técnica.
Dr. José Ronaldo Veronesi Júnior
• Fisioterapeuta do Trabalho pioneiro em perícias judiciais no
Brasil, em MS. Autor de 02 livros referências na áreas;
• Autor do Método Perícia Judicial para Fisioterapeutas.
Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho 
ABRAFIT
• www.abrafit.com.br
BIBLIOGRAFIA
FIM

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