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SINDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATORIA AGUDA O que é? Síndrome de Angustia Respiratória do Adulto (SARA) - Saúde em Movimento. Estado de desconforto respiratório de alto risco decorrente de uma lesão pulmonar aguda, com diminuição da oxigenação (PaO2/FiO2 < 200), infiltrado pulmonar bilateral e PAOP normal (pulmonary arterial occlusive pressure < 18 mmHg). Quais são os sinais? sintomas mais precoces são aumento da frequência respiratória, dispneia e cianose. Ao exame físico, estertores inspiratórios finos podem ser audíveis. O raio X de tórax mostra infiltrado bilateral difuso, embora inicialmente possa ser mínimo ou ausente. Posteriormente, o paciente torna-se mais cianótico e com aumento da dispneia e taquipneia. Os estertores são mais proeminentes. O raio X pode mostrar completa opacificação. Qual é o tratamento? Pacientes com SARA devem ser admitidos em Unidade de Tratamento Intensivo. O tratamento inclui: • Ventilação mecânica com volume controlado (volume = 6 a 10 mL/kg) e alta concentração de oxigênio. A FiO2 deve ser suficiente para manter uma oxigenação adequada (PaO2 > 90 mmHg ou SaO2 > 92%). Pressão positiva expiratória final pode ser utilizada (5 a 10 cm H2O), cuidadosamente devido ao risco de barotrauma. • Restrição de fluidos para diminuir PAOP e edema pulmonar. • Decúbito lateral ou ventral e suporte respiratório extracorpóreo tem sido proposto em pacientes não responsivos à adequada ventilação mecânica. Novos métodos de tratamento ainda em investigação incluem: • Inalação de Oxido Nitroso, que pode ser benéfico melhorando a hipertensão pulmonar e as trocas gasosas. • N-Acetil-Cisteína EV, que poderia aumentar os surfactantes pulmonares. A utilidade dos corticosteróides não foi estabelecida. Síndrome de Angustia Respiratória do Adulto (SARA) DEFINIÇÃO Estado de desconforto respiratório de alto risco decorrente de uma lesão pulmonar aguda, com diminuição da oxigenação (PaO2/FiO2 < 200), infiltrado pulmonar bilateral e PAOP normal (pulmonary arterial occlusive pressure < 18 mmHg). CAUSAS TÓXICAS • Aspiração de hidrocarbonetos • Inalação de irritantes (cloro, NO2, fumaça, ozônio, altas concentrações de oxigênio, fumos metálicos, gás mostarda) • Paraquat • Opiódes (heroína, morfina, dextropropoxifeno ou metadona). CAUSAS NÃO TÓXICAS • Aspiração pulmonar (freqüentemente ocorre associada à intoxicação) • Doença sistêmica aguda e grave, como infecção, trauma ou choque. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os sintomas mais precoces são aumento da freqüência respiratória, dispnéia e cianose. Ao exame físico, estertores inspiratórios finos podem ser audíveis. O raio X de tórax mostra infiltrado bilateral difuso, embora inicialmente possa ser mínimo ou ausente. Posteriormente, o paciente torna-se mais cianótico e com aumento da dispnéia e taquipnéia. Os estertores são mais proeminentes. O raio X pode mostrar completa opacificação. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Edema pulmonar agudo cardiogênico • Pneumotórax • Pneumonia bacteriana ou viral INVESTIGAÇÕES RELEVANTES • Gasometria arterial - diminuição de PaO2 com relação PaO2/FiO2 abaixo de 200 • Raio X de tórax - pode variar de infiltrado pulmonar bilateral até opacificação completa • Investigação hemodinâmica por cateter de Swan-Ganz - pressão arterial pulmonar oclusiva (PAOP) abaixo de 18 mmHg. TRATAMENTO Pacientes com SARA devem ser admitidos em Unidade de Tratamento Intensivo. O tratamento inclui: • Ventilação mecânica com volume controlado (volume = 6 a 10 mL/kg) e alta concentração de oxigênio. A FiO2 deve ser suficiente para manter uma oxigenação adequada (PaO2 > 90 mmHg ou SaO2 > 92%). Pressão positiva expiratória final pode ser utilizada (5 a 10 cm H2O), cuidadosamente devido ao risco de barotrauma. • Restrição de fluidos para diminuir PAOP e edema pulmonar. • Decúbito lateral ou ventral e suporte respiratório extracorpóreo tem sido proposto em pacientes não responsivos à adequada ventilação mecânica. Novos métodos de tratamento ainda em investigação incluem: • Inalação de Oxido Nitroso, que pode ser benéfico melhorando a hipertensão pulmonar e as trocas gasosas. • N-Acetil-Cisteína EV, que poderia aumentar os surfactantes pulmonares. A utilidade dos corticosteróides não foi estabelecida. EVOLUÇÃO CLÍNICA E MONITORIZAÇÃO SARA é uma síndrome grave, com taxa de mortalidade de 40 a 60%. Numerosas complicações podem ocorrer levando a falência de múltiplos órgãos. O tratamento da SARA requer monitorização rigorosa de: • Gasometria arterial, • Parâmetros respiratórios, • Parâmetros hemodinâmicos, especialmente pressão de artéria pulmonar (cateter de Swan-Ganz), • Oximetria de pulso, • Raio X de tórax. Monitorização de outros parâmetros podem estar indicados conforme a causa ou na ocorrência de falência de outros órgãos. COMPLICAÇÕES TARDIAS Fibrose pulmonar crônica pode ocorrer.
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