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Danielle Alves e Daniela Hertz AP2 | Prática Adulto Cirúrgico Assistência da Enfermagem a pacientes com estomias Anatomia e fisiologia do sistema digestório Sistema digestório O trato digestório se estende por cerca de nove metros da boca até o ânus e está dividido em seções diferentes. Cada seção processa alimentos de uma maneira específica para prepará-los para a próxima seção do trato digestório. Até que os resíduos finalmente deixem o trato intestinal como fezes. Anatomia e fisiologia do sistema digestório Sistema digestório Quebra mecânica e química dos alimentos em nutrientes básicos Absorção de nutrientes na corrente sanguínea Processamento e eliminação de resíduos Intestino Delgado e Grosso Duodeno Jejuno Íleo Cólon Transverso Cólon descendente Cólon Sigmoide Cólon ascendente Ceco Apêndice Reto Ânus Anatomia e Fisiologia do sistema Urinário A função geral do sistema urinário é produzir e drenar a urina, removendo resíduos. E regulando o equilíbrio de fluidos do sangue. O sistema urinário localiza- se inteiramente atrás do aparelho digestório. Bexiga Uretra O sistema urinário inclui: Dois rins Dois ureteres A O R TA V EI A C A V A IN F. Anatomia e fisiologia do sistema Urinário Os rins são duas estruturas em formato de feijão que filtram o sangue continuamente, removendo resíduos e excesso de água e promovendo o equilíbrio de fluidos e eletrólitos. Esse processo de filtragem resulta na produção de urina. Os ureteres são ductos que transportam a urina dos rins para a bexiga. A bexiga tem dupla função. Ela é tanto um reservatório que armazena urina como uma bomba que expele a urina do corpo. O músculo da parede da bexiga empurra a urina para fora. A uretra é um canal que liga a bexiga ao exterior do corpo. ESTOMIAS Tipos de estomas É uma alça implantada para permitir a saída de urina e fezes pelo mesmo estoma. É uma alternativa para pacientes que necessitam de dupla derivação (ou seja, eliminar fezes e urina). É a exteriorização da parte final do intestino delgado na pele do abdome. É uma abertura na pele que permite a saída de urina proveniente dos rins, ureteres ou bexiga. Funcionamento intermitente, em geral definitiva. Funcionamento contínuo, em geral temporária Funcionamento intermitente, em geral definitiva. Ileostomia: acidentes automobilístico, arma de fogo e arma branca; doenças inflamatórias intestinais; Colostomia: megacólon chagásico (temporária), câncer colorretal, traumas perineais irreparáveis; Urostomia: tumores, traumas, má formação congênita e inflamação crônica na bexiga. Situações que determinam a confecção de estomas TIPOS DE EXTERIOZAÇÃO A estomia terminal é constituída por apenas uma boca ou abertura. Em geral, é definitiva, exceto nos casos de colostomia de Hartmann (Figura 1), que se apresenta na mesma forma, mas tem a possibilidade de reconstrução do trânsito intestinal. https://www.peapee.com.br/formas-de-estomia TIPOS DE EXTERIOZAÇÃO A estomia em alça é constituída por duas bocas unidas parcialmente e exteriorizadas pelo mesmo orifício, formando uma estomia com segmento proximal (funcionante) e distal (não funcionante). Em geral, localiza-se no cólon transverso. AVALIAÇÃO O enfermeiro ou Enfermeiro-estomaterapeuta deverá realizar uma consulta de enfermagem; Avaliação clínica geral do paciente; anamnese; Avaliação específica sobre o tipo e localização do estoma, da condição da pele periestoma Capacidade de aprendizado e realização dos cuidados pelo próprio paciente. Especificamente em relação à estomia o paciente deve ser avaliado quanto à presença de complicações Como sangramento, edema, lesões de pele, retração, estenose, prolapso e hérnia paracolostômica. Quais são os tipos de coletores? Podem ser de dois tipos: INTESTINAIS: coletam fezes e URINÁRIOS: coletam urina Considerando-se a sua forma de descartar os dejetos fecais as bolsas coletoras podem ser: drenáveis ou não drenáveis. PLACA PLANA: apresentam uma superfície regular e são as mais usadas, sejam elas duras, flexíveis, recortáveis, pré-cortadas, etc. PLACA CONVEXA: utilizado pelos ostomizados que tem seus estomas retraídos, ou seja, faceando com a parede do abdômen. Podendo ser opacas ou transparente. Fechamento: com chipe fechamento próprio. Bolsa descartável Fase Pré-operatória Explicar a estrutura anatômica normal e funcional do sistema digestório e urinário; Descrever os tipos e a localização do estoma; Demonstrar os dispositivos e encorajar o cliente a manuseá-los; Encorajar o cliente a expressar seus medos e ansiedades sobre as consequências da cirurgia; Demarcar o estoma Promover e incentivar o autocuidado; Solicitar a visita de um voluntário da Associação dos Ostomizados. Fase Transoperatória e Fase Pós-operatória Imediata Assegurar a continuidade da assistência mantendo comunicação com a enfermeira do bloco cirúrgico; Padronização do equipamento a ser utilizado no intra-operatório para possibilitar a avaliação do estoma e do efluente no período pós-operatório imediato. Usar equipamento coletor de uma ou duas peças, transparente e drenável; Observar alterações: coloração, edema, sangramento, retração e necrose do estoma; Monitorar o volume urinário (30 ml/h), e características de h/h (urostomias); Indicar um dispositivo com sistema antirrefluxo (urostomias); Inspecionar o estoma a cada 4 horas; Trocar o equipamento coletor se ocorrer infiltração ou vazamento; Manter a pele periestoma íntegra, limpa e seca. Fase Pós-operatória Mediata Esvaziar o equipamento coletor quando estiver com um terço a um meio de sua capacidade, e trocá-lo regularmente antes que ocorra o vazamento; Ensinar a manipulação, higienização e troca do equipamento ao paciente e familiar/cuidador; Ensinar a manipulação, higienização e troca do equipamento ao paciente e familiar/cuidador; Corrigir irregularidades periestoma com utilização de pasta de resina sintética para prevenir lesões, quando indicado; Utilizar o cinto para auxiliar e melhorar a sustentação do abdome, garantindo segurança ao paciente, quando necessário (ileostomia); Estimular o paciente quanto à ingestão de 2 a 3 litros de líquidos diariamente; Encaminhar o cliente para aquisição dos equipamentos nas Associações ou nos Programas ou existentes no Serviço Público. Troca do equipamento coletor Solicitar o esvaziamento do coletor ou realizar o mesmo Separar os materiais necessários Realizar o procedimento passando todas as informações e suas etapas. Troca do equipamento coletor 1. Lavar as mãos 2. Retirar a bolsa 3. Limpar toda a região periestoma 4. Medir o diâmetro da estomia **COLETOR 1 PEÇA Troca do equipamento coletor 8. Aderir a base no abdome 6. Retirar o papel protetor5. Recortar a base 7. Colocar pasta de resina sintética, se necessário **COLETOR 2 PEÇAS Troca do equipamento coletor 9. Conectar a bolsa à base 10. Fechar a clamp/presilha da bolsa 11. Verificar se a bolsa está conectada à base AVALIAR Complicações Necrose Obstrução Retração Estenose Prolapso Fístula periestomal Hérnia periestomal Dermatite periestomal Varizes Infecção Sangramento Separação cutâneo- mucosa Isquemia Edema Hemorragia Entre outros As principais complicações relacionadas aos estomas são: Complicações Consistência das Fezes Tipo Segmento Consistência Irritação de ostomia Exteriorizado das fezes química Ileostomia Íleo Líquidas, contínuas Intensa Cecostomia Ceco Líquidas, contínuas Intensa Colostomia proximal Cólon tranverso Sem-líquidas Intensa Tranversostomia Cólon tranverso Semi-líquidas Discreta Colostomia terminal Cólon descendente Sólidas, formadas Ausente Sigmoidostomia Cólon sigmóide Firmes, sólidas Ausente O estomizado intestinal deve ser orientado a observar o funcionamento do próprio organismo após a cirurgia. A presença da nutricionistanas instituições de saúde facilita o desenvolvimento de um atendimento profissional integrado entre todos os profissionais que prestam assistência ao estomizado, com discussão das condições de cada cliente. SAE REFERÊNCIAS ❖ Cuidados com estomias intestinais e urinárias Orientações ao usuário 2ª edição (2018). Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). ❖ Carvalho CMG; Cubas MR; Nóbrega MML. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem no cuidado às pessoas com estomia de eliminação intestinal. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 16: e2218. doi: 10.30886/estima.v16.518_PT. ❖ Leite, MS; Aguiar, LC. Diagnósticos de enfermagem em pacientes submetidos à colostomia. Enferm. Foco 2017; 8 (2): 72-76. ❖ https://www.coloplast.com.br/estomia/profissional/cirurgia-de-estoma/#section=Como-marcar-um-estoma-antes-da- opera%c3%a7%c3%a3o_189518. ❖ https://sobest.com.br/estomias/ ❖ https://www.accamargo.org.br/sites/default/files/2020-08/manual-traqueostomia.pdf ❖ https://aps.bvs.br/aps/a-troca-de-sonda-de-gtt-gastrostomia-pode-ser-realizado-pelo-enfermeiro/ ❖ https://www.convatec.com.br/estomia/antes-da-cirurgia/introducao/cirurgia-de-urostomia/ CONCLUSÃO Concluímos, a importância dos enfermeiros nos cuidados com o paciente ostomizado, desde a consulta pré-operatória, perioperatória e pós-operatória. Ressaltamos a importância do embasamento teórico, conhecendo as Taxonomias da NANDA. Podendo assim realizar o planejamento, traçando os cuidados adequados para as necessidade, e gerando assim uma assistência de qualidade. Para que o mesmo restabeleça sua vida dentro da sua rotina mesmo diante dos desafios relatados frente à nova condição. obrigadaobrigada Ufaaaaa... Menos um!! É DA ENFERMAGEM!! A INVENÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA Aponte a câmera do seu smartphone para o QR code e veja o vídeo. ^ ´
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