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Catanduva - SP 2020 CURSO DE PEGAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO INFANTIL Alessandra Pedro - UL19116455 Edna Souza de Oliveira Silva – UL19104599 Estefani Carolini Bataglioto Massunaga – UL19115828 Gabriela Araujo Lima – UL19115908 ALFABETIZAÇÃO NA SEGUNDA INFÂNCIA Catanduva - SP 2020 CURSO DE PEGAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO INFANTIL ALFABETIZAÇÃO NA SEGUNDA INFÂNCIA Projetos e Práticas de Ação Pedagógica - PPAP apresentado como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia da Uniplan – Centro Universitário – Polo Objetivo – Catanduva – SP. Orientador: Rafael Aparecido Flávio. Catanduva - SP 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 TEMA ................................................................................................................. 2 SITUAÇÃO-PROBLEMA .................................................................................... 3 JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................ 4 PÚBLICO-ALVO ................................................................................................. 5 OBJETIVOS ....................................................................................................... 6 PERCURSO METODOLOGICO ........................................................................ 7 RECURSOS ....................................................................................................... 8 CRONOGRAMA ................................................................................................. 9 AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL .................................................................... 10 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 11 Catanduva - SP 2020 1 - INTRODUÇÃO O desenvolvimento do presente PPAP (Projetos E Práticas De Ação Pedagógica) deu-se início a partir da decisão de um aprofundamento maior sobre a alfabetização em crianças entre 4 e 5 anos, a princípio tendo como base a disciplina "Alfabetização e Letramento". A partir de então foi definido o Título “ALFABETIZAÇÃO NA SEGUNDA INFÂNCIA” assim como os demais capítulos que buscam esclarecer os tópicos, os quais serão citados no decorrer deste trabalho (tema, situação-problema, justificativa e embasamento teórico, público-alvo, objetivos, percurso metodológico, recursos, cronograma, avaliação e produto final do projeto), como também, uma introdução e as referências utilizadas no decorrer do trabalho. Para a escolha do tema foi discutido qual seria o eixo temático para a realização das pesquisas. 2 - TEMA O tema escolhido para o desenvolvimento do PPAP foi "Como Estimular e Levar a Criança de 4 e 5 anos à Alfabetização ", vinculada à linha de pesquisa "Literatura na Pré-Escola” e “Contação de História”. Esta linha de pesquisa visa mostrar a importância da inserção da literatura não somente em crianças maiores, mas ainda em tenra idade, permite elaborar estudos sobre possíveis projetos relativos a questões psicológicas, sociais, históricas e culturais relacionadas aos alunos, ao meio em que vivem ou até mesmo projetos que tragam um pouco do universo onde a fantasia é a dona do “era uma vez”. Dentro do tema escolhido buscaremos focar na contação de história e na música, onde a criança possa vivenciar de uma forma diferente, situações que muitas vezes fazem parte do seu cotidiano. Catanduva - SP 2020 3 - SITUAÇÃO PROBLEMA: A literatura infantil permite à criança o desenvolvimento de sua imaginação, o despertar de suas emoções e sentimentos, também é através da leitura que a criança obtém a liberdade de se familiarizar com a escrita de uma forma mais suave, porém significativa quanto a qualidade no aprendizado da mesma. De acordo com o tema do presente PPAP nos deparamos com a problemática que algumas crianças podem ter algum tipo de bloqueio quanto ao apreço da leitura em si, seja por dificuldade no aprendizado, por falta de interesse, ou até mesmo outras limitações. Para a criança adquirir prazer pela leitura é necessário ser estimulada desde os primeiros anos, através de seus pais, pessoas mais próximas ou até mesmo por professores, se esta já estiver frequentando a creche. Mais tarde por volta de seus 4 ou 5 anos quando já estiver no Jardim ou Pré-Escola, o estímulo à leitura já deve ser oferecido com mais ênfase, visto que logo aos 6 anos estará ingressando na série inicial. Os livros de literatura infantil são uma ferramenta de muito valor para a intermediação entre professor/alfabetização/aluno, promovendo uma melhor qualidade de aprendizagem e um diferencial pedagógico fundamental no processo de alfabetização e letramento, como também para a formação da criança como futuro amante pela literatura. A literatura deve ser trabalhada de maneira responsável, não escondendo da criança a realidade das consequências dos atos cometidos pelos personagens, isso auxilia levar nossos pequenos futuros leitores a terem uma visão mais clara da existência, compreendendo os sentimentos, por vezes não tão nobres, que integram o ser- Catanduva - SP 2020 humano, e assim mostrar através da história contada que o bem é recompensado e o mal pode ser punido. Dentre outras medidas que devem ser assumidas pelas escolas, o criar um espaço acolhedor com tapetes e almofadas, uma biblioteca central ou até mesmo estantes de livros nas salas de acordo com a faixa etária, se torna funcional e ajuda no aproveitamento do tempo investido para o desenvolvimento de tal atividade. Na maioria dos casos, a escola acaba sendo a única fonte de contato da criança com o livro e, sendo assim, é necessário estabelecer-se um compromisso maior com a qualidade e o aproveitamento da leitura como fonte de prazer. (Miguez,2000,p.38) 4 - JUSTIFICATIVA / EMBASAMENTO TEÓRICO A contação de história leva a criança ao desenvolvimento de sua imaginação por uma ótica diferenciada da leitura propriamente dita. Através da história contada seus sentimentos tendem a aflorar de uma forma mais prazerosa, ela viaja dentro da história se sentindo parte do contexto. Quanto mais cedo esse contato com a história contada, mais prazer e facilidade de compreensão ela vai desfrutar em relação a literatura proposta. De acordo com Kaercher (2010), cabe salientar que os contos devem ser levados às crianças desde muito cedo, lidos pausadamente, com entonação adequada, criando momentos de silêncio e expectativa. O letramento passa a se intensificar com a chegada do Jardim ou Pré-Escola (4 e 5 anos). É nesta fase que a criança passa a se interessar cada vez mais pela escrita, isso facilita a exploração de narrativas maiores, a diversificação na contação de histórias se torna necessária, devendo o(a) contador(a) utilizar técnicas mais empolgantes para um aproveitamento melhor e maior atenção das crianças. Catanduva - SP 2020 Importante frisar que antes de contar uma história deve-se conhecê-la profundamente a ponto de não precisar consultar o livro para contá-la. Também é necessário providenciar com antecedência, os recursos escolhidos que serão utilizados no momento da contação de história, tais como multimídia, material visual em forma de cartazes, fantoches, objetos diversos, os quais devem estar em perfeito estado afim de proporcionar um maior interesse das crianças pela históriaque irá ser contada. “(...) O contador tem o aval para contar a história a seu modo, com formulações próprias, muitas vezes introduzindo expressões próprias da linguagem oral no decorrer do processo. Isso não é melhor nem pior do que ler a história: cada ação tem sua contribuição a dar.” (Amaral e Miller 2008) Essa atitude além de trazer segurança ao contador(a), permite uma dinâmica diferenciada no uso das palavras, sendo possível adaptar a história contada de acordo com a faixa etária. Pequenos detalhes como estes, farão com que o resultado da contação de história seja bem sucedido ou não. Sobre a maneira de alfabetização houve mudanças consideráveis, o que antes era ensinado através da cartilha e cadernos de caligrafia, onde as palavras eram repetidas várias e várias vezes, com a participação dos pais, hoje o professor se depara com o desinteresse dos pais com relação ao rendimento escolar de seus filhos, muitas vezes numa totalidade assustadora, tendo ele, o professor, ser o responsável absoluto pela alfabetização plena da ‘maioria de seus alunos’. Fato esse que leva o professor a lançar mão de recursos mais diretos e objetivos como por exemplo a apresentação inicial das palavras para depois entender sua construção nos textos, histórias infantis, etc. Na segunda infância (4 aos 5 anos) as crianças têm aumentadas as suas motivações, seus sentimentos e desejos de conhecer o mundo e aprender, elas explodem em curiosidade. Os professores desempenham um papel desafiador povoando a sala de aula com objetos interessantes para ampliar as experiências. Nesta etapa a oralidade já está bem Catanduva - SP 2020 desenvolvida, o que permite uma participação mais ativa com relação à temática e à construção do projeto, o que acaba sendo uma das diferenças de abordagem com relação ao trabalho com as crianças pequenas (BARBOSA E HORN, 2008). De acordo com o mundo atual imerso em tanta tecnologia, onde as informações já se encontram prontas, o ato de “roubar” da criança a oportunidade de acender sua imaginação, poderá levá-la a ser no futuro um indivíduo desprovido de criatividade e sem sensibilidade para compreender sua própria realidade. Diante do exposto pode-se considerar que a educação infantil é parte essencial na vida de uma criança, pois é justamente nesta fase que sua mente se molda para melhor lidar com as prováveis mudanças que ocorrerá muito em breve e sucessivamente durante toda sua vida. O contato da criança com o livro é de suma importância para o seu desenvolvimento. Desde muito nova a criança se interessa pelas cores, figuras e formas que os livros trazem, e logo trará significados maiores e identificação através de seus nomes. De acordo com Bakhtin (1992) expressa sobre a literatura infantil abordando que por ser um instrumento motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade. “A criança percebe desde muito cedo que o livro é uma coisa boa que dá prazer” (Sandroni & Machado 2000). Catanduva - SP 2020 5 - PÚBLICO ALVO: Educação Infantil: crianças de 4 e 5 anos 6 - OBJETIVOS: 6.1 - GERAL: Mostrar a importância da contação de histórias através da literatura infantil como facilitador na aprendizagem de um modo geral, no desenvolvimento intelectual e emocional em questões vivenciadas pelas crianças. 6.2 - ESPECÍFICOS: ➢ Estimular o interesse pela leitura; ➢ Desenvolver o sentimento de emoção, sensibilidade e senso crítico; ➢ Desenvolver o intelecto através da imaginação; ➢ Facilitar a aprendizagem da escrita através da contação de história. 7 - PERCURSO METODOLÓGICO ➢ Dar preferências por histórias que prendam a atenção das crianças, procurando por personagens e músicas que desperte o interesse das crianças no ver e ouvir; ➢ Promover um ambiente acolhedor, que ao mesmo tempo estimule a criança a criar expectativa do que vai assistir; ➢ Providenciar com antecedência todos os objetos que serão utilizados durante a contação de história (instrumentos musicais, fantasias, fantoches, etc); ➢ Organizar as crianças de modo que fiquem de frente pra as pessoas que vão contar a história. A disposição das crianças sentadas em semicírculo, em tapetes, costuma ser uma boa opção; Catanduva - SP 2020 ➢ Interagir com as crianças conforme os personagens forem surgindo na história; ➢ Realizar a contação de história para toda a escola, com a participação dos alunos da Educação Infantil; ➢ Redigir um relatório avaliativo de todo o processo ao final de cada contação de história. 8 - RECURSOS ➢ Fantoches; ➢ Fantasias; ➢ Instrumentos Musicais; ➢ Músicas em cd ou pendrive; ➢ Sucatas; ➢ Livro de História Infantil; ➢ Tecidos; ➢ Materiais para Encenação Teatral. 9 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: O projeto seria efetuado no período referente a um bimestre (Abril/Maio), junto a duas EMEI’S, as quais faltava apenas marcar o dia para o início das atividades. As atividades de contação de história referentes ao presente PPAP seriam realizadas com a duração de 20 minutos, uma vez por semana. Perfazendo um total de 09 histórias por EMEI. Catanduva - SP 2020 Infelizmente por conta da pandemia ocasionada pelo COVID-19, o governo decretou isolamento social, o que deu origem à paralização de vários setores inclusive das escolas em geral. Essa paralização ocasionou o não cumprimento das atividades propostas neste PPAP. 10 - AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL: A avaliação seria feita durante a realização do projeto de forma contínua. As atividades propostas seriam realizadas através de filmagens, fotos (ambos com a devida autorização da direção), registro em relatórios e depoimentos das crianças, dos professores e funcionários em geral, através dos quais conseguiríamos analisar a porcentagem dos objetivos alcançados assim que a apresentação final fosse concluída. “A avaliação significativa se faz no próprio processo, como parte dele, enquanto ele se desenvolve, sem que, para isto, se deva sempre realizar uma parada formal.” (Gandin, 2000). Mediante exposto no tópico anterior, mesmo não sendo possível o cumprimento deste projeto, é possível através de pesquisas, encontrar relatos de projetos semelhantes a este, os quais foram cumpridos com sucesso e com resultados amplamente satisfatórios. Catanduva - SP 2020 11 - REFERÊNCIAS: ABRAMOVICH, Fanny, (1997). Literatura Infantil Gostosuras e Bobices. São Paulo. Spicione Ltda MILLER, Stela e AMARAL, Suely (2008). O Desenvolvimento da Linguagem Oral e Escrita em Crianças de 0 a 5 Anos. Curitiba. Pró-Infantil editora. BAKHTIN, Mikhail V., (1992). Estética da Criança Verbal. São Paulo. Martins Fontes GANDIN, (2000). apud UNIP INTERATIVA, p.7 KAERCHER, Gládis E. P. da Silva. (2010). Brincando com os Livros na Escolarização Inicial. Porto Alegre: Mediação. MIGUEZ, Fátima. (2000) Nas Arte-Manhas do Imaginário Infantil. 14. Ed. Rio de Janeiro. Zeus. SANDRONI, Laura C; MACHADO, Luis Raul. (1988). A Criança e o Livro. Guia Prático de Estímulo à Leitura. São Paulo. Ática.
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