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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 |Microbiologia – P.S.D. II INTRODUÇÃO Família Picornaviridae. Gênero Enterovírus (possui 3 variantes). Característica do vírus: não é envelopado e é resistente no ambiente. Transmissão: fecal-oral ou respiratória. Multiplicação no trato gastrointestinal, amígdalas, adenoides e neurônios. Uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, normalmente nas pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem quando há paralisia dos músculos respiratórios, 90% são assintomáticos e 1% apenas referem dores de cabeça, vômitos e constipação (lesões nos neurônios motores). VACINAÇÃO O esquema vacinal da Poliomielite é feito: 1. Vacina inativada poliomielite, de forma injetável (VIP) - Salk trivalente composta por partículas dos vírus da pólio. - É feita aos 2 meses, 4 meses e 6 meses. 2. Vacina oral de poliomielite (VOP) - Sabin atenuada, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3. - É feita aos 15 meses, aos 4 anos e anualmente durante a campanha nacional para crianças de 1 a 5 anos incompletos. A vacinação para a pólio, vem caindo nos últimos anos, mas a pandemia agravou o cenário. Em 2015, a cobertura vacinal chegou a 98,2%. Em 2018, foi para 89,5%. No ano passado, caiu ainda mais, para 83,7%. Até o dia 17 de Novembro, a cobertura de 2020 estava em apenas 61,3%. INTRODUÇÃO Doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Família Paramyxoviridae Gênero Morbillivirus Infecção sistêmica e exantemática. Pode levar a complicações neurológicas. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por secreções nasofaríngeas, expelidas na fala, tosse, espirro ou respiração. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período de incubação: 10-12 dias Replicação inicial no trato respiratório superior. Viremia primária: 2-3 dias após a exposição (órgãos linfoides). Viremia secundária: 5 a 7 dias após a exposição com disseminação para os tecidos. PERÍODO PODRÔMICO (DURAÇÃO DE 2 A 8 DIAS): Febre alta; Sintomas respiratórios: tosse, coriza; Conjuntivite. PERÍODO EXANTEMÁTICO: Exantema: 2-4 dias após período prodrômico, 14 dias após exposição. Presença de pápulas pelo corpo. Começa na face e pescoço, espalhando-se para o tronco e extremidades 3-4 dias após o início da febre. A melhora clínica ocorre em aproximadamente uma semana em casos não complicados. Desaparece na ordem do aparecimento. ESTHER ANDRADE | TURMA 85 |Microbiologia – P.S.D. II OBS.: Sinal de Koplik são pequenos pontos brancos na mucosa bucal, antes do exantema. (sinal patognomônico) PATOGÊNESE COMPLICAÇÕES COMUNS Pneumonia primária ou secundária, otite média, ceratoconjuntivite e diarreia. RARAS Encefalomielite aguda disseminada. Gestantes mais propensas a hospitalizações, complicações de pneumonia e óbito. Morbidade e mortalidade fetais mais altas, levando a risco de abortamento espontâneo, baixo peso ao nascer, prematuridade. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Antes da fase exantemática: Outras doenças respiratórias da infância, como gripe, rinovírus, adenovírus. Doenças febris exantemáticas agudas Dengue, rubéola, doença de Kawasaki, varicela, roséola (exantema súbito) e enteroviroses. DIAGNÓSTICO Suspeito: Febre, exantema maculopapular, tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Confirmado: Suspeito com IgM+ (ELISA) EPIDEMIOLOGIA Maior casuística na Europa e África. 2016: Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus. Região das Américas declarada livre do sarampo. 2018: reintrodução do vírus Surto em 11 Estados – 10.326 casos confirmados. COMO OCORREU A REINTRODUÇÃO? Genótipo D8, idêntico ao que está circulando na Venezuela, em todos os Estados com casos confirmados de sarampo. Imigração sem controle de venezuelanos para o Brasil. Exceção de dois casos: Um caso do Rio Grande do Sul, que viajou para a Europa e importou o genótipo B3 e outro caso de São Paulo com genótipo D8, com história de viagem ao Líbano. TRATAMENTO Não existe tratamento específico. Ele é feito com base na utilização de antimicrobianos no caso de infecções secundárias. ESTHER ANDRADE | TURMA 85 |Microbiologia – P.S.D. II INTRODUÇÃO 1750 - Sarampo alemão; 1941 - Associação entre o vírus da rubéola e a ocorrência de catarata congênita, além de outros defeitos maiores como malformações cardíacas congênitas e deficiência auditiva. Década de 60 – pandemia de rubéola nos EUA e Europa. Cerca de 20.000 RN nasceram com malformações compatíveis com a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Família Togaviridae Gênero Rubivirus Transmitida por contato direto com indivíduos infectados por meio das gotículas de secreções da nasofaringe e transplacentária. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A infecção materna pode causar: Abortamento precoce ou tardio, embriopatia, restrição do crescimento fetal, parto prematuro, óbito intra- uterino, malformações congênitas, óbito neonatal e aparecimento tardio de outros defeitos. Na rubéola pós-natal: Exantema máculopapular discreto, em comparação com o sarampo. Adolescentes e adultos: Cerca de um a cinco dias antes do início do exantema, observa-se febre baixa, tosse, coriza, cefaleia, mal-estar e linfadenopatia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Sarampo, Exantema Súbito (Roséola Infantum), dengue, Enteroviroses, Eritema Infeccioso (ParvovírusB19) e Ricketioses. EPIDEMIOLOGIA Últimos casos autóctones no Brasil foram em 2008. Em 2014 foi confirmado um caso importado de rubéola no estado do Rio de Janeiro. Abril/2015 Brasil recebeu do Comitê Internacional de Experts o documento da verificação da eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita. INTRODUÇÃO Catapora – doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna. Vírus Varicella zoster(VVZ) Família Herpetoviridae. Transmissão: contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias. Maior frequência em crianças e com incidência no fim do inverno e início da primavera. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), acompanhadas de prurido). Evolução rápida de mácula/pápula para vesícula e crosta. EPIDEMIOLOGIA No Brasil no período entre 2012 a 2017 foram notificados 602.136 casos de varicela no Brasil. Vacinação: Tetra viral (15 meses) + Varicela (4 anos). IMPORTANTE: Uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado, causando o Herpes- Zoster, conhecido também como cobreiro. ESTHER ANDRADE | TURMA 85 |Microbiologia – P.S.D. II INTRODUÇÃO Parotidite infecciosa, vulgarmente chamada de papeira. Doença viral aguda de alta morbidade e baixa letalidade. Família Paramyxoviridae Gênero Paramyxovirus (RNA); Ocorre em surtos, que acometem mais as crianças, mas que não excluem adolescentes e adultos, sendo nestes mais grave. Transmissão: por via aérea, pela própria saliva do indivíduo infectado ou por gotículas disseminadas. Raramente pode se dar através de objetos contaminados com a secreção do nariz ou boca. Período de transmissibilidade: uma semana antes do aparecimento dos sintomas e finaliza cerca de 10 dias após o início do quadro clínico. Período de incubação: 12 a 25 dias. Endêmica em grandes centros, onde há aglomeração de pessoas Surtos geralmente na primavera e inverno. PATOGÊNESE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Tropismo e sintomas: 1/3 é assintomático GLÂNDULAS PARÓTIDAS: 95% DOS CASOS SINTOMÁTICOSInfecção do epitélio de ductos Inchaço, edema, inflamação. Aumento das glândulas com pico em 48h e dor por cerca de 1 semana. GÔNADAS Orquite ocorre em cerca de 1/3 dos homens. Homens pós-puberdade, maioria unilateral replicação local de vírus e inflamação (metade tornam-se inférteis). SISTEMA NERVOSO CENTRAL: 10-20% DOS CASOS Neurovirulência varia entre as cepas Meningoencefalite: febre, dor de cabeça, dificuldade de movimentar pescoço. Normalmente resolve sem sequelas, mas pode ocorrer danos neurológicos permanentes. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Aumento de glândulas salivares, meningite, meningoencefalite, febre, vômito, pescoço rígido. LABORATORIAL Detecção de vírus - Espécime: 4-5 dias de sintomas – saliva - Isolamento de vírus em cultura de células - Imunofluorescência - RT-PCR - Sorologia ELISA é o padrão (amostras pareadas). TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE Não há tratamento específico, somente o de suporte. Vacinação é o método mais eficaz de prevenção tríplice (12 meses) e tetra viral (15 meses) vírus atenuado. Estudos com imunoglobulinas no tratamento de imunossuprimidos mostrou ser eficaz se administrada no início da infecção.
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