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Bactérias Gram-negativas de interesse médico Gênero Neisseria ● O gênero possui 2 patógenos humanos importantes: ○ N. meningitidis – meningite e meningococcemia. ○ N. gonorrhoeae – gonorréia, conjuntivite neonatal e a doença in�amatória pélvica. ● Propriedades importantes: Cocos Gram negativos, dispostos aos pares (diplococo), aeróbios. ● Imóveis, não formadores de esporos, a maioria das espécies cresce bem entre 35-37ºC. ● Microrganismos capnofílicos (cresce melhor em 5% de CO2), crescem melhor em ambientes úmidos. ● Todas as espécies do gênero são oxidase positivas e catalase positivas. ● A maioria das espécies humanas de Neisseria é habitante normal das vias respiratórias superiores e não é considerada patógena, embora ocasionalmente estes microrganismos sejam isolados de processos infecciosos. ● As espécies de N.meningitidise N.gonhorrhoeae são fastidiosas e requerem a presença de aminoácidos como suplemento, agar chocolate, ou outros meios enriquecidos. Neisseria meningitidis -meningococo ● Possui uma cápsula polissacarídica que aumenta a virulência pela sua ação antifagocitária e induz anticorpos protetores. ● São divididos em 13 grupos sorológicos com base na antigenicidade dos polissacarídeos capsulares (A,B,C,D,H,I,K,L,X,Y,Z,W135e29E). ● A maioria das infecções é provocada pelos sorotipos A, B, C, YeW135. ● Propriedades das cápsulas dos meningoccos: 1. Aumenta a virulência por sua ação fagocítica. 2. É o antígeno que de�ne o grupo sorológico. 3. É o antígeno detectado no líquido espinhal de pacientes com meningite. 4. É o antígeno da vacina. ● 3 gêneros bacterianos são responsáveis por mais de 80% das meningites bacterianas em indivíduos acima de 2 meses de idade: ○ Neisseria meningitidis. ○ Haemophilus in�uenzae. ○ Streptococcus pneumoniae. ➔ Epidemiologia ● Os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais dos meningococos, que podem ser transmitidos por gotículas disseminadas pelo ar. ● Colonizam as membranas da nasofaringe e se tornam parte da microbiota transitória do trato respiratório superior. Os portadores são assintomáticos (8-40%). ● A maior incidência da doença é em crianças menores de 5 anos. ● Aglomerações favorecem a disseminação respiratória dos meningococos. ● Da nasofaringe, penetram a corrente sanguínea e se disseminam para sítios especí�cos como as meninges ou para todo o corpo. ● Na meningite, os sintomas típicos são: febre, dor de cabeça, pescoço duro e um aumento nos níveis de PMNs no líquor. ● Outras síndromes causadas por N.meningitidis são pneumonia, artrite, uretrite. ➔ Tratamento e pro�laxia ● Crianças que se alimentam no peito têm imunidade passiva nos primeiros 6 meses. ● Antibioticoterapia para doentes (penicilina) e pro�lático para familiares (rifamicina, cipro�oxacina, ceftriaxona ou azitromicina). ➔ Imunização ● Vacina quadrivalente contendo polissacarídeos capsulares (A, C, Y, W135) ou conjugada com Hib (Haemophilus in�uenzae tipo b). Neisseria gonorrhoeae ● A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria Gram negativa que é transmitida principalmente pelo contato sexual. A infecção também pode acontecer em neonatos, em consequência de contato durante o nascimento. ● Causam doenças apenas em humanos. ● 50% homens e mulheres podem ter infecção assintomática (mais comum em certos sítios, como reto e faringe). ➔ Fatores de virulência ● Pilis -um dos mais importantes. ● Adesão. ● Ação antifagocítca. ● LOS. ● Diversidade antigênica. ● IgA protease. ● Proteínas de membrana. ➔ Epidemiologia ● É a IST mais disseminada, cujos fatores predisponentes são: ○ Alto grau de transmissibilidade. ○ Alta taxa de portadores assintomáticos mulheres. ○ Não tem vacinação. ○ Aumento da resistência aos antimicrobianos. ○ Liberdade sexual. ➔ Fatores de risco ● Fatores comportamentais: ○ Contato com paciente infectado, sintomático ou não. ○ Pro�ssionais do sexo. ○ Jovem < 25 anos de idade, sexualmente ativo, com múltiplos parceiros. ○ Sexo sem proteção. ➔ Aspectos clínicos, sinais e sintomas ● Nas mulheres ○ Corrimento vaginal. ○ Disúria. ○ Sangramento vaginal anormal. ○ Dor no baixo ventre. ○ Dispareunia (profunda). ● Nos homens ○ Corrimento uretral. ○ Disúria. ○ Prurido uretral. ○ Dor no epidídimo. ○ Dor e secreção retal (se proctite). ● Recém-nascidos ○ Conjuntivite. ○ Sepse OBS: A aplicação do colírio de nitrato de prata é obrigatória em todas as maternidades. A eritromicina também é utilizada. ➔ Complicações e sequelas ● Mulheres: ○ Doença In�amatória Pélvica - DIP ○ Infertilidade ○ Gravidez ectópica ○ Dor pélvica crônica ○ Síndrome de Reiter ● Homens: ○ Epidídimo-orquite. ○ Síndrome de Reiter. ○ Infertilidade (raro). ➔ Diagnóstico ● Coloração de Gram é muito sensível e especí�ca (exceto em pacientes assintomáticos para gonorréia, onde deve ser feita a cultura). ● Cultura(meios não seletivos – agar chocolate ou seletivos – agar Thayer-Martin). ● Testes para detecção de antígenos (N.meningitidis). ● Testes baseados em ácidos nucléicos. ➔ Tratamento e pro�laxia ● Penicilina: antigamente era a escolha. Atualmente, usar ceftriaxona ou combinação com azitromicina. ● Não existe vacina e�caz. ● Orientar: ○ Adesão ao tratamento. ○ Abstinência sexual durante o tratamento / se dose única até 7 dias após o tratamento (de ambos os parceiros). ○ Preservativos. ○ Parceiros devem ser tratados. ○ Pais de recém nascidos infectados. ○ Retorno ao médico. Bacilos gram-negativos relacionados ao trato respiratório Gênero Haemophilus Haemophilus influenzae ● Bacilos Gram-negativos – cocobacilos. ● Microrganismos associados a membranas mucosas. ● Necessitam de meios e cultivo enriquecidos com HEME (fatorX) e NAD (fatorV) para uma produção de energia adequada. ➔ Patogênese ● Infecta somente humanos. ● A meningite é causada por linhagens capsuladas (95% cápsula tipo b). ● Cápsula antifagocitária e a endotoxina, não há produção de exotoxina. ● Crianças com idades entre 6 meses e 6 anos. ➔ Diagnóstico ● Isolamento do organismos em ágar sangue aquecido (chocolate) enriquecidos com HEME (fatorX) e NAD (fatorV) Necessário para a respiração bacteriana. ➔ Tratamento ● Para meningite a outras infecções sistêmicas graves causadas por H. in�uenzae é a ceftriaxona. ● A meningite por H. in�uenzae não tratada exibe uma taxa de mortalidade de 90%. ● Infecções do trato respiratório superior como otite média e sinusite, são tratadas com amoxixilina-clavulonato ou trimetoprim-sulfametaxazol. Gênero bordetella Família Alcaligenaceae ● Cocobacilos Gram- negativos e aeróbios estritos, apresentam cápsula. ● Três espécies são reconhecidas como causadoras de doenças em seres humanos: ○ B. pertussis - agente causal da coqueluche. ○ B. parapertussis – forma mais branda da coqueluche. ○ B. bronchiseptica – doenças em animais domésticos e imunossuprimidos. Bordetella pertussis ➔ Fisiologia e estrutura ● A classi�cação das espécies de Bordetella é baseada em suas características de crescimento, habilidades bioquímicas e propriedades antigênicas. ● B.pertussis pode ser cultivada em meios de cultura suplementados com amido, sangue e albumina. ● São microrganismos imóveis, oxidam aminoácidos e não fermentam carboidratos. ● As outras espécies de Bordetella são menos fastidiosas e podem crescer em meio ágar sangue e ágar MacConkey. ➔ Patogenia e imunidade ● A infecção causada por B. pertussis e o desenvolvimento da coqueluche exigem a exposição ao microrganismo, a sua �xação às células epiteliais do trato respiratório e a proliferação microbiana e produção de lesão tecidual localizada. ● A �xação dos microrganismos aos cílios das células epiteliais é mediada por adesinas de superfície: proteínas do pili => hemaglutinina �lamentosa (FHA). ● B. pertussis produz várias toxinas que medeiam as manifestações clínicas da doença, dentre elas estão a toxina pertussis, a toxina adenilil-ciclase, a toxina dermonecrótica e a citotoxina traqueal. A maioria destas toxinas irritam as células super�ciais provocando tosse intensa e produção de muco. ➔ Síndrome clínica – Coqueluche ● A infecçãoinicia-se com a inalação de aerossóis. ● A coqueluche se caracteriza por três estágios: catarral, paroxístico e de convalescência. ● O estágio catarral lembra um resfriado comum com espirros, tosse branda, mal-estar, anorexia e febre baixa. ○ Neste estágio, numerosos microrganismos são liberados nos perdigotos (forma contagiosa da doença). ● O estágio paroxístico é caracterizado por acessos de tosse com a produção de muco, que é responsável pelo comprometimento das vias aéreas superiores. ● A fase de convalescença é caracterizada por diminuição da tosse, mas podem ocorrer complicações secundárias. ➔ Tratamento, prevenção e controle ● Antibicoterapia durante os estágios paroxísticos e de convalescença. ● A prevenção da doença pode ser feita com a imunização ativa com organismos mortos ou com uma vacina acelular com proteínas puri�cadas do microrganismo. ○ Geralmente é administrada conjuntamente com toxóides diftéricos e tetânicos em 3 doses, a partir dos 2 meses de idade, entre os 12 e 15 meses e uma dose na idade escolar. A imunização de adultos não é recomendada devido à doença ocorrer geralmente em crianças. ● Outras espécies de Bordetella ○ B. parapertussis é responsável por 10-20% dos casos de coqueluche branda. ○ B. bronchisetica – doença respiratória principalmente em animais. Gênero Legionella ● A legionella foi identi�cada pela primeira vez nas comemorações do segundo bicentenário dos EUA na Filadél�a. ● Desde a identi�cação, bactérias do gênero legionella são reconhecidas como uma causa comum de pneumonia comunitária e uma causa relativamente rara de pneumonia hospitalar e de pneumonias associadas aos cuidados da saúde. ● Doença dos Legionários: pneumonia associada a infecções pela espécie legionella. ● Febre de Pontiac: quadro febril, agudo e autolimitado. Legionella pneumophila ➔ Patogênese e Fatores de Risco ● As legionellas spp são onipresentes em habitats aquáticos e em sistemas de distribuição de água. ● A Legionella pneumophila resiste a temperaturas de 50 ° C durante várias horas. ● Os patógenos sobrevivem como parasitas intracelulares de amebas, protozoários ciliados. ● Os fatores que aumentam o risco de formação de bio�lme incluem a presença de nutrientes (tanto na água da fonte e os materiais que compõem o sistema de água). ● A doença do legionário adquirida no hospital tem sido associada à presença de legionella nos reservatórios de água, e �ltros de ar condicionado. ● A transmissão da doença dos legionários ocorre principalmente através da inalação de aerossóis infectados com os microorganismos se aderindo às células epiteliais respiratórias e macrófagos alveolares. Outros modos menos comuns de transmissão são a microaspiração de água contaminada ou contato direto com ferida cirúrgica. ● As causas e patogênese da febre de Pontiac ainda não são conhecidas. A febre de Pontiac é causada por inalação de um aerossol de água ambiental contendo microrganismos e suas toxinas, incluindo Legionella spp. ➔ Sintomas da doença dos Legionários ➔ Diagnóstico Laboratorial ● A doença do Legionário pode ser diagnosticada por métodos de culturas e por outras técnicas. ● Coloração de Gram de escarro contém neutró�los. ● Cresce em meio ágar carvão-levedura suplementado com cisteína e ferro. ● Legionella pneumophila pode ser detectada por imuno�uorescência de amostras clínicas (urina, tecido pulmonar) ➔ Tratamento ● A levo�oxacina e a azitromicina. ● A azitromicina, doxiciclina, ou levo�oxacina pode ser considerada como terapia de primeira linha. ➔ Prevenção ● A chave para a prevenção da doença do Legionário é a manutenção adequada dos sistemas de água, redução do consumo de cigarros e álcool. Bacilos gram-negativos relacionados ao trato intestinal Família Enterobacteriaceae ● Escherichia. ● Shigella. ● Salmonella. ● Citrobacter. ● Klebsiella. ● Enterobacter. ● Serratia. ● Proteus. ● Yersinia. ● Grupo heterogêneo de bastonetes Gram-negativos de importância clínica. ○ Menos de 20 espécies são responsáveis por mais de 95% das infecções. ○ Infecções se iniciam a partir de um reservatório animal, de um portador assintomático humano ou através da disseminação endógena. Escherichia coli ● Bacilos Gram negativos. ● Não esporulados. ● Anaeróbios facultativos. ● Síndromes: gastroenterites, disenteria, septicemia, pneumonias, meningite. ● Habitat: TGI de homem e animais. ● Quando isolada em água e alimentos - condições higiênicas insatisfatórias - indicador de contaminação fecal. ● Patotipos Escherichia coli ○ E. coli enterotoxigênica – ETEC. ○ E. coli enteropatogênica – EPEC. ○ E. coli enteroinvasiva – EIEC. ○ E. coli enterohemorrágica – EHEC. ○ E. coli enteroagregativa - EAEC. ● E. coli possui vários componentes que contribuem para sua capacidade de causar doenças: ○ Pili. ○ Uma cápsula. ○ Endotoxina. ○ E 3 exotoxinas (enterro toxinas – 2 causam diarreia aquosa e uma diarreia sanguinolenta e Síndrome hemolítica-urêmica. 1. Infecção do trato intestinal ● Adesão do pili às células do jejuno e íleo e produção de enterotoxinas que causam diarreia. ● Alimentos ou água contaminada (108 a 1010 células). ● Causa diarréia do viajante ● Toxinas ST (termoestáveis) e LT (termolábeis) estimulam o sistema adenilato ciclase intestinal, induzindo ao aumento de cAMP, o que leva a perda de �uidos e eletrólitos - diarréia aquosa. ● Diarréia não sanguinolenta, sem exsudatos in�amatórios , similar a da cólera. ● As Linhagens entero-hemorrágicas (EHEC). ○ Contágio por alimentos contaminados. ○ Dose infecciosa baixa (<100 bactérias). ○ Causam desde diarréias leves até colites hemorrágicas. ○ E. Coli O157:H7 – síndrome hemolítica-urêmica – verotoxina atinge o sangue e causa anemia hemolítica, trombocitopenia e insu�ciência renal aguda. 2. Infecções sistêmicas – cápsula e a endotoxina causam infecções em vários órgãos - meningite neonatal. 3. Infecções do trato urinário – as linhagens uropatogênicas caracterizam-se por um pili contendo adesinas que se ligam ao epitélio do trato urinário. ➔ Diagnóstico Laboratorial ● Cultivados em placa ágar sangue e ágar MacConkey. ➔ Tratamento ● Trato urinário – penicilinas orais. ● Meningite neonatal – antibióticos parenterais (cefalosporinas de 3ª geração – cefotaxima. ● Diarreias – não se usa antibióticos – Imodium diminui os sintomas e reidratação. ➔ Prevenção ● Manutenção das boas condições higiênicas para reduzir o risco de contaminação dos alimentos. ● Manipulação adequada dos alimentos e a puri�cação da água. ● Alimentos bem cozidos, principalmente carnes. ● Remoção de cateteres. Salmonella ● Bacilos Gram-negativos. ● Não produtores de esporos. ● Anaeróbios facultativos ● Temperatura ótima de crescimento: 35 a 37°C (5 – 45 °C). ● Febre tifóide, febres entéricas e enterocolites (salmoneloses). ● Doenças podem ser divididas em 3 grupos: ○ Febre tifóide (S. typhi) - Transmitida pela água e alimentos contaminados com material fecal humano. Sintomas mais graves, febre alta, diarreia, vômitos e septicemia. Duração dos sintomas: 1 a 8 semanas. ○ Febre entérica (S. paratyphi) – semelhante à tifóide, mas com sintomas mais brandos. Duração dos sintomas: no máximo 3 semanas. ○ Salmoneloses (demais espécies de Salmonella - S. enteritidis e typhimurium) – sintomas como diarreia, febre, dores abdominais e vômitos. Período de incubação: 12 a 36 horas. Duração dos sintomas: 1 a 4 dias. ➔ Tratamento ● Enterocolites – reposição de �uidos. ● Febres entéricas – tifoide e septicemia – ceftriaxona ou ciprofoxacina. ➔ Prevenção ● Medidas de saúde pública – tratamento de esgotos, cloração da água, lavagem das mãos, pasteurização do leite, cocção apropriada dos alimentos. ● Controle dos portadores assintomáticos. ● Evitar contaminação cruzada (tábuas de carne, p.ex.). ● Febre tifóide e entérica - antimicrobianos. Shigella dysenteriae ● Anaeróbios facultativos. ● Habitat natural: TGI de homem e primatas. ● Dose infecciosa DI50 – muito baixa – 10 - 100 organismos. ● S. dysenteriae – shigelose ou disenteria – apenas em humanos Doença essencialmente pediátrica. ● Transmissãoé fecal-oral. Shigelose ➔ Sintomas ● 1 a 3 dias após a infecção (Int. delgado => enterotoxina – diarreia aquosa). ● Cólicas abdominais, febre e fezes sanguinolentas e com pus. ● Antibioticoterapia recomendada para reduzir o risco de disseminação secundária (outras pessoas). Shigella dysenteriae ➔ Diagnóstico ● Foram colônias não fermentadoras de lactose em ágar MacConkey. ● Coloração com azul de metileno em amostra fecal. ➔ Tratamento ● Reposição de �uidos e eletrólitos. ● Em casos severos – cipro�oxaxina ➔ Prevenção ● Boas práticas de higiene pessoal. ● Destino adequado de lixo e dejetos. ● Locais comuns, de uso coletivo, tais como colégios, creches, hospitais, penitenciárias, que podem apresentar. ● Riscos => melhoria das condições sanitárias. Vibrio cholerae ● Bacilos Gram-negativos, em forma de vírgula. ● Anaeróbios facultativos. ● Móveis. ● Halotolerantes. ● Habitat: TGI de homens e animais, água oceânicas e costeiras. ● São três de importância médica: ○ Vibrio cholerae - cólera. ○ Vibrio parahaemolyticus - 8% de NaCl– diarréia, febre, vômitos, dores abdominais. ○ Vibrio vulni�cus – infecções de pele e tecidos moles – celulites e septicemia (imunocomprometidos). 1.Vibrio cholerae - Coléra ● Agente etiológico do cólera – toxina colérica. ● Transmitido por contaminação fecal (água e alimentos). ● Reservatórios: Frutos do mar (camarão, ostra). ● Dose infecciosa: 106 → bactérias são sensíveis aos ácidos do estômago. ● Incubação: 6 horas a 5 dias. ● Sintomas: diarreia moderada ou intensa, dores abdominais, câimbras, náuseas, vômitos, tonturas. ○ Autolimitada (1 a 5 dias). ○ Casos mais severos: perda de mais de 1 litro de fezes por hora, levando à perda rápida de líquidos e morte na ausência de terapia. ● Diagnóstico ○ Foram colônias em ágar MacConkey. ○ É oxidase-positivo. ○ Aglutinação do organismo pelo soro. ● Tratamento ○ Reposição de �uidos e eletrólitos, via oral e endovenosa. ● Prevenção ○ Medidas de saúde pública que garantam suprimento de água e alimentos limpos. ○ A vacina só tem 50% de e�cácia por 3 – 6 meses. Campylobacter C. jejuni e C. coli ● Infecções são zoonóticas (cabras, galinhas e cachorros). ● Transmissão: via fecal-oral; consumo de água e alimentos contaminados. ● Causa frequente de gastrenterites, especialmente crianças e lactentes → autolimitada. ● Inicialmente diarréia aquosa, seguida pela presença de sangue e fortes dores abdominais. ● Bastonete curvo, espiral, �agelo polar em uma ou ambas as extremidades. ● Microaeró�lo (3 a 6% de O2 ). ● Habitat: intestino de aves, roedores e gado. ● Transmissão é via fecal oral. ● Diagnóstico Laboratorial: ○ cultivado em ágar sangue. ● Tratamento: ○ Eritromicina ou cipro�oxacina. ● Prevenção: ○ Lavagem das mãos. ○ Tratamento do esgoto. Helicobater H. pylori ● 85% das úlceras gástricas e 95% das úlceras duodenais. ● Habitat natural: Estômago humano. ● O microrganismo é adquirido provavelmente por ingestão. ● Transmissão: em geral na infância, membros da mesma família. Helicobacter pyroli ● Motilidade. ● Produção de urease. ● Fuga do suco gástrico e proteção sob a Mucina Bactéria se acopla às células secretoras de muco da mucosa gástrica. ● Produz amônia (neutraliza acidez estomacal), induz resposta in�amatória – dano da mucosa. ● Perda da capa mucosa protetora provoca gastrite e úlceras gástricas – dores abdominais recorrentes podendo ser acompanhadas por sangramentos. Sem bacteremia ou disseminação da doença. ● Diagnóstico: esfregaços de biópsia da mucosa corada pelo Gram, cultura e sorologia. ● Tratamento: Amoxicilina e metronidazol e sais de bismuto. ● Prevenção: não existe vacina ou outras medidas preventivas especí�cas.
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