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CISTOS ODONTOGÊNICOS Acadêmicos: Amarildo Neres/Jessica Colen/Larissa Barros/Marcela Matos/Rogéria Sena. Introdução: - São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. Classificação: Cisto da Lâmina Dentária Cisto Primordial (Queratocisto) Cisto Dentígero Cisto de Erupção Cisto Periodontal Apical Cisto Periodontal Lateral Cisto Gengival do adulto Cisto Odontogênico Calcificante CISTO DE LÂMINA DENTÁRIA •Encontrados na grande maioria dos recém-nascidos (80%) •Apresentando-se como pequenos nódulos esbranquiçados, • Localizados nos rebordos alveolares dos maxilares •Tratamento. Não há indicação CISTO PRIMORDIAL(QUERATOCISTO) •Pouco freqüente, assintomático; •Raramente apresenta manifestações clínicas evidentes. Quando alcança um grande tamanho, pode apresentar tumefação e relato de dor. •A mandíbula é mais envolvida em relação à maxila, ocorrendo a maior freqüência na região de 3º molar inferior (76 CISTO DENTÍGERO •índice de incidência maior que o primordial, mais freqüente em adolescentes e adultos jovens. •A lesão envolve a coroa de um dente não irrompido •crescimento lento, assintomático •O tratamento é eminentemente o cirúrgico, CISTO DE ERUPÇÃO: Características clínicas e patogenia: O cisto de erupção é uma variedade de cisto dentígero associado a um dente decíduo ou permanente em processo de erupção. Aspectos histológicos: O revestimento epitelial do cisto, originário do epitélio reduzido do esmalte, é constituído por 2 a 3 camadas celulares de epitélio estratificado e, pela presença constante de células inflamatórias agudas. Tratamento: Normalmente o cisto se rompe, devido ao traumatismo mastigatório; o dente erupciona e a lesão desaparece. Quando isto não acontece, o aumento do volume gengival pode provocar dor, sendo necessária a ulotomia. CISTO PERIODONTAL APICAL Características clínicas e Patogenia: É uma lesão originária a partir da permanência de um cisto periodontal apical após a remoção da unidade dentária que originou o processo inflamatório. Tratamento: O tratamento para esta lesão é a sua enucleação, devendo-se ter cuidado para que não permaneçam restos epiteliais císticos, evitando assim possíveis evoluções. CISTO PERIODONTAL LATERAL O cisto periodontal lateral é um tipo de cisto odontogênico, de etiologia desconhecida, sua prevalência na população não é frequente. Essa lesão ocorre geralmente na região de pré-molares inferiores, é assintomática e, em alguns casos, ocasiona expansão da cortical óssea. Radiograficamente, apresenta radio-lucidez unilocular bem definida. CISTO GENGIVAL DO ADULTO É uma lesão incomum, que se origina da lâmina dentária. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum após os 40 anos. Acomete principalmente região dos caninos e pré molares da mandíbula, sendo que se localiza dentro do tecido gengival e não invade o osso. CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE Características clínicas e Patogenia: - 1% dos cistos dos maxilares; - "lesão peculiar que ocupa uma posição anômala entre cisto e neoplasia"; - A área mais afetada por este cisto é a região anterior; - Manifestação clínica caracterizada pelo aumento de volume; - (1/3) desenvolvem-se em regiões extra ósseas; - Quanto a patogenia da lesão, existe dificuldade na sua elucidação; Classificação: - Tipo 1, com os seguintes padrões: - Tipo 1A - unicística simples; - Tipo 1B - produtos de odontoma; - Tipo 1C - com proliferação ameloblastomatosa. - Tipo 2 - Considerado uma neoplasia com algumas características microscópicas do cisto odontogênico calcificante, apresenta epitélio ameloblastomatoso e o desenvolvimento de um cisto é um aspecto secundário. Características Radiográficas: - Usualmente aparecem como uma área radiolúcida, de contorno regular e bem demarcado; - corpúsculos calcificados. Aspectos Histológicos: - revestimento epitelial com a camada basal constituída de células cúbicas ou colunares, e camada de células semelhantes às do retículo estrelado; - presença de células fantasmas. Tratamento: enucleação cirúrgica. CISTOS FISSURAIS OU DE DESENVOLVIMENTO CISTO DO CANAL INCISIVO (conduto incisivo, conduto nasopalatino): - localizado no interior do canal nasopalatino ou nas suas proximidades; - É originário da proliferação de restos epiteliais encontrados no canal nasopalatino. - pode provocar a divergência das raízes dos incisivos centrais; - pode aparecer em qualquer idade; - Na maioria dos casos é assintomático; CISTO PALATINO MEDIANO: - Lesão pouco frequente; - Região mediana do palato duro; - Proveniente do epitélio aprisionado na linha de fusão dos processos palatinos da maxila; - Assintomático; - A imagem radiográfica mostra uma área de destruição óssea radiolúcida; - Tratamento: remoção cirúrgica com curetagem. CISTO GLÓBULO - MAXILAR: - Raramente apresenta sintomatologia; - Desenvolvimento entre os incisivos laterais e o canino superior; - Originários de proliferação de restos epiteliais confinados na linha de fusão do processo maxilar com o processo nasal mediano; - Necessidade de um exame clínico e radiográfico cuidadoso para eliminar-se a hipótese de cisto apical envolvendo o incisivo lateral; - Área radiolucida de contorno nítido, formato de “pêra”. - Tratamento: remoção cirúrgica. CISTO NASOLABIAL: - Sua provável origem é atribuído a remanescentes epiteliais alojados na junção dos processos globular, nasal lateral, e maxilar. - Raro encontrar algum comprometimento ósseo. - O diagnóstico é eminentemente clínico caracterizando-se pelo edema localizado na região da prega mucolabial podendo estender-se para o assoalho do nariz. - O cisto deve ser removido através de uma enucleação cirúrgica. CISTO MANDIBULAR MEDIANO: ➢ Origem: Se considerarmos o seu desenvolvimento originário de restos epiteliais aprisionados na fissura mediana da mandíbula, quando da fusão dos arcos mandibulares, este é realmente um cisto de desenvolvimento ➢ É um cisto pouco frequente não apresentando, na maioria das vezes, expansão perceptível clinicamente de cortical óssea. ➢ A imagem que a radiografia pode apresentar é a de uma área de destruição óssea, radiolúcida, de bordos nítidos, podendo ser unilocular ou multilocular. ➢ O tratamento é cirúrgico, com preservação dos dentes adjacentes, quando possível. CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: ➢ Originado da proliferação de remanescentes epiteliais do tratotireoglosso embrionário (do forame cego da língua e a glândula tireóide). ➢ É um cisto raro que pode ocorrer em qualquer idade, mas usualmente relatados em casos de jovens. ➢ Desenvolvimento é lento, assintomático, podendo variar de tamanho e posição ao longo do trajeto entre o forame cego na língua e a região da glândula tireóide. ➢ O cisto apresenta uma massa tecidual, na linha média, de consistência firme a palpação, móvel, e dependendo da sua localização pode trazer dificuldade na deglutição. ➢ O tratamento para o cisto do ducto tireoglosso é a excisão cirúrgica total e cuidadosa evitando-se, assim, a recidiva que é frequente neste tipo de cisto. CISTO LINFOEPITELIAL: ➢ Originário da proliferação de restos de tecidos provenientes dos arcos bronquiais ou das bolsas faringeanas. ➢ Este tipo de cisto tem como origem a proliferação de resto epiteliais de glândulas salivares inclusos nos nódulos cervicais. ➢ O cisto localiza-se na porção lateral do pescoço, próximo ao ângulo da mandíbula. ➢ O seu desenvolvimento é lento e assintomático, constituindo-se em uma massa móvel e de pouca consistência à palpação, que pode ter duração de semanas a muitos anos. ➢ O tratamento preconizado é a enucleação cirúrgica cuidadosa, a fim de, evitar-se recidiva. CISTO DERMÓIDE: - Embora receba o nome de cisto dermóide ou epidermóide, na realidade é uma forma de teratoma cístico originário do epitéliogerminativo embrionário. Pode se desenvolver em diversas áreas do corpo, porém, é na boca a localização mais frequente. O assoalho de boca, a região submandibular e sublingual, são os locais comuns de ocorrência. O desenvolvimento se dá geralmente em jovens, mas nas regiões bucais pode acarretar um deslocamento de estruturas teciduais subjacentes causando dificuldade na deglutição e na fonação. O tratamento do cisto dermóide e a sua remoção cirúrgica com prognóstico muito bom, raramente tendo recidiva. CISTO ÓSSEO SIMPLES: O cisto ósseo simples, também conhecido como cisto ósseo traumático, cisto ósseo hemorrágico, cisto ósseo solitário, cavidade óssea idiopática e cisto ósseo de câmera única, é uma cavidade óssea benigna vazia ou com conteúdo fluido. Por não possuir revestimento epitelial em seu interior, ele é classificado pela Organização Mundial de Saúde como uma lesão não neoplásica relacionada aos ossos CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO: O cisto ósseo aneurismático é uma lesão benigna e rara dos maxilares, que geralmente possui comportamento local agressivo. O crescimento e surgimento rápido, áreas osteolítica e abaulamentos das corticais são características clínicas comuns. Os exames complementares de imagem e histopatológico são essenciais para o correto diagnóstico e planejamento cirúrgico. O objetivo desse estudo é apresentar um relato de caso de cisto ósseo aneurismático, tratado cirurgicamente por isso de enucleação, e discutir a patogênese da doença, abordando seus aspectos clínicos. Descritores: Cisto ósseo aneurismático; Tumor de mandíbula; Patologia oral. CISTO ÓSSEO ESTÁTICO (cisto ósseo latente, depressão mandibular de desenvolvimento de glândula salivar) O "cisto" ósseo estático na realidade parece ser um defeito ósseo decorrente da pressão exercida pela glândula submandibular na parede interna do corpo da mandibular e portanto, não constituindo-se em um cisto verdadeiro. Outros autores, contudo, atribuem esta cavidade a inclusão do tecido glandular no interior do osso mandibular durante o seu desenvolvimento embrionário. É assintomático e constitui-se em um achado radiográfico durante exame de rotina. Radiograficamente aparece como uma imagem radiolúcida ovóide de contorno nítido, localizada normalmente abaixo do canal mandibular e logo adiante do angulo de mandibular é importante lembrar que na diferenciação com o "cisto" hemorrágico, este quase sempre está localizado acima do canal mandibular. É uma lesão rara não necessitando de tratamento quando perfeitamente diferenciado de outras lesões. Referências: Altini M., Shear M. The lateral periodontal cyst: an update. J. Oral Pathol. Med.: 1992; 21:245-50. Buchner, A. The Central (intraosseous) Calcifying Odontogenic cyst : an analysis of 215 cases. J. Oral and Maxillofac Surg. 1991; 49:330-9. Buchner A.; Merrell, P.W.; Hansen, L.S., Leider; A.S. Peripheral (extra osseous) Calcifying Odontogenic Cyst. A revieus of forty-five-cases. Oral Surg Oral. Med Oral. Pathol 1991; 72:65-70. Buchner A, Hansen L. S. The histomorphologic spectrum of the gingival cyst in the adult. Oral. Surg. Oral Med Oral Pathol 1979; 48:532-9. Nxumalo TN, Shear M. The gingival cyst of adults. J. Oral Pathol. Med. 1992; 21:309-13. Praetorius, F.; Hjorting-Hausen, R.; Gorlin, R.J.; Vickers, R.A. Calcifying odontogenic cyst. Range, variations and neoplastic potential. Acta Odont Scond 1981; 39:227-40. Wysocki, G.P.; Brannon R.B.; Gardner D.G.; Sapp P. - Histogenesis of the lateral periodontal cyst and the gingival cyst of adult. Oral. Surg. Oral. Med. Pathol 1980; 50:327-34
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