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1 Trocadores de Calor Profa. Dra. Lorena Oliveira Pires Engenharia Química Instituto de Química Unesp - Araraquara Trocador de Calor de Placas Composto por um suporte em que placas independentes de metal, sustentadas por barras, são presas por compressão entre uma extremidade móvel e outra fixa. Entre placas adjacentes, formam-se canais por onde os fluidos escoam. A troca de calor se dá através de cada placa. De um lado da placa, tem-se o fluido frio, e do outro, o quente. • Foram introduzidos na indústria de alimentos na década de 30 em razão da facilidade de limpeza • Escoamento • Canais formados e fluidos escoando • Principais partes constituintes: • Placas • Juntas de Vedação 2 • Bocais • Placas Conectoras • Feitas por prensagem • Apresentam superfícies com corrugações • Maior resistência à placa • Maior turbulência aos fluidos em escoamento • Podem ser feitas de materiais que possam ser prensados • Aço inox, titânio, ligas titânio-paládio, ... • Mesmo que uma vedação se rompa, a mistura entre os fluidos é improvável, pois há sempre duas vedações separando os fluidos. • As bolsas em volta do bocal possuem respiros para a atmosfera (locais sem vedação) • Caso haja vazamento no bocal, por exemplo, o líquido sai do trocador e uma segunda vedação impede a mistura com o outro fluido • Diferentes tipos de corrugações • Mais comuns: • “espinha de peixe” (herringbone) • “tábua de lavar roupa” (washboard) 3 • As corrugações permitem que haja ponto de contato entre placas • Importante consultar catálogos de fabricantes • Características e dimensões: • Espessura de 0,5 a 3 mm • Canais de escoamento: 2 a 5 mm; deq= 4 a 10 mm • Área de troca de calor: 0,01 a 5 m2 • Relação comprimento largura: 1,8 (mínimo p/ evitar má distribuição do fluido) Juntas de Vedação • As juntas de vedação são as responsáveis pelo direcionamento dos fluidos dentro do trocador, impedem a mistura entre eles e evitam o vazamento para o exterior; • Distribuem os fluidos pelos dois lados da placa; • Ocupam toda a periferia da placa, dois bocais integralmente e a parte externa dos outros dois bocais de cada placa; • Devem ser de um material flexível para ocorrer a vedação com a compressão das placas (normalmente diferentes tipos de borrachas). Material Tmáx (oC) Aplicação Acrilonitrila-butadieno 135 Gorduras Isobutileno-isopreno 150 Aldeídos, cetonas Etileno-propileno (EPDM) 150 Grande variedade Viton (fluorcarbono) 175 Combustíveis, óleos minerais, vegetais e animais Fibra de amianto comprimido 260 Solventes orgânicos Há sempre duas juntas separando os fluidos. Mesmo com o rompimento de uma delas não ocorre a mistura entre os fluidos Bocais • Entrada e saída dos fluidos • Podem estar localizados em um ou em ambos os extremos do trocador • Quando estão na mesma extremidade, parte fixa, o trocador pode ser aberto sem ser desconectado das tubulações 4 • O escoamento pode ser diagonal ou vertical em função da posição dos bocais e juntas de vedação nas placas • Configuração vertical é a mais comum Placas Conectoras • Estas placas permitem que o trocador opere com 3 fluidos e seja dividido em duas seções: uma para aquecimento e outra para resfriamento. • Aplicação: pasteurização 2 3 4 5 6 7 8 9 Trocador de Placas • Comparando com os trocadores Casco e Tubo, os de Placas serão viáveis se: • A pressão de operação for menor que 30 bar; • As temperaturas forem inferiores a 180 oC; • Houver vácuo não muito elevado; • Houver volumes moderados de gases e vapores, com ou sem mudança de fase. Vantagens • Facilidade de acesso à superfície de troca, substituição de placas e facilidade de limpeza • Uso consagrado na indústria de alimentos • Flexibilidade 5 • Possibilidade de alteração da área de troca • Grandes áreas de troca ocupando pouco espaço • Compactos comparados ao Casco e Tubo • Pode operar com mais de dois fluidos • Elevados coeficientes de transferência de calor em razão das corrugações das placas. Para número de Reynolds de 10 – 400, já se tem regime turbulento; • Incrustação reduzida em razão da alta turbulência, ocasionando menos paradas para limpeza; • Baixo custo inicial; • Não é necessário isolamento, apenas as bordas das placas são expostas à atmosfera; • Não ocorre mistura das correntes mesmo que a vedação falhe; • Pequeno volume de fluido retido no trocador: permite respostas rápidas no controle de variáveis. Restrições • Pressão • “Qualquer trocador de placas resiste a pressões de 7 atm, muitos podem ser projetados para 10 atm, alguns para 15 atm, poucos para 20 atm e um ou dois para 25 atm”. • Temperatura • Máxima de 260 oC, se amianto, nem sempre utilizável em consequência da baixa flexibilidade • 180 oC para outras juntas 6 • Vazão • Máxima de operação de 2.500 m3/h com bocais de até 400 mm Configurações de Escoamento • Possível passe único ou múltiplos • Em termos gerais, escoamento em série ou paralelo • Série • Vazão total passa por todas as placas em série • Corrente muda de direção após cada placa • Paralelo • Corrente se divide e depois se junta Arranjo 1/1 • Contracorrente com uma passagem para cada fluido • Escoamento pode ser em “U” ou em “Z” dependendo da posição dos bocais • Utilizado quando se opera com grandes vazões e necessita-se de pequenas variações de temperatura • Número de canais dependerá da capacidade do trocador e da perda de carga • No arranjo em U os 4 bocais estarão na extremidade fixa do trocador facilitando a abertura do trocador. É a configuração preferida. • No arranjo em Z a distribuição do escoamento é mais homogênea 7 Configurações de Escoamento • As placas das extremidades não são placas de troca de calor • Para efeito de troca, o número de placas é n-2 Arranjo 2/2 • Múltiplas passagens • Passes ou passagens conectadas em série • Neste arranjo com dois passes, 2/2, os fluidos escoam por duas passagens em série com o mesmo número de canais em todas as passagens • Nos dois casos exemplificados a operação é em contracorrente, exceto na placa central, onde os fluidos mudam de direção e o escoamento é paralelo; • Arranjo utilizado para serviços com grandes variações de temperatura e pequenas diferenças de temperaturas entre os fluidos Arranjo 2/1 • Um fluido com passagem única e outro com duas passagens em série • Metade da unidade em contracorrente e metade em paralelo 8 • Utilizado quando um dos fluidos apresenta vazão muito maior do que o outro ou menor perda de carga admissível • O fluido com maior vazão escoa com uma passagem e maior número de canais Trocador de Calor de Placas • Comparando ao trocador Casco e Tubos pode-se dizer que: • O número de passagens no lado tubo pode ser comparado ao número de passes de qualquer dos fluidos • O número de tubos de cada passagem pode ser comparado ao número de canais por passagem do trocador de placas • Não há informação disponível sobre projeto desses trocadores pois foram desenvolvidos nas empresas que os produzem • www.alfalaval.com • www.apv.com Outros tipos de Trocador de Calor Trocador de Calor Espiral Trocador de Calor Tipo Lamela 9 Páginas de fabricantes • http://www.alfalaval.com/products/heat-transfer/tubular-heat- exchangers/Shell-and-tube-heat-exchangers/Aalborg-MD/ • http://www.spx.com/en/apv/pd-010_mp-phe-gasketed-industrial/
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