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Infecções Odontogênicas 📍 As infecções Odontogênicas geralmente são causadas por bactérias que tem propensão a provocar a formação de ABSCESSOS situados profundamente e quase sempre requerem algum tipo de terapia cirúrgica como: - Exodontia - Incisão - Drenagem dos espaços faciais profundos da cabeça e pescoço - Terapia antibiótica é um tratamento adjunto para a cirurgia. Etiologia das Infecções - Periapical: cáries, necrose pulpar e infecção periapical. Geralmente envolvem perfuração óssea. - Periodontais: periodontite (bolsa periodontal, pericoronarite. Raramente envolvem perfuração óssea. ~> Principal Causa: micro-organismos orais. As infecções Odontogênicas mostram- se quase invariavelmente polimicrobianas, uma combinação de bactérias aeróbias e anaeróbias. As bactérias infiltram nos tecidos moles mais profundos e se espalham por meio da produção de hyaluronidase possibilitando a propagação de infecção pelos tecidos subcutâneos. Os subprodutos bacterianos criam um ambiente ácido que facilita o crescimento de anaeróbios, quebra do tecido e de leucócitos, e a necrose por liquefação (abcesso). - As infecções quando tratada de modo inadequado, uma infecção vai progredir e se disseminar pelo caminho de menor resistência. Geralmente na palatina e na vestibular. Não conseguimos enxergar esses abcessos pela radiografia, pois é preenchido por tecido mole, a escolha ideal seria a tomografia. Fatores Determinantes da Propagação - Posição das raizes - Espessura das corticais vestibular/lingual, palatina, apical. - Altura das inserções musculares: vestíbulo-bucal, espaço faciais. - Se a infecção se expandir, pode causar problemas respiratórios - Se atingiu tecidos profundos ~> Bucomaxilo. Principais Sinais e Sintomas FASE DE INOCULAÇÃO - (edema), as bactérias invasoras começam a colonizar (3 dias após o início dos sintomas) - edema vermelho difuso, mole e pastoso, moderadamente macio. FASE DE CELULITE - resposta inflamatória intensa provocada pela microbiota mista infectante (terceiro a quinto dia do início dos sintomas). Indica maior gravidade com progressão incerta - acompanhar o paciente cuidadosamente. - edema vermelho firme, difuso, mal-definido extremamente doloroso a palpação. FASE DE ABCESSO - os micro-organismos anaeróbios predominam. Começa a formação de pus. - edema e vermelhidão mais bem definidos e localizados, consistência muda de firme para flutuante. FASE DE RESOLUÇÃO - quando a infecção é drenada, a deseja do hospedeiro destrói as bactérias envolvidas e a cura começa a ocorrer. Princípios dos Tratamento 1. Controle da fonte da infecção: eliminar a fonte da infecção. 2. Drenagem cirúrgica ou espontânea 3. Mobilização do sistema de defesa do hospedeiro: se a carga bacteriana significativa existir (pus ou celulite) o sistema de defesa do hospedeiro pode não ser capaz de superar a infecção. Os antibióticos não devem ser considerados como a forma principal ou única de tratamento para infecções. São adjuvantes ao tratamento. - O cirurgião-dentista deve prestar atenção nos sinais e sintomas como: - paciente fadigado e letárgico - aparentar aumento do esforço respiratório - tiver uma alteração no padrão de voz - for incapaz de lidar com secreções (salivar demais) - Inspeção: da expansão, assimetria, eritema (vermelhidão) e se o paciente consegue abrir a boca. - Palpação: consistência da lesão infecciosa pode ser mole e normal, pastosa, firme e rígida (endurecida) ou flutuante. É altamente provável haver uma grave infecção presente. Áreas mais comuns do Edema de cabeça e pescoço ~> Temporal, Orbital, Nasolabial, Bochecha, Ângulo da mandíbula e ao longo da borda inferior da mandíbula. I I " ÷ -a PM COLI Trismo - A abertura limitado de boca pode indicar o envolvimento de espaços profundos (músculos da mastigação), os quais necessitam de um tratamento agressivo por um cirurgião bucomaxilofacial para evitar a progressão para os espaços mais profundos e o comprometimento das vias respiratórias, geralmente o trismo é sempre acompanhando de edema. Trismo grave - secundário de uma infecção odontogênica exigem drenagem cirúrgica e eliminação da fonte de infecção sob anestesia geral em ambiente hospitalar. * Exame intra-bucal: áreas como as paredes da faringe, a úvula e o assoalho da boca devem ser examinadas. As infecções que se estendem para essas áreas podem comprometer vias respiratórias, e as anormalidades devem ser registáramos e investigadas mais a fundo. * Palato duro e mole, vestíbulo facial, gengiva e dentição. * Exame de Imagem e Laboratoriais: Radiografia periapical, panorâmica, tomografia computadorizada de feixe cônico. * Guta-percha pode ajudar no rastreamento no dente que está causando a infecção. Avaliação do estado dos Mecanismos de Defesa do Paciente - Doenças metabólicas - Condições inadaquadamente controladas que afetam o sistema imunológico - Diabetes - Alcoolismo grave - Desnutrição - Cânceres hematológicos - HIV - Imunossupressores e corticosteroides. Tratamento - A cirurgia inclui: ~> Incisão e drenagem extração dos dentes problemáticos. ~> Todas as formas de eliminação da origem da infecção, além da extirpação da polpa (com terapia definitiva do canal radicular subsequente) e da terapia periodontal. - Drenagem: ~> Acesso Cirúrgico - o paciente tenha amplitude de movimento mandibular adequada para possibilitar acesso suficiente para incisar, explorar e drenar a área infectada. ~> analgésicos e ansiolíticos poderão ser usados. ~> usar anestesia de bloqueio. ~> assepsia e antissepsia. - Incisão e Drenagem: ~> O comprimento da incisão deve ser de pelo menos 10 a 15mm. ~> A profundidade deve ser suficiente para atravessar as camadas dos tecidos mucosos e submucosos. - Tem que ser considerado na hora da incisão a cicatriz facial e a possível lesão do nervo vestíbular e facial. Referências e Imagens - Livro Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea, Sétima Ed. Parte 4/Cap 16.l
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