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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA DE MATO GROSSO 
 
CAMPUS CONFRESA 
 
BACHARELADO EM AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
NÁDILLA CRISTINA MARTINS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE JARDINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFRESA - MT 
2021 
 
TIPOS DE JARDINS 
Um jardim é um espaço planejado, normalmente ao ar livre, para a exibição, 
cultivação e apreciação de plantas, flores e outras formas de natureza, existindo pelo 
menos desde os egípcios. Pode incorporar tanto materiais naturais quanto artificiais. 
Existem diversos tipos de jardins, que se diferenciam por suas características e funções. 
Jardinagem é a atividade de cultivar e manter um jardim, podendo ser realizada por um 
jardineiro profissional ou amador. 
Os primeiros registros referentes a jardins encontram-se no Oriente próximo, 
considerada a região berço das civilizações modernas. Nesta revisão vamos fazer uma 
breve abordagem aos diferentes tipos de jardins clássicos, desde a Mesopotâmia até aos 
Romanos, passando pelos jardins Egípcios e Gregos seguindo pelos jardins Franceses, 
Inglês ao Oriental. 
Jardins da Mesopotâmia 
Os jardins Assírios e Babilónicos 
A região da Mesopotâmia, situada entre os rios Eufrates e Tigre, caracterizava-se 
pelas suas cidades estadas, bastante evoluídas, especialmente nas áreas da escrita e das 
ciências. Como tal, não é de admirar que tivessem desenvolvidos técnicas de cultivo e 
de irrigação inovadoras. 
Sistemas de Irrigação 
Os novos sistemas de irrigação permitiram não só enfrentar o clima seco e árido 
da região como também o cultivo de espécies não autóctones que de outra forma nunca 
conseguiriam sobreviver. Os Assírios tiraram partido dos evoluídos sistemas de rega 
para manter hortas e pomares que lhes permitia alimentar a população. Por conseguinte, 
os jardins assírios tinham uma forte componente agrícola.Em contrapartida, os jardins 
babilónicos apostavam mais na vertente da ornamentação de espaços exteriores, 
tornando-os locais de convívio de eleição. O exemplo mais icónico dos jardins da 
Antiguidade são os Jardins Suspensos da Babilónia. 
Funcionalidade e Religiosidade 
Os jardins da Mesopotâmia rodeavam palácios e templos, aliando funcionalidade 
e religiosidade. De facto, era palco de banquetes e celebrações, além de serem locais de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito_Antigo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tipo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardinagem
encontro do poder político e religioso da época.Nestes jardins cultivavam-se legumes e 
frutos que serviam de oferendas aos deuses venerados pelo povo. 
Espécies mais usadas 
Algumas das árvores, árvores e flores mais comuns dos jardins da Mesopotâmia 
eram os salgueiros, os ciprestes, os cedros, os ébanos, os carvalhos, as romãzeiras, as 
tamareiras, as roseiras, os lírios, as tulipas, os lótus, os álamos e, como não poderia 
deixar de ser, as palmeiras. 
Os jardins Egípcios 
No Egito, os jardins tinham principalmente a função de refrescar, por conta do 
clima quente e árido. Cada casa possuía seu próprio jardim, não como adorno, mas sim 
para que cada casa tivesse seu cultivo próprio. As pessoas mais ricas iam além da 
plantação, o jardim era organizado em torno de uma ou mais piscinas. Elas serviam 
como viveiro de peixes, reservatórios de água e como fonte de ar fresco para a casa, que 
se situava nas proximidades. 
Com o tempo, os jardins egípcios foram-se focando na função lúdica do espaço, 
relevando para segundo plano a vertente agrícola. A geometria e a simetria dos 
elementos estavam sempre presente. As árvores, usadas para criar sombra e minorar o 
calor intenso da região, eram dispostas junto às casas e serviam para delimitar os 
espaços. Os tanques retangulares com plantas aquáticas e diversos animais são outro 
elemento característico. De salientar que as flores tinham fins decorativos, mas também 
medicinais. Nos jardins situados em zonas que inundadas pelo Nilo, as plantas eram 
colocadas mais perto dos vales, divididas por canais de irrigação. A paixão dos egípcios 
pelos seus jardins era tal que costumavam pintá-los nas tumbas para que os mortos 
pudessem desfrutar deles no Além. 
Espécies mais usadas: 
Neste tipo de jardins da Antiguidade era comum encontrar papiros, palmeiras, 
sicômoros, figueiras, tamareiras, videiras, lótus, lírios, papoulas e crisântemos. 
Os jardins Persas 
Os jardins da Antiga Pérsia eram influenciados pelos mesopotâmicos, gregos e 
egípcios, uma vez que os Persas absorviam aspetos culturais e científicos dos territórios 
que ocupavam. Um dos traços mais característicos deste tipo de jardins da Antiguidade 
advém do fascínio que os Persas sentiam por perfumes. É com este povo que a 
plantação de plantas passa a ter um cunho muito mais decorativo do que funcional, já as 
plantas passaram a serem plantadas pela sua beleza, cores e perfumes. 
A representação do paraíso através da relação dos reinos vegetal e animal é o 
grande objetivo subjacente aos jardins persas. Como tal, era comum incluírem bosques 
onde os animais passeavam livremente e podiam ser caçados. O equilíbrio era também 
atingido através da plantação linear das diferentes árvores e toda esta paz era protegida 
por muros que delimitavam os jardins. 
Por norma, os jardins persas eram divididos em quatro através de dois cursos de 
água que se cruzavam, formando uma cruz. Cada uma destas quatro partes representava 
um dos elementos do universo, ou seja, terra, fogo, ar e água. Ainda que houvessem 
inúmeras fontes, ricamente trabalhadas, não existiam quaisquer esculturas de imagens 
humanas por ser proibido pela religião. 
Espécies mais usadas 
De entre as plantas e árvores usadas destacam-se as laranjeiras, as amendoeiras, 
os plátanos, os ciprestes, as palmeiras, as açucenas, as roseiras, as tulipas e os jasmins. 
Na Pérsia, o imperador era visto como um deus que tornava fértil o solo que pisava. Por 
isso, durante o inverno eram tecidos tapetes com imagens de jardins que eram pisados 
pelo imperador, para garantir que os jardins iriam florescer na primavera. Os dois 
jardins persas mais emblemáticos são o Paraíso de Cyrus, localizado em Persépolis, a 
capital persa, e o jardim do Taj Mahal, na Índia. 
Os jardins Gregos 
Este jardins da Antiguidade rompem com a simetria e a organização dos jardins 
persas por causa do clima seco, do solo rochoso e do relevo montanhoso que caracteriza 
grande parte do território grego. Podemos dividi-los em dois tipos distintos: 
Bosques Sagrados 
Os Bosques Sagrados estão intimamente ligados à religião, uma vez que eram os locais 
onde as divindades visitavam a Terra, logo eram locais sagrados. Assim, os jardins eram 
erigidos junto a santuários e permaneciam o mais natural possível, afastando ao máximo 
a presença do homem. 
Jardins comuns 
O fator decorativo não era valorizado, pelo que os jardins gregos eram essencialmente 
virados para a funcionalidade e para a subsistência. Como tal, as árvores de frutos eram 
presença habitual. Por seu turno, as flores eram oferendas para os deuses. Sob a 
influência do pensamento racional e intelectual que caracterizava os Gregos, os jardins 
apresentavam estátuas bastante realistas de figuras humanas e de animais. Além disso, a 
presença de pórticos e colunas ligava de forma harmoniosa o interior das habitações 
com o exterior, tornando os jardins num prolongamento das casas. 
Espécies mais usadas 
De entre as diversas espécies que caracterizavam os jardins gregos, destacam-se 
as pereiras, as videiras, as macieiras, as romãzeiras, as figueiras e as oliveiras, bem 
como cravos, íris ou roseiras. 
Os jardins Romanos 
Os jardins romanos mostravam todo o seu esplendor nas casas de campo que os 
altos dignitários mandavam erigir nos arredores de Roma. As maravilhosas vilas eram 
acompanhadas dos chamados Jardins dos Prazeres, onde a monumentalidadeera norma 
e o objetivo paisagístico era criar refúgios onde se pudesse usufruir do agradável aroma 
das flores, do ar fresco e puro, livre do pó e da confusão da cidade. Na maior parte das 
vezes, as vilas dispunham também de um peristilo, ou seja, uma espécie de pátio 
interno, onde existia um jardim que era o ponto central do edifício. Sob a alçada de 
conceitos arquitetónicos rígidos, estes jardins da Antiguidade pautavam pela 
organização e pelo método. 
Curiosamente, elementos como os buchos, o louro-anão ou os cipestres eram 
moldados para adquirirem formas geométricas, humanas ou de animais, assumindo o 
papel de estátuas, dando origem à arte topiária. 
Espécies mais usadas 
Num jardim romano era muito comum existirem plátanos, coníferas, 
pessegueiros, macieiras, amendoeiras e videiras. 
JARDIM MEDIEVAL 
Na idade média a concepção de jardins foi marcada pela simplicidade. Os jardins 
eram cultivados nos mosteiros e castelos, em espaços planos e fechados. Neles se 
cultivavam plantas úteis para alimentação, medicinais e floríferas para a ornamentação 
de altares. Geralmente estes jardins eram contornados por cercas revestidas por 
trepadeiras ou espécies arbustivas. Os caminhos cortavam-se em ângulos retos, 
evocando a cruz cristã. Nos mosteiros o pensamento religioso aproximava os monges do 
ideal de paraíso encontrado na natureza e os próprios religiosos cultivavam as plantas. 
Nestes locais muitas plantas aromáticas e medicinais eram utilizadas. A construção de 
labirintos nos jardins de castelos são relatados neste período, assim como a arte de 
dobrar ramos para formar alamedas. As pinturas, não testemunharam grande 
desenvolvimento na arte dos jardins existentes naquela época, fato que segundo 
historiadores comprometeram a descrição dos mesmos. 
RENASCIMENTO 
O período do Renascimento na Europa, depois da Idade Média, influenciou 
fortemente o estilo dos jardins. O culto da forma fazia com que as plantas fossem 
interpretadas como esculturas que se integravam à imponência das construções. Os 
jardins europeus do século XV ao século XVIII são suntuosos e elaborados, e incluíam 
elementos como estátuas e fontes. Esses jardins assumem características próprias em 
cada país. Na Itália, são mais volumosos e opulentos; na França predominava a 
vegetação de porte baixo, de modo a revelar totalmente a grandiosidade das 
construções. Neste período as formas geométricas e a simetria predominam e a 
arquitetura é muito valorizada. 
O estilo denominado clássico iniciou com o renascimento italiano. A cidade de 
Florença (séc. XIV) era a capital da pintura e dos jardins. Neste período muitos 
elementos da Antiguidade, como divindades pagãs eram elementos de destaque nos 
jardins. 
JARDIM FRANCÊS 
 Na França, no período do Renascimento os reis e senhores de posse também 
tiveram seus jardins. O estilo italiano predominava nas principais características dos 
jardins, mais aos poucos a tradição francesa foi se impondo. O jardim clássico francês 
era caracterizado por plantações baixas, permitindo maior destaque e visibilidade das 
construções. De maneira geral, a composição predominante era constituída por 
topiarias, que podiam conter canteiros com plantas floríferas para maior destaque na 
primavera-verão. O uso da perspectiva em grandes espaços tinta o objetivo de causar 
admiração, mostrar o poder e a superioridade do proprietário. Os jardins eram 
construídos com um plano geométrico preciso e metódico, sendo orientado por 
caminhos em dimensões monumentais. 
Neste período o paisagista mais famoso foi Andrè Le Nôtre que inicialmente 
ficou conhecido pelo jardim do castelo Vaux-le-Vicomte, pertencente ao ministro das 
finanças francês. Le Nôtre foi influenciado pelo estilo italiano, mas tinha um estilo 
próprio voltado para a exuberância e admiração. O rei Luís XIV ao visitar o castelo 
Vaux-le-Vicomte ficou enciumado e sob alegação de desvio de dinheiro público, 
mandou prender o proprietário. 
Em seguida contratou Le Nôtre para projetar um jardim ainda mais magnífico, 
nos arredores da cabana de caça de seu pai, em Versalhes. O Jardim de Versalhes 
contemplou uma área de 732 hectares, com 3 km de comprimento. Nesses jardins a 
grandiosidade era exaltada pela perspectiva e rigoroso traçado simétrico. A construção 
de urnas, vasos e imagens eram feitas inicialmente em gesso e depois da aprovação do 
rei, eram esculpidas em mármore. Em Versalhes, os jardins foram estruturados em uma 
série de terraços abertos onde eram construídos canteiros elaborados com topiaria em 
buxinhos. 
Os espaços internos dos canteiros eram preenchidos com flores coloridas, e os 
externos por pedras brancas trituradas, para contrastar com o verde da topiaria. A 
topiaria também estava presente em árvores, e as plantas também eram consideradas 
elementos da arquitetura. As plantas eram dispostas de forma alinhada e conduzidas em 
formas geométricas. O gramado era denominado de “tapete verde” e apresentava-se 
sempre de maneira impecável. Os vasos de plantas, as esculturas em mármore e demais 
elementos também seguiam um alinhamento formal. 
JARDIM INGLÊS 
 No século XVIII, paralelamente ao aparecimento do Romantismo, surge o 
jardim inglês naturalista ou paisagista que busca a volta à natureza. O jardim inglês 
diferenciava-se do francês em vários aspectos, incluindo a diversidade de plantas. A 
princípio o jardim inglês parecia ser informal, pelo cultivo livre e de grande variedade 
de flores, mas era muito detalhado com relação as espécies e a composição em si. 
 O planejamento era formal, mas a implantação era informal. No jardim inglês a 
delimitação dos espaços, por muros e sebes, era muito utilizada. As espécies herbáceas 
anuais e as perenes arbustivas se misturavam com bulbosas, flores silvestres e forrações. 
O destaque da composição poderia ser uma árvore, um lago ou uma vista panorâmica. 
Este estilo paisagístico incluía gramados extensos e bem cuidados. 
 O jardim seguia uma orientação assimétrica, o que permitia aos usuários o 
efeito de descoberta e surpresa. O projeto era definido pelo grupo de árvores, sendo 
comum o emprego de árvores nativas, que podiam incluídas ou removidas da paisagem, 
conforme a intenção projetual e a vista a ser alcançada. Os elementos arquitetônicos 
utilizados remetiam a época da Antiguidade, sendo utilizadas ruínas ou formas mais 
exóticas como os pagodes chineses, pontes indianas e arcos góticos. A água era sempre 
atrativa, na forma parada ou em movimento, formava extensos espelhos d’água ou 
lagos. Este estilo de jardim foi utilizado em parques e jardins públicos para 
proporcionar áreas livres e abertas em áreas urbanas. O estilo inglês passou por uma 
evolução nos séculos XIX e XX e foi denominado de Jardim Eclético Inglês pelo fato 
de ser desenvolvido em direção a um tema principal, que ordenava a paisagem em 
harmonia com a natureza. 
JARDIM ORIENTAL: CHINÊS E JAPONÊS 
O início da jardinagem na China data de 2000 a.C. e passou ao Japão no século 
VI, sendo transformando pela cultura e interpretação japonesas. Tanto na China como 
no Japão, o jardim era voltado à recriação da natureza, e o ponto em comum entre os 
dois era a presença de uma montanha ou um lago. 
O jardim chinês era um jardim fundamentado na contemplação, imobilidade e 
silêncio. E os elementos que o compunham assumiam significado simbólico, 
transmitindo mensagens espirituais. Os jardins eram construídos em função da 
topografia, clima e vegetação existentes, sem se prenderem as formas rígidas e 
simétricas. 
Essa concepção projetual influenciou os jardins ingleses do século XVIII. A 
presença de uma montanha e de água sempre foram elementos marcantes do jardim 
chinês. A água estava presente em vários espaços do jardim e a montanha e o lago 
representava uma imagem do paraíso. As pedras eram consideradas elementos de 
grande beleza e eram utilizadas para contornar a água, ladearcaminhos e criavam 
espaços para a meditação. Outros elementos como areia, edificações, pontes e lanternas 
eram utilizados com o desejo de unir a vida quotidiana com a natureza. 
Os jardins japoneses também eram apropriados para meditação e repletos de 
simbologia. Em sua aparente simplicidade, eram extremamente elaborados, e neles, 
cada detalhe assumia grande importância. O princípio da arte nos jardins japoneses 
consistia em concentrar a atenção no essencial, seja nas formas precisas ou na vegetação 
utilizada. 
Assim como no jardim chinês os elementos como água, pedras, cascalho, pontes 
e lanterna eram utilizadas para compor uma paisagem elaborada. Os caminhos de pedras 
de formatos irregulares permitiam atravessar o jardim e proporcionavam também a 
conservação dos caminhos de areia. A areia era utilizada para representar a água nos 
jardins que não a possuíam. Somente se utilizavam plantas perenes para se ter uma 
estabilidade da paisagem o ano todo. Pinheiros, cerejeiras, camélias, azaléias, bambus e 
grama japonesa são normalmente alguns dos elementos vegetais presentes. Dentre as 
árvores, a preferida era o Acer, com suas variações de cores e folhas e algumas espécies 
de pinus com formas e texturas variadas. Entre as frutíferas cultivavam-se a amendoeira 
e a cerejeira. Nos lagos a presença de carpas era sempre constante, e possuía uma 
simbologia voltada para a fecundidade. A água também simbolizava os momentos de 
calma, e os momentos de agitação quando em movimento.