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Julia Silva Afecções Do Sistema Respiratório De Grandes Animais Anatomia · Narinas · Fossas nasais – abertura do seio nasal · Septo nasal · Seios paranasais · Nasofaringe · Bolsas guturais (equinos) · Palato mole · Traqueia · Brônquios, bronquíolos · Pulmões · Cavidade pleural Particularidades funcionais: a frequência respiratória media normal do cavalo adulto em repouso é de 20 movimentos por minuto com um volume corrente de 5 litros. A taxa de ventilação de 100 litros por minto, sendo que em exercício aumenta a frequência respiratória e o volume corrente para 1500 litros por minuto. Fonte: InfoEquestre, 2020. Trajeto Do Ar Nas Vias Áreas Inspiração: narinas cavidades nasais faringe (palato mole, bolsas guturais, osteo intrafaringeo, epiglote e cartilagem cornicular) laringe (aritenoides, cartilagem corniculadas, cordas vocais e epiglote) traqueia (70-80 cm x 5 cm – 48-60 anéis) brônquios bronquíolos pulmão Expiração: faz o caminho oposto. Funções fisiológicas básicas das vias aéreas Trocas gasosas: ventilação pulmonar, difusão de gases entre alvéolos e sangue, transporte de sangue e líquidos para os tecidos, difusão dos gases para os tecidos e periferia vascular, regulação da ventilação e demais aspectos da respiração. Além de olfato, fonação (sons característicos) e termorregulação. O sistema respiratório pode ser um fator limitante para a performance do anima. A principal função do sistema respiratório é propiciar as trocas gasosas, qualquer alteração estrutural que modifique a permeabilidade das vias aéreas ao ar tem impacto direto na função pulmonar. Durante o exercício grande parte da resistência ao fluxo de ar é determinada pelas vias aéreas superiores. Hematoma Etmoidal Definição: massas angiomatosas (sangue, hemossiderina e tecido fibroso), progressivas (lenta), não neoplásicas. Etiologia: processo inflamatório crônico, principalmente secundaria a sinusites, idiopático, micro hemorragias recorrentes. Localização: sub mucosa do etmoide turbinado, assoalho e parede dos seios maxilar e frontal ou ocasionalmente comprometendo os seios paranasais. Animais com idade superior há 10 anos. Sinais Clínicos Redução da capacidade respiratória e queda de performance, dispneia, ruido respiratório (hematoma se estende na cavidade nasal ou distorce os seios paranasais). Corrimento nasal (uni ou bilateral), serossanguinolento/mucopurulento, linfadenomegalia submandibular ipsilateral, movimento de cabeça, halitose, dificuldade respirtatoria, ptialismo e anemia. Casos severos: deformidade facial e/ou alterações de bolsa gutural. Diagnostico · Histórico · Sinais clínicos · Exame radiográfico · Exame endoscópico: massa capsulada, lisa, coloração vermelha, filetes de sangue/secreção · Definitivo: exame histológico do tecido Diagnostico diferencial: rinite, trauma, neoplasia, cisto em cavidade nasal ou seios paranasais, colapso de traqueia. Tratamento Conservativo em casos de neoformações < 5cm ablação (laser via endoscopia com infusão intralesional com formaldeído 4%, crioterapia, AINEs. OBS: Acompanhamento endoscópico a cada 3 meses. Neoformações > 5cm: cirúrgico – remoção da massa e destruição de sua origem, sendo necessário previamente ser feito fluidoterapia, colheita de sangue (doador – transfusão), técnica por meio de trepanação/flap ósseo (Frontonasal). Cuidados trans operatórios · Controle da hemorragia · Cirurgia em estação · Sucção · Solução gelada e epinefrina · Criocirurgia · Compressão – gaze rolo · Oclusão temporária da carótida Complicações do hematoma · Invasão dos seios frontal e esfenopalatino · Invasão da cavidade nasal · Necrose óssea · Placa cribiforme – meningoencefalite · Sinusite recorrente
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