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atividade 01- TRILHAS TRAB

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO 
DA XX VARA DO TRABALHO DE BELÉM/PA. 
 
 
 
 
 
 
LEIA ORGANA, brasileira, estado civil, auxiliar de escritório, 
portadora da identidade de RG nº XXXXXXXXX, e inscrito no CPF sob o nº 
XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada no endereço, bairro, cidade, Estado, 
CEP nº, por meio do seu advogado, devidamente habilitado nos autos, 
conforme procuração que segue (Doc. 01), vem, à presença de Vossa 
Excelência, com fulcro no artigo 840 da CLT, propor: 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
 
Em face da empresa VIAGENS GALÁXIA DISTANTE, pessoa 
jurídica do direito privado, inscrita no CNPJ sob o nºXXXXXX, com sede no 
endereço, bairro, cidade, Estado, CEP nº, pelos fatos e fundamentos que passa 
a expôr. 
 
 
I- DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem 
prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência 
anexa (DOC. 04), com fundamento no Artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e 
Art. 98 do NCPC. 
Desse modo faz jus à concessão da gratuidade de justiça. 
 
II- DOS FATOS 
A reclamante informou que foi contratada pela reclamada por 
meio de uma seleção feita na cidade de Abaetetuba para uma vaga de trabalho 
em Belém/PA, e quetrabalhou de 10/01/2015 até 10/02/2021, exercendo a 
função de Auxiliar de escritório. 
A trabalhadora também exibe cópia dos seus contracheques 
(Doc. 05) onde consta apenas o valor do salário de R$ 1.500,00 (mil e 
quinhentos reais), com a realização ainda de descontos relativos ao INSS, 
FGTS e Vale Transporte. 
 Informa também que possui dois filhos com a idade de 2 e 5 
anos, respectivamente, fato que é de conhecimento da reclamada além de que, 
demorava uma hora no trajeto de ida e outra uma hora no de volta, que 
realizou exame médico admissional e demissional e durante o período de 
gravidez do seu último filho precisou se ausentar 3(três) vezes para realização 
de exame médico e que em todas as ocasiões sofreu desconto por conta da 
falta. 
 A reclamante ainda informa, que sua CTPS nunca foi assinada 
durante todo o período que trabalhou para a reclamada e que a última vez que 
gozou férias foi 10/01/2019. 
No ato de sua dispensa, recebeu apenas os dias trabalhados, e 
que esta se deu por justa causa em razão de inúmeras faltas da reclamante no 
trabalho, entretanto a mesma informa que nunca faltou ao trabalho durante 
todo o período do pacto laboral. 
Por fim, esclarece a reclamante que por diversas vezes era 
maltratada pelo proprietário da empresa, Sr. Han Solo, que lhe chamava de 
burra e incompetente todas as vezes que alguma coisa da empresa dava 
errado. 
 
III- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
III.1- DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
 
Para que se caracterize o contrato de trabalho, é necessário haver 
continuidade, subordinação jurídica, onerosidade e pessoalidade 
concomitantemente, conforme prevêêm os artigos 3º e 4ºda CLT que positivam 
essa relação bilateral entre empregador e empregado. 
Com base nisso e nos fatos ora expostos, a Reclamante trabalhou para a 
reclamada, em que pese, atendento aos requisitos descritos o que caracteriza 
o vínculo de emprego. Logo, requer que seja reconhecido o vínculo 
empregatício para que a Reclamada proceda à anotação da CTPS da 
Reclamante, sendo amparada por todos os efeitos legais, como pagamento 
referente a todas as verbas rescisórias e indenizatórias, advindas da rescisão 
do contrato de trabalho, bem como a liberação das guias de Seguro 
Desemprego ou pagamento de indenização correspondente. Com fundamento 
no art. 7° da Constituição Federal. 
 
Nesse mesmo sentido se debruça Francisco Rossal de Araújo, 
ao afirmar que, verbis: 
“O desajuste entre fatos e documentos pode ocorrer 
de várias formas, incluindo-se dentro da abrangência 
dos vícios de vontade, já que normalmente expressam 
uma declaração de vontade a respeito de determinada 
prestação ou condição contratual. Os vícios podem 
resultar da intenção deliberada de simular uma 
situação jurídica, de dolo, de erro, de coação e de 
fraude contra terceiros. Pode, ainda, derivar da 
própria falta de organização do empregador, que 
mantém registros atrasados, ou não atualizados, ou, 
ainda, descumpre certos requisitos formais 
estabelecidos em lei. No âmbito processual, o 
princípio da primazia da realidade deve ser 
compreendido no contexto do princípio inquisitório, 
peculiar ao Processo do Trabalho, e do princípio da 
busca da verdade real pelo julgador...” 
 
 
 
Por fim, com base nas circunstâncias fáticas em que se deu, a 
ralação havida entre as partes é incontestável. 
 
III.2-DA ASSINATURA DA CTPS 
Apesar do vínculo trabalhista inquestionável, conforme se 
comprova por meio dos documentos acostados aos autos, a reclamante não 
teve sua CTPS devidamente assinada durante os 06 (seis) anos em que 
trabalhou para a reclamada. 
Resta claro o descumprimento, por parte da reclamada, do art. 13 
e 29, §3°, ambos da CLT. 
Portanto, a reclamante requer que seja efetuado o devido registro 
nos termos trabalhados e períodos de vigência, e benefícios a serem 
arrecadados, para que assim possa gozar de todos os direitos trabalhistas 
decorrentes do ato. 
 
III.3-SALÁRIO-FAMILIA 
 
Como já exposto anteriormente, a reclamante possui dois filhos com 2 e 5 anos 
ambos menores de 14 anos, que de acordo com a regra contida nos dispositivos 
legais, terá direito ao benefício do salário família. 
Sendo a reclamante considerada de baixa renda salarial (mínimo legal), e 
genitora de 2 filhos menores de 14 anos, preenche todos os requisitos 
essenciais em conformidade com o Art. 7º, XII, da CF/88. 
 
 
IV- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA POR JUSTA CAUSA 
 
Ante o exposto inexiste prova material que justifique a dispensa 
por justa causa, pois a conduta da Reclamante, sempre foi exemplar, 
cumprindo com todos os seus deveres contratuais. 
Portanto, a dispensa por justa causa motivada pelas faltas não 
justificadas, deve ser desconsiderada. 
 
Requer que a reclamada comprove que a reclamante preenche os requisitos do 
art. 482, “e”, da CLT. E que após comprovado o não preenchimento, seja 
realizado o procedimento lícito de dispensa com todos os direitos decorrentes 
deste. 
 
V- DAS FÉRIAS VENCIDAS 
 
 
Durante todo o período em que trabalhou para a reclamada, a 
reclamante gozou férias apenas período de 10/01/2019. No entanto, conforme 
previsão da Consolidação das Leis trabalhistas, todo trabalhador deve gozar de 
trinta dias de férias sempre após doze meses de trabalho. 
Ocorre que as férias devem ser concedidas pelo empregador em 
um só período a cada 12 (doze) meses, período este em que o trabalhador 
adquire do gozo da mesma conforme previsto no artigo 134 da CLT. 
Portanto, a reclamante faz jus ao recebimento de todas as férias 
em dobro, simples e proporcional tudo acrescido do terço constitucional 
previsto em Lei. Além disso, também a legislação positiva esse direito no artigo 
137 da CLT, referente ao devido acréscimo de 1/3. 
 
VI- DA MULTAS DO ARTIGO 477 E 467 
 
 
Tendo em vista que as verbas rescisórias não foram pagas, e por 
se tratarem de verbas incontroversas, requer seja aplicada a multa do 
artigo 467 da CLT, caso a reclamada não às pague em audiência. Do mesmo 
modo, requer a aplicação da multa de 50% do artigo 477 da CLT pelo 
inadimplemento parcial das verbas rescisórias até o presente momento. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10711950/artigo-467-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10710324/artigo-477-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Conforme expresso nos artigos: 
Conforme narrado anteriormente, a Reclamantenão recebeu as 
verbas rescisórias dentro do prazo legal previsto pelo § 6º do artigo 477 da 
Consolidação das Leis do Trabalho, fazendo, assim, jus a multa prevista na 
parte final do artigo 477, § 8º, da CLT. 
Deverá a Reclamada pagar as verbas incontroversas na primeira 
audiência, sobre pena de pagamento em dobro, conforme determina o artigo 
467 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
 
VII- DO DANO MORAL 
Segundo relata a reclamante, por diversas vezes era maltratada 
pelo proprietário da empresa, Sr. Han Solo, que lhe chamava de burra e 
incompetente todas as vezes que alguma coisa da empresa dava errado, 
causando grande contrangimento a mesma frente seus colegas de trabalho. 
Logo, compete à justiça do trabalho julgar pedido de indenização por danos 
morais causados aos trabalhadores quando este advém da relação de 
emprego, com fundamento no art. 114, VI da CF, e que seja assegurado o 
direito a indenização pelo dano moral decorrente de sua violação. 
 
 
VIII - DOS PEDIDOS 
 
Com base no que já foi exposto, requer: 
 
1) A citação do Réu (reclamado) para oferecer resposta no prazo legal sob pena 
de preclusão, revelia e confissão; 
2) A concessão da justiça gratuita, bem como a fixação do pagamento de 
honorários advocatícios a serem pagas pela demandada; 
3) Que julgue totalmente procedente todos os direitos pedidos durante a vigência 
do contrato de trabalho de: 
-Vínculo empregatício 
-Da inexistência da falta grave; 
- Registro e baixa na ctps; 
-13° salário; 
-Multa do art. 467 e 477 da CLT; 
-Aviso prévio; 
- Indenização por danos morais 
-Salário família 
-Multa do artigo 467 da clt sobre férias + 1/3; 
-Seguro desemprego; 
-FGTS 
-Honorários 
4) Requer, ainda, a expedição de ofícios aos órgãos locais do MT, INSS, DRT e 
CEF, para que tomem conhecimentos das irregularidades apontadas, bem como, 
ao representante do Ministério Público do Trabalho, em razão das irregularidades 
apontadas. E também pela fraude à lei, com a fiscalização e competente 
aplicação das multas estabelecidas. 
 5) Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, tais como juntada de novos documentos, expedição de ofícios, 
perícias, depoimento pessoal do representante legal da reclamada, sob pena 
de confissão (Enunciado 74 do C. TST), oitiva de testemunhas, bem como 
qualquer outro meio que no curso da instrução se faça necessário. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 90.142,01 (Noventa mil cento e quarenta e dois 
reais e um centavo). 
 
 
Nesses Termos, pede Deferimento. 
 
Local, data. 
 
 
Assinatura do Advogado 
Número de Inscrição na OAB

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