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Reclamação Trabalhista

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AO JUÍZO DA ___VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE MARACANAÚ/CE
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
FRANCISCO MURIÇOCA (prenome), (nacionalidade), (estado civil), desempregado, portador do RG nº (...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico (...), representado por sua Advogada, conforme procuração anexa, com endereço profissional no (endereço completo com CEP), endereço eletrônico (...), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor, com fulcro no art. 840, da CLT e art. 282, do CPC, a presente ação de RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face das EMPREGADORAS CHIKS SERVIÇOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita no CNPJ (...), localizada no (no endereço completo com CEP), com sede na cidade de Imirim, São Paulo, e CHARLIE VAILLE, pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita no CNPJ (...), localizada no (endereço completo com CEP), com sede na (...), pelos fatos e fundamentos a seguir delineados.
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
O Reclamante faz jus ao benefício de justiça gratuita, nos termos do artigo 790, §4°, da CLT, que dispõe:
O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
Deste modo, tendo em vista que o Reclamante se encontra desempregado, não possuindo renda suficiente para arcar com as custas do processo, sem deixar de cumprir com as suas obrigações alimentares e a subsistência de sua família, requer, desde logo, os benefícios da justiça gratuita. Ademais, o artigo 98, do CPC, também prevê que aquele que estiver insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios terá direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
Vale ainda atentar-se para a necessária observância aos princípios constitucionais indispensáveis dispostos no artigo 5°, inciso XXXV, da CR/88, que deixa claro que a todos é assegurado o direito de acesso a justiça em defesa de seus direitos, mesmo não tendo condições financeiras suficientes para cumpri com as custas processuais, desde que, seja comprovada. 
Por via de Direito, nos resta claro que este benefício se trata de uma conduta tipificada também no novo Código de Processo Civil de 2015, na redação do artigo 99, e seus parágrafos, que segue:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
Deste modo, segue anexa aos autos a declaração de hipossuficiência (fls.x), dotada de presunção de veracidade, nos termos da súmula 463 do TST:
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-I, com alterações decorrentes do CPC de 2015)
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015).
Então, pelas razões de fato e de direito expostas, e com fundamento nos artigos mencionados, requer seja deferida ao Reclamante o referido benefício de Justiça Gratuita, pelos direitos que a ele são inerentes.
II – DA RELAÇÃO DE TRABALHO
Ocorre que, na data de 10/10/2013, o Sr. FRANCISCO, ora Reclamante, foi admitido pela Reclamada, a saber, empresa CHIKS SERVIÇOS LTDA, para desenvolver, nas dependências da CHARLIE VAILLE, localizada em Maracanaú, a função de Supervisor de Serviços Gerais. 
Deste modo, as suas funções consistiam em supervisionar os serviços de limpeza e vigilância, assim como, adquirir os produtos de limpeza, organizar os locais de trabalho dos subordinados e suas cargas horárias e, por fim, era responsável também pelo recebimento e envio, via e-mail, de todas as documentações necessárias ao desenvolvimento de suas funções para a Sede da Reclamada, localizada na cidade de Imirim, São Paulo. Além disso, todas as ordens demandas ao Reclamante pela Reclamada, também eram realizadas exclusivamente via e-mail.
Vale ainda ressaltar, Excelência, que em nenhum momento em todo o transcurso de tempo trabalhado, a empresa assinou a CTPS do Reclamante, deixando claro o desrespeito e o descumprimento das normas estabelecidas em nosso Ordenamento Jurídico, já que esta é uma conduta vedada por lei. Desta forma, a Reclamada deixou o seu colaborador a mercê de não adquirir os direitos inerentes ao seu trabalho. 
O Reclamante percebia como valor de sua contraprestação o saldo de apenas R$ 1.000,00 (um mil reais), depositado sempre no 5º dia útil do mês pela Empresa Reclamada. 
Ocorre, Excelência, que em fevereiro do ano de 2018 a empresa em questão cessou o contrato de trabalho com o funcionário, sem oferecer sequer nenhuma justificativa pelo ocorrido. Em consequência disso, o Reclamante tentou contato inúmeras vezes com a empresa, onde em todas elas não obteve nenhum êxito. Então, buscou auxílio na própria em empresa onde prestava o seu serviço, e a mesma também não soube lhe explicar o porquê do ocorrido e também pela conduta da empresa Chiks. E, como se não bastasse, a empresa está com o salário do Reclamante atrasado. 
Então, não mais restando outra via para preservar seus direitos e garantir a Justiça, o Sr. Francisco busca no judiciário a solução rápida e eficaz para o seu caso.
III - DA COMPETÊNCIA 
Depreende-se dos fatos narrados que o Reclamante foi admitido pela empresa Chiks Serviços LTDA, com sede em São Paulo, na cidade de Imirim. Porém, o serviço prestado se dava em Maracanaú. Logo, com fulcro no artigo 651, da Consolidação das Leis Trabalhistas, a regra geral de competência para julgar a presente causa é no local da prestação de serviço. Segue disposição:
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
Deste modo, o Juízo competente para julgar a causa é a Vara do Trabalho de Maracanaú, conforme se verifica na redação do dispositivo destacado.
IV – DO MÉRITO
- DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Incluir artigo 3º, da CLT – Vínculo empregatício (ONEROSIDADE/HABITUALIDADE/PESSOALIDADE/SUBORDINAÇÃO).
A partir das disposições fáticas, restou claro que o Reclamante não teve a sua CTPS devidamente assinada. Logo, sabendo se tratar de uma conduta obrigatória por parte da Empregadora, a sua não realização incide em fraude às normas trabalhistas brasileiras, caso não cumpra a sua obrigação em tempo estabelecido por lei. E, pode ser denunciada diretamente ao Ministério do Trabalho. Então, com base no artigo 29, da CLT, temos:
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.
Ademais, ainda dentro do contexto em que o empregador possui a obrigação de assinar a CTPS do funcionário, temos o artigo 13, da CLT, que segue:
Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, aindaque em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.
É válido ainda pontuar que, no Direito do Trabalho prevalece o Princípio da Primazia da Realidade. Pois mesmo a CTPS não estando assinada, o Reclamante não perderá os seus direitos de todo tempo de serviço. Isso deixa claro que os direitos inerentes aos trabalhadores devem ser protegidos. Então, nos resta claro que o que importa é o que acontece na prática, a verdade real. 
Partindo desse pressuposto, requer o Reclamante, que sejam reconhecidas as anotações na CTPS de forma retroativa, de todos os direitos a que faz jus. 
- DO VALOR DO SALDO DE SALÁRIO
Tendo em vista que a CTPS do Reclamante não estava assinada, vale ainda pontuar que o salário conferido a este é relativamente menor ao piso da categoria disposto para a sua função. Pois, nem o valor de salário mínimo lhe é concedido. Ademais, não se trata de apenas um auxiliar de Serviços Gerais, mas de um Supervisor. O que deveria ser lhe concedido um salário superior ao percebido, observando também a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) anexada aos autos (fls).
Tendo em vista esse caso, a Constituição Federal (CR/88), no artigo 7º, inciso VI, disciplina que:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
Logo, como não há previsão em convenção ou acordo coletivo de irredutibilidade do salário para a sua função, é vedada a diminuição do valor da contraprestação conferida ao Reclamado. Deste modo, é requerida toda a diferença salarial retida durante o tempo trabalhado.
- DA RESCISÃO INDIRETA
Cumpre ressaltar ainda que o Reclamante requer a rescisão indireta do contrato de trabalho. Visto que, a parte ré não cumpriu o contrato de maneira íntegra, agindo desonestamente sem probidade e boa-fé. Deste modo, com fulcro no artigo 483, alínea “d”, da CLT, temos que: 
O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: “não cumprir o empregador as obrigações do contrato”.
Nestes termos, as devidas verbas deverão ser pagas pelo empregador na mesma proporção de uma demissão sem justa causa. Tendo em vista que, o contrato foi rescindido não pelo inadimplemento do funcionário, mas claramente pelo fato da empresa não ter cumprido licitamente com suas obrigações em relação a este.
- DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Cumpre ainda enfatizar que o Reclamante não somente procurou a Prestadora de Serviços para lhe fornecer informações a respeito do caso, como também a Tomadora de Serviços. Porém, nenhuma delas se comprometeu em responsabilizar-se pelo ocorrido. Mas, conforme entendimento da súmula 331, incisos IV e VI, do TST dispõe que há responsabilidade subsidiária em relação a todas as verbas entre a Prestadora e a Tomadora de serviço. Segue redação dos incisos:
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.  
Por esta razão, verifica-se a ocorrência de litisconsórcio passivo, tendo em vista que as duas empresas figuram como partes responsáveis pela solução da lide, como mostra o artigo 113, inciso I, do Novo Código de Processo Civil: 
Art. 113.  Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
Deste modo, verifica-se que, a Tomadora de Serviços também tem o dever de assistir o Reclamante neste caso.
- DOS DEPÓSITOS DO FGTS E DAS DEMAIS VERBAS
Logo, diante do exposto, por se tratar de uma rescisão indireta, requerida pelo próprio Reclamante, verifica-se que este faz jus aos depósitos de FGTS de todo o período, acrescido de multa de 40%, conforme expõe o artigo 477, da CLT, e o artigo 18, §1º da Lei nº 8.036/90, que seguem:
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
Vale pontuar que, o Reclamado também tem direito ao 13º salário, com previsão na Lei nº 4.090/62, que dispõe em seu artigo 1º, que todo empregado, independentemente da remuneração a que faz jus, receberá do empregador uma gratificação salarial, no período do mês de dezembro de cada ano. 
Cumpre incluir o seu direito ao saldo de salário, tendo em vista que o Reclamante trabalhou até fevereiro de 2018, e não recebeu seu salário do mês e nenhuma verba rescisória dessa natureza. A Consolidação das Leis Trabalhistas em seu artigo 4º, e a própria Constituição Federal, ressaltam o direito do trabalhador que sofre rescisão indireta de receber tal verba.
 Temos ainda, as férias proporcionais acrescida de 1/3 constitucional, pois trabalhou de 10/10/2013 a fevereiro de 2018, que estão previstas no artigo 146, parágrafo único da CLT e no artigo 7º, XVII, da CR/88, conforme segue a redação: 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Outra verba a que faz jus o Reclamante, é o aviso prévio indenizado, nos termos do artigo 487, §1º, da CLT. Haja vista que, o contrato de trabalho foi rescindido pela empresa sem nenhuma justificativa plausível, deixando o colaborador à mercê, sem nenhum conhecimento do fato e não lhe disponibilizando nem o próprio saldo de salário do mês. Segue disposição do artigo anteriormente mencionado:
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa.
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
	
E, por fim, mas não menos importante, nos termos do artigo 7º, II, CR/88, o Reclamado também requer o pagamento do seguro desemprego. Já que, este não saiu da empresa de forma voluntária, mas pela total vontade do empregador, como se verifica do estudo dos fatos. Segue redação do dispositivo: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanose rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
- DO DANO MORAL
Excelência sabe-se que, o Reclamante trabalhava sempre com grande responsabilidade e esmero para com a Prestadora e a Tomadora de Serviço a mais de cinco anos. Porém, a Reclamada não agindo da mesma forma, utilizando-se apenas da força de trabalho do colaborador, não mostrou nenhuma responsabilidade com os diretos deste. Nisto verificamos que por todo este transcurso de tempo dedicado à desenvolver a sua função da melhor maneira possível, o Reclamante sequer teve a sua CTPS assinada. Ou seja, estava sem nenhuma proteção aos seus direitos trabalhistas. 
E, como se não bastasse, Excelência, teve seu contrato de trabalho interrompido pela própria Prestadora de Serviço, sem nenhuma explicação plausível e sem qualquer forma de interesse de como ele ficaria após ser desligado. Não obstante, este ainda encontra-se com o seu salário atrasado. Sendo que, possui suas responsabilidades para cumprir por meio deste.
Então, de forma clara verifica-se o dano moral causado ao Reclamante, onde encontramos fundamento na própria Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, inciso X.
Ademais, também temos previsão no Código Civil, nos artigos, 186 e 927, conforme seguem as redações: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Desta forma, o Reclamado faz jus à indenização pelo dano moral sofrido pela forma abrupta pela qual foi desligado de suas funções e pela omissão da empregadora por ter passado todo este tempo se omitindo para não assinar a sua CTPS, ficando, deste modo, todos os seus direitos expostos sem nenhuma segurança.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pleiteia o Reclamante a condenação das Reclamadas nos seguintes pedidos a seguir delineados: 
A) que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 334, do NCPC;
B) que seja reconhecido o benefício da Justiça Gratuita, nos termos do art. 790, §4º, da CLT, art. 98, do CPC, art. 5º, XXXV, CR/88, art. 99, CPC e a súmula 463, do TST, visto que o Reclamante não tem condições de custear o processo, sem prejuízo próprio e de sua família;
C) que a parte ré seja citada para oferecer resposta no prazo legal, sob pena de confissão, conforme súmula 74 do TST;
D) que seja reconhecida por este Juízo as devidas anotações da CTPS do Reclamante desde o início do seu contrato de trabalho, com fulcro nos artigos 13 e 29, da CLT;
E) que seja acatada, nos termos do artigo 483, da CLT, a rescisão indireta do contrato de trabalho, tendo em vista o descumprimento das obrigações deste pela parte ré; 
F) que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária da Prestadora e da Tomadora de Serviços, com fundamento na súmula 331, incisos IV e VI, do TST e artigo 113, I, do NCPC;
G) seja reconhecida totalmente procedente a presente Reclamação, concedendo ao Reclamante as verbas rescisórias decorrentes da rescisão indireta (depósitos de FGTS de todo o período, acrescido de multa de 40%; 13º salário proporcional; do saldo de salário; das férias proporcionais acrescido de 1/3 constitucional; aviso prévio indenizado e o seguro desemprego).
H) seja reconhecido por este juízo a indenização pelo dano moral causado ao Reclamante, com fundamento na Constituição Federal (CR/88), bem como no Código Civil, no valor de R$ (...);
I) condenar a ré ao pagamento dos honorários advocatícios, assim como as devidas custas processuais e sucumbenciais, nos termos do artigo 791-A, da CLT. 
- DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direto admitidas, nos termos dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal da Ré. 
- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de (...).
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local/UF
Data
Advogada
OAB/UF

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