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Cirurgia Pediátrica EMBRIOLOGIA → Dobramento do embrião (4-8ª sem) → Estômago primitivo (6-7ª sem) → Conduto onfalo-mesentérico intestino primitivo, mesentério (7-8ª sem) → Rotação alças intestinais, FORA da cav abdominal, dentro do cordão umbilical 8ª semana → 10-12 semanas fechamento anel umbilical e da parede abdominal FISIOPATOLOGIA → Dobramento lateral fecha o umbigo o Migração anormal o Fusão incompleta → Falha no retorno da herniação intestinal do intestino médio (6-10ª semana) → DEFEITO Onfalocele → Defeito congênito ventral, medial (linha média), de espessura completa de parede abdominal (parede + cordão umbilical) → Cordão umbilical faz parte do defeito → É um defeito de DOBRAMENTO → As alças são completamente protegidas pela parede de espessura completa, incluindo a parede amniótica (do cordão umbilical) → Mãe - +velha, obesa CLÍNICA → Central → Gigante (+fígado) → Defeito (dobramento? cromossômico) vs complicações → IG – prematuridade? pior prognóstico Outras anomalias → Cardiopatias (30%) ECO → Cromossômicas (30-70%) → SNC (30%) – espinha bífida → Cromossômica vs O. gigante vs hérnia de cordão TRATAMENTO → Primário (anestesia + redução) → Não é uma emergência cirúrgica/é urgência (fazer avaliação cardiológica antes) → Sinalização entre ectoderma e mesoderma para o crescimento e formação da parede – falha na SINALIZAÇÃO defeito localizado do crescimento da parede abdominal (lateral ao cordão umbilical) → Defeito congênito da parede abdominal (10ª semana) à direita do umbigo que permite a herniação e exposição de alças intestinais ao líquido amniótico → Conteúdo abdominal exposto no líq aminiótico = alças intestinais sofrem inflamação, espessamento, encurtamento, alteração motilidade → Serosite → A. mesentérica única (não houve divisão de superior e inferior) → Disposição das alças em casca de maçã ao redor da mesentérica, cólon atrófico má rotação intestinal → Mãe – jovem, desnutrida, tabagista, usuária de drogas vasoconstritoras (cocaína, crack) FATORES DE RISCO • Mães <20 anos (7x > em mães + jovens) • Drogas vasoconstritoras (cocaína, crack) • Tabagismo • Desnutrição CLÍNICA Avaliação pré-natal → Exposição de alças ou outros órgãos → Espessamento de alças → Malformações (?) – defeitos do TGI atresia GI, etc Parto → Centro terciário → Avaliar ruptura → Maturidade pulmonar TRATAMENTO → Primário – emergência cirúrgica → Se o parto não for feito em centro terciário, lavar as alças com soro aquecido, cobrir com compressas secas e faixa crepe; aquecer cça → ATB (ampicilina + MTZ) – consultar neo → Estadiado (1-2 semanas) DEFEITOS DE PAREDE ABDOMINAL ONFALOCELE GASTROSQUISE ONFALOCELE VS GASTROSQUISE • Localização o O = medial o G = lateral ao cordão umbilical • Cordão umbilical o O = faz parte do defeito o G = não faz parte, lateral ao defeito • Tamanho o O. gigante = fígado dentro do defeito • Motilidade intestinal o O = não é alterada o G = alterada!! • Outras malformações o O = dçs cromossômicas, cardiopatias o G = malformações GI • Diagnóstico pré-natal o Possível em ambas → Persistência do conduto peritônio-vaginal → Espectro o Hidrocele o Hidrocele comunicante o Hernia inguinal → Persistência do conduto peritônio-vaginal → Abaulamento iguino-escrotal → História – súbito? Abaúla com choro? → Dor? (não costuma doer) → Translumina? (não) /hidrocele translumina *Hidrocele é cx eletiva (≠hérnia estrangulada) → Redutível? (sim) /hidrocele não é redutível → Sinal da seda de Gross (espessamento do conduto pv) → Meninas – encarceramento/estrangulamento do ovário necrose de ovário → Hernia encarcerada REDUÇÃO primária (na cça) *Abaulamento abaixo do ligamento inguinal hérnia femoral → Não localização do testículo no escroto (fora do lugar) → Pode simular hérnia encarcerada → Testículos são formados no polo renal inferior retroperitoneal 12-16ª descem pelo retroperitônio até o canal inguinal 22-24ª sem. entra no canal inguinal e desce rumo ao escroto se fixa no escroto na 24-25ª sem → Prematuros tem chance > de criptorquidia e hernia inguinal → 6m à 3-5 anos de idade – pré-puberdade nível mínimo de testosterona; se o testículo estiver na região inguinal (+ quente), as chances de lesões nas células que predispõe a infertilidade e CA de testículo é alta → Indicação de correção da criptorquidia a partir dos 6m (diagnóstico é clínico – palpação do escroto e região inguinal) → Testículo inguinal > abdominal → Testículo NÃO palpável laparoscopia Tratamento → Cx eletiva – orquidopexia (fixação do testículo na bolsa escrotal) – a partir dos 6m → Laparoscopia – se testículo não palpável → Orquiectomia – púberes Torção de testículo → Dor escrotal aguda (US?) → Adolescentes → Cx de emergência Torção do apêndice de Morgani → Resquício mulleriano → Pode torcer e simular escroto agudo → Cirurgia – retirar → Estreitamento significativo do lúmen esofágico a ponto de interromper sua continuidade → Em alguns casos se acompanha de trajeto fistuloso entre esôfago e traqueia (fístula traqueoesofágica) → Hereditariedade / gemelar / prematuros → Sialorreia → Obstrução alta → Atresia de esôfago com fístula traqueoesofágica (+ comum) ar no TGI (Gross C) → Sem ar no TGI atresia sem fístula, distância grande entre os cotos (Gross A) REGIÃO INGUINAL HÉRNIA INGUINAL INDIRETA CRIPTORQUIDIA ESCROTO AGUDO ATRESIA DE ESÔFAGO Classificação de Gross → Gross C (86%) → Gross A (7%) → Sd. Vacter L V Vertebral A Anorretal C Cardíaco T TEF (Atresia de esôfago com fístula traqueoesofágica) E Atresia esofágica R Renal L Limb (membros) → Rx contrastado + clínica → Cx de urgência (esôfago-esôfago anasto- mose) → Buscar Sd. Vacter L - ECO, US de abdome (rim), RX coluna, US coluna (medula), sonda anorretal e SNG – presença de outras malformações? → 3-4 semanas de vida → + comum em: meninos, primogênitos → Vômitos SEM BILE, de leite → Peristaltismo visível (ondas peristálticas de Kussmaull) → Apetite voraz → Oliva pilórica (dificilmente consegue palpar) – cça irritada → US – espessamento do piloro → Rx contrastado – sinal do rabo do rato/chama da vela (estomago dilatado, que faz um “bico” de contraste passando no piloro estenosado) → TTO pré-op – não é emergência cirúrgica; jejum, correção DHE, SOG → Cx abre a musculatura e deixa cicatrizar por 2ª intensão (piloromiotomia) OBSTRUÇÃO INTESTINAL NO RN → Jejum, SOG → Reposição hidroeletrolítica → Vit K → Checa US pré-natal (alt. draminia prévia? – oligodrâminio, polidrâminio) → Rx abdome/enema opaco → Atresia completa → Atresia parcial – membrana duodenal (funil) → Pâncreas anular obstrução duodenal → Distensão abdominal → SOG, acesso, reposição volêmica e HE, vit K, RX abdome → Rx – Sinal da dupla bolha pâncreas anular, atresia duodenal → Cx – Duodeno-duodeno anastomose em diamond shape ESTENOSE HIPERTRÓFICA DE PILORO ATRESIA DUODENAL → 48h para definir Decisão - colostomia ou anoplastia → Malformação associada (risco de vida?) VACTERL → Inspeção perineal e exame de urina (suficiente em 90% dos casos) → Aguardar 24h o Fístula perineal? = anomalia baixa anoplastia o Meconúria? = anomalia alta (fístula - bexiga/próstata/uretra) colostomia (6m-1a) → Tempo de espera – jejum, hidratação parenteral, ATB, gaze no pênis, outas malformações – Vacter L (US vias urinárias, RX e US coluna vertebral) → Após 24h ainda não saiu nada? o Invertograma o Sombra gasosa <1cm do períneo = anomalia baixa = possível fístula não identificada? = anoplastia (cx de Penã) o Sombragasosa >1cm do períneo = anomalia alta = colostomia → SEXO FEMININO o Fístulas retovestibulares o Fístulas retovaginais (raras) o Colostomia (parede vaginal é + delicada) – 48h para a cirurgia; prioridade é excluir malformações ameaçadoras a vida Cloaca (meninas) → Bexiga, útero e reto comunicados com o mesmo orifício externo → Colostomia + vesicostomia → Vaginostomia, se necessário → Prematuros (90%), baixo peso, mãe usuária de drogas → 10 primeiros dias de vida (90%) → Dieta distensão abdominal, hiperemia de parede (inflamação da alça “passa” para a parede abdominal) → Enterorragia, hematêmese → Doença muito grave → Causas? – eventos hipóxico-isquêmicos, invasão bacteriana, alimentação por fórmula ou leite de vaca → Necrose da mucosa intestinal necrose transmural perfurações → Translocação bacteriana pneumatose intestinal → Pneumoporta indicador de gravidade (complicação) → Pneumoperitôneo (por perfuração de alça) o Indica cirurgia → Rx seriado – 12h, decúbitos → ATB (ampicilina, gentamicina, metronidazol), jejum, nutrição parenteral → Plexo nervoso não migra direito – ausência das células ganglionares → Contração muscular colônica BAIXA (parte doente) – dif. megacólon chagásico (parte doente é a dilatada) → Obstrução baixa (colônica) → Cólon sadio irá dilatar/distender (devido à contração do intestino abaixo dele) → Distensão abdominal, vômitos fecaloides → Fezes explosivas (ao dilatar com o dedo) → Diagnóstico - enema opaco, manometria anorretal o Biópsia (diagnóstico DEFINITIVO) → Causa mais comum de obstrução intestina no lactente → Pico entre 3-12 meses → Fatores – IVAS, vacinação (rotavírus), divertículo de Meckel → Ileocólica (60%) - válvula íleo-cecal → Ileoileais (10%) → Colocólicas (<2%) → Linfadenopatia abdominal (meso) linfonodo com o meso entra no cólon diminuição do RV (isquemia) na onda peristáltica → Clínica - dor cólica “diferente” (12-24h), intermitente, palidez, contração dos mmii e fácies de sofrimento ANOMALIA ANORRETAL ENTEROCOLITE NECROSANTE DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG INVAGINAÇÃO INTESTINAL → AA obstrutivo (cólicas, vômitos) → Necrose da mucosa – fezes em geleia de groselha (60%) risco de isquemia e necrose intestinal → Sinal de Dance – ausência de enchimento em FID com peristalse inaudível → US em anéis de cebola/alvo (fazer no momento da dor – maior sensibilidade) → TTO clínico – redução hidrostática/pneumática (cateter de Foley/exame endoscópico) → Sinais de gravidade/estrangulamento Cx
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