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Letícia Soares del Rio – T6 ONFALOCELE E GASTROSQUISE Onfalocele: defeito no ápice do cordão, com membrana (amnio, peritoneo e geleia de Wharton) Gastrosquise: defeito à direita do cordão umbilical, sem membrana -> o intestino nnasce pra fora, não fica envolto por uma membrana igual na onfalocele Embriologia da parede abdominal: Defeito na migração das pregas em direção ao cordão umbilical (5ª-10ª semana) 2 pregas laterais, 1 cefalica, 1 caudal ONFALOCELE Extremos de idade reprodutiva (+ frequente na idade mais avançada) Defeito de migração das pregas • 6ª semana – hérnia fisiológica (celosomia média) • 10ª semana – retorno à cavidade abdominal + rotação e fixação do intestino médio Quando ocorre algum defeito nesse processo, o intestino continua dentro do cordão até nascer Não retorno do intestino Rotação incompleta intestinal Sem fixação do mesentério Malformações associadas:cardíacas, geniturinária, GI, musculo esqueléticas, tubo neural, cromossômicas Onfalocele rota -> se o cordão fizer parte da membrana. Na gastrosquise tem o cordão íntegro Diagnóstico:ultrassom, Doppler Tratamento a) Conservador Técnica de Grob: espessamento e epitelização Iodo, solução de nitrato de prata 0,5, álcool 70% Complicação: ruptura do saco herniário, infecção local, hospitalização prolongada, grande hérnia ventral b) Cirúrgico Se tentar colocar tudo pra dentro pode causar uma síndrome compartimental Ressecção da membrana protetora Manobras de estiramento da cavidade abdominal (Stretching) Síntese primaria Ou estagiada da cavidade abdominal (Silo) – técnica de Schuster: silo de silastic ou dracon, redução gradual das alças intestinais, redução em 3 a 10 dias. Cirurgia final: retirada da prótese (silo) + fechamento da parede abdominal Prognóstico: Sobrevida 20-70% Com doença cardíaca: 20% Sem carsiopatias: 70% Síndromes associadas: Poli malformações • S. Beckwith Wiedeman Onfalocele, macroglossia e gigantismo, hipoglicemia neonatal, retardo mental, viceromegalia, Tu de Wilms • Pentalogia de Cantrell Onfalocele, ectopia cordis, defeito pericárdico e cardíacos, fenda esternal, prognóstico ruim • Hérnia diafragmática • S. linha média GASTROSQUISE Defeito na parede abdominal à direita do cordão (sem membrana) Frequente em mães jovens (< 21 anos) Etiologia multifatorial Prematuros, PIG Raras associações: atresia jejuno ileal (15%) ➢ Associação com drogas Não existe evidencia de que drogas possam causar gastrosquise Possível relação com o uso materno: aspirina, ibuprofeno, pseudoefedrina ➢ Diagnóstico Ultrassom pré-natal Doppler Ecografia 3D Patogenia: Falha do mesoderma (formação da parede abdominal) Ruptura do âmnio ao redor do anel umbilical Fragilidade e lesão da parede abdominal: involução anormal da v. umbilical, ruptura da a. vitelina direita Sensível aumento da incidência nos últimos anos Idade materna ? Uso de drogas? Medicaçoes (antiinflamatorios, aspirina) Ação do LA: Serosite = processo inflamatório da serosa devido ao contato das vísceras com o LA Complicações: perfurações intestinais, formação de bridas (obstrução intestinal), íleo paralítico prolongado, futura dismotilidade intestinal, síndrome de malabsorção, isquemia e necrose Conduta: Compressas soro fisiológico morno “Plastic sac” Proteção (bolsa de sangue) Sonda nasogástrica aberta Reposição hidroeletrolítica Antibioticoterapia de largo espectro Cirurgia: definitiva/silo Passar sonda nasogástrica, punção, soro de manutenção, proteger as alças Cirurgia em tempo único: Redução das vísceras para dentro do abdome sem criar aumento de pressão intra-abdominal Tratamento estagiado (Schuster): Silo de silastic ou dacron Redução gradual das alças intestinais Redução em 3 a 10 dias Cirurgia final: retirada da prótese (silo) e fechamento da parede abdominal ➢ Pós operatório Íleo prolpongado (serosite) > 18 dias Transito lentificado Frequente enterocolite necrosante Extubação precoce ➢ Síndrome compartimental Aumento da pressão intra cavitária Compressão das aa. renais: oligúria, insuficiência renal Compressão das aa. ilíacas: isquemia dos mmii Compressão das aa. mesentéricas: isquemia intestinal – enterolocite necrosante ➢ Monitorização intra cirúrgica Pressão intra vesical < 15 mmHg[diurese > 0,8 ml/kg/h Observar diferença da oximetria: entre mmii e mmss ➢ Técnica de Simil Exit Opera intra útero Prognóstico: Sobrevida 80-90% (gastrosquise simples) Brasil: mortalidade 53% (gastrosquise complicada) Diagnóstico pré natal, melhora na assistência ao RN, novas técnicas cirúrgicas, nutrição parenteral, atb Morbidade: sepsis Marcadores pré-natal: US com Doppler = tamanho da a. mesentérica Onfalocele Gastrosquise Mal absorção Apenas se romper o saco Comum Anomalias associadas 45-55% (Taeusch) 67% (Avery) 10-15% (Taeusch) GI 37% volvo de intestino médio, divertículo de Meckel, atresia intestinal, duplicidade 18% - mal rotação, atresias Cardíacas 20% (Taeusch) 15-25% (Avery) 2% Trissomias 30% Sem aumento Prognóstico Com doença cardíaca: 20% Sem doença cardíaca: 70% (Taeusch) Sobrevida 70-90% (Taeusch) REGIÃO UMBILICAL Hérnia umbilical Hérnia epigástrica Onfalite Granuloma Persistência do conduto onfalo-mesentérico Persistência do uraco Hérnia: Protrusão de estrutura anatômica por um orifício ou fraqueza da parede musculo aponeurótica Conteúdo: intestino delgado, gordura • Epigástrica • Umbilical • Insicional • Hérnia de Spiegel • Inguinal • Femoral ▪ Hérnia umbilical Fechamento incompleto do anel musculo aponeurótico Incidência > meninas Raça negra, prematuras, 1 ano 20%, adulto 10% Não encarcera, pode fechar sozinho Não usar faixas ou moedas Pode doer se apertar a gordura, normalmente quando é pequena ✓ Tratamento - Clínico / observação: fechamento espontâneo até 2 anos (85% se defeito < 1,5cm) - Cirúrgico: > 2 anos Incisão infraumbilical, redução do conteúdo (intestino, epiplon), dissecção e tratamento do saco herniario ▪ Hérnia epigástrica Hérnia na linha alba supraumbilical Em qualquer nível da linha média e podem ser múltiplas Não tem saco herniário Protusão da gordura pré peritoneal pelos orifícios dos vasos e nervos perfurantes Diagnóstico clínico, exame físico, histórico de abaulamento na região da linha alba Dor pela compressão do feixe vásculo nervoso ✓ Tratamento cirúrgico Incisão transversa na altura da tumoração Redução do conteúdo (gordura) Fechamento do defeito aponeurótico Pontos intradérmicos Onfalite: Inflamação do coto umbilical (S. pyogenes) Tratamento local Granuloma: Tecido de granulação Tratamento: nitrato de prata 10%, cirurgia Persistência do conduto onfalomesentérico: Fístula, cisto, pólipo, brida ou divertículo de Meckel Tratamento cirúrgico Persistência do uraco: Liga o seio urogenital ao alantoide (16ª semana – 4º mês) Fístula do uraco (uraco patente) Cisto 30% Seio uracal ou divertículo Tratamento cirúrgico
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