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APG CÂNCER DE PULMÃO

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CÂNCER DE PULMÃO
CÂNCER DE PULMÃO
APG 27 @KATIELLEMASC
OBJETIVOS
· ENTENDER O PROCESSO DE DEPENDÊNCIA CAUSADO PELO CIGARRO, E SUA RELAÇÃO COM O CÂNCER DE PULMÃO
A nicotina é encontrada em todos os derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros) é a droga que causa dependência. Essa substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Ao ser inalada produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. 
Depois que a nicotina atinge o cérebro, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. A fumaça do cigarro é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório fazendo com que a nicotina chegue de sete a 19 segundos ao cérebro. Além disso, o fluxo sanguíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual à de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. 
O tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traquéia, brônquios e pulmão. Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.                                             
O tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas. A grande maioria pertence a três grupos: 
1) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
2) Aminas aromáticas 
 3) Nitrosaminas, estas últimas relacionadas com a nicotina.
A nicotina não é uma substância que causa diretamente o câncer.  Entretanto, a nicotina participa da carcinogênese por atuar como intermediária de macromoléculas pela sua nitrosação [(ligações entre grupos nitrosos e moléculas orgânicas), produzindo como resultado nitrosaminas (compostos químicos cancerígenos produzidos a partir de nitritos e aminas)] específicas do tabaco. Por outro lado, na sua metabolização no fígado, pode se formar um subproduto, que participa da síntese de substâncias cancerígenas. Recentemente, estudos evidenciaram que a nicotina possui propriedade de angiogênese (formação de novos vasos), que favorece a proliferação das células cancerosas. As nitrosaminas derivadas da nicotina formam-se durante o procedimento da cura do tabaco, consequentemente, são encontradas na fumaça do tabaco. São quatro as principais nitrosaminas do tabaco: 1) NNK2 – 4-(metilnitrosamina)-1-(3-piridil)-1-butanona; 2) NNN – N’-nitrosonornicotina; 3) NAB – N’-nitrosoanabasina; 4) NAT – N’-nitrosoanabatina. As nitrosaminas encontradas em maior quantidade são NNK2, NNN e NAT. A nitrosamina NNK2 possui, entre todas, o maior potencial cancerígeno, demonstrado em estudos em ratos nos quais produz câncer no pulmão. 
· COMPREENDER A FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE PULMÃO
O câncer de pulmão pode começar nas células que revestem os brônquios e partes do pulmão, como os bronquíolos e alvéolos. Ele se desenvolve a partir do crescimento desordenado das células provocando o aparecimento de um tumor que tem a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo. Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão são de não pequenas células, que é caracterizado pela mutação e pelo crescimento lento e desordenado das células epiteliais. O câncer desenvolve-se em múltiplas etapas, nas quais as células se tornam malignas por várias alterações genéticas afetam seu crescimento, sua diferenciação e sua sobrevida, incluindo a mutação dos genes supressores tumorais, a ativação dos oncogenes e transformação dos genes apoptóticos. Isso parece ocorrer devido à inflamação crônica que acompanha a exposição continua prolongada ao fumo. Este tipo de tumor pode afetar desde a traqueia até a periferia do pulmão. Os subtipos mais comuns de câncer de pulmão de não pequenas células são adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas (epidermoide) e carcinoma de pequenas e grandes células.
 CARCINOMA ESPINOCELULAR OU ESCAMOSO
Constitui cerca de 20% dos canceres de pulmão e geralmente ocorre na porção central do pulmão, ao longo das principais vias aéreas, e pode formar cavidades quando atinge uma tamanho grande. No exame microscópico, pode haver queratinização de células tumorais individuais ou grupos de células escamosas queratinizantes formando pérolas de queratina colocadas centralmente dentro de ninhos de tumor sólido.
ADENOCARCINOMA
Por definição, o adenocarcinoma do pulmão é uma neoplasia epitelial maligna com diferenciação glandular ou produção de mucina. Células de adenocarcinoma pulmonar geralmente expressam marcadores pneumocíticos (fator de transcrição da tireoide (TTF-1) e Napsin A). O adenocarcinoma pulmonar comumente forma uma massa localizada perifericamente com fibrose central e enrugamento pleural. Ele também pode ter uma variedade de outras aparências macroscópicas, incluindo massa localizada centralmente, consolidação lobar difusa, distribuição multinodular bilateral e espessamento pleural.
CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS
Os carcinomas de células pequenas compreendem um pouco mais de 10% de todos os cânceres de pulmão. A história de tabagismo está presente em praticamente todos os casos de é altamente maligno e agressivo. Pode ser classificado em doença localizada e em doença extensa. Doença localizada: quando o tumor é confinado a um hemitórax e os linfonodos comprometidos são os mediastinais, supraclaviculares ipsilaterais e hilares contralaterais. Tumor que apresenta derrame pleural ipsilateral, envolvimento de nervo laríngeo esquerdo, obstrução de veia cava superior. Doença extensa: doença avançada localmente e à distância, incluindo envolvimento de pericárdio e parênquima bilateral. Ele está comumente localizado centralmente nas principais vias aéreas. A cromatina é finamente granular sem nucléolos proeminentes, o citoplasma é escasso e as fronteiras celulares são imperceptíveis.
CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS
Representam uma minoria de casos que são desprovidos de diferenciação específica de linhagem e não têm evidências morfológicas e imunohistoquímicas dos demais tipos. O carcinoma de grandes células é geralmente localizado perifericamente, volumoso e de aparência necrótica. As células tumorais são grandes e de forma poligonal com núcleos pleomórficos e vesiculares. As células tumorais se formam sem padrão ou ninhos.
· ARRROLAR QUAIS OS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE PULMÃO
Independentemente do tipo celular ou subcelular, o tabagismo é o principal fator de risco do câncer pulmonar, sendo responsável por 90% dos casos. Outros fatores relacionados são certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila, principalmenteencontrados no ambiente ocupacional), fatores dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão.
· CITAR QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E COMPLICAÇÕES DO CÂNCER DE PULMÃO
A maioria dos cânceres de pulmão não provocam quaisquer sintomas até que se disseminam. Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:
- Tosse.
- Tosse com expectoração mucosa.
- Tosse com expectoração com sangue.
- Dor no peito.
- Rouquidão.
- Perda de apetite.
- Perda de peso inexplicada.
- Falta de ar.
- Fadiga.
- Infecções de repetição.
Quando a doença já se disseminou para outros órgãos pode provocar:
- Dor óssea.
- Alterações no sistema nervoso.
- Icterícia (cor amarelada de mucosas e pele).
- Nódulos próximos à superfície do corpo.
Alguns cânceres de pulmão podem causar um grupo de sintomas muito específicos, que são descritos como síndromes:
Síndrome de Horner. Tumores localizados na parte superior dos pulmões (às vezes, chamados Tumores de Pancoast) podem afetar determinados feixes nervosos da face, provocando um conjunto de sintomas, denominados síndrome de Horner, que incluem: queda de uma pálpebra, constrição da pupila e transpiração diminuída do lado afetado da face. Os tumores de Pancoast podem às vezes provocar dor severa do ombro.
 
Síndrome da veia cava superior. A veia cava superior é a veia que leva o sangue da cabeça e braços de volta ao coração, passando ao lado da parte superior do pulmão direito e dos linfonodos no interior do tórax. Tumores nessa área podem pressionar a veia cava superior, fazendo com que o sangue retorne para as veias. Isso pode provocar inchaço na face, pescoço, braços e parte superior do tórax, além de dores de cabeça, tontura, e alteração da consciência se afetar o cérebro. Embora a síndrome da veia cava superior possa se desenvolver gradualmente ao longo do tempo, em alguns casos pode tornar-se um risco à vida, e deve ser tratada imediatamente.
 
Síndromes paraneoplásicas. Alguns tipos de câncer de pulmão podem funcionar de forma semelhante a órgãos secretores de hormônios, substâncias que entram na corrente sanguínea, causando problemas em tecidos e outros órgãos, mesmo que não haja metástase. Estes problemas são denominados síndromes paraneoplásicas, e muitas vezes podem ser os primeiros sintomas do câncer de pulmão. As síndromes paraneoplásicas podem ocorrer com qualquer câncer de pulmão, mas são mais frequentemente associadas ao câncer de pulmão de pequenas células. Algumas síndromes comuns incluem: síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético, síndrome de Cushing, problemas no sistema nervoso, hipercalcemia e coágulos sanguíneos.
· ENTENDER COMO SE DA O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO 
DIAGNÓSTICO
A maneira mais fácil de se diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio X torácico complementado por uma tomografia computadorizada, são exames iniciais para investigar suspeita de CP.
 A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e eventualmente permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico preciso, seja pela citologia ou patologia. Uma vez obtida a certeza da doença realiza-se o estadiamento, que consiste em saber o estágio de evolução, ou seja, se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos.
A broncoscopia também tem papel importante na abordagem do câncer de pulmão. Em alguns serviços, realiza-se rotineiramente esse exame no pré-operatório do câncer de pulmão de células não pequenas para avaliar a extensão intraluminal do tumor, pois isso pode interferir na abordagem cirúrgica (como nódulo periférico com infiltração neoplásica da mucosa brônquica ate a traqueia).
 PET (tomografia por emissão de pósitrons), cintilografia óssea e tomografia de crânio (com contraste).
O estadiamento do câncer de pulmão de células não pequenas faz-se por meio do TNM (T-tumor, N-linfonodo, M-metástase)
o PET nos casos de câncer de pulmão de células não pequenas. Isso ocorre pois o PET apresenta uma melhor sensibilidade para detecção de linfonodos mediastinais acometidos (em relação à TC). Entretanto, como o PET não apresenta especificidade de 100%, deve-se confirmar, por meio de mediastinoscopia ou EUS, o acometimento linfonodal (nos casos N2 e N3 ao PET), para que o paciente não seja privado da abordagem cirúrgica, potencialmente curativa. O PET ainda tem uma melhor acurácia para detecção de metástase a distância em relação à cintilografia óssea. Assim, em alguns serviços, o PET de corpo inteiro já substitui a cintilografia óssea
Já a cintilografia óssea é indicada nos casos de câncer de pulmão de células não pequenas estádios III e IV, ou nos casos com estádio I e II desde que apresentem sintomas sugestivos de metástase óssea
TRATAMENTO
O câncer de pulmão apresenta três alternativas terapêuticas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Estes métodos podem ser associados para obter melhores resultados. Tumores restritos ao pulmão, nos estágios I e II, devem ser operados e removidos. Nestes casos, a chance de cura é de até 70%. Nos outros estágios, uma associação de quimio e radioterapia, com eventual resgate cirúrgico, é a alternativa que melhor mostra resultados, porém, não ultrapassando 30% de índice de cura. No estágio VI a quimioterapia é o tratamento mais indicado, mas as chances de cura são extremamente reduzidas. Até o momento não existe benefício comprovado pelo uso da imunoterapia.

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