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ANAMNESE CARDIOVASCULAR

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ANAMNESE CARDIOVASCULAR 
 
-identificação → idade, sexo, cor, profissão. 
-antecedentes pessoais e familiares. 
-hábitos de vida → tabagismo, doença coronariana na família 
-condições socioeconômicas e culturais → infecções estreptococcicas, chagas. 
 
➢ FICAR ATENTO ÀS QUEIXAS 
-dor cardíaca. 
-palpitações. 
-dispneia. 
-tosse e expectoração. 
-sibilância. 
-hemoptise. 
-desmaio (lipotomia e síncope). 
-alterações do sono. 
-cianose. 
-edema. 
-astenia. 
-posição de cócoras. 
 
➢ DOR CARDÍACA 
-dor precordial não é sinônimo de dor cardíaca. 
-pleural, herpes óster → dores precordiais não relacionadas ao coração. 
-dor relacionada ao coração → origem isquêmica, pericárdica e aórtica. 
 
➔ DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA 
-hipóxia celular. 
-aterosclerose coronariana → causa mais comum. 
-isquemia miocárdica → liberação de: ác. Lático, potássio, cininas, prostaglandinas e nucleotídeos → estimulam terminações 
nervosas da adventícia das artérias → dor. 
 
1. LOCALIZAÇÃO 
-localização clássica → retroesternal → normalmente sentida à esquerda da linha retroesternal → raramente à direita → pode 
ser restrita a uma pequena área ou ocupar toda a região precordial. 
-normalmente a dor cardíaca é difusa → sinal em garra → se o paciente apontar um ponto em específico, normalmente não é 
cardíaca. 
-existem pacientes que não apresentam dor. 
-DORES NÃO RELACIONADAS: 
a) pele ou estrutura superficial → origem na parede torácica. 
b) perimamilar ou embaixo do mamilo → emocional, osteoartrite, distensão do estômago ou do ângulo esplênico. 
c) articulações condroesternais que piora à palpação → osteocondrite. 
 
2. IRRADIAÇÃO 
-varia de acordo com a intensidade → quanto maior intensidade, maior irradiação. 
-pode irradiar para → pavilhão auricular, maxilar inferior, nuca, região cervical, ombros, região epigástrica e 
interescapulovertebral. 
 
3. CARÁTER OU QUALIDADE 
-constritiva. 
-mão fechada no peito. 
-aperto, peso, queimação, sufocação, sensação de nó na garganta. 
4. DURAÇÃO 
-classificação em anginas: 
 
• ANGINA ESTÁVEL 
-placa de gordura está estável. 
-é uma obstrução significativa, mas ainda deixa passar sangue. 
-dor normalmente durante esforço físico. 
-duração de no máximo 3-5 min. 
-alivia com nitrato sublingual ou repouso. 
 
• ANGINA INSTÁVEL 
-lesões mais críticas → obstrução muito mais significativa por parte da placa de gordura. 
-dor pode acontecer com mínimo esforço ou até mesmo em repouso. 
-dura cerca de 20 min. 
-causa alterações histológicas. 
 
• INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
-houve rompimento da placa de gordura e a artéria sofreu um processo de coagulação → entupimento total. 
-dura mais que 20 min até algumas horas. 
-causa necrose celular. 
 
5. INTENSIDADE 
-leve, moderada e intensa. 
-intensa → sudorese, palidez, angústia e sensação de morte iminente. 
 
6. FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES 
-após esforço físico, emoções, taquicardia, frio ou refeição copiosa. 
-pacientes arrítmicos. 
-infarto agudo do miocárdio → dor costuma ter início com paciente em repouso. 
-refeição copiosa → desvia fluxo sanguíneo para TGI → deixando o coração mais deficitário em aporte de O2 e nutrientes. 
 
7. FATORE ATENUANES DA DOR 
-repouso. 
-nitrato sublingual. 
-pericardite aguda → cessa quando paciente inclina tórax para frente ou comprime com um travesseiro. 
-se aliviar após eructação ou eliminação de gases → problemas estomacal → não diretamente relacionado com isquemia 
miocárdica. 
 
8. MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES 
-arritmias → dor precordial durante crise de palpitação → indica isquemia provocada por taquiarritmia. 
-fatores simpáticos → náusea, vômito, sudorese fria → infarto agudo do miocárdio. 
 
➔ DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA 
-atrito entre as membranas ou uma grande e rápida distensão do saco pericárdico por líquido. 
-região retroesternal junto do rebordo esternal esquerdo e irradia-se para pescoço e costas. 
-peso, opressão, queimação. 
-contínua e de grande intensidade. 
-não se relaciona com exercícios. 
-agrava com → respiração, decúbito dorsal, movimentos na cama, deglutição e movimento do tronco. 
-melhora com → inclinação do tórax para frente ou posição genupeitoral. 
 
➔ DOR DE ORIGEM AÓRTICA 
-aneurisma de aorta → indolor. 
-dissecação aguda da aorta: 
 *início súbito. 
 *intensa e lancinante. 
 *localização retroesternal. 
 *irradiação → pescoço, interescapular, ombros. 
-separação da adventícia da aorta → distensão das terminações nervosas → dor. 
-parece muito com quadro clínico de doença coronariana (angina ou infarto) → se tratar com vasodilatador e anticoagulante 
(tratamento típico da angina) alivia os sintomas mas pode causar morte tardiamente por que a aorta já está sangrando 
(dissecação) e você deu medicamentos que pioram o quadro. 
-para tentar diferenciar dissecção da aorta de um infarto/angina → síndrome de marfan, pacientes muito hipertensos, palpar e 
aferir os dois pulsos (se hover diferença discrepante desconfiar e pedir tomografia). 
-paciente inquieto durante crise. 
-tenta comprimir travesseiro contra tórax para obter alívio. 
 
➔ DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA 
-ansiedade, depressão → síndrome da astenia erocirculatória ou neurose cardíaca. 
-dor limita-se à região da ponta do coração → persistindo por horas ou semanas → acentua quando sofre contrariedades ou 
emoções desagradáveis. 
-não está relacionada com exercícios e pode ser acompanhada de hipersensibilidade do precórdio. 
-crises de dor pode ocorrer palpitações, dispneia suspirosa, dormências, astenia, instabilidade emocional e depressão. 
-dor alivia com repouso, analgésicos, tranquilizantes e placebos. 
 
➢ ETAPAS DA ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA 
 
I. Classificação da dor torácica. 
II. Estimativa da probabilidade de DAC. 
III. Avaliação da apresentação clínica da DAC. 
IV. Estimativa da graduação da angina. 
V. Avaliação das condições que podem causar ou exacerbar isquemia. 
VI. Estratificação de risco de eventos cardiovasculares em pacientes com angina. 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DA DOR 
 
• ANGINA TÍPICA 
o Desconforto ou dor retroesternal. 
o Desencadeada por exercício ou estresse. 
o Aliviada com repouso ou nitroglicerina. 
 
• ANGINA ATÍPICA → não pode descartar possibilidade de angina, mas não tem todas as características da angina típica. 
o Presença de somente dois dos fatores da angina típica. 
 
• DOR TORÁCICA NÃO CARDÍACA 
o Presença de um ou nenhum dos fatores acima. 
 
2. ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE DE DAC 
 
3. AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA DAC 
 
• ANGINA EM REPOUSO 
-duração > 20min → ocorrendo há aproximadamente 1 semana. 
 
• ANGINA DE APARECIMENTO RECENTE 
-angina com início há dois meses → no mínimo classe 3. 
 
• ANGINA ACELERADA OU EM CRESCIMENTO 
-angina previamente diagnosticada que se apresenta mais frequente, intensa ou de duração maior. 
 
4. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES QUE PODEM CAUSAR OU EXACERBAR ISQUEMIA 
 
• CONDIÇÕES QUE AUMENTAM O CONSUMO DE OXIGÊNIO 
-hipertermia, hipertireoidismo, taquicardia, ansiedade, hipertrofia cardíaca (hipertensão, estenose aórtica, cardiomiopatia 
hipertrófica), anemia, ativação simpática (uso de cocaína). 
 
• CODIÇÕES QUE DIMINUEM A OFERTA DE OXIGÊNIO 
-hipoxemia, anemia, hipertrofia cardíaca, aumento na viscosidade sanguínea, apneia do sono. 
 
• PACIENTE DIABÉTICO 
-tem tendência à depositar gordura nos vasos (infiltração gordurosa). 
-entope artérias → pernas, rins, coronárias... 
-problemas cardíacos estão mais presentes em diabéticos tipo 2 → já possuem maio circunferência abdominal. 
-pacientes diabéticos, idosos, parkinsonianos e algumas vezes mulheres → disautonomia → sistema nervoso parassimpático 
mais atuante que simpático → pode infartar sem dor. 
 
5. ESTIMATIVA DA GRADUAÇÃO DA ANGINA 
 
CLASSE DESCRIÇÃO 
1 
→Não apresenta anina com atividades habituais. 
→Dor aparece com atividade física extenuante, exercícios rápidos ou prolongados. 
2 
→Leve limitação com atividades físicas. 
→Dor aparece quando caminha rápido, sobe escadas com frio, vento, sob estresse o após refeiçõescaminha por 
mais de duas quadras terreno plano. 
3 
→Importante limitação das atividades físicas habituais. 
→Dor aparece quando sobe escadas em situação e velocidades normais ou caminha por menos de 2 quadras em 
terreno plano. 
4 
→Incapacidade de realizar qualquer atividade sem desconforto. 
→Angina pode estar presente em repouso. 
 
 
6.ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM ANGINA 
 
 
 
➢ PALPITAÇÕES 
-percepção incômoda dos batimentos cardíacos. 
-palpitações nem sempre significam alteração do ritmo cardíaco (arritmia). 
 
 
 
 
-PERGUNTAR AO PACIENTE: 
-tipos de batimentos→ mais fortes, arrancos, paradas, tremor no coração, coração deixando de bater, coração aos 
pulsos. 
-início e término. 
-fator de melhora e piora (manobra vagal [vômito melhora] → arritmia do no AV → nó AV é sensível ao reflexo vagal). 
-poliúria (arritmia atrial → peptídeo natriurético atrial). 
 
➢ CIANOSE 
-central, periférica ou mista. 
-shunt venoso arterial, hipoventilação pulmonar, diminuição da tensão do 02 inspirado, perda de o2 na rede capilar, alteração da 
hemoglobina. 
 
➢ EDEMA 
-frio, mole, indolor e vespertino → característico de insuficiência cardíaca 
-localização normalmente é maleolar. 
-sinal do cacifo → aperta e fica a marca (edema). 
 
➢ HEMOPTISE 
-eliminação de sangue pelas vias aéreas. 
-estenose mitral → hemoptise volumosa com sangue vivo. 
-espumosa → edema agudo de pulmão. 
-geleia de framboesa → pneumonia necrosante. 
 
➢ TOSSE 
-seca, piora com decúbito ou esforço. 
-uso de medicamentos, como inibidores da eca (pacientes hipertensos ou cardiopatas) → libera muita bradicinina → estimula 
tosse → não está relacionada com distúrbios cardíacos. 
-essa tosse também pode estar presente na congestão pulmonar. 
 
➢ SÍNCOPE 
-hipoperfusão cerebral global. 
-perda súbita de consciência + curta duração + recuperação espontânea + perda do tônus vasomotor (tende a cair).

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