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Relação entre Educação e Saúde

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Profa. Dra. Maria Paula Pires
UNIDADE I
Práticas Educativas 
em Saúde
 Práticas + Educativas + Saúde
Você acredita ser uma pessoa saudável?
Práticas Educativas em Saúde
 Saúde é um completo estado de bem-estar físico, psíquico e social. (OMS) 
 Saúde não se trata de um estado de bem-estar, mas de uma busca, de um objetivo a ser 
atingido, não é algo estático, faz parte de um processo e não um estado. (DEJOURS, 1986)
Saúde
 Físico: dar ao corpo o direito de descansar quando está cansado. 
 Psíquico: liberdade proporcionada ao desejo de cada um na organização da sua vida.
 Social: liberdade de se agir individual e coletivamente na organização do trabalho. 
(DEJOURS, 1986)
Saúde
Você acredita ser uma pessoa saudável, considerando o seu contexto amplo de definição de 
saúde?
Saúde
O processo saúde-doença é influenciado pelas seguintes questões:
 Política;
 Econômica;
 Ambiental;
 Cultural;
 Social;
 Emocional e espiritual. 
(DEJOURS, 1986)
Processo saúde-doença
 O processo ensino-aprendizagem também sofreu mudanças conceituais e procedimentais ao 
longo da história. 
 Considera a participação e foca na formação crítica e política dos sujeitos envolvidos nesse 
processo. 
 Processo dinâmico e contraditório. 
(DEJOURS, 1986)
Educação X Saúde
 Utopia: ideia de algo a ser alcançado.
 SUS: produzir a saúde por meio da construção de ações inovadoras nas práticas cotidianas.
 Saúde: liberdade (elemento fundamental) para o alcance dessa meta; produz possibilidades 
de aproximação ao que seria o completo bem-estar físico, psíquico e social. 
(MERHY, 2012)
SUS “utopia” X Saúde “utopia”
 A relação entre os usuários e os trabalhadores de saúde constituem, em si, um ato vivo –
produzindo novas possibilidades de liberdade e valorização da vida. (MERHY, 2012)
 A intervenção profissional na área da saúde ocorre com o corpo vivo e em interação com o 
social e com o ambiente, a partir de processos de subjetivação. (CARVALHO; CECCIM, 
2009)
SUS “utopia” X Saúde “utopia”
 A formação dos profissionais de saúde tende a enfrentar o corpo vivo apenas ao final da 
graduação, gerando uma tensão entre a imagem de dessecação do corpo apreendida ao 
longo da formação e reduzindo a valorização da escuta, do contato e da diversidade. 
(CARVALHO; CECCIM, 2009)
 Desafio: transformar os encontros entre os profissionais de saúde e os usuários, 
ultrapassando a lógica do agir micropolítico para outras dimensões da produção do cuidado, 
produzindo novas metas e possibilidades de atingir a saúde. (MERHY, 2012)
Formação em saúde
 Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-saúde), em 
2005, integrou instituições de ensino, estruturas de gestão da saúde, órgãos de 
representação popular e serviços de atenção à saúde.
 Transformar as diretrizes políticas em trabalho vivo é um desafio que passa pela 
necessidade de mobilizações ético-políticas, técnico-científicas e psicossociais. 
 Essas diretrizes políticas e curriculares são recentes e pontuais, não esgotando a demanda 
de discussão da formação em saúde. (CARVALHO; CECCIM, 2009)
Formação em saúde
 Evidenciamos a necessidade de nos voltarmos para os sentidos, os valores e os significados 
do que e para quem fazemos nossas ações em saúde. 
 As questões de natureza ética e humana têm sido preteridas na formação, à medida que não
se adotam metodologias de ensino que promovam a participação do aluno e a sua 
responsabilização no processo de formação. (CARVALHO; CECCIM, 2009)
Formação em saúde
 É aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das 
organizações e ao trabalho. 
 Baseia-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas
profissionais e da própria organização do trabalho.
 Feita a partir dos problemas enfrentados na realidade e leva em consideração os 
conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm. (BRASIL, 2009, p. 20)
Educação permanente
Segundo a relação entre educação e saúde, assinale a alternativa incorreta sobre os 
referenciais teóricos nos quais estão pautados esses conceitos:
a) A saúde é um processo e não um estado.
b) O processo saúde-doença é influenciado apenas por questões de ordem política, 
econômica, ambiental e cultural. 
c) O processo ensino-aprendizagem, atualmente, considera a participação e foca na formação
crítica e política dos sujeitos envolvidos. 
d) A saúde é um ideal a ser atingido e a liberdade é o elemento 
fundamental para o alcance dessa meta.
e) As questões de natureza ética e humana têm sido preteridas 
na formação dos profissionais de saúde.
Interatividade 
Resposta
Segundo a relação entre educação e saúde, assinale a alternativa incorreta sobre os 
referenciais teóricos nos quais estão pautados esses conceitos:
a) A saúde é um processo e não um estado.
b) O processo saúde-doença é influenciado apenas por questões de ordem política, 
econômica, ambiental e cultural. 
c) O processo ensino-aprendizagem, atualmente, considera a participação e foca na formação
crítica e política dos sujeitos envolvidos. 
d) A saúde é um ideal a ser atingido e a liberdade é o elemento 
fundamental para o alcance dessa meta.
e) As questões de natureza ética e humana têm sido preteridas 
na formação dos profissionais de saúde.
 A saúde e o adoecer são modos pelos quais a vida se manifesta; eles remetem a 
experiências únicas e subjetivas que não podem ser reconhecidas e significadas 
integralmente pela palavra. 
 Contudo, é por meio da palavra que a pessoa expressa o seu mal-estar, bem como o médico
dá significação às queixas de seu paciente. 
 O fenômeno concreto de adoecer junto das palavras do paciente e do profissional de saúde, 
situa-se a tensão entre a subjetividade da experiência da doença e a objetividade dos 
conceitos que lhe dão sentido e propõem intervenções. (CZERESNIA, 2003) 
Processo saúde-doença
 A saúde não é objeto que se possa delimitar, não pode ser traduzida em conceito científico, 
bem como o sofrimento que envolve o adoecer. (CAPONI, 1997)
 Com a finalidade de contextualização do processo saúde-doença, ressaltamos a relação
dialética entre o biológico e o social, ou seja, consideramos que a reprodução dos grupos 
sociais nas diversas etapas produtivas deve ser levada em conta na detecção do perfil 
epidemiológico das classes sociais. (BREILH, 1980)
 A categoria classe social é a base para uma análise da produção e distribuição das 
enfermidades. (LAURELL, 1983)
Processo saúde-doença
 Relação entre as estratégias de promoção à saúde com as ações de fortalecimento das 
classes sociais – de acordo com a realidade de cada indivíduo. 
 A atuação do profissional de saúde consiste em focalizar o potencial da pessoa para o bem-
estar e encorajá-la a modificar ou fortalecer os hábitos pessoais, o estilo de vida e o 
ambiente, de modo a reduzir os riscos e aumentar a saúde e o bem-estar.
 Para isso, o princípio de corresponsabilização nas práticas terapêuticas torna-se fundamental 
= processo ensino-aprendizagem.
Promoção da saúde
 Díade educação e saúde. (RUIZ-MORENO, et al., 2005)
 A atuação na promoção da saúde envolve a compreensão de educação em saúde e a 
realização das práticas educativas em saúde.
 Os profissionais envolvidos podem concretizar as ações de fortalecimento por meio da 
educação da população, frente aos riscos de agravos à saúde. 
 A educação é compreendida como mediação básica da vida 
social de todas as comunidades humanas. (SEVERINO, 2000)
Processo ensino-aprendizagem
 Modelo hegemônico (soberania)  Modelo dialógico. 
 Considera o sujeito no processo de aprendizagem,partindo do pressuposto de que os 
usuários dos serviços de saúde são portadores de saberes acerca do processo saúde-
doença-cuidado e de condições concretas do cotidiano. (ALVES, 2005)
 Pedagogia não normativa (sem regras/modelos)  dialógica e emancipatória (livre). 
(ZINN, 2007) 
Processo ensino-aprendizagem
Difere de muitas situações reais atuais de atenção à saúde, uma vez que os profissionais de 
saúde não têm praticado ações de fortalecimento, mas sim a ministração de prescrições
comportamentais utilizadas no verbo imperativo: 
 “Não fume!”
 “Use o cinto de segurança!”
 Dentre outros.
(LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007)
Processo ensino-aprendizagem
 Em uma reflexão paradigmática sobre a assistência de enfermagem, temos que o processo
de formação acadêmica, historicamente, tem se baseado, predominantemente, nos
conhecimentos oriundos das ciências biológicas de forma fragmentada.
 Diante dessa limitação teórica, sugere-se a busca de subsídios que fundamentem um ensino
que não apenas reitere as nossas vivências, mas que favoreça a formação profissional de
enfermeiros capazes de apreender e praticar um cuidado pautado no pensamento complexo.
(SILVA; CIAMPONE, 2003)
Processo ensino-aprendizagem
Discussão sobre a educação como uma práxis (processo, ação e reflexão, construção e 
reconstrução):
 Técnica (laboral): refere-se ao fato de que a preparação para o mundo do trabalho, se 
realizada a partir de práticas laborais, torna a aprendizagem mais significativa. É, portanto, 
por meio da prática que se educa e se aprende. 
 Política (sociabilidade): compreende o compromisso em preparar os educandos para o 
trabalho e, mais do que isso, aprender a viver e sobreviver. (SEVERINO, 2000)
Processo ensino-aprendizagem
 A evolução das abordagens pedagógicas, acompanhando os diferentes momentos políticos e 
econômicos, apresentou modelos compreendidos como tradicionais, renovados, por 
condicionamento e libertadores, sendo estes últimos mais eficazes em seus resultados que 
os demais. 
 Acrescentamos ainda que, ao dizer anteriormente, de uma prática educativa dialógica e 
emancipatória, tais características estão inseridas no conceito de educação libertadora. 
(PEREIRA, 2003)
Processo ensino-aprendizagem
Segundo o processo ensino-aprendizagem, assinale a alternativa correta:
a) O modelo dialógico foi substituído pelo modelo hegemônico.
b) Os profissionais de saúde têm praticado ações de fortalecimento, sem utilizar prescrições
comportamentais no verbo imperativo.
c) No processo ensino-aprendizagem parte-se do pressuposto de que os usuários dos 
serviç̧os de saúde são portadores de saberes e de conhecimento prévio. 
d) A prática educativa dialógica e emancipatória está inserida 
no conceito de educação tradicional. 
e) As práticas laborais nunca tornam a aprendizagem mais 
significativa.
Interatividade 
Resposta 
Segundo o processo ensino-aprendizagem, assinale a alternativa correta:
a) O modelo dialógico foi substituído pelo modelo hegemônico.
b) Os profissionais de saúde têm praticado ações de fortalecimento, sem utilizar prescrições
comportamentais no verbo imperativo.
c) No processo ensino-aprendizagem parte-se do pressuposto de que os usuários dos 
serviç̧os de saúde são portadores de saberes e de conhecimento prévio. 
d) A prática educativa dialógica e emancipatória está inserida 
no conceito de educação tradicional. 
e) As práticas laborais nunca tornam a aprendizagem mais 
significativa.
 Liberdade = fundamental no processo ensino-aprendizagem.
 Destacamos a importância do diálogo como meio dessa relação entre o educador e o 
educando em um processo ensino-aprendizagem libertador. 
 A proposta pedagógica de Paulo Freire remete à crítica e à superação dos modelos 
educacionais hegemônicos. 
 A educação é um caminho para a mudança social, para a 
formação de sujeitos históricos, atores e autores de seus 
processos cotidianos de emancipação coletiva e individual. 
(FREIRE, 2005; OLIVEIRA et al., 2008)
Educação: uma prática de liberdade e emancipação
Freire (2005) nos traz elementos importantes para pensarmos o diálogo; ele afirma que:
 Se não há um profundo amor ao mundo e aos homens, não há diálogo.
 Sem humildade também não há diálogo, pois a autossuficiência impede a aproximação
necessária ao diálogo. 
 Não há ignorantes totais, nem sábios absolutos, mas sim homens em comunhão que 
almejam saber mais. 
 É um ato de troca.
 O educador é aquele “que enquanto educa, é educado, em 
diálogo com o educando que, ao ser educado, também
educa”. (FREIRE, 2005) 
Educação: uma prática de liberdade e emancipação
 A proposta pedagógica de Paulo Freire considera a liberdade, o respeito, a humildade e o
carinho pelos educandos como premissas básicas para a educação.
 Essa concepção foi inovadora, visto que, antes, a repressão e o autoritarismo faziam parte
da aprendizagem, sendo, hoje, estas concepções equivocadas e que não garantem o
aprendizado dos educandos, muito menos a troca de conhecimentos. (FREIRE, 2005)
Educação: uma prática de liberdade e emancipação
 Educar vem do latim educere, que significa conduzir. É preciso, então, entender que a 
proposta educativa do tipo condutivista, na promoção da saúde, deve ser abandonada em 
favor da proposta informativa, porque as pessoas não devem ser “educadas”, mas, ao 
contrário, com a ajuda da informação e dialogando com a informação técnica, devidamente 
decodificada, conduzir a sua vida. “Em vez de educar conduzindo, é preciso informar o 
cidadão de modo claro, transparente...”. (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007)
Educação
 1970: cenário – curativo, individual, restrito aos contribuintes previdenciários, não 
democrático, reducionista (centrado na patologia), não universal e fragmentado.
 Intensas discussões que tiveram como marco o Movimento da Reforma Sanitária: a 
sociedade criticava e lutava pelas mudanças nas práticas e na organização dos serviços de 
saúde. (SALUM, 1998; ZINN, 2007)
A organização política dos serviços de saúde no Brasil
 Em 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde foi baseada nessas discussões e a nova 
Constituição Brasileira, em 1988, instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS. 
 SUS = modelo de atenção à saúde que surgiu como um ideal contra-hegemônico buscando 
garantir a cobertura universal e equitativa, com a participação do setor privado.
 Princípios doutrinários de universalidade, equidade e integralidade. 
 Apesar de todos os avanços, o SUS é um sistema de saúde
em desenvolvimento, que permanece na luta para garantir a 
cobertura universal e equitativa. 
A organização política dos serviços de saúde no Brasil
 A participação do setor privado no mercado é crescente e as interações entre os setores 
público e privado criam as contradições e uma competição injusta, culminando em ideologias 
e objetivos opostos, a exemplo do acesso universal contrário à segmentação do mercado. 
 Isso gera resultados negativos na equidade, no acesso aos serviços de saúde e nas 
condições de saúde. 
 Restrições no financiamento federal, na infraestrutura e nos recursos humanos relacionados 
ao setor de saúde = desafios políticos. (PAIM et al., 2011) 
A organização política dos serviços de saúde no Brasil
 A PNEPS foi instituída pela Portaria GM/MS n. 198, de 13 de fevereiro de 2004 e foi alterada 
pela Portaria GM/MS n. 1996, de 20 de agosto de 2007, que dispõe sobre as novas diretrizes 
e estratégias para a implantação desta. 
 Traz a proposta de constituir o SUS em uma rede-escola, modificando o pensamento do 
ensino transmitido de modo unidirecional, dos detentores do conhecimento para os 
trabalhadores de saúde, mas considerando o espaço concreto de trabalho como um local de 
ensino-aprendizagem compartilhado.(BRASIL, 2009; CECCIM, 2005) 
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
 Constitui a estratégia que viabiliza as transformações do trabalho na saúde para que este 
seja local de atuação crítica, reflexiva, propositiva, compromissada e, tecnicamente, 
competente. (BRASIL, 2009; CECCIM, 2005)
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
Fonte: livro-texto.
A organização política dos serviços de saúde no Brasil vem sofrendo transformações ao longo 
dos anos. Com relação a esse tema, assinale a alternativa incorreta:
a) Em 1970, a sociedade lutava por mudanças nas práticas e na organização dos serviços de 
saúde, surgindo assim, o Movimento da Reforma Sanitária.
b) O SUS surgiu em 1988, com os princípios doutrinários de universalidade, equidade e 
integralidade. 
c) As interações entre os setores público e privado criaram contradições e uma competição
injusta que vai contra o princípio da equidade.
d) O SUS é um modelo de atenção à saúde que surgiu como 
um ideal hegemônico para garantir a cobertura universal e 
equitativa.
e) Antes do SUS, havia um cenário de atenção à saúde não
universal e restrito a parcelas da população.
Interatividade 
Resposta 
A organização política dos serviços de saúde no Brasil vem sofrendo transformações ao longo 
dos anos. Com relação a esse tema, assinale a alternativa incorreta:
a) Em 1970, a sociedade lutava por mudanças nas práticas e na organização dos serviços de 
saúde, surgindo assim, o Movimento da Reforma Sanitária.
b) O SUS surgiu em 1988, com os princípios doutrinários de universalidade, equidade e 
integralidade. 
c) As interações entre os setores público e privado criaram contradições e uma competição
injusta que vai contra o princípio da equidade.
d) O SUS é um modelo de atenção à saúde que surgiu como 
um ideal hegemônico para garantir a cobertura universal e 
equitativa.
e) Antes do SUS, havia um cenário de atenção à saúde não
universal e restrito a parcelas da população.
 Sabemos que a comunicação destaca-se como o principal instrumento para que a interação
e a troca aconteçam e, consequentemente, o processo de cuidar, no seu sentido mais 
amplo, tenha espaço para acontecer. 
 Segundo Mendes (1994), “os componentes da comunicação formam o clima e a nutrição
para a compreensão”. 
 Communicare significa “pôr em comum”. 
 A comunicação interpessoal pode ser definida como um 
conjunto de movimentos integrados que calibra, regula, 
mantém e, por isso, torna possível a relação entre os homens 
(SILVA, 2001). 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
 Segundo Watzlawizk, Beavin e Jackson (1967), não se comunicar é impossível; mesmo na 
inatividade ou no silêncio tudo tem o valor de mensagem; “a comunicação é o princípio
natural que une um ser a outro”. (RUESCH, 1987)
Comunicação:
 Verbal – palavras expressas por meio da fala ou da escrita. 
 Não verbal – desenvolvida através de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal, 
entre outros. (SILVA, 2006)
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
 Ao compreendermos a educação em saúde como um elemento de cuidado humano, 
percebemos, logo, a importância de uma comunicação com qualidade para que haja uma 
atenção efetiva e de qualidade. 
 Waldow (1998) refere-se à possibilidade do mundo da tecnologia avançada (máquina) 
substituir esse instrumento próprio do ser humano, lembra que o afago e o aperto de mão
que oferecem o apoio e o suporte, bem como o olhar carinhoso e amigo parecem não ser 
mais necessários. 
Será que a máquina exerce o papel semelhante ao dos seres 
humanos? Ela supre as necessidades?
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
 Com ou sem intenção, sempre há a transmissão de mensagens uma vez estabelecida a 
interação. Não existe um fluxo de comportamento numa só direção. (MENDES, 1994) 
 A comunicação é um processo pautado em compreender e compartilhar mensagens 
enviadas e recebidas; estas mensagens exercem influência no comportamento das pessoas 
que vivenciam essa interação. (STEFANELLI, 2005) 
Como estamos nos comunicando no exercício da nossa profissão? 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
 Uma pesquisa desenvolvida com crianças cegas e surdas desde o nascimento e que, apesar 
de nunca terem aprendido por imitação, pois nunca puderam olhar o rosto da mãe, elas 
demonstram as emoções da mesma maneira que nós, que enxergamos. Seus olhos brilham 
e sorriem quando estão felizes, choram quando estão tristes, ficam vermelhas e desviam a 
direção do olhar quando estão com vergonha, levantam as sobrancelhas e abrem mais os 
olhos e, conforme o grau de surpresa, também a boca.
 As emoções básicas são expressas da mesma maneira em qualquer ser humano. (SILVA, 
2006)
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Será que temos consciência das nossas expressões não verbais?
Será que estamos atentos às expressões não verbais das pessoas com quem nos 
relacionamos? 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Toda comunicação tem duas partes: 
 O conteúdo – o fato, a informação que queremos transmitir.
 O sentimento – como estamos nos sentindo quando nos comunicamos com a pessoa. 
 “... quando nos comunicamos com as pessoas não temos apenas o compromisso de passar 
um conteúdo, uma informação, pois toda comunicação envolve um sentimento, ou seja, o 
que é que sentimos quando ficamos diante do outro”. (SILVA, 2002, p. 74). 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Quatro finalidades da comunicação não verbal:
 1. A primeira é complementar a comunicação verbal. Por exemplo, quando dizemos “bom 
dia”, sorrindo para o outro e olhando nos seus olhos.
 2. A segunda é contradizer o verbal. Por exemplo, quando dizemos “muito prazer” e 
apertamos a mão do outro com medo ou nojo de tocar.
 3. A terceira é substituir o verbal. Por exemplo, o meneio 
positivo da cabeça, olhando para a outra pessoa e dizendo 
não verbalmente “estou te ouvindo”, “estou atenta a você”. 
 4. A quarta finalidade do não verbal é a demonstração dos 
nossos sentimentos. (SILVA, 2002) 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Comunicação não verbal (SILVA, 1996):
 Paralinguagem: qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do 
sistema sonoro da língua usada. 
 Cinésica: linguagem do corpo/movimentos. 
 Proxêmica: é o uso que o homem faz do espaço. 
 Tacêsica: é tudo que envolve 
a comunicação tátil.
 Características físicas: são a 
própria forma e a aparência 
do corpo. 
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/mão-
mantenha-cuidados-ajuda-idosos-1549133/
Saber ouvir:
 “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio 
dentro da alma.” 
 A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o 
que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz, não fosse digno 
de consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é
muito melhor.
 Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante 
e sutil da nossa arrogância e vaidade.
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
A habilidade de escutar:
 Para escutar, é necessário esvaziar a mente, é necessário a humildade para valorizar o que 
o outro tem a dizer. Isso não é algo comum e simples, em especial em um mundo repleto de 
ruídos, informações e pressa. O desafio é o estabelecimento de relações conscientes e reflexivas. Desenvolvendo as 
habilidades de comunicação, que é, em si, o elo que une um ser ao outro.
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa 
Sobre a comunicação não verbal, assinale a alternativa incorreta:
a) A paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do 
sistema sonoro da língua usada. 
b) A cinésica é a linguagem do corpo/movimentos. 
c) A proxêmica é a capacidade de ouvir atentamente. 
d) A tacêsica é tudo que envolve a comunicação tátil.
e) As características físicas são a própria forma e a aparência 
do corpo. 
Interatividade 
Resposta 
Sobre a comunicação não verbal, assinale a alternativa incorreta:
a) A paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do 
sistema sonoro da língua usada. 
b) A cinésica é a linguagem do corpo/movimentos. 
c) A proxêmica é a capacidade de ouvir atentamente. 
d) A tacêsica é tudo que envolve a comunicação tátil.
e) As características físicas são a própria forma e a aparência 
do corpo. 
 ALVES, V. S. Um modelo de educação em saúde para o Programa de Saúde da Família: 
pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface – Comunic., 
Saúde, Educ., v. 9, n. 16, p. 39-52, set. 2004/fev. 2005.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. 
Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Série Pactos pela Saúde 2006. Política 
Nacional de Educação Permanente em Saúde, 2009.
 BREILH, J. P. Epidemiologia: economia, medicina y política. São Domingos: Editorial 
Universitária, 1980.
 CAPONI, S. Georges Canguilhem y el estatuto epistemologico deI concepto de salud. 
História, Ciências e Saúde. Manguinhos, v. 4, n. 2, p. 287-307, 1997.
Referências
 CARVALHO, Y. M.; CECCIM, R. B. Formação e educação em saúde: aprendizados com a 
saúde coletiva. In: CAMPOS, G. W. S.; et al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; 
Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009.
 CECCIM, R. B. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Comunic., 
Saúde, Educ., v. 9, n. 16, p. 161-77, 2005.
 CZERESNIA, D. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção. In: 
CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. (org.). Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, 
tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 39-53.
 DEJOURS, C. Por um novo conceito de saúde. Rev. Bras. de Saúde Ocupacional, v. 34, n. 
14, p. 7-11, 1986.
Referências
 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.
 LAURELL, A. C. A saúde-doença como processo social. In: NUNES, E. D. (org.). Medicina 
social: aspectos históricos e teóricos. São Paulo: Global, 1983.
 LEFÈVRE, F.; LEFÈVRE, A. M. C. Promoção de Saúde: a negação da negação. São Paulo: 
Barba Ruiva, 2007.
 MENDES, I. A. C. Enfoque humanístico à comunicação em enfermagem. São Paulo: Sarvier, 
1994.
Referências
 MERHY, E. Saúde e Direitos: tensões de um SUS em disputa, molecularidades. Texto 
baseado na Conferência “Saúde e Direitos: escolhas para fazer o SUS”. Proferida em 23 de 
outubro de 2011, no XII Congresso de Saúde Pública, promovido pela Associação Paulista 
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Referências
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