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Reforma Trabalhista A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada em 01 de maio de 1943, através do Decreto-Lei nº 5.452, com objetivo principal de regulamentar as relações coletivas e individuais do trabalho, e proteger os direitos do trabalhador. Em 2021 a CLT completou 78 anos e, desde sua criação já sofreu mais de 3 mil alterações, sempre se adaptando a modernidade e pensando na proteção dos trabalhadores rurais e urbanos. Em 13 de julho de 2017 foi sancionada a Reforma Trabalhista Lei 13.467, com objetivo principal de reduzir custos do trabalho para gerar novos empregos e fazer a economia crescer. O trabalhador que por décadas lutou com todas as forças em busca de melhorias e garantias de trabalho tiveram sua voz calada, sendo obrigados a aceitar as propostas de seus patrões para não ficarem desempregados. Tratados como uma mercadoria qualquer. A Reforma Trabalhista só veio para fragilizar ainda mais os trabalhadores, retirando seus direitos e garantias legalmente previstos. E os sindicatos que antes lutavam bravamente pelos direitos do trabalhador, perderam o seu poder, ficaram sem voz. Um verdadeiro retrocesso social e a Legislação Trabalhista, que só favoreceu e fortaleceu ainda mais as empresas e patrões. Apesar de todas as mudanças feitas para desfavorecer os empregados, ainda existem alguns direitos que permaneceram inegociáveis, tais como: 13º salário, férias, licença maternidade / paternidade, seguro desemprego e salário mínimo. Foram muitas as mudanças desfavorecendo os trabalhadores, mas, ainda há algumas que salve e que estão do lado deles, como a Contribuição Sindical (art. 580 e 582), que antes era descontado do trabalhador no mês de março o valor de 1 dia de salário, e com a reforma essa contribuição tornou-se opcional. Outra vantagem que o trabalhador obteve com a reforma foi a jornada de trabalho de 12 horas de serviço e 36 horas de descanso que antes era discutida mediante convenção coletiva, e hoje pode ser negociada com o colaborador. A reforma passou a prever também trabalho intermitente, onde o empregado contratado recebe por horas (o valor não pode ser inferior ao horário do salário mínimo), dias ou mês trabalhados. Essa modalidade permite que o trabalhador tenha vínculo trabalhista com diversas empresas, seja por carteira assinada ou por contrato de trabalho, visto que, a convocação para trabalhar tem que ser com antecedência de 3 dias. Essa nova forma de trabalho fez com que muitas empresas demitissem seus funcionários que antes estavam com carteira assinada, para fazer contratos de trabalhos com pequenos prazos, uma vez, que dessa forma ele estaria pagando menos encargos e reduzindo custos com diversos benefícios. Foi bom para os trabalhadores que antes não tinham contrato e faziam serviços por boca, mas, foi ruim para alguns que possuíam carteira assinada, pois perderam muitos benefícios, como plano de saúde, odontológico, ticket alimentação / refeição, e além disso tiveram o tempo de contrato reduzido, fazendo com que muitas pessoas ficassem desempregadas. Já as empresas tiveram vários benefícios com a reforma, um deles foi a reclamatória trabalhista, onde antes da reforma o empregado não tinha nenhum custo, e com a reforma a parte que perder arcará com os honorários periciais e ação, fazendo com que muitas pessoas deixassem de entrar com ação trabalhista, uma vez que possuímos uma justiça desfavorável ao hipossuficiente, novamente vemos o trabalhador sendo calado, sem opção de recorrer por seus direitos legais. São tantas as discrepâncias dessa reforma trabalhista que chega dão nojo de falar, o pobre cada dia mais pobre e humilhado, e o rico cada vez mais rico, esse é o nosso Brasil com suas leis que só favorecem a classe alta. Sabemos da necessidade de fazer alterações legislativas, porém da forma que ela foi criada causou bastante estranheza em muitas pessoas, inclusive do governo. Uma legislação que deveria ser em favor da sociedade, acabou ficando contra. Com isso, podemos concluir que a Reforma Trabalhista é totalmente ineficaz e com promessas fadadas ao fracasso e fictícias, visto os nossos problemas sociais, culturais e econômicos, e com um índice altíssimo de desemprego que hoje está por volta de 14,3 milhões de pessoas, segundo o IBGE. Essa reforma precisa ser alterada com urgência, pois o país está cada vez mais negativado e fracassado.
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