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Prévia do material em texto

Tratado de 
ANIMAlS 
SELVAGENS 
MEDICINA VETERINARIA 
Zalmir Silvino Cub as 
Medico Veterinario. Mestrando em Ciencias Veterinarias (Patologia Veterinaria), 
Universidade Federal do Parana (UFPR), Curitiba. Especialista em Medicina de Animais Selvagens, 
Universidade da Calif6rnia (UCD) , campus de Davis. Medico Veterinario do Zool6gico Roberto Ribas 
Lange e do Criadouro de Animais Selvagens da Itaipu Binacional (CASIB) , Foz do Iguac,:u, PR. 
Consultor do Projeto Mundo Selvagem, Foz do Iguac,:u, PR. 
Jean Carlos Ramos Silva 
Medico Veterinario. Mestre e Doutor em Epidemiologia Experimental e Aplicada as Zoonoses, 
Faculdade de Medicina Veterinaria e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de Sao Paulo (USP). 
Professor Adjunto do Departamento de Medicina Veterinaria (DMV), Universidade Federal Rural 
de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE. Diretor Executivo do Instituto Brasileiro 
para Medicina da Conservac,:ao (Tdade). 
Jose Luiz Catao-Dias 
Medico Veterinario. Doutor em Patologia Experimental e Comparada, 
Universidade de Sao Paulo (USP). Livre-docente em Patologia Comparada de 
Animais Selvagens. Professor Associado de Patologia do Departamento de Patologia, 
Faculdade de Medicina Veterinaria e Zootecnia (FMVZ) da USP. Diretor Tecnico-ciendfico 
da Fundac,:ao Parque Zool6gico de Sao Paulo (FPZSP). 
ROCA 
Copyright © 2007 da 1 ~ Edi<;ao pela Editora Roca Ltda. 
ISBN-lO: 85-7241-649-8 
ISBN-13: 978-85-7241-649-8 
Nenhuma parte desta publica<;ao podeni ser reproduzida, guardada pelo sistema "retrieval" ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletronico, mecanico, de fotocopia, de grava<;ao, ou outros, 
sem previa autoriza<;ao escrita da Editora. 
As imagens relacionadas a seguir foram gentilmente cedidas pela: Funda'rao Parque Zoologico de Sao Paulo (FPZSP) -
Fotografa Gloria Jafet. 
Aberturas das sey6es: 1, 4 a 11. 
Aberturas dos capftulos: 1,2,4 a 20,22 a 41,43 a 77. 
Fotos dos capftulos: 4.1 a 4.5, 14.2 a 14.5, 17.1 a 17.5, 17.7, 17.8, 19.1, 19.2,24.11,25.4,25.5,26.2,33.2,39.9,39.16,39.18 
a 39.20,40.5,43.1. 
Fotos da capa: 
Bicho pregui<;:a: Antonio Messias Costa 
Arara: Zalmir S. Cubas 
Peixe e Quelonio: Gloria Jafet/Fundayao Parque Zool6gico de Sao Paulo (FPZSP). 
CIP-BRASIL. CATALOGA<;AO-NA-FONTE 
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. 
C97m 
Cubas, Zalmir Silvino 
Tratado de animais selvagens - medicina veterinaria 
I Zalmir Silvino Cubas, Jean Carlos Ramos Silva, Jose Luiz Catao-Dias. 
- Sao Paulo : Roca, 2006 
Apendices 
Inclui bibliografia 
ISBN-lO: 85-7241-649-8 
ISBN-13: 978-85-7241-649-8 
1. Animais selvagens - Doenc;:as. 2. Patologia veterinaria. 
I. Silva, Jean Carlos Ramos. II. Catao-Dias, Jose Luiz. III. Titulo. 
06-2719 CDD 591.2 
CDU 591.2 
2007 
Todos os direitos para a lingua portuguesa sao reservados peZa 
EDITORA ROCA L TDA. 
Rua Dr. Cesario Mota Jr., 73 
CEP 01221-020 - Sao Paulo - SP 
Tel.: (11) 3331-4478 - Fax: (11) 3331-8653 
E-mail: vendas@editoraroca.com.br - www.editoraroca.com.br 
Impresso no Brasil 
Printed in Brazil 
Apresenta~ao 
A Medicina Veterinaria dos animais selvagens experimentou excepcional avan<;:o nas ultimas tres decadas. No 
Brasil, e uma das especialidades que mais tern atraldo a aten<;:ao da classe veterinaria. Atribuir, porem, marcos 
historicos para uma determinada ciencia pode nao ser razoavel, pois corremos 0 risco de co meter injusti<;:a com 
incognitos, omitindo-Ihes 0 justo direito de destaque na Historia. Sabemos que muitos sao os pioneiros que 
contribulram para a evolu<;:ao das Ciencias Veterinarias dos animais selvagens no Brasil e a eles devemos indis(.t.;·· 
dvel reconhecimento. Muitos desses, por parriciparem desta publica<;:ao, foram prestigiados; outros, embora 
ausentes no livro, tern merecido a aten<;:ao da comunidade ciendfica de outras formas. 
Ha, contudo, cerra concordancia quanto ao pretenso marco historico da nossa especialidade no Brasil ter 
sido 0 primeiro curso do professor Murray Elwood Fowler, realizado em 1985 na cidade de Curitiba e organi-
zado pelo Professor Pedro Ribas Werner e seus colaboradores, que anteviram a imporrancia que a especialida-
de assumiria. 0 memo ravel treinamento congregou medicos veterinarios de todas as regi6es do Brasil e de 
outros palses sul-americanos, servindo para revelar informa<;:6es ate entao indisponfveis a maioria dos profissio-
nais brasileiros. Mestre Fowler, personalidade detentora de noravel cultura e experiencia aliada a rara modes-
tia, inspirou e continua a inspirar varias gera<;:6es de medicos veterinarios pelo mundo afora, engrandecendo 
essa empolgante especialidade. Esse notavel professor tern retornado inurn eras vezes ao Brasil para exercer 0 
"ministerio" em benefkio da Medicina Veterinaria de animais selvagens. Criada essa conexao internacional, 
muitos cientistas de renome passaram a visitar 0 Brasil, estimulando 0 intercambio ciendfico. Veterinarios 
brasileiros, entusiasmados com 0 forralecimento da especialidade e ansiosos por conhecimentos atualizados, 
passaram a freqiientar universidades, zoologicos e outras institui<;:6es de pesquisa no Brasil e no exterior, for-
mando uma elite ciendfica cdtica e competente. Esses profissionais atuantes na academia, na clfnica ou no 
campo, sejam iniciantes ou experientes, sao os grandes responsaveis pelo desenvolvimento da Medicina Vete-
rinaria dos animais selvagens no Brasil. 
Ao nos referirmos a nossa especialidade, tao diversa e extensa, nao podemos deixar de mencionar 0 eminente 
professor Milton Thiago de Mello, tambem prefaciador deste livro. Medico veterinario, doutor, pesquisador 
e fundador de diversas sociedades ciendficas e, abnegadamente, urn dos grandes incentivadores da medicina e 
conserva<;:ao da fauna silvestre no Brasil. Com sua nonagenaria sapiencia e energia inigualavel, tern demonstrado 
que ciencia e entusiasmo devem seguir juntos para que se alcance pleno sucesso nos propositos conservacionistas. 
Ele e urn dos precursores de urn ramo recente e multidisciplinar conhecido como Medicina da Conserva<;:ao e, 
por meio do instituto que leva 0 seu nome, tern demonstrado que, alem dos fundamentos teoricos da Ciencia, e 
imprescindfvel a vivencia e a atividade de campo. Guiando seus disdpulos a incontaveis rinc6es desse pals conti-
nental, 0 professor Milton Thiago de Mello revela a imporrancia e fragilidade dos biomas brasileiros, sensibili-
zando 0 meio social para a necessidade de pesquisas e a<;:6es que promovam a conserva<;:ao da biodiversidade. 
As duas referencias dos prefacios representam, porranto , os ideais de todos os profissionais engajados nessa 
causa comum. 0 tratado e uma coleranea da experiencia de 92 autores, a maioria desses, brasileiros. A novidade 
e que existe no paIs urn numero muito maior de veterinarios especialistas que poderia ter contribuldo nesta obra. 
Se esses profissionais nao parriciparam desta edi<;:ao, foi simplesmente por limita<;:ao de temas e de espa<;:o. Isso 
demonstra a competencia profissional e 0 nfvel de evoluc,:ao que a Medicina Veterinaria de animais selvagens 
alcan<;:ou no Brasil. 
A inten<;:ao dos editores foi produzir urn livro generalista, que atendesse as expectativas dos medicos veterina-
rios que atuam em zoologicos, criadouros, centros de triagem de animais, clfnicas veterinarias, bioterios, univer-
sidades, entidades governamentais e nao-governamentais de meio ambiente, centros de controle de zoonoses e 
outros centros de pesquisa. Embora haja urn consideravel numero disponlvel de livros em lingua inglesa, perce-
bemos a demanda por urn livro em porrugues que reunisse aspectos relativos ao manejo animal, clfnica e 
epidemiologia em condi<;:6es brasileiras. Nesse aspecto, nao apenas os medicos veterinarios, mas tambem estu-
dantes de Medicina Veterinaria e de profiss6es afins, se beneficiarao desta obra. 
XIV Apresentariio 
Quisemos trazer ao lei tor informa<;:6es atualizadas sobre os assuntos que consideramos importantes, organizando-os em 
se<;:6es e estruturando os capftulosem Formato padrao. Esses capftulos foram valorizados com fotos coloridas, demonstrando a 
preocupa<;:ao da Editora Roca com a qualidade do livro. Houve priori dade quanto a experiencia dos autores e embora tenhamos 
optado por uma lista restrita de referencias bibliograficas, em razao do melhor uso do espa<;:o, eles nao deixaram de realizar 
detalhada revisao bibliografica. Cumpre ressaltar que tanto os medicamentos quanto as doses mencionados nos diversos capftu-
los sao sugestivos, baseados nas experiencias espedficas dos autores. 
Os capftulos abordam situa<;:6es com animais em seu habitat ou em cativeiro, como pacientes ou como popula<;:6es. A 
epidemiologia das doen<;:as e os aspectos gerais da Medicina da Conserva<;:ao sao tratados sem a pretensao de exaurir os temas, 
que sao muitos. 
A Medicina Veterinaria de animais selvagens encontra-se em sua infancia e, por isso, alguns taxa sao ainda pouco estudados, 
dada a bibliografia resn·ita. Acreditamos que essa cerra carencia de informa<;:6es servira de estfmulo para que 0 leitor, com sua 
experiencia clinica e capacidade de pesquisa, contribua para ampliar 0 conhecimento sobre divers as ordens taxonomicas. Espe-
ramos que 0 livro "Tratado de Animais Selvagens - Medicina Veterinaria" aponte 0 caminho para a publica<;:ao de outros livros, 
mais espedficos e aprofundados, que certamente surgirao a partir de agora. 
Agradecemos aos autores, os quais compartilharam seus conhecimentos de forma altrufstica, tendo em mente a sincera 
inten<;:ao de contribuir para 0 bem-estar animal, a conserva<;:ao da diversidade bio16gica e 0 desenvolvimento das ciencias veteri-
narias; a Casimiro Paya, Maria del Pilar Paya e sua equipe, da Editora Roca, que nao pouparam esfor<;:os para produzir uma 
publica<;:ao de qualidade; aos nossos pais, irmaos e amigos que nos incentivaram 0 tempo todo e, principalmente, as nossas 
esposas, que, alem de todo apoio ao nosso constante trabalho de edi<;:ao, participaram efetivamente da produ<;:ao do livro, ate 
como autoras de alguns capftulos. Nossa inten<;:ao foi produzir uma obra que contribuisse para 0 progresso da Medicina Veteri-
naria dos animais selvagens. 
Os EDITORES 
Pref6cio I 
Este livro trata dos aspectos relativos ao manejo e cuidado dos animais selvagens, sendo essas condi<;:6es essenciais 
para a saude e 0 bem-estar animal. A bioetica com rela<;:ao a manuten<;:ao de animais selvagens em cativeiro e 
abordada, bem como a necessidade de conserva<;:ao dos recursos naturais. Os capitulos que versam sobre temas 
normalmente nao discutidos na Medicina Veterinaria tradicional fornecem uma visao ecol6gica e ambiemal das 
quest6es relativas a saude animal, tanto em cativeiro como em vida livre. 
Diversos capitulos tratam especificamente da clinica e cirurgia de determinados grupos animais, des de peixes 
ornamentais ate mamiferos marinhos e megavertebrados. Embora 0 enfoque seja na fauna brasileira, os auto res 
discutem as especies animais com uma visao global, ja que muitos animais ex6ticos sao mantidos em zool6gicos 
brasileiros. 
Uma se<;:ao foi destinada a doen<;:as e condi<;:6es patol6gicas que podem acometer varios taxa. Ha capitulos 
que tratam de tecnicas de diagn6stico aplicadas a animais selvagens, muitas das quais foram adaptadas da clinica 
de animais domesticos. Os procedimentos incluem endoscopia, ultra-sonografia, radiologia, eletrocardiografia, 
patologia clinica e necroscopia. 
Uma analise atenta do sumario evidencia temas importantes que ajudarao, sem duvida alguma, a melhorar as 
condi<;:6es de vida dos animais selvagens no Brasil. Um importante acrescimo ao livro foram as rela<;:6es de 
f:irmacos disponiveis no pais. Livros impressos em outras linguas e em outros paises nem sempre fornecem 
informa<;:6es pd.ticas e uteis aos profissionais que se dedicam ao cuidado dos animais selvagens. 
Este livro representa um marco na evolu<;:ao da Medicina Veterinaria dos animais selvagens no Brasil. Noventa 
e dois autores, especialistas tanto em animais selvagens cativos como em vida livre, compartilharam gentilmente 
seus conhecimentos e experiencias com a comunidade cientifica. 
Para mim, tern sido uma grande satisfa<;:ao trabalhar com veterinarios brasileiros por mais de 20 anos e 
perceber 0 entusiasmo, motiva<;:ao, dedica<;:ao e competencia que os movem. Nao ha duvida de que a Medicina 
Veterinaria de animais selvagens tem cresci do de forma exponencial em todo 0 mundo e, agora, os colegas 
brasileiros tedo ao seu alcance mais essa importante obra, repleta de informa<;:6es. 
MURRAY E. FOWLER, 
DVM, Dipl ACZM, ACVIM, ABVT 
Universidade da Calif6rnia, Davis, EUA 
Pref6cio II 
E sempre muito agradavel prefaciar urn livro. No caso da presente obra, 0 prazer transforma-se em honra e privilegio. 
Os Doutores Zalmir Silvino Cubas, Jean Carlos Ramos Silva e Jose Luiz Catao-Dias conseguiram reunir mais 
de 80 especialistas que sintetizaram suas variadas experiencias na publica<;:ao de Tratado de Animais Selvagens-
Medicina Veterindria. Isso demonstra nao s6 lideran<;:a entre as pessoas que se dedicam it fauna silvestre, como 
modestia em nao assumir a responsabilidade de tratar de temas nos quais nao se consideram conhecedores 
profundos, embora pudessem faze-Io. 
Os medicos veterinarios, a comunidade ciendfica em geral e todas as pessoas que lidam com animais silvestres 
necessitavam da reuniao de conhecimentos sobre 0 assunto esc rita em portugues. Existem outras obras dessa natu-
reza, noutras linguas, para outras realidades, a come<;:ar pela serie de livros de Murray E. Fowler, urn deles precisa-
mente em colabora<;:ao com 0 Dr. Zalmir Silvino Cubas1 . Entretanto, nao s6 pela lingua, mas tambem pelo custo e 
pela exemplifica<;:ao estrangeira, essas publica<;:6es nao alcan<;:am os milhares de interessados brasileiros. 
Os animais silvestres (ou selvagens) sao motivos de estudo de uma gama variada de profissionais: desde 
medicos veterinarios, zootecnistas e bi610gos, aos quais 0 livro esta mais dedicado, ate simples cidadaos in teressa-
dos em fauna e que desejam respostas a muitas perguntas sobre os mais diversos assuntos. Por exemplo: Etica e 
Legisla(iio, tema inicial. Quando sera etico e/ou legal capturar, manter, criar comercialmente e usar como modelo 
para experimenta<;:ao medico/cientifica os animais selvagens? As opini6es sao antipodais, em muitos casos, ex-
tremadas, como em discuss6es recentes sobre a "posse responsavel", terminologia usada pela corrente de protetores de 
animais de rua, traduzida na linguagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-
vaveis (IBAMA) em uma proposta de Resolu<;:ao, como a "Concessao de Termo de Guarda para Animais Silves-
tres "- que tern sido duramente criticada por organiza<;:6es de combate ao trafico de animais. A esse tema inicial 
seguem-se: Intera(iio Homem-animal, Desafios para a Conserva(iio da Fauna, Gestiio Ambiental em Zoo16gicos e 
Estrutura Hospitalar, Quarentendrio e Centros de Triagem; logo depois, as se<;:6es especializadas: Peixes, Repteis, Aves 
e Mamiferos; e, finalmente, a parte Medico-veterinaria (Doen(as, Diagn6stico, Clinica e Terapeutica e Medicina 
Veterindria Preventiva), terminando com 0 grande tema da atualidade: Medicina da Conserva(iio. 
Estao de parabens os autores/editores e, principalmente, os medicos veterinarios brasileiros que terao apoio 
importantissimo para 0 exerdcio de suas atividades na grande especialidade que e a "Medicina Veterinaria de 
Animais Selvagens". 
MILTON THIAGO DE MELLO 
Membro Honorario da World Veterinary Association e da Zoological Society of London. 
Membro da Academia Brasileira de Medicina Veterinaria. 
Vice-Presidente do Instituto Milton Thiago de Mello, Brasilia, DF. 
1 FOWLER, M. E.; CUBAS, Z. S. (eds.). Biology, Medicine, and Surgery of South American WildAnimals. 
Ames: Iowa State University Press, 2001. 536p. 
, 
Indice 
SE~AO 1 - TEMAS GERAIS 
1. ETICA E LEGISLA<;:Ao . ............. ..... . .. ... ... ... .... .... ... .... ................... ... ... . ........ .... .......... .......... . ........................... 2 
Angela Maria Branco 
2. INTERA<;:AO HOMEM-ANlMAL - UM CONSTANTE APRENDIZADO PARA UMA 
RELA<;:AO DE RESPEITO ...... . ........................ .. .. ...... .. .... ......... .... ... . ....... .. ... ... . ..... . ...... ............... ...... ...... ..... 15 
Maria Cornelia Mergulhao, Silvia Luzia Frateschi Trivelato 
3. D ESAFIOS PARA A CONSERVA<;:AO DA FAUNA .. .... ... ....... .. .... .. .. .... .. ... .. ...... .............. ... ... .... ... ... .................... . .. 19 
Artur Andriolo 
4. GESTAo AMBIENTAL EM ZOOLOGICOS . .. .. ......... . ... . .. ... .... ... .. . .... ..... .... ..... ....... .............. .. . .. .. ....... ......... ...... . . 26 
Joao Batista da Cruz 
5. ESTRUTURA HOSPITALAR, QUARENTENARIO E CENTROS DE TRIAGEM .... . .... .... ....................... ... . .... ...... ....... 33 
Ricardo Guilherme D'Otaviano de Castro Vilani 
SE~AO 2 - PEIXES 
6. P EIXES ORNAMENTAlS .... ........ .. .... .... .................... .. ... .. ....... .. .. . .. .. .. .. . .. ... ... . .. .. .. . ........ . ....... .. .. .. . .... ... . ..... .. ..... 44 
Andrea Maranho 
SE~AO 3 - REPTEIS 
7. ORDEM SQUAMATA - SUBORDEM SAURIA (LAGARTO, TElU, IGUANA) .. .. .. ... ... ..... . ... . ...... ... .... .. ...... ....... ... ...... 58 
Carlos Eduardo Silveira Goulart 
8. ORDEM SQUAMATA - SUBORDEM OPHIDIA (SERPENTE) .. .. .... ... ....... .. . ...... .............. . ... . ....... .. . .. .... ..... . .. .... .... 68 
Cristiane Kiyomi Miyaji Kolesnikovas, Kathleen Fernandes Grego, Luciana Carla Rameh de Albuquerque 
9. CHELONIA (TARTARUGA, CAGADO, J AB UTI) ..... ................. . ..... .. .... .. .......... ... ... ........... .... . .. .... ... . .... ... ........... 86 
Patricia Hoerner Cubas, Cecilia Baptistotte 
10. CROCODYLIA (JACARE, CROCODILO) .. ................. .... .... ... .. ... .... . .. ... .... . .. ...... ........... . ...... ... . .. ....... .. ....... ....... 120 
Luis Antonio B. Bassetti 
SE~AO 4 - AVES 
11. STRUTHIONIFORMES (EMA, A VESTRUZ) .. . ............................ . .................... ....... . .... .. .. .. .. ......... . .. .. .. . ........ ... . 136 
Marcelo Americo de Almeida 
12. TINAMIFORMES (MAcuco, INHAMBU, PERDIZ) .. ...... ........... ...... ....... .... ... ........ ...... .. .. ... .... .... ... . ... .. .... . .. .. ... 158 
Mathias Dislich 
13. GALLIFORMES (MUTUM, JACU, JACUTINGA, ARAcUA, URU) .......................................... .... .... . ................... 169 
Joaquim Evencio Neto 
14. ANSERIFORMES (PATO, CISNE, GANSO, MARRECO) .. .. .. ................. ............................................................ 185 
Andre Grespan 
15 . PICIFORMES (TUCANO, ARA<;:ARI, PICA-PAU) ...... .. .... ...................... .............. .. .... .............. .. ...................... . 210 
Zalmir Silvino Cubas 
16. P SITTACIFORMES (AMRA, PAPAGAIO, P ERI QUITO) .............................. .......... ............ ................ .... ........ ..... 222 
Silvia Neri Godoy 
17. FALCONIFORMES E STRIGIFORMES (AGUIA, GAVIAo, FALcAO, ABUTRE, CORUJA) .... ...... .. ........................... 252 
Ricardo Jose Garcia Pereira 
18. COLUMBIFORMES (POMBA, ROLINHA, A VOANTE, J URITI) ................................................ .. ...... .. ........ .. ...... 268 
Karin Werther 
xx fndice 
19. CICONIIFORMES (CEGONHA, GARC;:A, GUAM, COLHEREIRO, Soc6) .............................. . ....................... .... 290 
Jose Heitzmann Fontenelle 
20. PHOENICOPTERIFORMES (FLAMINGo) ................... ; ................................................................................... 301 
Maria Emilia Bodini Santiago 
21. SPHENISCIFORMES (PINGUIM) ................................................................................................................... 309 
Rodolfo Pinho da Silva Filho, Valeria Ruoppolo 
22. PASSERIFORMES (PASSARO, CANARIO, SA1RA, GRALHA) .............................................................................. 324 
Marta Brito Guimaraes 
SE<:AO 5 - MAMiFEROS 
23. MARSUPIALIA - DIDELPHIMORPHIA (GAMBA, CUICA) ................................................................................ 340 
Marcelo de Campos Cordeiro Malta, Marcela Miranda Luppi 
24. PRIMATES - PRIMATAS DO Novo MUNDO (SAGUI, MACACO-PREGO, MACACO-ARANHA, BUGIO) .............. 358 
Carlos Eduardo da Silva Verona, Alcides Pissinatti 
25. PRIMATES - PRIMATAS DO VELHO MUNDO (BABUINO, MANDRIL, CHIMPANZE, ORANGOTANGO) .............. 378 
Adauto Luis Veloso Nunes, Jose Luiz Catao-Dias 
26. XENARTHRA (T AMANDUA, TATU, PREGUIC;:A) ........................................................... ................................. 402 
Fldvia Miranda, Antonio Messias Costa 
27. LAGOMORPHA (COELHO, LEBRE, LEBRE-ASSOBIADORA) ............................................................................. 415 
Francisco E. S. Vilardo 
28. RODENTIA- ROEDORES DE COMPANHIA (HAMSTER, GERBIL, COBAIA, CHINCHILA, RATo) .. ....... . ............. 432 
Carlos Alexandre Pessoa 
29. RODENTIA - ROEDORES SILVESTRES (CAPIVARA, CUTIA, PACA, OURIC;:O) .. ................................................ 475 
Rogerio Ribas Lange, Elizabeth Moreira dos Santos Schmidt 
30. CARNNORA - CANIDAE (LOBO-GUAM, CACHORRO-DO-MATO, RAPOSA-DO-CAMPO) ............ .. ........ ....... ... . 492 
Marcelo da Silva Gomes 
31. CARNIVORA - FELIDAE (ONC;:A, SUC;:UARANA, JAGUATIRICA, GATO-DO-MATO) ................................ . ........... 505 
Jean Carlos Ramos Silva, Cristina Harumi Adania 
32. CARNNORA - MUSTELIDAE (ARIRANHA, LONTRA, FuRAo, IRARA, FERRET) ........... ...... ................. . ............. 547 
Manoel Lucas Javorouski, Ana Silvia Miranda Passerino 
33. CARNNORA - PROCYONIDAE (QUATI, MAO-PELADA, JupARA) ........... .............................. . ............. . ..... .. ... . 571 
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira, Simone Rodrigues Ambrosio 
34. CARNIVORA- URSIDAE (URSO) ... ... ....................... .. ..... ............................................................................. 584 
Raquel von Hohendorff, Claudio Giacomini 
35. PERISSODACTYLA- TAPIRIDAE (ANTA) .... .. .... ...... .................. .... . ....... ............. .................................... ....... 598 
Paulo Rogerio Mangini 
36. ARTIODACTYLA - TAYASSUIDAE E SUIDAE (CATETO, QUEIXADA, JAVALI) ......... ... ................................... ..... 615 
Mariana Malzoni Furtado, Cyntia Kayo Kashivakura 
37. ARTIODACTYLA - CAMELIDAE (LHAMA, ALPACA, GUANACO, VICUNHA) ........... . ........ .. ........ ... .... ................ 630 
Murray E. Fowler 
38. ARTIODACTYLA- CERVIDAE (VEADO-CATINGUEIRO, VEADO-CAMPEIRO, CERVO-DO-PANTANAL) ............... . 641 
Jose Mauricio Barbanti Duarte 
39. ARTIODACTYLA - BOVIDAE (ANTILOPE, CARNEIRO, CABRITO SELVAGEM) .................................................. 665 
Jose Daniel Luzes Fedullo . 
40. PINNIPEDIA (LOBO-MARINHO, LEAO-MARINHO, FOCA, MORSA) ................................................................ 683 
Valeria Ruoppolo 
41. SIRENIA (PEIXE-BOI-DA-AMAZONIA, PEIXE-BOI-MARINHO) ... ..... ....... .. ................ .... . ................................... 701 
Jose Anselmo dAffonseca Neto, Jociery Einhardt Vergara-Parente 
42. CETACEA (GOLFINHO, BALEIA) ................................................................................................................. 715 
Juliana Marigo 
Indice XXI 
SE~AO 6 - DOEN~AS COMUNS A V ARIOS TAXA 
43. TUBERCULOSE ........................... .. ......... .......... ... . ... .. .. ...... ............ .... ......... . ................. .... .......................... 726 
Jose Luiz Catao-Dias, Vania Maria de Carvalho 
44. LEPTOSPIROSE ...... .... ................. .. .... .. .. . ....... . ... ................... ........ . ...... ........ ....... ........ ....... . .............. ..... .. . ... 736 
Sandra Helena Ramiro Correa 
45. COLIBACILOSE E SALMONELOSE .......... . ................... .... .. ... ...... ..... .. . . ... .. ...... ......... .... ............................ .... .. 742 
Vania Maria de Carvalho 
46. CLOSTRIDIOSE . ... ............ ..... ....... .. . . ... .... . . ................. .. . . . ... ... .. . ...... .... ..... .... . .. . .. .... ...... .... ..................... . ..... 751 
Selene Dalt Acqua Coutinho 
47. CLAMIDIOSE ..... .. .. ........... . ....... .. .......... ...... .... .. ..... .. .. . .. . .... .... .. .... .. .......... .. . ...... . ..... . ... . .............................. 760 
Tania de Freitas Raso 
48. TOXOPLASMOSE ... .. .......... .. ........... .. ...... . . . . ... . . .. .... . . ......... .. .. .. ............ .. ..... . .. . . . .. . . . ........ ... ...... ..................... 768 
Jean Carlos Ramos Silva 
49. RArVA . ..... . ...... ...... .. .. .... ... : .. ......... . .... ..... .... . ......... ..... .. ... .... ...... .. ......... ... .. . . .. ... ... . ......... . . . . . . . ............... ....... 785 
Jane Megid 
50. MORBILMROSE E P ARVOVIROSE ...... ....... ... ....... ....... .. ... . . . . . . . .. . . .. ... . . . . . . . ..... . . ....... ..... ....... .. .. ..... ..... ... . . .. .. ... .. 799 
Claudia Filoni 
51. HEPATITES VlRAIS ....... . .......... .. ... .................... ... .......... .. ..... ... . ..... . . . . ........... ... .... ... ........... ... .... . . . . ... .. ....... .. 815 
Ariela Priscila Setzer 
52. INTOXICAc;:6ES ... .. . .. .. ...... . . .. .. ........ .. . ......... .... .............. .. .... .. .... .. .. ....... .. . . .. ... . . . . .. ... ..... . .. ... . ... ... . ......... ..... ... 826 
Luiz Carlos de Sd-Rocha 
53. DOENC;:AS NUTRICIONAIS ........ ..... ................... .. ... . ...... ....... .. . . ... . . ... . ....... .............. ....... ... . . . .. ... ... ... .... ... ..... 838 
Aulus Cavalieri Carcioji, Luciana Domingues de Oliveira 
SE~AO 7 - DIAGNOSTICO 
54.· ENDOSCOPIA EM AVES .. .... ........... ......... .. .. ................ ....... ......... .... .... .... .. . ................. . .. ........ . .. . . . ....... ..... . .. 866 
Lorenzo Crosta 
55. ULTRA-SONOGRAFIA ........ ......... .... . ...... .......... .................. .. .... ........... .... .......... .. .......... . . .. .... .. ............. ..... .. 879 
Alessandra Quaggio Augusto 
56. RADIOLOGIA ...... . ...... ... .. ....... . . . ..... .... ............ .. . ... . ......... .. ........ .............. .. .. .. ............ .. ........ ...... . ... ...... ..... ... 896 
Ana Carolina Brandao de Campos Fonseca Pinto 
57. ELETROCARDIOGRAFIA . .. ...... .. . . . . . .. ......... .. ......... ..... ........................ . ....... ... . . . . . ..... .... . ... . ..... .............. ...... . ... 920 
Paulo Anselmo Nunes Felippe 
58. COLETA E CONSERVAc;:Ao DE AMOSTRAS BIOLOGICAS ..................................................... .... ...................... . 930 
Leonilda Correia dos Santos, Patricia Hoerner Cubas 
59. PATOLOGIA CLfNICA ........ . ...................................... .. .. . .......... . ...................... . ... .. ... .. ........................... .. .... 939 
Nddia Regina Pereira Almosny, Anderson de Oliveira Monteiro 
60. TECNICAS SOROLOGICAS E DE BIOLOGIA MOLECULAR ........ ............ ............. .......... . ............... . .. .......... .... .. 967 
Leonardo Jose Richtzenhain, Rodrigo Martins Soares 
61. TECNICAS NECROSCOPICAS . ... ...... . . . ....... .. ... ............ . ... ....... ... . ... ..... .. . . .. . ..... ...... .. ... ..... ...... .... ............ ..... .... 980 
Eliana Reiko Matushima 
SE~AO 8 - CLiNICA E TERAPEUTICA 
62. TECNICAS DE CAPTURA E CONTENc;:Ao FfSICO-QufMICA .. ........ ......... .. ................. .... ..... ........ ........ .. . .... ..... 992 
Joao Luiz Rossi Junior 
63. ANESTESIOLOGIA .......... .. . ................... ...... ........ ... ........... ......... .. . .. . . ..... .. .. .. . ......... .. ..... . . .. .............. .......... 1040 
Adauto Luis Veloso Nunes, Mari!ingela Lozano Cruz, Silvia Renata Gaido Cortopassi 
64. ODONTOESTOMATOLOGIA ... .. . .. . ........ ............. . . . . . ..... ..... . .. . . . . . . ............ ............ .............. . ....... .. .. .... .. .. . . .... 1068 
Jose Ricardo Pachaly 
65. OFTALMOLOGIA ..... ........... . ............. . ...... ........ ........... .. ......... .. .. ..... ..... .. . . .. ....... .. . ... . ... . ... ......... ... . ... ..... ..... 1092 
Fabiano Montiani-Ferreira 
XXII fndice 
66. NEUROLOGIA ........................................ .................. .......... ...................................................................... 1105 
Joao Pedro de Andrade Neto 
67. NEONATOLOGIA DE AVES ....................................................................................................................... 1128 
Mariangela da Costa Allgayer 
68. NEONATOLOGIA DE MAMIFEROS ............................................................................................................. 1142 
Maria Elvira Loyola Teixeira da Costa 
69. EMERGENCIAS E TRATAMENTO DE SUPORTE ............................................................................................ 1154 
Adrianf' Marques Joppert da Silva 
70. TERAPEUTICA ......................... ................... .. .......................... .................... ..... .. ....... ..... .... ...................... 1202 
Zalmir Silvino Cubas 
71. TERAPEUTICA POR EXTRAPOLAc;:Ao ALOMETRICA .. .... .............................................................................. 1215 
Jose Ricardo Pachaly 
SE~AO 9 - MEDICINA VETERINARIA PREVENTIVA 
72. MANEJO SANITARIO E BIOSSEGURIDADE .................................................................................................. 1226 
Jean Carlos Ramos Silva, Sandra Helena Ramiro Correa 
73. IMUNOPROFILAXIA .................................................................................................................................. 1245 
Roberto F Aguilar 
74. ZOONOSES ............................................................................................................................................. 1250 
Maria Fernanda Vianna Marvulo 
SE~AO 10 - MEDICINA DA CONSERVA~AO 
75. MEDICINA DA CONSERVAc;:Ao: ASPECTOS GERAIS .................................................................................... 1258 
Paulo Rogerio Mangini, Jean Carlos Ramos Silva 
76. TECNICAS DE ESTUDO DE CAMPO .......................................................................................................... 1269 
Cdtia Dejuste de Paula, Patricia Marques Ferreira 
77. TECNICAS DE REPRODUc;:Ao ASSISTIDA EM FELlDEOS NEOTROPICAIS ....................................................... 1280 
Nei Moreira, Ronaldo Gont;alves Morato 
APENDICES 
Zalmir Silvino Cubas 
1. DOSES SUGESTIVAS DE ANTIBIOTIC OS E QUIMIOTEMPICOS PARA RE,PTEIS ............................................... 1290 
2. DOSES SUGESTIVAS DE ANTIFUNGICOS PARA RE,PTEIS .. :-........................................................................... 1292 
3. DOSES SUGESTIVAS DE ANTI-HELMINTICOS E ANTIPARASITARIOS PARA RE,PTEIS ........................................ 1292 
4. DOSES SUGESTIVAS DE FARMAcos DlVERSOS PARA RE,PTEIS ..................................................................... 1293 
5. NOMES VULGARES EM PORTUGUES E INGLES E NOMES CrENTIFICOS DE RE,PTEIS 
INDICADOS NOS APENDICES 1 A 4 ........................................................................................................... 1295 
6. DOSES SUGESTIVAS DEANTIBIOTICOS E QUIMIOTEMPICOS PARA AVES ORNAMENTAlS ............................ 1295 
7. DOSES SUGESTIVAS DE ANTIFUNGICOS PARA AVES ORNAMENTAlS ........................................................... 1299 
8. DosES SUGESTIVAS DE ANTI-HELMINTICOS E ANTIPARASITARIOS PARA AVES ORNAMENTAlS ..................... 1300 
9. DOSES SUGESTIVAS DE FARMAcos DlVERSOS PARA AVES ORNAMENTAlS ..................................................1302 
10. NOMES POPULARES EM PORTUGUES E INGLES E NOMES CIENTIFICOS DE 
AVES MENCIONADAS NOS APENDICES 6 A 9 ............................................................................................ 1307 
11. FATORES DE CONVERSAo ENTRE UNIDADES CONVENCIONAIS E INTERNACIONAIS .................................... 1308 
iNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................... 1 311 
CAPITULO 4 
Gestao Ambiental em Zoo16gicos 
Joao Batista da Cruz 
INTRODU~io 
A implanta<;:ao de urn sistema de gestao ambiental (SGA) em 
urn zoologico indica 0 seu nivel de envolvimento e compro-
misso com a causa da conserva<;:ao. Ele e urn grande refor<;:o 
para a sanidade e 0 bem-estar dos animais, colaboradores e 
visitantes, alem de real<;:ar a beleza e a harmonia do ambiente. 
o SGA estabelece interliga<;:6es que permeiam as areas vitais 
a opera<;:ao de urn zoologico, consolidando programas de pre-
serva<;:ao, de Educa<;:ao Ambiental, de pesquisas cientificas e, 
por meio de urn conjunto de procedimentos e praticas, 
minimiza seus impactos, aumenta a eficiencia da opera<;:ao e 
organiza e orimiza 0 uso dos recursos naturais, humanos e fi-
nanceiros. No Brasil, 0 SGA de urn zoologico deve ado tar 
como base a NBR ISO 14001, para avaliar as a<;:6es que, po-
tencialrnente, causem impactos ambientais1. A sua imp le-
menta<;:ao leva ao atendimento a legisla<;:ao ambiental, e reduz 
os impactos ambientais decorrentes da manuten<;:ao de ani-
mais selvagens. Os zoologicos devem implantar e encorajar 
urn grupo interno para a causa ambiental, para que 0 mesmo 
de consisrencia a urn SGA com objetivos pre-estabelecidos 
pela diretoria, para registrar e obter a Certifica<;:ao ISO 14001, 
com todas suas normas de procedimentos, politica ambiental 
e auditorias ambientais e, dessa maneira, beneficiar toda a 
sociedade em que se encontra inserida. A ISO 14000 preve 
uma a<;:ao abrangente para urn SGA, estipulando que todos 
os membros de uma organiza<;:ao participem ativamente na 
prote<;:ao ambiental. 
Na complexa opera<;:ao de urn zoologico, as a<;:6es associa-
das ao manejo e alimentayao de aves, mamiferos e repteis; ao 
destino de camas, restos alimentares, dejetos, estrume e de 
carca<;:as de animais; ao tratamento e destino de efluentes e 
residuos gerados nos cuidados veterinarios e com 0 publico 
visitante e colaboradores (alimenta<;:ao, sanitarios, lavatorios, 
plasticos, metais, vidros, papeis, restos alimentares) devem 
ser estabelecidas por meio de procedimentos apropriados. 0 
destino de residuos e efluentes, previsto pelo SGA, e 0 meio 
mais eficaz para preservar 0 ar, 0 solo, os recursos hfdricos e a 
vegeta<;:ao disponiveis em urn zoologico. Alem disso, todos os 
programas consolidados em decorrencia do SGA, e os recur-
sos provindos das a<;:6es em prol da conserva<;:ao da diversidade 
26 
biologica, atraem muitos visitantes, a maio ria dos quais na fase 
mais propicia a aprendizagem, ou seja, 0 publico infantil, e 
promove urn zool6gico da condi<;:ao de simples parque de lazer 00 
e observa<;:ao de animais em cativeiro para sua missao mais no- ~ 
bre nos tempos atuais: a sua atua<;:ao em programas de conser- t 
va<;:ao de especies e do seu habitate na conscienriza<;:ao humana ~ 
para a preserva<;:ao dos recursos e da biodiversidade do nosso ~ 
planeta. Assim procedendo, zoologicos participarao do pro-
cesso de desenvolvimento sustentavel, como definido no Rela-
torio Brundcland da Comissao Mundial para 0 Meio Ambiente 
e Desenvolvimento (Rio 1992): "desenvolvimento que atenda 
as necessidades do presenre sem comprometer a habilidade das 
futuras gera<;:6es em atender as suas". Quando em pleno funcio-
namento, 0 SGA se torna urn potente instrumento como ma-
terial promocional e de marketing, po is a institui<;:ao se torna 
uma "entidade amiga do planet;!' . 
A gestao ambiental em zoologicos e urn assumo que vern 
assumindo importancia cada vez mais relevante, levando a 
Associa<;:ao Mundial de Zoos e Aquarios (WAZA) a incluir 
urn topico espedfico sobre "Sustentabilidade" em sua publi-
ca<;:ao de 2005 denominada Building a Future for Wildlife na 
sua estrategia para conserva<;:a02. Alguns conceitos da publi-
ca<;:ao sao relacionados a seguir, com 0 objetivo de motivar 
reflex6es sobre a responsabilidade de diretores e corpo tecnico 
de zoologicos neste novo milenio: 
Toda instituic;:ao tem um impacto coletivo ombiental. Em-
bora os zoologicos esteiom pragressivamente contri-
buindo mais para a conservoc;:ao do biodiversidode, eles 
serao inconsistentes se contribuirem para a deplec;:oo dos 
recursos naturais . 
A conservac;:ao do biodiversidade sem as ac;:oes para 0 
desenvolvimento sustentavel e incompleta. 
as sistemas estabelecidos para manutenc;:ao de um gran-
de numera de animais em cotiveira, geralmente, reque-
rem grande consumo de agua e energia e, otingir 0 
desenvolvimento sustentavel, parece estar fora dos ativi-
dodes do dia-a-dio dos z oologicos . 
Atingir 0 desenvolvimento sustentavel pode ser defi-
nido como otingir 0 estagio em que todos os opera;.. 
c;:oes de um zoologico sao neutras 00 meio ambiente. 
Islo requer um ajusle conlinuo das operac;oes e de medi-
das repelidas. 
Um SGA deve levar a me/horia conlinua por meio de pro-
cessos eslrulurados de p/anejamenlo, imp/emenlac;oo, ve-
rificac;oo, revisoo e ac;oes para efeluar as a/lerac;oes 
necessarias . 
A ajuda na me/horia do meio ambienle atende 00 impe-
ralivo mora/ de eslar envo/vido no causa ambienla/, como 
devem estar todos os segmentos do sociedade. 
A condic;oo de sermos apreciados e desfrutarmos do 
status de protetores dos animais noo nos desobriga do 
cumprimento de nossas responsabi/idades para com 0 
meio ambiente. Portanto, 0 engajamento no causa do 
prolec;oo 00 meio ombiente, no prevenc;oo do po/uic;oo 
e no promoc;oo de programos de Educoc;oo Ambiento/ 
para os segmentos do sociedode em que estivermos in-
seridos e, sim, uma dos grandes responsobi/idodes dos 
zoologicos nos dios otuais . 
Os assunros aqui descritos sao frutos de experiencia em 
praticas de prote~ao ambiental, que tern resultado em signifi-
cat'ivos ganhos para a Funda~ao Parque Zoologico de Sao 
Paulo. A implementa~ao de muitas dessas a~6es foi feita com 
bases solidas provindas de vivencias na area academica e em 
institui~6es privadas, que utilizam normas p~dronizadas para 
o pleno atendimento a legisla~ao ambiental. Esperamos que 
estas possam servir de referencia aqueles que trabalham para 
a conserva~ao da biodiversidade e da prote~ao ao meio ambien-
te, e que desenvolvam programas de Educa~ao Ambiental. 
As a~6es que objetivam minorar, reduzir ou solucionar 
impactos ambientais decorrentes da opera~ao de urn zoologi-
co devem considerar cada atividade estabelecida ou a ser im-
plantada, para manter ou devolver a beleza, a harmonia e 0 
bem-estar de todos os envolvidos (visitantes, colaboradores, 
fauna e flora) . Para cada atividade deve-se aplicar a aborda-
gem para facilitar a obten~ao de melhores resultados. Assim, 
os responsaveis pela analise de atividades ou processos devem 
responder as perguntas "0 que?", "por que?", "como?", "quan-
do?", "onde?" e "quem?", para cada a~ao a ser avaliada. Os 
assuntos ora abordados nao tern a pretensao de abranger todas 
as ay6es de urn SGA em urn zoologico, sendo considerados os 
mais relevantes, dentre outros, para serem incorporados nes-
te capitulo. Os mesmos vern sendo desenvolvidos com base 
no levantamento de impactos ambientais (Tabela 4.1) e no 
00 Plano de Objetivos e Metas estabelecido pelo Comite ISO 
Q., 
'<:t 14000. Os seguintes topicos foram considerados relevantes 
"? 
para indusao neste capitulo: coleta seletiva (CS), unidade de 
~ r-;- produ~ao de composto organico (UPCO) e preserva~ao de re-
;2 curs os hidricos e de energia. 
Coleta Seletiva 
(Atividades Operacionais) 
A coleta seletiva (CS) e urn instrumento que minimiza a conta-
mina~ao ambienral por meio da recidagem de pIasticos, metais,papeis, vidros e da correta disposiyao para recupera~ao de resi-
duos organicos. AIem de servir como "modelo de frente" para a 
Educa~ao Ambienral, ela conrribui para a harmonia, a beleza e 
o bem-estar dos visitantes e colaboradores, e a venda do mate-
rial recidavel gera recursos e sustenta parcialmente a atividade. 
Gestao Ambiental em Zool6gicos 27 
A CS deve ser concebida para atender des de a entrada de 
visirantes e colaboradores ate a disposi~ao final de materiais. 
Apesar da percep~ao sobre a CS considerar basicamente a 
obten~ao de materiais descartados que possam ser recidados 
(pIasticos, metais, papeis e vidros) para gera~ao de receitas, 0 
conceito de recupera~ao como adubo deve ser aplicado a ma-
teriais organicos residuais, frequentemente descartados em 
corregos, rios ou· solos, causando sua contamina~ao e degra-
da~ao. Sugerem-se entao os seguintes procedimentos: 
Mater;a;s Descartados 
Os materiais descartados, relacionados a seguir, devem ser cole-
tados, utilizando-se codigo de cores (Fig. 4.1) que facilitem ime-
diata identifica~ao para transporte e armazenagem em locais 
pre-determinados, antes da venda para industrias de recidagem: 
• Papeis (papeis, embrulhos, sacos, copos, etc.): coletar em reci-
pientes azuis. 
I! Papelao (caixas diversas): desmontar caixas usadas e amar- . 
rar em fardos para facilitar manuseio. 
• Metais (latas, aluminio, Jerros, tel as, etc.): coletar em reci-
pientes amarelos, quando couber. 
• Vidros. coletar em recipienres verdes. 
• Pldsticos e embalagens tipo PET: coletar em recipientes ver-
melhos. 
Residuos Or90n;cos 
Os residuos organicos devem ser colhidos da forma sugerida a 
seguir, e destinados de imediato para recupera~ao ou outra 
disposi~ao recomendada: 
• Residuos de alimentos, dejetos, estrume e camas de recin-
tos dos animais; residuos de alimentos de restaurantes, lan-
chonetes e de areas de preparayao de alimentos para os 
animais: colher em recipientes apropriados (por exemplo, 
toneis), evitando-se enche-Ios de maneira que nao fiquem 
pesados ou derramem durante 0 manuseio e transporte; tais 
residuos devem ser destinados para recuperayao, como adu-
bo organico, em UPCO ou para aterros sanirarios legais. 
• Podas de galhos, jardins, madeira nao pintada ou nao trata-
da com produtos quimicos: collier apos a poda e destina-Ios 
para desinregra~ao em maquinas apropriadas (fragmen-
tos de ± 1 em) na UPCO ou para aterros sanirarios legais. 
FIGURA 4.1 - Lixeiras de coleta seletiva com 0 c6digo de 
cores segundo 0 tipo de material descartado. Foto: Fundac;ao 
Parque Zool6gico de Sao Pau lo (FPZSP). 
• 
• 
28 Temas Gerais 
TABELA 4.1 
Levantamento de Atividades, Aspectos e Impactos Ambientais 
ATIVIDADE ASPECTO 
Armazenamento de alimento para animais Deteriorar;:ao 
Coleta e destino de de jetos 
Criar;:ao e abate de animais no bioterio 
Exames laboratoriais 
Manejo de animais 
Atrar;:ao de animais invasores 
Deposito em local improprio 
Disposir;:ao de efluentes liquidos 
Gerar;:ao de lixo 
Li berar;:ao de odores 
Disposir;:ao de efluentes e residuos 
Disposir;:ao de efluentes e residuos 
Manejo de orgaos dos animais 
Captura de anima is encontrados 
Fugas 
Furtos 
Riscos de acidentes 
Utilizar;:ao das aguas do lago 
IMPACTO 
Danos a saude de pessoas e anima is 
Aumento de custos 
Danos a saude de pessoas e anima is 
Danos por acidentes aereos 
Estresse dos an ima is 
Poluir;:ao visua l 
Contaminar;:ao de areas de ,preservar;:ao 
Poluir;:ao visual 
Contaminar;:ao das aguas do lago 
Contaminar;:ao do solo 
Au mento do volume do~ aterros sanita rios 
Incomodo (mau cheiro) 
Polu ir;:ao do ar 
Contaminar;:ao do lago do boton ico 
.Danos a saude de pessoas e animais 
Poluir;:ao do ar 
Contaminar;:ao do lago do botonico 
Danos a saude de pessoas e animais 
Danos a saude de pessoas e animais 
Danos a saude de pessoas e animais 
Danos ao patrim6nio de exposir;:ao 
Danos a saude de pessoas e an imais 
Contaminar;:ao das aguas do lago . 
Diminuir;:ao do oxigen io 
Modificar;:ao da biota 
Mane jo do lago Atrar;:ao de aves: residentes e migratorias Aumento de custos 
Manejo e manutenr;:ao de flora 
Necropsias 
Preparo de alimentar;:ao dos animais 
Produr;:ao de rar;:ao 
Descarte de material orgonico 
Melhoria do ambiente 
Riscos de acidentes 
Disposir;:ao de carcar;:as 
Disposir;:ao de restos e efluentes 
de necropslas 
Mane jo de carcar;:as 
Ba lanceamento da dieta an ima l 
Hig ienizar;:ao 
Ba lanceamento da dieta an imal 
Emissao de poeira 
Risco de acidentes - cortes 
Radiografia dos animais Emissao do raio X 
Revelar;:ao de fotografias em preto:e-branco Efluentes liquid os 
Servir;:os de manutenr;:ao civil 
Taxidermia e preparar;:ao de carcar;:as 
Descartes de entulho 
Disposir;:ao de 16mpadas fluorescentes 
Melhorias no patr imonio 
Riscos de acidentes 
Disposir;:ao de efluentes: formol e perito l 
Danos a saude de pessoas e animais 
Melhoria do ambiente 
Contaminar;:ao do solo 
Preservar;:ao da flora 
Danos a saude dos colaboradores 
Contaminar;:ao do lenr;:ol freatico 
Contaminar;:ao do solo 
Contaminar;:ao do lago do botonico 
Contaminar;:ao do solo 
Danos a saude de pessoas e animais 
Melhoria da saude dos animais 
Saude de pessoas e animais 
Melhoria da saude dos animais 
Danos a saude dos colaboradores 
Danos a saude dos colaboradores 
Danos a saude dos colaboradores 
Contaminar;:ao das aguas do lago 
Contaminar;:ao do lenr;:ol freatico 
Aumento dos aterros sani tarios 
Contaminar;:ao do solo por gqs 
Preservar;:ao do parque 
Danos a saude dos colaboradores 
Contaminar;:ao do lago do bot6nico 
Danos a saude de pessoas e animais 
Gestao AmbientaL em ZooL6gicos 29 
TABELA 4.1 
Levantamento de Atividades, Aspectos e Impactos Ambientais (continuafiio) 
ATIVIDADE 
Tr6fego de veiculos 
ASPECTO 
F.missao de gases 
Riscos de acidentes 
Ruidos 
IMPACTO 
Danos a saude de pessoas e animais 
Poluic;:ao do or 
Danos a saude de pessoas e animais 
Estresse nos animais 
Poluic;:ao sonora 
Utiliza<;:ao dos recursos naturais 
Vazamento de 61eos e lubrificantes 
Esgotamento das Fontes 
Contaminac;:ao do lenc;:ol fre6tico 
Contaminac;:ao do solo 
Tratamento medico veterin6rio em campo Disposic;:ao de material hospitalor Contaminac;:ao ambiental 
Danos a saude de pessoas e animais 
Utilizacao e armazenamento de 
combustivel e lubrificac;:ao 
Disposi<;:ao de residuos oleosos Contaminac;:ao do lenc;:ol fre6tico 
Contaminac;:ao do solo 
Visitac;:ao Acumu lo de lixo 
Brigas 
Educa<;:ao Ambiental 
Gerac;:ao de recursos 
Publico em excesso 
Riscos de acidentes 
Ruidos 
• Residuos de madeira, ou outros, que tenham sido pinta-
dos ou tratados quimicamente devem ser destinados para 
aterros sanitarios legais. 
• Residuos solidos oriundos de sistemas de tratamento de agua 
e de efluentes sanitirios devem ser destinados para recu-
pera"ao, como adubo organico, pata upco ou pata aterros 
sanitirios legais. 
Residuos Resultontes de 
Atividodes Medicos Veterinarios 
• Materiais solidos provenientes do atendimento laboratorial 
(seringas, luvas, papel toalha, abaixador de lingua, gaze, 
algodao, ataduras, etc.) devem ser depositados em sacos 
plasticos brancos e destinados a coleta seletiva hospita-
lar oferecida por departamentos municipais de limpeza 
urbana ou por empresas legalizadas pata descatte de mate-
rial hospitalar. Materiais perfurantes/cortantes (laminas 
de vidro, laminas de bisturi, laminas de tricotomia, agu-
lhas, ampolas de vidro, etc.) devem ser acondicionados em 
caixas padronizadas de papelao para des cane de material 
biologico contaminado e coletados de maneira similar. 
• Residuos de produtos quimicos usados em laboratorios, tais 
como os de exames histopatologicos e microbiologicos, pa-
tologia clinica e taxidermia, devem ser retidos em frascos 
para disposi"ao por empresas especializadas, por Certifi-
cado de Aprova"ao e Destinacrao de Residuos Individuais 
(CADRI); alem disso, devem-se instalat caixas de conten-
crao de efluentesde laboratorio como barreira preventiva 
de contaminacr6es do meio ambiente. 
Polui<;:ao do or 
Contaminac;:ao do solo 
Polui<;:ao visual 
Danos a saude das pessoas 
Conscientizac;:ao ambiental 
Conservoc;:ao do porque 
Reconhecimento/ educac;:ao 
Danos a saude das pessoas e dos animais 
Estresses nos animois 
Poluic;:ao sonora 
• Residuos solidos e lfquidos, tais como fragmentos de carca-
cras e fluidos resultantes de necropsias de animais, podem 
ser encaminhados a Ucpo, ou destinados a coleta seleti-
va hospitalar oferecida por departamentos municipais de 
limpeza urbana ou por empresas legalizadas para descatte 
de material hospitalar. 
• Carcacras de animais deverao ter os musculos reduzidos a 
pedacros de 1 a 15kg, a necropsia, e destinados a upco. 
Unidade de Produ~ao 
de Composto Orgonico 
A CS equaciona problemas ambientais com residuos reciclaveis 
e proporciona pequena receita que reduz 0 custo de sua ope-
rac,:ao, entretanto, ela precis a ser complementada com ac,:6es 
que minimizem ou resolvam os efeitos deleterios ao ambien-
te e as populacr6es humanas e animais e it vegetacrao causados 
pelos restos alimentares, camas, dejetos, estrume, carca"as e 
chorume. Alem disso, hi de se considerat que 0 acumulo destes 
materiais, antes de sua disposicrao final, atrai umbus, pom-
bos, ratos e outros animais sinantropicos que, alem de inter-
ferir na rotina do zoologico, representam riscos it saude dos 
animais e das pessoas. 
Dessa maneira, a recuperacrao desses materiais, imediata-
mente apos sua coleta, reduz ou elimina seus impactos mais 
significativos ao ambiente, por meio de processos naturais como 
sua transforma"ao em composto organico. Esse metodo per-
mite a eliminacrao de esterqueiras, fossos, sobrecargas ao am-
biente interno e aos aterros sanitarios, restos alimentares que 
atraem umbus e ratos, e produz adubo organico para jardins, 
30 Temas Gerais 
canteiros e agricultura, podendo ser, ainda, comercializado para 
ajudar na sustenta<;:ao do processo. 
Finalmente, na complexa opera<;:ao de alimentar a grande 
popula<;:ao de animais selvagens, incluindo grandes vertebra-
dos, a UP CO indica desperdicios alimentares, protei cos ou 
energeticos, que estejam ocorrendo, resultando num contro-
Ie mais efetivo e em economia com alimentos. 
Urn modelo de unidade de produ<;:ao de composro orga-
nico (UPCO), inserido em urn SGA implementado em urn 
zool6gico e descrito a seguir, como exemplo: 
Capacidade Instalada Unidade de 
Compostagem (Resumo) 
• Area com piso de concreto em tela que permita opera<;:ao 
de veiculos (Fig. 4.2). 
• CeIulas em alvenaria ou tibuas com encaixes, cobertas, 
capacidade = 4 a 8m3 cada. 
• Tubula<;:ao coletora para aguas pluviais. 
• Canais coletores de "chorume" interligando todas as celulas. 
• Caixa de conten<;:ao e reutiliza<;:ao de chorume. 
• Area coberta de recep<;:ao, desintegra<;:ao e armazenagem 
de podas vegetais. 
• Maquina de desintegra<;:ao de material vegetal (Fig. 4.3). 
• Area coberta para dep6sito de composto terminado. 
• Carregadeira tipo bobcat (Fig. 4.4). 
• Plataforma de expedi<;:ao. 
Fluxo de Trabalho 
Recep~ao e Processamento de Materiais 
Ap6s a recep<;:ao, materiais de podas, troncos, folhas e residu-
os de alimentos fibrosos volumosos sao desintegrados e ar-
mazenados para montagem nas ceIulas. Dejetos, estrume, 
camas, residuos de alimentos e carca<;:as de animais devem ser 
destin ados imediatamente ap6s a coleta a UPCO. 
Montagem 
Cada ceIula e numerada e fechada por tibuas de madeira en-
caixadas na parte frontal, a medida que as camadas de substrato 
sao depositadas. A tibua da base contem encaixes para tub os 
4e 40mm de diametro, perfurados e dispostos para promover 
aera<;:ao. 
FIGURA 4.2 - Vista da Unidade de Compostagem da Fun-
dac;:oo Parque Zool6gico de Soo Paulo (FPZSP). 
o substrato vegetal desintegrado e depositado primeira-
mente na base da ceIula, em camadas de aproximadamente 
lScm e, em seguida, sao depositados os outros substratos or-
00 
ganicos, tambem em camadas de lScm, sempre intercalados ~ 
pela camada de substrato vegetal. Esses outros substratos or- ~ 
ganicos, obrigatoriamente, sao dispostos de maneira a deixar 0-
urn espa<;:o vazio a lScm de cada parede, a ser preenchido ;f 
somente pelo substrato vegetal, para facilitar a aera<;:ao. 
Desenvolvimento e Monitora~ao 
Temperatura. Ap6s 0 preenchimento de cada ceIula, a tem-
peratura podera subir ate 70 D C, devendo ser medida se-
manalmente em quatro pontos da ceIula, e registrada em 
tabela para avalia<;:ao da aera<;:ao. A virada da celula e feita 
quando se registra queda de temperatura «SSDC, indica-
tivo de anaerobiose), com 0 objetivo de promover sua oxi-
gena<;:ao (ideal > S %). 
Umidade. Ap6s 0 preenchimento, a umidade e mantida es-
pargindo-se agua ou chorume (umidade recomendada entre 
50 e 60%). 
Odores. A ocorrencia de odores e monitorada permanente-
mente, para corre<;:6es necessarias com reviramento ou cober-
tura com substrato vegetal. Odores desagradaveis nao 
ocorrem quando 0 processo esra em equilibrio. 
Rela~ao Carbono-Nitrogenio. A taxa de referencia ideal para 
a rela<;:ao carbono-nitrogenio (C:N) no composto dever ser 
em tomo de 30: l. 
o objetivo primario da UPCO, ou seja, a recupera<;:ao de 
dejetos, estrume, restos de cama e de alimentos de recintos, 
de material de podas e residuos vegetais como folhas, galhos e 
arvores caidas e carca<;:as de animais, transformando-os em 
composto organico, e plenamente atingivel. 
FIGURA 4.3 - Desintegrador de galhos e podas de 6rvore. 
Foto: Fundac;:oo Parque Zool6gico de Soo Paulo (FPZSP). 
00 
FIGURA 4.4 - Carregadeira tipo bobcat usada para monta-
gem e viragem do composto. Folo: Funda~oo Parque Zool6gico 
de Sao Paulo (FPZSP). 
o processo nao gera odores desagradaveis nem prolifera-
~o de moscas ou outra praga, nao atrai urubus, ratos ou ou-
tros, e preserva as condi<;:6es ambientais. 0 produto pode ser 
eficientemente usado como adubo organico em jardins e can-
teiros de zool6gicos e para 0 cultivo de hortali<;:as, cogumelos, 
forrageiras e graos. Tendo em vista que a temperatura atingida 
00 no processo (acima de 650 C por periodo maior que 16 dias) 
d-. 
.;- elimina a grande maioria dos germes patogenicos, eventual-
~ 
.;- mente presentes em carca<;:as de animais, e ervas daninhas, 0 
~ adubo assim produzido nao representa riscos para estes usos 
il mencionados. Avalia<;:6es complementares da microbiota, de 
pH, faixa de urnidade, varia<;:ao do nfvel de oxigenio durante 0 
desenvolvimento, rela<;:ao Nitrogenio-Carbono, quantifica<;:ao 
de minerais (principalmente NPK), presenc;:a de metais pesados 
e de ervas daninhas deverao ser tambem implementadas, como 
requisitos para estabelecer-se 0 padrao qualitativo do compos-
to produzido, em bases rotineiras e com registros em formula-
rios padrao para controle de qualidade. 
Alem de minorar significativamente os impactos ambientais, 
o modelo de produc;:ao de composto em questao reduz custos 
com 0 des carte e trans porte de resfduos recuperaveis, com 
adubos quimicos, com a alimenta<;:ao de animais silvestres e 
permite melhor controle do processo alimentar da popula<;:ao 
animal. 
Preservacao de Recursos 
Hidricos e de Energia 
o suprimento de agua e urn dos principais custos no or<;:a-
mento de urn zool6gico. 0 uso humano (funcionarios e visi-
tantes), na dessedenta<;:ao, enos diversos recintos especiais, 
nao s6 constituem demanda, como tambem causa urn dos 
principais impactos ambientais decorrentes das opera<;:6es de 
urn zool6gico. Sendo assim, meios para redu<;:ao de custos e 
para minorar impactos devem ser implementados. As seguin-
tes a<;:6es devem ser planejadas: 
• Uso de equipamentos sanirarios desenhados para eco-
nomia, como torneiras de pressao ou por celula eletronica, 
e vasos com caixas acopladas. 
Gestao Ambiental em Zoologicos 31 
• Instala<;:ao de Esta<;:ao de Tratamento de Agua (ETA) e de 
Efluentes Sanirarios (ETE, onde nao houver rede) , para 
todo 0 parque, associada a instala<;:aode caixas de reserva 
e rede para reusa de agua tratada nos sanitarios e recintos 
eSpeClalS. 
• Instala<;:ao de filtros biol6gicos usando sistema many falls, 
nos diversos recintos com grande volume de agua. Este 
recurso permite que somente pequenos volumes de agua 
sejam adicionados ao sistema, para repor a quanti dade 
evaporada. 
• Instala<;:ao de plataformas de alimenta<;:ao de aves aquati-
cas fora das colec;:6es hidricas. 
A instala<;:ao de torneiras e vasos economicos requer in-
vestimentos iniciais significativos, mas resultam em cons ide-
ravel economia a medio prazo. A ETA e/ou ETE necessitam 
de estudos mais complexos, de investimentos altos e retornos 
a lange prazo . Os filtros biol6gicos sao de instala<;:ao mais 
simples, com retornos a curto prazo, mas trazem maio res cus-
tos de manuten<;:a%pera<;:ao, uma vez que precisam ser ins-
talados, quase sempre, na base de urn sistema por recinto. A 
sua instalac;:ao preve os seguintes equipamentos e materiais: 
pre-filtro, reposi<;:ao da evapora<;:ao, bombas (casa), filtro bio-
16gico em alvenaria sobre 0 solo, mecanismo interno de fun-
cionamento (many falls), sistema de canos entre filtto biol6gico 
e filtro ultravioleta, aquario seco com lfunpadas ultravioleta 
(a agua deve passar por baixo do aquario para irradiac;:ao 
ultravioleta) e 0 tanque principal da exposi<;:ao . 
Por ultimo, 0 uso de plataformas de alimenta<;:ao de aves 
aquaticas funciona como urn mecanismo que potencializa a 
eficiencia dos sistemas anteriores, como pode ser verificado nas 
raz6es mencionadas a seguir: enquanto 0 processo de ali men-
ta<;:ao de mamiferos e repteis facilita a coleta de fezes, camas e 
dejetos no pr6prio recinto, para aves de habitos aquaticos as 
a<;:6es devem permitir que a alimenta<;:ao seja feita a curta dis-
tancia de lagos ou cole<;:6es d' agua, evitando-se, assim, que restos 
de alimentos e fezes caiam diretamente na agua. Urn modelo que 
se mostrou eficiente e de baixo custo e mostrado na Figura 4.5. 
Trata-se de plataforma em madeira em que as aves sao con-
duzidas automaticamente da agua para urn conjunto de calhas 
de tub os plasticos que contem 0 alimento e a agua. Dessa ma-
neira, os restos de alimentos e fezes podem ser facilmente co-
lhidos em urn tonel plastico posicionado abaixo do nivel da 
plataforma, e destinados para disposi<;:ao final. Este processo 
evita 0 desperdicio de alimentos e reduz significativamente 0 
nivel de nutrientes organicos nas cole<;:6es hfdricas. 
Para uma abordagem de solu<;:ao amp la, considerando-se 
que um zool6gico tenha, em funcionamento, uma ETA, uma 
ETE e uma unidade ou sistema de composto, a integrac;:ao 
dos tres processos resulta nos seguintes beneficios: a parte li-
quida da ETE, devidamenre tratada, podera ser lanc;:ada no 
lago; a agua das cole<;:6es hidricas, ap6s tratamenro na ETA, 
podera ser distribuida por gravidade para cascatas de enri-
quecimento, para os diversos recinros de exposi<;:ao de ani-
mais, para reuse em sanitarios e para lavagem de ruas inrernas, 
ou retornadas para 0 pr6prio lago ou para a ETE. 0 princi-
pal benefIcio do sistema e a recupera<;:ao das condi<;:6es do belo 
e da harmonia para 0 ambienre inrerno, decorrente da me-
lhora da qualidade da agua retornada ao meio ambiente. 
32 Temas Gerais 
Por outro lado, os efluentes semi-solidos (lodo da ETA e 
ETE) podem ser processados na unidade de composto, sendo, 
entao, recuperados como adubo organico. A integra<;:ao dos 
tres sistemas minora, significativamente, os impactos am-
bientais das atividades de um zoologico, permite controle es-
trito das quantidades de alimentos a grupos espedficos de 
animais, otimizando todo 0 processo e reduzindo, substancial-
mente, os custos com alimentos, com aquisi<;:ao de adubos 
quimicos, os focos de atra<;:ao de moscas, roedores e outros, 
estabelecendo, ainda, melhores condi<;:6es sanitarias aos ani-
mais selvagens, colocados sob a responsabilidade dos diversos 
zoologicos publicos ou privados. 
Finalmente, a implementa<;:ao deste grupo de a<;:6es aproxi-
ma os zoologicos dos melhores ideais de um sistema de gestio 
ambiental, permitindo, inclusive, a obten<;:ao de certifica<;:ao 
ISO 14001 . Nestas institui<;:6es devem ser inseridas a<;:6es pd.-
ticas de como preservar 0 meio ambiente, promovendo cursos 
e processos de Educa<;:ao Ambiental, seja para estudantes, seja 
para os outros diversos segmentos da nossa sociedade, a fim de 
aumentar esfor<;:os de preserva<;:ao do nosso plan eta. 
No pequeno espa<;:o de um zoologico em que localizamos 
nossos esfor<;:os, empreguemos nossa energia, para preservar e 
conservar os seres vivos fixos e moventes, propugnando a<;:6es 
FIGURA 4.5 - Plataforma de 
alimentayoo de aves aqu6ticas. 
Foto: Fundayoo Parque Zool6gico 
de Soo Paulo (FPZSP). 
que patrocinem 0 belo, 0 equilibrio e a harmonia entre todos 
os que, em lapsos de temporalidade, participem das a<;:6es cria-
tivas, laborais, educacionais, contemplativas e de lazer, sem 
esquecer que ele faz parte do meio ambiente em que vivemos, 
junto com todos os seus componentes. 
Referencias Bibliogr6ficas 
1. ASSOCIAc;:AO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. 
Sistemas de gestiio ambiental - Requisitos com orientaroes para 
uso. NBR ISO 14001. Rio de Janeiro, 2005. p. 27. 
2. WORLD ASSOCIATION OF ZOOS AND AQUARIUMS. 
Sustainability. In: Building a Future for Wildlife - The World 
Zoo and Aquarium Conservation Strategy. WAZA: Switzerland, 
2005. p. 55-58. 
Bibliografia Complementar 
KIEHL, E. J. Manual de Compostagem - Maturariio e Qualidade do 00 
Composto. Piracicaba: E. J. Kiehl, 2002. 171 p. U1 .:.., 
DICKSON, N.; RICHARD, T.; KOZLOWSKY, R. Compostingto tv 
Reduce the waste Stream - A Guide to Small Scale Food and Yard t 
Waste Composting. Ithaca: Northeast Regional Agricultural 
Engineering Service, 1991. 44p. 
RYNK R. et al. On-Farm Composting Handbook. Ithaca: Northeast 
Regional Agricultural Engineering Service, 1992. 187p. 
'" .l>-'D 00 
CAPiTULO 5 
Estrutura Hospitalar, 
Quarentenario e Centros de Triagem 
Ricardo Guilherme D' Otaviano de Castro Vilani 
ESTRUTURA HOSPITALAR 
A cria<;:ao ou ampliar;:ao e modernizar;:ao da estrutura de aten-
dimenro medico veterinario a animais selvagens deve sempre 
obedecer as necessidades e aos objetivos da instituir;:ao e de 
seu corpo clfnico. Alguns itens, porem, podem ser apontados 
como fundamentais para urn born gerenciamento da rotina 
hospitalar pela obrigatoriedade ou praticidade. 
.As necessidades da estrutura de trabalho d'evem ser aponta-
das e entao desenhadas a partir da opiniao do corpo clinico 
medico veterinario e demais profissionais de apoio, porem, as 
nor;:6es de fluxo e projeto sao especialidades de engenheiros e 
arquitetos. Por isso, 0 maximo rendimento da construr;:ao ou 
reforma e posterior estrutura de trabalho depende do born re-
lacionamento profissional de urn grupo multidisciplinar. 
Legisla~ao 
Inicialmente, deve-se ter consciencia de como a legislar;:ao 
brasileira conceitua as diferentes modalidades de estrutura de 
atendimento medico veterinario e as obrigaroriedades de ~ada 
categoria, estabelecendo, assim, dentro dos objetivos e possi-
bilidades de cada instituir;:ao se sera construfdo urn hospital 
materiais, unidade de recuperar;:ao intensiva e sala cirur-
gica com mesa cirurgica impermeivel de Hcil higienizar;:ao, 
oxigenoterapia e anestesia inalatoria, sistema de ilumina-
r;:a.e emergencial propria e mesas auxiliares). 
• Seror de internar;:ao (mesa e pia de higienizar;:ao, baias, 
boxes ou outras acomodar;:6es individuais e de isolamento 
compativeis com os animais a elas destinadas, de ficil 
higienizar;:ao, obedecidas as normas sanitarias municipais 
e/ou estaduais e local de isolamento para doenr;:as inh:cto-
contagiosas). 
• Setor de sustentar;:ao (lavanderia, local para preparo de 
alimentos, dep6sito/almoxarifado, instalar;:6es para repouso 
de plantonistas, sanitarios/vestiarios compativeis com 0 
numero de funcionarios, setor de estocagem de medica-
mentos). 
• Setor auxiliarde diagnostico (servir;:os de diagnostico por 
imagens e analises cHnicas proprios, conveniados ou 
terceirizados, realizados nas dependencias ou fora do hos-
pital, obedecendo as normas para instalar;:ao e funciona-
mento da Secretaria de Saude do Munidpio ou Estado, 
des de que as prestadoras atendam a Legislar;:ao em vigor). 
00 veterinario, clfnica, consultorio ou ambulatorio1. d- Sao equipamentos indispensaveis para hospitais veteri-
narios: manutenr;:ao exclusiva de vacinas, andgenos e outros 
produtos biol6gicos; secagem e esterilizar;:ao de materiais; res-
pirar;:ao artificial; conserva<;:ao de animais mortos e restos de 
tecidos. 
v 
: Hosp;ta;s Veter;nar;os 
N 
r-;-
V") 
:0 
Sao estabelecimentos destin ados ao atendimento de pacien-
tes para consultas, internamentos e tratamentos cHnico-ci-
rurgicos, de funcionamento obrigatori~ em pedodo integral 
(24 horas), com a presenr;:a permanente e sob a responsabili-
dade tecnica de medico veterinario. 
Sao condir;:6es para 0 funcionamento de hospitais veteri-
narios: 
• Setor de atendimento (sala de recepr;:ao, consult6rio, sala 
de ambulatorio e arquivo medico). 
• Setor cirurgico (sala de preparo de pacientes, sala de anti-
sepsia com pias de higienizar;:ao, sala de esterilizar;:ao de 
Clin;cas Veter;nar;as 
Sao estabelecimentos destinados ao atendimento d·e anima is 
para consultas e tratamentos clfnico-cirurgicos, podendo ou 
nao ter internamenros, sob a responsabilidade tecnica e pre-
senr;:a de medico veterinario. No caso de internamentos, e 
obrigatorio manter, no local, um auxiliar no pedodo integral 
de 24 horas e, a disposir;:ao, um profissional medico veterinario 
durante 0 pedodo mencionado. 
33 
34 Temas Gerais 
Sao condi<;:6es para funcionamento de clinicas veterinarias: 
• Setor de atendimento (sala de recep<;:ao, consultorio, sala 
de ambulatorio, arquivo medico). 
• Setor cirurgico (sala para preparo de pacientes, sala de 
anti-sepsia com pias de higieniza<;:ao, sala de esteriliza<;:ao 
de materiais, sala cirurgica com mesa cirurgica impermea-
vel de ficil higieniza<;:ao, oxigenoterapia, sistema proprio 
de ilumina<;:ao emergencial, mesas auxiliares e unidade de 
recupera<;:ao intensiva). 
• Setor de internamento (opcional, porem, se existir, deve 
dispor de mesa e pia de higieniza<;:ao, baias, boxes ou 
outras acomoda<;:6es individuais e de isolamento, com 
ralos individuais para as especies destinadas e de f:kil 
higieniza<;:ao, e com coleta diferenciada de residuos, 
obedecidas as normas sanitarias municipais e/ou esta-
duais). 
• Setor de sustenta<;:ao (local para manuseio de alimentos, 
sanitarios/vestiarios compadveis com 0 numero de fun-
cionar"ios, setor de estocagem de firmacos e medicamen-
tos, alem de instala<;:6es para repouso de plantonista e 
auxiliar e lavanderia quando houver internamento) . 
Sao equipamentos indispensaveis para dinicas veterinarias: 
manuten<;:ao exdusiva de vacinas, antigenos e ourros produtos 
biologicos e secagem e esteriliza<;:ao de materiais. 
Consu/torios Veter;nar;os 
Sao estabelecimentos de propriedade de medico veterinario 
destin ados ao ate basico de consulta dinica, curativos e vaci-
na<;:6es de animais, sen do vedada a interna<;:ao e realiza<;:ao de 
clrurgla. 
Sao condi<;:6es de funcionamento dos consultorios dos 
medicos veterinarios: setor de atendimento com sala de re-
cep<;:ao, mesa impermeavel de facil higieniza<;:ao, consultorios, 
pias de higieniza<;:ao, arquivo medico e armarios proprios para 
equipamentos e medicamentos. Os equipamentos necessarios 
compreendem manuten<;:ao exdusiva de vacinas, andgenos 
e OLmos produtos biologicos e secagem e esteriliza<;:ao de 
materiais. 
Ambulatorios Veter;narios 
Sao as dependencias de estabelecimentos comerClalS, in-
dustriais, de recrea<;:ao ou de ensino, onde sao atendidos 
os animais pertencentes exdusivamente ao respectivo estabe-
lecimento, para exames dinicos e curativos, com aces so in-
dependente. Devem possuir apenas 0 setor de' atendimento 
com sala de recep<;:ao, mesa impermeabilizada de facil 
higieniza<;:ao, consultorio, pias de higieniza<;:ao e arquivo 
medico. 
Obietivo 
o atendimento medico veterinario a animais selvagens ga-
nhou diferentes vertentes dependendo do objetivo do profis-
siona!. Alem de hospitais veterinarios de zoologicos, os 
hospitais veterinarios universitarios ou particulares tambem 
realizam esse servi<;:o para animais de zoologicos, de criadouros 
ou animais selvagens criados como animais de estima<;:ao, 
mercado em franco desenvolvimento. 
o publico-alvo, tamanho do corpo dinico, or<;:amento 
disponivel, possibilidade de expansao e necessidades do em-
preendimento irao estabelecer qual categoria de estabeleci-
menta de atendimento ira se enquadrar a estrutura hospitalar. ~ 
~ 
N 
.j:>. 
...... Zoolog;cos 
'" A realidade dos zoologicos brasileiros e possuir para 0 atendi- ;p 
menta medico veterinario uma clinica veterinaria. Indepen- 00 
dente do nome dado a estrutura pelas institui<;:6es, a presen<;:a 
diaria no periodo noturno de urn medico veterinario torna-
se inviavel e muitas vezes dispensavel. 0 conceito de consul-
torio nao se aplica a institui<;:6es e urn ambulatorio so seria 
admitido para zoologicos muito pequenos. 
Essa esuutura deve estar esuategicamente localizada de for-
ma que possa receber animais dos diferentes recintos facilmen-
te, po rem, isolada das areas de visita<;:ao e com possibilidade de 
expansao. Apesar de ser interessante a proximidade Hsica com 
o setor de nutri<;:ao e a administra<;:ao do zoologico, esses nao 
sao fatores primardiais. 0 facil acesso de urn carro de transpor-
te diretamente no setor de atendimento e imprescindivel para 
a adequada utiliza<;:ao da clinica para animais de grande porte. 
A estrutura de atendimento a animais de zoologico deve 
ser ampla 0 suficiente para atender animais de diferentes ta-
manhos, priorizando, porem, 0 suporte dinico, laboratorial, 
necroscopico e internamento de animais doentes. Como em 
urn zoologico a fun<;:ao primordial do medico veterinario e a 
preven<;:ao de doen<;:as, essa deve ser realizada com abundzlll-
cia de exames laboratoriais, que podem ser feitos na propria 
institui<;:ao ou em outras conveniadas. Essa e uma poHtica 
muito utilizada por zoologicos publicos brasileiros, que 
comumente sofrem com restri<;:6es de verbas e carpo tecnico 
reduzido, terceirizando os servi<;:os laboratoriais para institui-
<;:6es de ensino com custo reduzido ou sem custos, pelo inte-
resse didatico ou ciendfico do farto material biologico. Dessa 
maneira, na proje<;:ao do setor laboratorial da estrutura hos-
pitalar pode ser exduida ou restringida a urn pequeno labora-
torio para preparo e conserva<;:ao das amostras e realiza<;:ao de 
pequenos exames pelo proprio corpo dinico, como parasito-
logicos e citologias. Pouco adianta, porem, esses exames se-
rem feitos para chegarem apenas a diagnosticos presuntivos 
ou com pouca especificidade. 
De maneira diferente, a estrutura hospitalar de urn zoo-
logico deve compreender uma importante area para exame 
necroscopico (Fig. 5.1, B), que precisa ser realizada de forma 
competente por qualquer medico veterinario do corpo dinico 
da institui<;:ao. Ha necessidade de uma camara fria, que deve 
ter urn tamanho adequado para receber grandes animais do 
plan tel, visto que por vezes a necropsia so podera ser realiza-
da no dia seguinte ao obito, e a carca<;:a tambem devera ser 
conservada para 0 encaminhamento para urn museu. Como 
citado anteriormente, os exames histopatologicos ou micro-
biologicos do material coletado poderao ser encaminhados para 
urn laboratorio particular terceirizado ou para uma univer-
sidade, devidamente acompanhados de uma minuciosa des-
cri<;:ao do caso dinico e dos achados macroscopicos durante a 
necropsia. Apesar da grande demanda de exames his top a-
tologicos por urn zoologico, a estrutura<;:ao de urn laboratorio 
de anatomia patologica representa urn elevado custo e necessi-
ta de mao-de-obra tecnica especializada. 
EstruturaHospitalar, Quarentendrio e Centros de Triagem 35 
FIGURA 5.1 - Hospita l Veterinario do Zoologico Roberto Lange, do Itaipu, Foz do Igua<;u (PR). (A) Sola cirurgica . (8) Sola de 
necropsia. (q So la de proceaimentos odontolog icos. (0) Sola de procedimentos. 
A estrutura para atendimento dos animais deve ser muito 
bern dividida entre os setores clinico, cirurgico e de inter-
namento. Uma clinica veterinaria de urn zoologico nao ne-
cessita de consultorio, uma vez que nao deve pres tar atendimento 
a animais externos a institui<;:ao. Os ambulatorios ou salas de 
procedimentos, porem, deverao ser grandes e suficientemen-
te equipados para que procedimentos eminentemente clini-
cos ou emergenciais nao necessitem utilizar 0 centro cirurgico 
(Fig. 5.1, D). Muitas vezes isso ocorre pelo cui dado com dispo-
nibilidade de ilumina<;:ao, material cirurgico e equipamentos 
para oxigenoterapia ou anestesia exclusivamente na sala ci-
rurgica (Fig. 5.2). Exceto em grandes zool6gicos, 0 centro cirur-
gico nao precisa ser muito grande ou criteriosamente equip ado 
(Fig. 5.1, A), visto que procedimentos cirurgicos de grande 
porte sao raros, podendo entao nestes casos ser encaminhado 
para urn hospital veterinirio universirario conveniado. Ape-
sar disso, deve ser criteriosamente respeitado todo 0 fluxo de 
preparo cirurgico, escova<;:ao e paramenta<;:ao, limpeza, esteri-
liza<;:ao e armazenagem do material, campos e medicamentos 
em dependencias exclusivas e espedficas. Grandes zool6gi-
cos poderao possuir urn ambulatorio exclusivo para proce-
dimentos odontologicos (Fig. 5.1, C), em face da grande 
rotina desse servi<;:o em animais selvagens, porem, em aten-
dimentos veterinarios de zool6gicos mais modestas, estes de-
vern ser realizados em uma sala de procedimentos e nao no 
centro cirurgico. 
Animais doentes em tratamento devem ser mantidos em 
urn local espedfico, que nao pode ser confundido com setor 
extra, sala de procedimentos ou quarentenirio (Fig. 5.3) . Ani-
mais com doen<;:as infecto-contagiosas devem ser isolados de 
outros animais doentes e de todo 0 resta do plantel e, em 
alguns casos, em outro hospital veterinario nao pertencente a 
urn zoologico. Alguns animais podem necessitar de cuidados 
especiais como observa~o constante, aquecimento ou fluido-
terapia e ista nao deve ser realizado na sala de procedimentos, 
[lelo grande fluxo de pessoas e animais, 0 que certamente pro-
vocara estresse ao paciente e dificultara 0 fluxo ou espa<;:o para 
trabalho com outros pacientes. 
Outro servi<;:o que necessita grande demanda em zool6-
gicos e 0 diagnostico por imagem que, apesar de tambem 
existir interesse pelas institui<;:6es universitarias, a dificulda-
de ou pequeno beneficio do transporte de alguns animais 
acaba requerendo que os exames sejam realizados intern a-
mente na sua institui<;:ao. Urn aparelho de radiologia movel, 
assim como 0 sistema de revela<;:ao, pode faci litar alguns exa-
mes em gran des animais, que seriam dificeis de serem enca-
minhados a urn hospital externo. 0 exame ultra-sonografico 
tambem pode ser realizado no zoologico e tern a facilidade 
de ser transportado diretamente aos recintos, porem, uma 
mao-de-obra tecnica de qualidade e indispensavel para 0 
exame demonstrar os beneficios possiveis. 
Para facilitar a rotina hospitalar, 0 fluxo do paciente den-
tro do ambiente medico veterinario pode obedecer a algumas 
peculiaridades. Alem da entrada do paciente diretamente no 
setar de atendimento, vista a inexistencia de urn cliente e 
sendo entao desnecessiria sua recep<;:ao, este setor deve possuir 
36 Temas Gerais 
acesso direto ao setor cirurgico, internamento e apoio diag-
nostico. Deve ser projetada, tambem, uma estrutura compe-
tente de apoio para 0 atendimento, evitando dessa mane ira 
que material hospitalar e medicamentos sejam estocados den-
tro das salas de procedimento. Alem disso, devem existir me-
canismos para transporte dos animais, preparo e limpeza do 
material eficazes (Fig. 5.4). 
Cr;adouros 
Grandes criadouros comerciais ou conservacionistas, assim 
como pequenos zoologicos, tambem necessitam de uma estru-
tura para atendimenro medico veterinario, que pode se res-
tringir a urn ambulatorio ou sala de procedimenros e local 
para observas:ao de animais sob cuidados especiais, projetados 
de acordo com as caracteristicas e necessidades das especies 
mantidas no acervo. Para procedimentos cirurgicos e inter-
namento, os animais devem ser encaminhados para uma cli-
nica ou hospital veterinario externos com condis:6es de 
recebe-Ios. Normalmente a rela<;:ao custo-beneficio para esses 
raros casos mais graves e melhor que 0 investimenro na C011S-
trus:ao de instalas:6es mais complexas. 
FIGURA 5.2 - (A) Carrinho de emerg€mc;:ia que 
deve ocupar a sala de procedimentos da estrutura 
hospitalar e possuir: (B) medicamentos, (q mate-
rial hospitalar, (0) material para ventila<;oo, (E) 
tubos endotraqueais, (F) eletrocardi6grafo, (G) 
desfibrilador e (H) monitor multiparametrico de 00 
sinais vitais com oximetro de pulso, monitor cardia- ~ 
co e pressoo arterial noo invasiva . Servi<;o de aten- ~ 
dimento de animais selvagens do Hospital c,., 
Veterinario da Pontifkia Universidade Cat6lica do ;t 
Parana, Soo Jose dos Pinhais (PR) . 00 
Hosp;ta;s Un;vers;tar;os 
Hospitais universiti.rios sao, e cada vez mais deverao ser, ponto 
de suporte para zoologicos ou criadouros e devem ser equi-
pados como uma esrrutura hospitalar de urn zoologico, isto 
e, que estejam estruturados para 0 atendimento e interna-
mento de diferentes especies de anfibios, repteis, aves e ma-
miferos. Os hospitais universitirios apresentam a grande 
vantagem de ter estruturas de apoio laboratorial, diagnostico 
por imagem, cirurgia e principalmente corpo tecnico com 
diferentes especialistas. Apesar da especializas:ao em areas ser 
m uito importante para a solus:ao de alguns casos, todo medico 
veterinario que se dispuser a trabalhar com animais selvagens 
devera ampliar seus conhecimentos denrro da biologia e nao 
simplesmente extrapolar informas:6es que se aplicam a clinica 
de animais de companhia ou animais de fazenda. 
Atend;mento ao Publico 
Clinicas ou hospitais veterinarios especializados em atendi-
mentos a animais selvagens (silves tres ou exoticos) criados 
como animais de estimas:ao tern necessidades espedficas, pois 
o atendimenro e quase sempre a repteis, aves e mamfferos de 
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pequenissimo porte, com boa demanda cirurgica, necessida-
de de apoio laboratorial e, especialmente, internamento. 
Como essa atividade explora comercialmente 0 mercado 
de animais de estima<;:ao e sua subsistencia depende do volu-
me de recursos gerados pelos atendimentos clinicos, aspectos 
estruturais e comerciais devem ser levados em conta como 
localiza<;:ao, estacionamento, sinaliza<;:ao e recep<;:ao. Apesar 
de demandar urn investimento inicial mais elevado, essas es-
truturas normalmente compensam pelo retorno financeiro 
mais rapido em razao da maior comodidade dos clientes e 
maior volume de atendimemos2. Destacadamente, a recep-
<;:ao nao deve ser apenas uma sala de espera, mas uma grande 
area conforravel e agradavel. Se a clinica atender aIem de ani-
mais silvestres, caes e gatos, esses deverao ter uma recep<;:ao 
separada para evitar 0 contato com animais menos sociaveis. 
Os consult6rios tam bern podem valorizar a estetica na 
area de recep<;:ao de clientes. D evem estar equip ados com 
mesa de atendimento, armario para material de conten<;:ao e 
exame e pia para higieniza<;:ao (Fig. 5.5). Todos os outros pro-
cedimentos clinicos que necessitem de uma melhor estru-
tura fisica serao realizados em privacidade em urn ambieme 
interno da clinica. 
Por isso, e importante que as clinicas possuam tambem 
uma sala de procedimentos, que nao pode ser confundida 
com os consult6rios (onde os clientes tern acesso) nem com 0 
internamento. Apesar de serem raros os casos que necessitam 
de fluidoterapia intravenosa lenta, certos procedimemos ne-
cessitam de uma area exclusiva,

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