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Avaliação semiologica em animais selvagens

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CM DE ANIMAIS SELVAGENS – Avaliação semiológica em animais silvestres
Importante identificar o animal e as características de procedência - taxonomia, mantidos em vida livre, mantidos em cativeiro, mantidos em ambiente doméstico, isso vai influenciar na abordagem, manejo e recinto feito com esse animal.
Exame semiológico semelhante ao feito com animais domésticos – técnica de coleta e interpretação das alterações físicas, comportamentais, ambientais e clinicas que envolvam um espécime silvestre, e que contribuem para o direcionamento de uma hipótese diagnostica. Isso vai direcionar para a hipótese diagnostica.
Características de defesa do animal trazem risco na abordagem, por isso a técnica usada na abordagem e contenção física são importantes.
Há susceptibilidade a doenças para o vet – zoonoses e antropozoonoses.
Importante conhecimento dos parâmetros fisiológicos básicos.
Comportamento está relacionado com biologia, anatomia e fisiologia, que quando não atendidas se tem o indivíduo com status imunitário deficiente por conta do estresse, aumentando susceptibilidade a doenças, com isso se tem uma chance menor de sucesso terapêutico. O não fornecimento adequado de alimento, de acordo com os hábitos alimentares, isso se tornará deficiente, causando eficiência reduzida. Ambientação de recinto também é importante, quando inadequado, propicia fator estressor e aparecimento de doenças. Todos esses fatores se entrelaçam.
Animais silvestres em cativeiro – muitas vezes não demonstram sinal clinico (na natureza se tornariam presas mais fáceis). 
A etiologia (agente patogênico) é determinante no curso da doença. Exame físico completo revela onde está o problema. O histórico revela a natureza do problema.
Histórico detalhado + exame físico completo direciona para exames complementares mais necessários e evitam exames complementares inúteis e custos desnecessários.
· Obtenção da informação: 
- Verdadeiramente existe alguma alteração no estado de saúde ou é um comportamento estereotipado apresentado pelo animal, ou mesmo uma impressão/sugestão de quem está passando a informação;
- Informação etiológica permite ao clinico chegar ao diagnostico diferencial;
- Perguntas demais sobre a normalidade geram informações sem significado, descredito frente ao informante, cansam o informante, é preciso ter precisão/direcionamento na pergunta, que não sejam amplas demais;
- Equilíbrio entre excesso e a inadequação;
- Tentar levar o proprietário a descrever o que ele vê, e não o que ele pensa que está causando o problema e formulando o diagnóstico;
- Não estabelecer um diálogo punitivo (porque não trouxe antes, porque fez automedicação por ex.).
· Principais causas de erro no estabelecimento do diagnostico:
- Anamnese incompleta ou preenchida erroneamente;
- Exame físico incompleto, superficial ou feito às pressas;
- Avaliação precipitada, falsa ou sem conhecimento técnico dos achados clínicos;
- Habilidade em retirar informações do responsável pelo animal;
- Diagnostico condicionado (ir na onda do proprietário, ou por já ter visto muitos casos iguais não avaliar direito e já dar diagnostico);
- Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos de exames físicos disponíveis e/ou conhecimento clinico insuficiente;
- Impulso precipitado em tratar o paciente antes mesmo de se estabelecer o diagnóstico.
· Avaliação indireta (importante conhecimento de):
- Hábitos alimentares;
- Comportamentos sociais e reprodutivos;
- Período de atividade;
- Peculiaridades próprias da espécie e/ou do indivíduo;
- Exigências de manejo e estrutura de recinto;
- Interação com o ambiente e estímulos diversos (outros animais, outras espécies, presença humana);
- Especificidade alimentar (o que esse animal come);
- Exigências de estrutura física de recinto (é necessário funcionar atendendo a legislação);
- Abordagem e uso de equipamentos de contenção;
- Fatores estressores;
- Comportamento próprio da espécie (comportamento natural, estereotipado ou repetitivo);
- Formas de defesa e ataque – grau de periculosidade;
- Sensibilidade ao estresse;
- Estereotipias;
- Gregário ou solitário (vive em grupo ou sozinho, se é de grupo e está se isolando pode ser um fator estressor);
- Alterações comportamentais (coprofagia, automultilação);
- Situação em que o animal é mantido (cativeiro doméstico; zoológico; criadouro comercial; criadouro cientifico; centros de triagem; reintrodução; pontos de fuga, riscos de fuga; substratos; enriquecimento ambiental; estrutura operacional e sanitária);
- Caracteristicas ambientais (recintos; temperatura; umidade; impacto urbano; isolamento de interferências ambientais; diversidade biológica e inter-relações entre espécies diferentes).
Observar se essas exigências estão sendo atendidas ou não e se o animal esta manifestando esses hábitos ou não.
Avaliação do ambiente:
- Conservação ou destruição do recinto, terrário ou gaiola;
- Presença de alimento – tipo, consumo, sobras, forma e qualidade das sobras (sobras mexidas, mastigadas, rasgadas, se houve interação com ele ou não), forma de oferecimento (muito importante);
- Consumo de água – qualidade da agua, fonte, presença de fezes ou sujidades, frequência de troca, tipo e posição de bebedouros; 
- Substratos e grades (tintura a base de chumbo nas aves risco de intoxicação) – textura, composição, espaçamento;
- Acumulo de fezes e localização – indicativos de movimentação do animal, volume de fezes, higiene de recinto;
- Fatores estressores – temperatura, vento, barulho, ausência de pontos de fuga, etc.
A principal etiologia de problemas está ligada a manejo.
· Avaliação direta:
- Exame clinico completo;
- Hemograma completo;
- Bioquímica serica (renal e hepática);
- Citológico;
- Microbiológico;
- Radiográfico;
- Ultrassonográfico;
- Tomográfico;
- Endoscópico;
- Exame andrológico.
Comportamento e estado geral são os itens iniciais na primeira avaliação direta. Essencial conhecimento e comparação com parâmetros normais.
· Estresse:
Presente o tempo todo; Mascaram sinais clinicos; Debilidade orgânica progressiva; Podem vir a óbito por conta disso.
A contenção é a restrição de movimentação, ação e reação do animal. A física é consciência plena do paciente. Em silvestres a contenção física antecede a química.
· Técnica de contenção:
Conhecer os mecanismos de defesa de cada espécie. A variedade de tamanhos e espécies é um fator importante e determinantes no domínio da técnica. Especial atenção deve ser dada aos animais doentes quanto ao objetivo, técnica escolhida e tempo de contenção física.
Lembrar que aves possuem respiração comandada pela extensão e contração dos músculos intercostais e peitorias. Répteis possuem um condilo occipital.
Objetivo, duração, intensidade e frequência. 
· Anamnese:
Informar-se sobre as manifestações clinicas ou comportamentais relatadas por tratadores, biólogos, proprietários. Incluir informações importantes: sinais clinicos (excessos ou redução de apetite, sede, micção, defecação, peso, respiração, coordenação motora, comportamento, troca de pele, opacidade da pele, opacidade dos olhos, etc. Início, frequência, intensidade e duração das alterações relatadas, tipo e qualidade de manejo.
FIMM!!

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