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Inspeção Sanitária de Aves - Em Santa Catarina se segue o RIISPOA-SC (Decreto n°3.748/1993 e suas alterações): Decreto n°154° (24 de maio de 1995) Decreto n°2.740 (11 de novembro de 2009) Decreto n°761 (21 de dezembro de 2011) Decreto n°1 (08 de janeiro de 2015) - Regulamento técnico de inspeção tecnológica e higiênico-sanitária de carne de aves (portaria 210/1998) e suas alterações: Portarias n°74 (07 de maio de 2019) e n°365(16 de julho de 2021) Objetivos: Garantir a segurança do produto entregue ao consumidor, ao prevenir a ocorrência de zoonoses e outras doenças transmitidas pelo alimento. Mecanismo de vigilância para as doenças relacionadas à sanidade animal. Avaliações realizadas Cumprimento das normas de transito Ambiente de recepção e espera Documentação sanitária dos lotes de aves Recepção – Cumprimento das normas de transito Densidade das caixas de transporte Lotação ideal: espaço suficiente para deitar sem sobreposição Condições nas caixas de transporte Transporte nas horas mais frescas do dia Densidade adequada nas caixas Monitoramento da temperatura e umidade nas caixas Sinais de estresse térmico (ofegação lenta e rápida) Mortalidade Mortes na chegada: Dead on Arrivals (DOA’’s) Fatores que influenciam: Equipe de apanha Densidade nas caixas de transporte Duração e horário do transporte Parada do caminhão Período de espera longo no abatedouro. Área de espera Plataforma coberta com laterais abertas Proteção dos ventos predominantes e da incidência direta dos raios solares Ventiladores e/ou exaustores e nebulizadores Tempo de espera Mínimo necessário para garantir o fluxo de abate e bem-estar das aves Período de 1hora (máximo 2 horas) Tempo de espera prolongado Gera problemas com bem-estar Mortalidade Menor qualidade Recomendações Local fresco e bem-ventilado após chegada Ambiente confortável e tranquilo Baixa iluminação (luz azul) Sistemas de nebulização combinados com ventiladores ou exaustores (temperatura elevada e baixa umidade) Recuperação do estresse da viagem Manter as aves calmas Evitar estresse térmico Jejum adequado Até 12 horas Retirada da última alimentação sólida (granja) até o momento do abate Livre acesso à água até o momento da apanha Atender aos critérios higiênico-sanitários (conteúdo gastrointestinal). Jejum inadequado (acima de 12 horas) Ingestão de cama de aviário Perda de peso corporal Proliferação de Salmonella e Campylobacter Insensibilização inadequada (desidratação) Alteração do pH post mortem Jejum Reprodutoras e poedeiras de descarte Tempo de jejum total superior a 12 horas desde que: I. Seja comprovada a impossibilidade de atendimento ao período máximo de jejum em razão da ausência de estabelecimentos sob inspeção oficial que realizem o abate destas categorias animais próximos à propriedade de origem II. Seja dada prioridade ao abate destes animais. Procedimentos de manejo pré-abate A espera no estabelecimento deve ser a menor possível Chegada simultânea de veículos: prioridade de desembarque (tempo de viagem, jejum e condições físicas dos animais). Desembarque de forma cuidadosa, sem inversão ou inclinação de sua posição (evitar sobreposição de animais). Recepção – Documentação Sanitária Guia de Transito Animal (e-GTA) Documento obrigatório para movimentação de aves destinadas ao abate Identificação da origem, categoria, número de aves transportadas, datas de emissão e validade, finalidade, observação. Transito Interestadual de Aves de Descarte (Granjas de reprodução) Emissão de GTA: apenas Médico Veterinário Oficial Destino: Agroindústria com registro no SISBI ou SIF Finalidade: Abate, Abate Sanitário, Destruição Abate Aves que terminaram a engorda Aves que encerraram seu ciclo produtivo (descarte) Abate Sanitário Uso exclusivo do Serviço Veterinário Oficial Saneamento de estabelecimentos após confirmação da ocorrência de alguma doença Aproveitamento condicional das carcaças e vísceras Observação: “abate sanitário – estabelecimento positivo para (doença)” Destruição Uso exclusivo do Serviço Veterinário Oficial Saneamento de estabelecimento após a detecção de patologias Sacrifício e destruição das carcaças Observação: “destruição – estabelecimento positivo para (doença)” Boletim Sanitário Histórico do lote: doenças detectadas, tratamentos terapêuticos realizados, atendimento ao período de carência, data da suspensão da ração com medicamento, data e hora da retirada da alimentação. Objetivo: evitar o abate em conjunto de aves que tenham sido acometidas por doenças que justifiquem o abate em separado. Certificado Sanitário A certificação sanitária para salmoneloses e micoplasmoses é obrigatória para estabelecimentos avícolas de reprodução (exceto de ratitas e recrias de postura) que realizam o trânsito de ovos férteis e aves vivas. Acompanha a GTA. Salmoneloses Núcleos dos estabelecimentos de linhagens puras, bisavós e avós: Livre de S. Gallinarum Livres de S. Pullorum Livres de S. Enteritidis Livres de S. Typhimurium Núcleos dos estabelecimentos matrizeiros Livre de S. Gallinarum Livres de S. Pullorum Livres e/ou controlados para de S. Enteritidis Livres e/ou controlados para de S. Typhimurium Micoplasmose Núcleos dos estabelecimentos de linhagens puras, bisavós e avós: Livres de M.gallisepticum Livres de M.synoviae Núcleos dos estabelecimentos de linhagens puras, bisavós e avós: Livres de M. gallisepticum Livres de M. synoviae Livres de M. melleagridis Núcleos dos estabelecimentos de matrizes: Livres de M.gallisepticum Sob vigilância e/ou acompanhamento para M. synoviae Núcleos dos estabelecimentos de matrizes: Livres de M. gallisepticum Livres de M. synoviae Livres de M. melleagridis Ficha de Acompanhamento do Lote É obrigatória para frangos de corte Acompanha a GTA (primeira carga do lote) Mesmas informações do boletim sanitário: doenças, tratamentos recebidos, respeito ao período de carência do medicamento, horário da retirada da alimentação. Inspeção ante mortem Exame visual das aves destinadas ao abate (repouso e movimento) Objetivo: verificação das condições clínico-patológicas Responsável: médico veterinário (atribuição exclusiva) Local: plataforma de recepção Sem suspeita clínica: mínimo 2 gaiolas Com suspeita clínica (mortalidade): mínimo 1%das gaiolas Galinhas Perus Perus Galinhas Repouso Coloração, forma e aspecto da crista, barbela, narinas, boca e olhos. Crista e barbela: sinais de edema, palidez, congestão, cianose, presença de crostas e/ou pústulas. Olhos: presença de secreção ocular, conjuntivite, blefarite, opacidade de córnea. Narinas: presença de secreção nasal. Pele e empenamento: presença de penas mal arranjadas, torcidas e/ou com falta de brilho, aumento de volume nas saliências dos folículos da pena, presença de massas. Cloaca: sujidades e penas aderidas (diarreia) Membros inferiores: formato, coloração e presença de edema deformações nas articulações e ossos, desvio nos dedos. Papo: palpação (alimento) Movimento e Comportamento Comportamento: ciscando, bicando o chão e a procura de alimento Movimento: prostração, apatia e penas arrepiadas (sinal de patologia) Sinais neurológicos: incoordenação motora, torcicolo, paralisia, tremores e desequilíbrio. Abate de Emergência Abate mediato é antes e imediato é depois Mediato: detecção ou suspeita de enfermidade/patologia Abate em separado (final da matança) Medidas para observação das lesões Medidas para minimizar os riscos de contaminação Imediato: é permitido o deslocamento cervical como método de abate de emergência para aves com até três quilos de peso vivo. Necropsia Local: plataforma de recepção (área específica e isolada) Equipamentos e utensílios: para necropsia e para descarte Destino: incineração em forno crematório, processamento junto com subprodutos não comestíveis. Responsável: médico veterinário (atribuição exclusiva) Opcional: esclarecimento de dúvidas sobre a avaliação clínica Compulsória: alta mortalidade em lotes com sintomatologia clínica Materiais necessários: tesouras e pinças anatômicas (com e sem dente de rato) Técnica 1. Avaliação externa da ave 2. Abertura da pele na região entre coxas e abdômen, localização da articulação coxofemoral e desarticulação. 3. Exposição e comparação dos nervos ciáticos 4. Deslocamento da pele da região ventral, desde próximo à cloaca até próximo ao bico 5. Avaliação dos músculos do peito 6. Abertura e exposição das cavidades torácicas e abdominal 7. Avaliação dos órgãos internos
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