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Serviço de Inspeção Estadual (SIE) de Santa Catarina - RIISPOA –SC (Decreto n°3.748/1993 e suas alterações Decreto n°154 (24 de maio de 1995) Decreto n°2.740 (11 de novembro de 2009) Decreto n°761 (21 de dezembro de 2011) Decreto n°1 (08 de janeiro de 2015) - Normas técnicas de Instalações e Equipamentos para Abate e Industrialização de Suínos (Portaria 711/1995) e suas alterações Portaria n°155 (07 de julho de 2016) Portaria n°1.304 (07 de agosto de 2018) Objetivos: Garantir a segurança do produto entregue ao consumidor, ao prevenir a ocorrência de zoonoses e outras doenças transmitidas pelo alimento. Mecanismo de vigilância para as doenças relacionadas à sanidade animal. (inspeção ante mortem e inspeção post mortem). Inspeção ante mortem de Suínos Procedimentos ou testes realizados nos suínos antes do abate. Responsabilidade: Médico Veterinário Habilitado (MVH). 1°Momento: Recepção e segregação (MVH ou auxiliar de inspeção treinado). 2°Momento: Antes do abate (MVH). Faz-se a avaliação documental, avaliação do comportamento e do aspecto do animal, avaliação dos sintomas de doenças de interesse para as áreas de saúde. Nesse momento é feita verificação dos documentos e a verificação in loco. Os objetivos dessa inspeção ante mortem são: Conhecer a procedência dos animais. Identificar o maior número de sintomas possíveis que não poderão ser identificados no post mortem (febre, dispneia, sinais nervosos, etc). Conhecer e avaliar o histórico do lote. Avaliar as garantias oferecidas quanto ao uso correto dos insumos pecuários utilizados na criação dos animais. Avaliar o atendimento dos prazos estipulados para a dieta hídrica e descanso. Segregar animais e organizar a escala de abate. Identificar animais e organizar a escala de abate. Identificar, segregar e organizar a escala de abate. Identificar, segregar e tomar as providencias cabíveis frente a animais que possam constituir risco a saúde pública ou a saúde animal. Avaliar condições de manejo, comportamento e bem-estar dos suínos. Programação de Abate Estabelecimento sob inspeção estadual permanente. Aviso ao SIE com 24 horas de antecedência. Natureza do abate. Hora do início e provável conclusão. SEM RISCO SANITÁRIO: Prévio conhecimento do SIE. COM RISCO SANITÁRIO: Veículo lacrado por determinação sanitária Recebimento somente na presença do MVH. Procedimentos de Monitoramento Oficial Ofício circular 005/2010/DICS/CGI/DIPOA Suínos: procedimentos para atendimento a Norma Interna D.S.A. n°06/2009. Sistema de Vigilância Sanitária na Zona Livre de Peste Suína Clássica. Coleta de soro sanguíneo de animais reprodutores de descarte. Notificação ao Serviço de Saúde Animal frente a achados de lesões hemorrágicas múltiplas na inspeção post mortem. Notificação ao Serviço de Saúde Animal frente a verificação de mortalidade acima de 9% dos lotes de terminação a serem abatidos. Ofício circular 012/2009/DICS/CGI/DIPOA Suínos: Padronização de Procedimentos de Monitoramento Oficial – Inspeção ante mortem e post mortem. Instrução de Serviço Conjunta GEDSA-GEINP 001/2014 Estabelece procedimentos a serem cumpridos para realização de monitorias sorológicas de PSC em reprodutores suínos encaminhados para descarte em matadouros-frigoríficos de suínos que possuem o SIE. Avaliação da Documentação pré-abate Verificação da documentação Boletim sanitário (preferência 24h de antecedência). Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA). Comprovante de imunocastração (quando for o caso). Ficha de verificação ante mortem. É VEDADO O ABATE DE ANIMAIS DESACOMPANHADOS DE DOCUMENTOS DE TRÂNSITO. Boletim Sanitário Verificação MVH. Dados de origem e lote. Retirada de alimentação, medicações e prazos de carência (data e hora). Tempo de jejum: mínimo 6h/máximo 18h. Descanso e dieta hídrica: mínimo 3h. Castração por método não cirúrgico. Doenças Coleta de sangue: reprodutores de descarte (vigilância zona livre de PSC). Limite máximo de mortalidade: 9% (notificação, vigilância zona livre de PSC). Preenchimento “Para uso de inspeção – MVH”: suspeita de doença de notificação obrigatória liberação para o abate. Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) Documento obrigatório para trânsito de animais vivos no Brasil. Verificação MVH ou auxiliar de inspeção treinado. Compatibilidade entre n° suínos e-GTA X n° suínos recebidos. Correlação com Boletim Sanitário (procedência, destino e n° de animais). Inconsistência de origem ou destino Informar o estabelecimento e o escritório local da CIDASC. Inconsistência de n° de animais Comunicar o estabelecimento e verificar o registro de entrada. Registro de Ocorrência de Trânsito (ROT) no SIGEN+. Comunicar o escritório local da CIDASC. Inconsistência de n° de animais provenientes de outros estados Comunicar obrigatoriamente o SIE regional. Comprovante de Imunocastração Verificação Número de animais Produtos utilizados Lote do produto Data de aplicação Período de carência Número de aplicações realizadas Ficha de verificação ante mortem Registros obtidos na recepção, segregação e exame ante mortem. Verificação Quantidade de animais prevista na GTA. Preenchimento Série da GTA. Animais sequestrados e motivo Registro de necropsia e possível diagnóstico Assinatura do MVH Recepção Avaliação dos animais nos veículos de transporte Acompanhamento do descarregamento (BEA) Médico Veterinário Habilitado e auxiliar de inspeção treinado. Dúvidas: sequestro do lote e solicitação de esclarecimento. Memorando-circular 01/2017 CGI/DIPOA/DAS/MAPA Declaração assinada pelo Técnico responsável MVH inspeção ante mortem = MVH inspeção post mortem Cuidados no Transporte Granja Abatedouro Veículo: tela de cobertura, ventilado, fácil manejo. Densidade recomendada: 0,425m/suínos de 100kg ou 235kg/m variação máxima 20%. Jejum: mínimo de 3 horas. Viagem: conforto térmico, aspersão de água. Principais cuidados no transporte de suínos: Carroceria em bom estado, sem buracos no piso, pontas e arestas cortantes que possam ferir os animais. Pneus em condições adequadas. Tanque de coleta dos dejetos eficaz na retenção. Motorista comprometido e cuidadoso na condução do veiculo (evitando arrancadas e paradas bruscas). Evitar paradas desnecessárias na viagem, quando necessário estacionar na sombra pelo menor tempo possível (evitar estresse térmico dos animais). Em caso de acidente no percurso, comunicar imediatamente o responsável pelo bem-estar animal no frigorífico. Para o transporte acima de oito horas, recomenda- se utilizar caminhões com cobertura na carroceria (insolação e chuva) e disponibilidade de bebedouros. Sistema de aspersão de água também contribui para redução do estresse térmico no transporte. Cuidados no Desembarque e Condução Corredores Pocilga Desembarque: área coberta com paredes laterais. Rampa: inclinação máxima de 15° e piso antiderrapante Corredores: largos com paredes sem distrações, frestas, degraus ou água parada, evitar contrastes de cor, textura e luminosidade, curvas suaves sem angulações em 90°. Cuidados: evitar frestas entre caminhão e plataforma de recepção, evitar quedas e escorregões, procedimento lento, gradativo e silencioso, conduzir em pequenos grupos até as pocilgas. Características de um Bom Desembarcadouro Metálico, para facilitar a limpeza e sem arestas ou pontas que possam machucar os animais. Com paredes laterais fechadas (um metro de altura) para evitar a distração dos suínos no desembarque. Móvel (com ajuste de altura), sem formaçãode degraus e vãos para o caminhão. Que permita descarga com inclinação máxima de 155 graus. Piso antiderrapante. Com cobertura para proteger de intempéries (chuva, sol e vento). Atenção no Desembarque Manter desembarcadouro e corredores limpos. Garantir que o caminhão esteja bem estacionado com o compartimento traseiro totalmente encostado a rampa de desembarque. Desembarque os suínos utilizando equipamentos de manejo, como o chocalho e/ou o ar comprimido. Evitar gritos e o uso de bastão elétrico. Abrir gradativamente os compartimentos do caminhão. Conduzir os animais as baias de espera em pequenos grupos, com tábuas de manejo. Manejo: barreiras físicas e visuais (prancha ou tábuas, remo, lona), estímulo auditivo (chocalho, ar comprimido, voz, palmas), estímulo com as mãos, evitar bastão elétrico (extrema necessidade: menos de 1 segundo), pessoal treinado, calmo, sem movimentos bruscos, sem gritos. Condução, Segregação e Identificação. Atribuições do estabelecimento Marcação de lotes: tatuagem por produtor ou caminhão. Registro de Entrada no SIGEN+: n° de animais que ingressaram. Registro de Operação de Trânsito (ROT): quando houver, apresentar ao MVH. Atribuições do auxiliar de inspeção Pocilga de espera/seleção: suínos que ainda não foram segregados. Reduz mortalidade e perda De qualidade da carne. Funcionários do estabelecimento devidamente capacitados Pocilga de matança: animais aptos à matança normal. Pocilga de sequestro: animais segregados na chegada (suspeitos). Atribuições do MVH ou auxiliar de inspeção Avaliação visual: comportamento e aspecto dos animais, sinais clínicos (saúde animal e saúde pública). Separação de animais suspeitos: pocilga de matança (normais) pocilga de sequestro (suspeitos). Inspeção ante mortem Médico Veterinário Habilitado. Menor intervalo de tempo possível. Visualização de todos os animais: plataforma e luminosidade. 1°momento (chegada dos animais) + 2° momento (antes do abate). Vistoria geral dos animais: repouso e movimento. Vistoria antes e após lavagem e descanso. Liberação para abate normal ou pocilga de sequestro (avaliação e destino). Pocilga de Sequestro Destina-se exclusivamente a receber, para observação e um exame mais acurado, os animais que, na inspeção ante mortem, forem excluídos da matança normal por suspeita de doença. Decúbito, impossibilidade ou dificuldade de locomoção. Fadiga, contusão ou fratura. Sinais de doenças infectocontagiosas: dispneia, cianose de extremidades, lesões hemorrágicas na pele, desorientação, úlceras na pele do focinho e cascos. Sinais de crescimento retardado, abdômen distendido. Castração recente ou não castrados. Informações do boletim sanitário em desacordo com a legislação vigente. Suspeita de doença infectocontagiosas de notificação imediata MVH 1. Existe registro de notificação atendida pela CIDASC na propriedade? 2. Foi autorizado o trânsito desses animais? 3. Todas as recomendações foram seguidas? Doenças de Notificação Obrigatória - Instrução Normativa n°50 (24 de setembro de 2013) Altera a lista de doenças passíveis da aplicação de medidas de defesa sanitária animal, previstas no Art. 61 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal. CIDASC SEQUESTRO E ISOLAMENTO FISCALIZAÇÃO E MEDIDA EPIDEMIOLÓGICA GRUPO 1. Doenças erradicadas ou nunca registradas de notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial Suínos: Encefalomielite por vírus Nipah Doença vesicular suína Gastroenterite transmissível Peste suína africana Síndrome reprodutiva e respiratória suína (PRRS) GRUPO 2. Notificação imediata de casos suspeito Suínos: Peste suína clássica GRUPO 3. Notificação imediata de caso confirmado Múltiplas espécies: Brucelose Febre Q Paratuberculose Grupo 4. Notificação mensal de caso confirmado Suínos: Circovirose Erisipela suína Influenza dos suínos Parvovirose suína Pneumonia enzoótica Rinite atrófica Exame Clínico Individual. Repouso: temperatura (hipertermia >41°C, hipotermia <36°C) respiração e batimentos cardíacos. Movimento: claudicação, dor e lesões. Destino: liberação para abate normal, abate de emergência (marcação individual, DIF). Registro na ficha de verificação ante mortem. Abate normal Recuperados. Recuperados do cansaço: “mal do estresse ou doença do transporte”. Lesões não impedem abate. Com pequenas lesões: registro na ficha de verificação ante mortem. Abate de emergência Imediato Mediato Marcação nas pocilgas: tatuagem ou outro método aprovado, AI ou AM (abate imediato ou abate mediato), E+N° (emergência +n° sequencial) Todos devem seguir para o DIF Abate de emergência – Imediato - Antes do abate normal. - Obrigatória à presença do MVH. - Animais que necessitam máxima urgência no abate. Decúbito ou incapacidade locomotora. Fratura ou contusão que impeça locomoção. Agonizantes e quadros de sangramento Abate de emergência – Mediato Depois do abate normal. Rejeitados após exame clínico (pocilga de sequestro). Causas que justifiquem abate em separado: lesões que possam gerar contaminação cruzada, lesões que dificultem as operações de abate, sintomas de doenças que demandem a segregação de produtos. Abcesso, hérnia grande, contusão (não imediata), lesões de cauda, gestação (não se sabe o tempo), prolapsos e abcessos grandes. Sacrifício e necropsia Animais mortos (transporte ou pocilgas). Animais não aptos para o abate (normal ou emergência). Condenação total definida no exame ante mortem. Abate na sala de necropsia Abscessos múltiplos Caquexia Gestação (1/3 final) Parto recente Abdômen distendido Anasarca Machos inteiros e monórquidas Castração recente Hipotermia/hipertermia Doença de zoonoses Suspeita de doenças infectocontagiosas Responsabilidade: Médico Veterinário Habilitado Abertura e preparação da carcaça: auxiliar treinado. Segurança dos trabalhadores. Foco principal: doenças de notificação obrigatória. Coleta de material para diagnóstico (opcional). Destino das carcaças e órgãos: autoclave/forno/graxaria (produtos não comestíveis). Procedimentos 1. Preparação: sala, uniformes, utensílios, materiais para conservação (em caso de coletas). 2. Exame externo: pele, contusões, congestão (hipóstase), rigidez cadavérica rigo-mortis (inicia em 3-4h após morte, dura até 12horas). 3. Abertura da carcaça: preferência com animal estivado e abertura em janela. 4. Visualização dos órgãos torácicos e abdominais: na carcaça ou na mesa. 5. Análise dos linfonodos correlacionando com as regiões que eles drenam. 6. Avaliação da parede torácica e abdominal e articulações. 7. Coletas de material e laudo de necropsia - anotações em planilha. Cortes e avaliações são os mesmos realizados nas linhas de inspeção e DIF. Laudo de Necropsia Emitir somente quando for solicitado. Dados registrados na ficha de verificação ante mortem. Retornam ao lote na pocilga de matança Abate antes do lote Apontar principais lesões que levaram a morte ou a razão do sacrifício. Buscar lesões compatíveis com Doença de Notificação Obrigatória. Destino após Inspeção ante mortem - Animal cansado (Síndrome do Estresse) - Dificuldade de locomoção, decúbito, claudicação. - Recuperação após descanso: abate normal (antes do lote). - Decúbito, ofegante, sinais de congestão, sem recuperação: abate de emergência imediata. Animal caído = Emergência imediata Procedimentos para os animais que chegam ao frigorifico com grave estresse térmico por calor: Movimentar o mínimo possível o suíno para evitar o agravamento do estresse térmico. Utilizar o carrinho para a condução do desembarque a baia de descanso. Caso necessário, deixar o suíno descansando na baia de emergência, que deve ser um ambiente calmo, tranquilo e fresco. Isso facilita a troca de calor e a recuperação desse animal. Deixar o suíno descansando próximo ao bebedouro. Molhar o piso onde o suíno permanecerá descansando, para facilitar a perda de calor, evitar o choque térmico (água fria em contato com a superfície corporal quente), não molhando o animal diretamente. Retirada do estabelecimento Descanso, Jejum e Dieta Hídrica PROIBIDO o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta hídrica. Evitar mistura de diferentes lotes Densidade: mínimo de 0,6m²/suínos de 100 kg ou 166kg/m² Características: cobertura, ventilação, nebulização, iluminação. Espaço: caminhar, deitar, chegar ao bebedouro, recuperar-se do cansaço da viagem sem competir por espaço. Bebedouro: mínimo 1 para 115 suínos (vazão 2L/min)suspenso (chupeta, concha) cocho (20cm de largura) com grade. Temperatura ótima: 15 a 18°C Umidade ideal: 59 a 65% Baias de Espera (características desejáveis) Devem reter os suínos por período suficiente para descanso e completar período de jejum. Devem manter a densidade (lotação) adequada: máximo 166kg/m². Retorno natural Prolapso retal Necrose Abate normal Emergência mediata Caudofagia Emergência mediata Hernia grande Emergência mediata Macho Inteiro Sacrifício e necropsia Caquexia Sacrifício e necropsia Paralisia por alterações metabólicas Parto recente ou aborto Retirada do estabelecimento Retirada do estabelecimento Tratamento Abate em 10 dias Após o parto Com um bebedouro para até 7 animais. Uso de aspersores com monitoramento da temperatura e umidade do ar. Evitar mistura de lotes e manter limpas e sem falhas no piso Benefícios da Nebulização (aspersão) no período de descanso Resfriar os suínos, reduzir a pressão no sistema cardiovascular. Acalmar os suínos, reduzindo o comportamento agressivo durante o período de permanência nas baias de descanso. Limpar os suínos, reduzindo a contaminação na linha de abate. Reduz a resistência da pele, promovendo melhor condução da corrente elétrica durante a insensibilização. JEJUM IDEAL: 6 horas na propriedade 3 horas nas pocilgas Total de 12 a 16 horas Bem-Estar Animal Dificuldade de locomoção (parcial ou total) No caminhão: se o suíno consegue se movimentar, conduzir lentamente. Caso não consiga, utilizar pranchas. Em carrinho: conduzir até a pocilga de sequestro. Pocilga de sequestro: menor densidade de animais, maior conforto térmico e mais facilidade de acesso à água. Estresse térmico pelo calor: Cansado, ofegante, muitas vezes avermelhado. Manter próximo ao bebedouro. Movimentar o mínimo possível. Molhar o piso para refrescar o animal, nunca molhar o suíno. Abate de emergência mediato após a recuperação. Animal gravemente ferido, fraturado, com dor: Pode ser insensibilizado no caminhão. Se possível, levar a pocilga de sequestro. Abate de emergência imediato.
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