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É um processo de ensino aprendizagem denominado “educação de laboratório”. É um conjunto metodológico que busca mudança pessoais, a partir da aprendizagem baseadas em experiências diretas ou vivenciais. Características do Processo de Educação de Laboratório Laboratório nos remete ao caráter experimental da situação vivenciada. Os participantes são encorajados a experimentar comportamentos diferentes do seu padrão costumeiro de interação com outras pessoas ou grupos. Não pode ser considerado inteiramente artificial, porque são pessoas que estão participando o que sentem e/ou pensam são reais. O enfoque é o “aqui e o agora”. A vivência é direta, real e imediata, compartilhadas pelos membros do grupo. Objetivo Aprender a aprender. Aprender a dar ajuda. Processo Vivencial da Aprendizagem Atividade. Conexão. Análise. Conceituação. Processo vivencial. Técnica. Dinâmica. Competição. Função Gerar ou proporcionar aprendizado. Definir com clareza os comportamentos. Levar as competições mesmo que não precise fazer as contagens de pontos. Fazer com que todos os participantes interajam. Vantagens Caráter experimental. Proporciona flexibilidade ao facilitador. Criam responsabilidade para o grupo. Gera aprendizagem. Proporciona motivação. Fases Distribuir os participantes. Instruções. Demonstração. Momento do jogo. Pausa ou fim do jogo. Sentimentos e emoções. Discussão, esclarecimentos e opiniões. Fechamento. É uma comunicação não-verbal que passa muitas informações para o facilitador. Muito difícil lidar com o silêncio – é considerado por muitos o espinho na garganta. O Silêncio é uma Comunicação Olhar. Comportamento do corpo. Comportamento Os participantes evitam olhar-se. O riso é mais frouxo e nervoso. Os participantes ficam tamborilando os dedos, rasgam papéis, balançam os pés, brincam com os próprios cabelos. Cada um ao seu modo encontrara uma forma de liberar a ansiedade. Marcação O silencio sempre marca o início ou fim de uma nova etapa do grupo. É como tivesse a necessidade de recarregar as energias para o novo. Novamente as pessoas se encontram diante do desconhecido. Todos os facilitadores vão em algum momento iniciar. Tipos Tensão. É muito encontrado dentro e fora das atividades psicoterapêuticas; É a expressão da ansiedade; Novamente as pessoas se encontram outra vez diante do desconhecido; Normalmente alguém quebra o silêncio; Facilmente observado por se manifestar por postura corporal (respiração ofegante, expressões faciais, trocam de lugar sempre que podem). Conflito. Caracterizado pelo sentimento de ódio, hostilidade, agressividade, oposição, reprovação ou de medo; É profundo e tenso; O grupo permanece calado ou pela expectativa do que vai ocorrer, ou pelo medo de lidar com uma situação, ou simplesmente de se comprometer; Pode ser observado em pelo menos três circunstâncias diferentes: reação de contestação a figura do facilitado, quando há um ressentimento latente entre um ou mais participantes do grupo e o que precede algo que vai explodir em uma reação de ódio. Medo. Facilmente identificável; Há uma mudança de postura física e psicológica; Não raro, as pessoas ficam petrificadas, outras saem correndo do grupo; Traz muita tensão consigo e, como consequência muita descarga psicossomática. Reflexão. Aparece normalmente após uma intervenção do facilitador; É uma parada que o grupo usa para pensar, refletir; É um dos silêncios mais produtivos; Pode durar de 15 a 25 minutos e é quebrado pelo próprio grupo; Percebe-se a ausência de tensão; É visível o recolhimento introspectivo. Expectativa. Tem o misto de tensão e curiosidade; É a espera. É a parada para ouvir o outro; Pode ser interpretado como uma cobrança ou um estímulo para que o outro diga o que pensa; Utiliza-se muito a comunicação visual. Dependência Transferencial. Observável em qualquer grupo terapêutico ou não; Caracteriza-se pelo jogo da dependência; Espera-se que a autoridade o facilitador assuma o comando da situação; Exige-se do facilitador um papel de guia. Estruturação de Grupos Organizacionais e Terapêuticos Todas as atividades dentre de uma linha de sensibilização, desenvolvimento individual, desenvolvimento interpessoal e adm. de conflitos. O grupo de empresas se estruturam a partir de uma solicitação da própria empresa. Passos para a Realização de Trabalho com o G.E Negociação. Compreender os objetos da empresa; cronograma; perfil dos participantes. Entrevista. Com as chefias; compreender o nível de envolvimento e crença com o trabalho que será desenvolvido. Entrevista geral. Compreender o objetivo do grupo; estabelecer as metodologias que serão utilizadas; tirar dúvidas dos participantes; firmar o contrato psicológico; definir os horários e locais dos encontros. Fechar o contrato. Definição do investimento. Grupo de Desenvolvimento Interpessoal Nem todos os participantes se envolvem da mesma forma e com a mesma intensidade. O nível de crença na eficácia da programação é altamente questionado. Podem acontecer mais resistências. Psicoterapia: visa ao ajustamento do indivíduo por meio da organização de valores; busca analisar situações do passado com interferência atual; visa à interpretação da personalidade; buscam lidar com questões mais profundas. Desenvolvimento interpessoal: procura desenvolver habilidades sociais como saber ouvir, falar, saber lidar com as diferenças; detém- se no que está acontecendo no aqui-e-agora e seu significado; procura refletir atitude e reações no nível do consciente e do pré- consciente; atuam na solução de melhorias para o trabalho. Objetivos Imediatos do Desenvolvimento Interpessoal Em relação a si mesmo, tornando-se uma pessoa mais aberta e enriquecida buscando sempre: remover alguns bloqueis, tais como inibição, redução de tensão, temor de falar em público, dificuldade de lida com certas situações, ter mais consciência sobre as suas questões referentes aos seus sentimentos, a empatia. Em relação ao trabalho de equipe, leva os participantes a atuar de maneira mais congruente, saber ouvir, saber falar com adequação, dar e receber feedback, desenvolver sua autonomia e desenvolver uma prática de liderança. Estruturação dos Grupos Terapêuticos É estruturado pelo próprio facilitador que define sua clientela. Esta clientela pode ser os seus clientes terapias individuais ou de um grupo novo. Definição do tipo de grupo: casal; adolescente; criança. É fundamental fazer um encontro antes de iniciar os trabalhos em grupo para dar algumas informações, conhecer os participantes. Estruturação dos grupos: aberto ou fechado. Como Iniciar um Grupo Local, acústica, iluminação e materiais. Lugar para sentar-se (círculos). Hora das sessões (horário de trabalho). Duração das sessões. Frequência das reuniões. Duração de um grupo. Número de participantes. Normas de pagamento. Reações Características de Grupo São diversas as reações que um grupo pode ter quando estão inseridos em uma dinâmica. Embora algumas das reações sejam características de uma situação terapêutica, muitas podem emergir em situações de grupo. Quando os facilitadores, sejam estes em ambientes organizacionais ou terapêuticos não estudam esse fenômeno podem se deparar com algumas dificuldades na condução do grupo. Se concentra em culpabilizar umparticipante ou um determinado grupo. Comum observarmos esse fenômeno em grupos sociais minoritários, que recebem uma forte carga de agressividade e de punição. Características Existe a necessidade dentro do grupo para que se crie um “bode expiatório” para que se possa projetar sentimentos culposos ou de rejeição. O grupo ataca o “bode expiatório” para não ter que lidar com a causa real da situação. Acaba jogando para um indivíduo o grupo, a culpa a raiva e a agressão que deveriam ser dirigidos para outro alvo. Os sentimentos são confusos, porque se originam de uma outra fonte de tensão. O aparecimento do “bode expiatório” tende a ser uma urgente necessidade de punir, mas também que encontra em um indivíduo a necessidade de ser punido. Existe uma necessidade de algoz e vitimização. Muitos desses ataques partem do desejo inconsciente do participante de desviar a atenção sobre si próprio. Afastando qualquer ameaça de si mesmo. Nos grupos organizacionais este fenômeno é mais recorrente, isto se deve devido as situações de conflito e de poder. Reação ao Estrangeiro Quando um novo membro que entra em um grupo já estabelecido, pode encontrar com algumas reações típicas. Nos grupos terapêuticos estas reações podem ser: de onde vem esta pessoa? será que já fazia terapia individual? será que veio de um outro grupo, e se veio por que saiu? Nos grupos organizacionais estas reações podem ser mais complexas porque envolvem: experiência, status, o poder, competência, influência e o prestígio. As características pessoais desse novo integrante serão elementos facilitadores ou dificultadores do processo de assimilação do grupo. É de responsabilidade do facilitador a preparação do clima do grupo para chegada do novo integrante. O facilitador não deve dar atenção em demasia para o nove integrante, isso pode suscitar uma reação de hostilidade. O facilitador, mas também não pode ignorar a presença do novo integrante, isto só dificultaria a adaptação, e o aparecimento de sentimentos de abandono. Atitudes e comportamentos do grupo: expectativa, ansiedade e questionamento; buscar ter atitudes que minimizem a ansiedade e que melhore a aceitação do estrangeiro; entusiasmo ou desilusão em relação ao estrangeiro; projeção de fantasias no estrangeiro; sentimento de superioridade em relação ao estrangeiro, por se sentirem mais preparados; rejeição, e agressão aberta, procurando de todas as forma se livrar do estrangeiro; ignorar o estrangeiro, mantendo-se distante, dando um “gelo” demonstrado sua insatisfação. Atitudes e comportamentos do estrangeiro: expectativa, ansiedade, angústia, timidez e tensão; busca responde a todas as perguntas do grupo sobre si ou busca o silencio para não se expor; expectativa, ansiedade, angústia, timidez e tensão; busca responde a todas as perguntas do grupo sobre si ou busca o silencio para não se expor; observa o ambiente, faz perguntas, puxa conversa com o integrante do lado, mas raramente se dirige ao grupo como um todo; fala sobre coisas superficiais e as vezes em um tom de voz mais alto para chamar a atenção; o sentimento de medo pode levar a agredir alguém do grupo (verbalmente) ou buscar se apoiar em um integrante que acha simpático; busca sentar-se perto de alguém que conhece o que achou simpático e evita sentar-se perto de alguém que considera hostil; observa o ambiente, faz perguntas, puxa conversa com o integrante do lado, mas raramente se dirige ao grupo como um todo. O facilitador deve buscar integrar o “estrangeiro” ficando atento com os movimentos do grupos; analisar a topografia do grupo, que já revela, de modo não verbal, o que está ocorrendo; analisar e interpretar a transferência em um grupo de funcionamento que recebe um novo elemento. Espelho O participante reflete no grupo a sua própria imagem, e este devolve ao participante os seus diferentes aspectos dos grupos. Isto propicia, que uma análise de alguns pontos dantes nunca vistos; também auxilia o participante organiza e/ou reorganizar certos aspectos que até então não lhe agradavam. Facilitador – leva uma imensa vantagem pois tem os recursos do grupo como principal fonte de apoio para prover uma imagem verídica do sujeito; de certa forma gera um acolhimento, pois o participante percebe que certos sentimento e pensamentos não são “privilégios” só seus. Historiador É aquele participante extremamente preocupado com a história do grupo. Ele é a lembrança viva do grupo, sempre que necessário lembrando o que aconteceu anteriormente, comparando o passado com o e presente; possuem uma tendência de manipular os fatos para provar suas teorias. Busca demostrar que apesar de o grupo não lhe dar razão, ele prova com fatos e datas, que as coisas correram como ele de certa forma tinha previsto. Normalmente, o historiador atende, de um lado, às suas necessidades e, de outro, ele emerge como consequências do grupo. O surgimento do historiador se dá no momento de resistência do grupo. Frases comuns do historiador: “vocês não me deram atenção”; “agora vocês estão vendo”; “você disse isso em tal data, me recordo até a roupa que você estava usando”. De certa forma ele vai intimidando psicologicamente com sua memória prodigiosa. Manipula a situação, sem nenhuma contribuição real para seu próprio ou crescimento ou crescimento do grupo. Ao trazer a história e as experiencias ocorrida por exemplo na empresa pode de certa forma impedir o desenvolvimento do grupo. Traidor Também conhecido como sabotador. É depositário das forças que se opõem à construção da atividade no processo interno do grupo. Surge com movimentos de conspiração. Esses movimentos interno do grupo de um lado ameaçam a coesão. De outro lado, acionam o mecanismo de afastamento com consequente fantasia de ameaça, o que prejudica o grupo com situações de mudança. Porta Voz É o participante que, vivendo sua própria ansiedade, passa ser a expressão do grupo. Acaba por ser aquele que denuncia o emergente grupal, por demonstrar a ansiedade grupal. O porta voz, quando fala, suas emoções, sensibilidades e vivencias, essas normalmente não são unicamente suas, mas sim compartilhadas no emergente grupal.