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Aula Prática- Macroscopia 1 Peça Uterina Diagnostico: atrofia uterina fisiológica. Proporção equivalente entre corpo e colo uterino, sendo que deveria ser de 2-3:1. Nesse caso é fisiológica devido ao histórico clínico (mulher idosa). PPB: atrofia fisiológica Peça Uterina Diagnóstico: útero puerperal. Proporção de corpo e colo de 4 para 1, indicando aumento do corpo. Apesar de serem processos que dividem o mesmo estímulo trófico, a hipertrofia é mais marcante que a hiperplasia pois o crescimento do feto é muito rápido PPB: hipertrofia e hiperplasia fisiológicas Peça Uterina Diagnóstico: hiperplasia endometrial. Endométrio uniformemente espessado, sem cistos. Ocorre durante o período reprodutivo por meio do estímulo hormonal. PPB: hiperplasia fisiológica Peça Uterina Diagnóstico: hiperplasia polipóide endometrial. Cavidade uterina ocupada por volumoso pólipo com cavidades císticas. A parede do miométrio está delgada, com certo grau de atrofia devido a compressão resultante do crescimento do pólipo. PPB: hiperplasia patológica Coração Diagnóstico: Hipertrofia concêntrica do miocárdio. Fibras miocárdicas estão dispostas em feixes concentricamente arranjados e espessura do miocárdio está aumentada, diminuindo a luz ventricular e tornando o coração insuficiente. Etiologia reside na sobrecarga miocárdica para vencer força ou barreira que se opõe ao bombeamento do ventrículo esquerdo, sendo uma das causas mais frequentes a hipertensão arterial não tratada. PPB: hipertrofia patológica Coração Diagnóstico: Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo. Há o espessamento de toda parede ventricular, destacando o septo cardíaco. Acontece para tentar manter o volume ventricular. Não ocorre hiperplasia pois o miocárdio é formado por células permanentes! PPB: hipertrofia patológica Próstata Diagnóstico: Hiperplasia nodular prostática. É benigna, associada a um estímulo de crescimento do hormônio masculino. Pode levar a estenose da uretra, o que pode dificultar a micção. PPB: hiperplasia patológica Tireoide Diagnóstico: hiperplasia nodular da tireoide. Etiologias provável é o aumento do TSH devido a deficiência de iodo ou neoplasia hipofisária. Aspecto nodular coloidal, dando aspecto de gelatina à peça. PPB: hiperplasia patológica Segmento intestinal (ceco, colón) Diagnóstico: Diverticulose ou Doença Diverticular. Divertículos são saculações dilatadas que acometem órgãos tubulares ocos. Ocorre o enfraquecimento da camada muscular dos órgãos tubulares que permite a insinuação da camada mucosa (ou íntima) por entre as fibras musculares. Acontece a atrofia da camada muscular, sendo o envelhecimento, dieta pobre em fibras, fatores genéticos possíveis causas. Como consequência, há uma hipertrofia da muscular adjacente a área atrofiada, pois há necessidade do intestino de empurrar o conteúdo. Outra consequência é a inflamação dos divertículos, chamada diverticulite, uma vez que o alimento fica retido dentro das saculações. Descrição macroscópica: orifícios diverticulares associados a áreas de pouco ou nenhum pragueamento da mucosa colônica, diminuição da espessura da camada muscular, configurando atrofia da mucosa. PPB: atrofia patológica. Fígado* Diagnóstico: Esteatose hepática. PPB: acúmulo de triglicerídeos Descrição macroscópica: amarelado, aumentado, consistência amolecida, aumento da friabilidade (consistência de gelatina), arredondado (tumefeito). Pulmão Diagnóstico: Antracose PPB: lesão celular (acúmulo de partículas de carbono ou carvão) Etiologia: aspiração de partículas provenientes da mineração, do ar carregado dos centros urbanos e fumaça de cigarro. Essas partículas pesadas chegam nos alvéolos e são fagocitadas pelos macrófagos, mas elas não são inertes. Muito migram para os linfonodos, que também podem apresentar antracose. Pulmão Diagnóstico: Enfisema pulmonar e Antracose. Percebe-se áreas macroscópicas enfisematosas representadas por bolhas de ar. PPB: morte celular (por rompimento alveolar) e acúmulo de carbono ou carvão. Segmento final da aorta abdominal Diagnóstico: Aterosclerose. Elevações endoteliais que constituem placas (em torno dos óstios) ou ateromas. Áreas lesionadas exibem ulceração, perda do endotélio. PPB: acúmulo de colesterol Aula Prática- Macroscopia 2 Segmento de Cólon Diagnóstico: Colite ulcerativa. Sempre o reto é afetado primeiro, depois começa a envolver outros segmentos (cólon). Classificada como Doença Inflamatória Intestinal e está relacionada com a Doença de Crohn. Considerada doença de natureza idiopática (surge espontaneamente), sendo que a patogênese reside na ocorrência de um distúrbio entre a microbiota intestinal e respostas imunológicas exacerbadas relacionadas a mucosa intestinal. É caracterizada por lesões em salto (não contínua), sempre de natureza inflamatória, associada a mucosa. A ulceração da colite forma uma depressão adjacente, dando um aspecto “mais elevado”, essa área é chamada de pseudopólipo. A persistência da lesão (apesar de ser considerado um processo inflamatório agudo) pode levar a atrofia da mucosa e danos neuromusculares de natureza inflamatória. A cronicidade pode resultar na dilatação da porção afetada (megacolon tóxico) com o acúmulo de conteúdo, perda da motilidade, atrofia de todas as camadas do intestino e essa área tem tendencia a sofrer perfuração. Microscopicamente, a área da lesão é infiltrada por um componente inflamatório misto, sempre associado a mucosa e uma tendencia a formar abcessos nas criptas intestinais. PPB: inflamação aguda, inflamação crônica e hemorragia (áreas enegrecidas) Lobo pulmonar Diagnóstico: Pneumonia lobar. Quase sempre associada a etiologia bacteriana. Os espaços bronco alveolares repletos de filtrado inflamatório (muco-purulento, fibrino-purulento) conferem a superfície de corte do órgão um aspecto cárneo, maciço. Isso confere um aspecto parecido com o fígado – daí vem o termo “hepatização”, último estágio da pneumonia. Depois disso, pode desenvolver a pleurite, onde assume um aspecto opaco, apresentando áreas enegrecidas que são focos hemorrágicos. PPB: inflamação aguda e necrose de liquefação (devido ao conteúdo purulento nos espaços alveolares) Fígado Diagnóstico: Abscesso hepático (amebiano). A seção transversão desse fígado revelou uma cavidade colecionando material de aspecto fibrino-purulento. A presença do microrganismo piogenico (que provoca pus) pode suscitar a formação de um abscesso. Sendo o abscesso o desfecho do processo inflamatório quase sempre agudo, ou seja, piogenico. Abscesso é uma coleção de conteúdo purulento (piogenico) em cavidade neo formada! O Flegmão não fica em cavidade e sim no tecido. E o Empiema é coleção de pus em cavidade pré formada (nasais, vesícula biliar, tórax, abdome). PPB: inflamação crônica, aguda (pregressa – porque tem conteúdo purulento) e necrose liquefativa (purulento) Vesícula biliar Diagnóstico: Colecistite aguda piogênica ou purulenta PPB: inflamação aguda, empiema (necrose de liquefação- devido o conteúdo purulento em canvidade pré formada!) A inflamação aguda é um fenômeno vasoativo e exsudativo, portanto, locais de inflamação aguda quase sempre apresentarão os 5 sinais cardinais. Mas em peças que já exibiram consecutivos processos inflamatórios agudos, o componente hemorrágico é marcante, exibindo a tonalidade vinhosa da superfície da vesícula biliar. Esse conteúdo brilhante associado a áreas de tonalidade acinzentada é o conteúdo purulento (piócitos quase sempre polimorfonucleares necróticos). Vesícula biliar Diagnóstico: Colicistite crônica agudizada piogênica. PPB: inflamação crônica, aguda e necrose de liquefação Áreas purulentas e hemorrágicas, ou seja, inflamação aguda. E áreas exibindo finas trabiculações e espessamento da parede – deposição de tecido conjuntivo fibroso, indicando a cronicidade do processo e reparo patológico que acaba conferindo ao órgão um aspecto deformado. Isso é classificado como fibrose. Vesícula biliar Diagnóstico: Colecistite crônica agudizada. Mesma situação, mas não existe o componente purulento. Existe o espessamentoda parede (fibrose) e trabiculações conjuntivas na superfície mucosa, o que remete a cronicidade. Etiologia do processo inflamatório é a calculose! PPB: inflamação aguda, crônica e fibrose (reparo tecidual patológico) Vesícula biliar Diagnóstico: Colecistite crônica. Ela só exibe fibrose, inclusive deformando muito o órgão. Isso acontece porque o tecido conjuntivo é retrátil, não elástico! PPB: inflamação crônica e fibrose A etiologia são os cálculos, podendo ser incluída no diagnóstico (litiásica). Esôfago Diagnóstico: Megaesôgafo. Pode ser consequência da acalasia primária (idiopática) ou secundária (doença de chagas). A falha da enervação do esfíncter esofágico não permite seu relaxamento completo, resultando na hipertrofia da musculatura esofagiana, associada a dificuldade de manter o fluxo da ingesta. Acaba promovendo uma dilatação a montante do esôfago. PPB: hipertrofia patológica da musculatura Porção gástrica – Estomago Diagnóstico: Gastrite crônica. Localizada no antro gástrica. Etiologia comum é a infecção pela bactéria H. pylori. A área de gastrite exibe um aspecto mamilonado – pequenas elevações com aspecto enrugado, parecendo mamilo. Isso associado a áreas de perda do pregueamento natural da mucosa gástrica. PPB: inflamação crônica Rim Diagnóstico: Pielonefrite crônica. Superfície serosa deformada, apresentando depressões grosseiras que acompanham o processo inflamatório. Pode ocorrer perda da arquitetura normal fisiológica, deformando o órgão. Próximo a pelve, é possível perceber pequenas dilatações e cavitações – hidronefrose servera. A urina fica acumulada no parênquima renal, formando essas cavidades e destruindo ainda mais o parênquima renal e contribuindo ainda mais para o processo inflamatório que tende a cronicidade. PPB: inflamação crônica e fibrose OBS: qualquer situação de obstrução do fluxo urinário pode gerar hidronefrose – hiperplasia nodular prostática, cálculos renais, estenose da uretra. Tireoide Diagnóstico: Tireoidite de Hashimoto. Há uma infiltração maciça de mononucleares com predominância de linfócitos. Isso causa uma atrofia do parênquima tireoidiano, causando hipotireoidismo. Macroscopicamente, a superfície do órgão exibe um aspecto cárneo, uma tonalidade esbranquiçada (devido aos leucócitos mononucleares) e um aspecto uniforme. Pode haver, de forma compensatória o aumento dos níveis de TSH, podendo causar hiperplasia nodular. PPB: inflamação crônica Fígado Diagnóstico: Cirrose hepática. Cirrose é uma fibrose patológica severa, onde existe uma substituição do parênquima tecidual (hepático), a ponto de deixar o órgão insuficiente. Superfície do órgão serosa irregular enrugada, exibindo áreas de aspecto retraído, adjacente a áreas com pequenas projeções. As projeções são nódulos hepáticos hiperplásicos tentando se regenerar- mas em vão porque nesse estágio o processo é irreversível, apresentando insuficiência funcional. Em outros casos, a cirrose pode estar acompanhada de áreas com esteatose (acúmulo de triglicerídeos), apresentando tonalidade amarelada e pequenos vacúolos (também faria parte do PPB)! PPB: inflamação crônica e fibrose. Pulmão Diagnóstico: Tuberculose pulmonar. Características das inflamações granulomatosas, apresentando inúmeras cavernas e pleura opaca, aderida, espessada. As cavernas são septadas por traves que correspondem a vasos fibrosados por endarterite obliterante – indivíduo pode ter hemorragia e compensando, fibrose dos vasos. Apresenta também enfisema. A inflamação granulomatosa pode produzir necrose do tipo caseose, que pode causar as cavitações. PPB: inflamação crônica granulomatosa e necrose caseosa Rim Diagnóstico: Tuberculose renal. Completa destruição do parênquima renal e áreas exibindo cavernas com conteúdo caseoso. Segmento intestinal Diagnóstico: Doença de Crohn. Macroscopicamente, apresenta lesões em pedra de calçamento (grosseiras) na superfície mucosa, diferentemente da Colite. Caracterizada por um infiltrado inflamatório do tipo granulomatoso transmural (pega desde a superfície mucosa, muscular e serosa). Causou uma fibrose intensa e proliferativa na serosa. PPB: inflamação crônica granulomatosa, inflamação aguda (quase sempre associada a superfície mucosa) e fibrose. Na doença de Crohn pode haver todo o comprometimento do trato gastrointestinal – desde a boca aos anus, sendo uma área frequentemente afetada o ílio terminal. É diferente da Colite que afeta apenas o reto e o cólon. Fígado Diagnóstico: Esquistossomose hepática. Os vermes adultos vivem nos ramos intra hepáticos das veias porta hepáticas e depositam seus ovos no espaço porta, onde causam uma reação inflamatória crônica granulomatosa. A quitina presente nos ovos, suscita uma resposta imunogênica – resposta tanto pra inflamação crônica do tipo corpo estanho, quanto pra imunogênica. Com o tempo, a progressão da fibrose acaba por comprimir a veia porta e a presença física dos vermes e ovos impede o fluxo portal causando hipertensão portal. Isso favorece ainda mais o processo de fibrose e congestão hepática, contribuindo ainda mais para o processo inflamatório crônico. PPB: inflamação crônica granulomatosa e fibrose periportal
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