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8- Materiais dentários em Odontopediatria

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Materiais dentários em Odontopediatria 
 
- Importante conhecer os materiais dentários, porque escolheremos de acordo com características físicas, mecânicas e estéticas... 
- Esse tema requer atualização contínua do profissional 
- Indicação adequada (idade, tempo do dente) 
- Mínima intervenção 
- Prevenção e orientação de higiene 
 
Características do material restaurador ideal: 
O material ideal não existe, mas um material pode chegar perto de ser ideal se tiver alguma dessas características: 
 
- Biocompatibilidade: o material estará de acordo com a estrutura dentaria, sem trazer danos. 
- Adesão: permite que utilizemos o material apenas para restaurar a porção que foi acometida e não precisamos fazer grandes 
preparos 
- Estética: importante para o paciente 
- Longevidade clínica 
- Propriedades similares ao esmalte e dentina 
 
Amalgama de prata: 
- Indicado para restaurações diretas em dentes posteriores 
- Técnica simples e de baixo custo 
- Ampla experiencia clínica 
- Fácil manipulação 
- Técnica operatória menos sensível – não requer isolamento absoluto 
- Alta resistência aos esforços mastigatórios 
- Auto selamento (corrosão) – muito durável 
- Durabilidade 
 
Requer: 
- Preparo cavitário com retenção mecânica 
- Forma de contorno e conveniência 
 
Restaurações adesivas: 
Promovem estética, preservação da estrutura dentaria e adesão ao dente. Foram tomando o lugar do amalgama com o tempo. 
 
Segundo a filosofia de mínima intervenção, é indicado trocar restaurações de amalgama antigas? 
Ao removê-lo, podemos remover ainda mais tecido sadio. Além disso, o amalgama pode manchar o dente, então teria que 
remover essa dentina manchada (porem sadia) também. 
 
CIV: 
O ionômero de vidro é muito utilizado em odontopediatria, por suas características positivas. Não requer isolamento absoluto, libera 
flúor, é esteticamente aceitável, não requer caneta de alta rotação... 
 
Características: 
Liberação de fluoretos 
União química a estrutura dentaria 
Biocompatibilidade 
Coeficiente de expansão térmica linear semelhante a 
estrutura dentaria 
Bom selamento marginal 
Radiopacidade 
 
 
 
O CIV acontece como uma reação ácido-base (presa química) – geleificação 
 
 
O CIV pode se apresentar como: 
- Convencionais 
- Anidros 
- Alta viscosidade 
- Modificados por resina 
- Cimentação 
 
Convencionais: 
 
 
Anidro: 
O ácido poliacrilico é adicionado ao pó, não se apresenta no líquido. O condicionamento acido deve ser feito com um ácido 
poliacrilico comprado separadamente. 
 
 
Ionômero de vidro de alta viscosidade: 
Indicados para TRA, selante ionomérico. 
- Pó com partículas de dimensões menores e em maior número 
- Contém ácido liofilizado agregado ao pó 
- Melhores propriedades mecânicas (maior durabilidade e maior resistência a 
compressão) 
 
Ionômero de vidro modificado por resina: 
É fotoativado. Os outros não, o paciente não pode comer após o procedimento. No fotoativado, pode, por exemplo. 
 
 
Ionômero de vidro para cimentação: 
 
Espatulação do CIV: 
- Espatulação por aglutinação. 
- Proporção correta! 
- Tomar cuidado com bolhas. 
- Agitar o pó 
- Respeitar o tempo de trabalho 
- Superfície brilhante 
- Temperatura pode interferir 
- Consistência ideal 
 
Assim que o ionômero é inserido na cavidade, ele sofre os seguintes fenômenos: 
 
Embebição (ganho de água) – pode acontecer quando não fazemos isolamento relativo adequado. O CIV fica poroso, amolecido e 
fratura. O isolamento é necessário após a inserção do material por alguns minutos (por isso o fotoativado tem essa vantagem) 
Sinérese (perda de água) 
 
Presa inicial: de 3 a 8 minutos. 
Presa final: 24h – por isso é sempre necessário algum material para isolar o civ na boca, como a vaselina ou o verniz cavitário. 
 
Quando vemos que o ionômero ficou alto, devemos evitar a caneta de alta com broca, porque utiliza a água, e se não utiliza, 
esquenta o dente. Dar preferência a instrumentos de corte como hollemback Usar esses instrumentos de corte para remoção de 
excessos. 
 
O cimento deve ser inserido com a espátula n°1 suprafill ou com a seringa centrix (aumenta o escoamento, melhora a adaptação 
às paredes (bolhas) 
 
Papa cárie 
Remoção químico – mecânica do tecido cariado 
Composição: papaína e cloramina 
Instrumental: colher de dentina sem corte 
 
O gel é colocado na dentina por 30 segundos e fazemos a remoção seletiva do tecido cariado, apenas a dentina infectada. 
 
A remoção químico-mecânica não aumentou a redução de bactérias caiogenicas em comparação com a remoção manual, o 
benefício é apenas a criança não sentir tanta pressão. 
 
O custo também é uma desvantagem. 
 
Selantes 
É um material que vai obliterar mecanicamente a entrada das fóssulas e fissuras dos molares.. também pode ser aplicado em 
cíngulo. É aplicado em locais com alto risco de carie, em crianças com alto risco de carie, com má higiene... 
 
- Ionomerico (CIV de alta viscosidade, liberação de flúor) – menos sensível a técnica (ionômero). Molares ainda erupcionando, com 
opérculo. Precisamos do selante agindo apenas naquele momento de maior risco para a criança. 
 
Ionomérico 
- Técnica simplificada 
- Isolamento relativo 
- Resquícios na fissura após perda 
- Liberação de flúor 
- Menor resistência e retenção 
 
 
 
 
 
- Revisões sistemáticas atuais: o selante resinoso, apesar de ser mais retentivo, não é superior ao selante ionomérico 
 
- Resinoso (a base de resina, requer condicionamento com ácido fosfórico) - necessita um isolamento absoluto, e é feito 
principalmente em lesão de mancha branca, e em molares já bem erupcionados em crianças que queremos que o selante fique 
por mais tempo. Ele dura um pouco mais, mas não tem benefícios superiores ao ionomerico. 
 
- Retenção associada à técnica 
- Ataque ácido – Isolamento absoluto 
- Tempo clínico maior (pois é necessário anestesiar papila para colocar o isolamento) 
- Maior resistência e durabilidade (o que não quer dizer que ele seja melhor que o ionomérico) 
* Só iremos usar quando tivermos a possibilidade de fazer o isolamento absoluto, pois ele necessita da retenção associada a técnica 
e do ataque ácido 
 
Resina composta 
Utilizada em áreas estéticas. A única coisa que muda na pediatria são as cores. A marca opallis tem cores bem clarinhas como o 
0,5. 
 
Cor para a odontopediatria: 
A0,5 
A1 
A2 
B0,5 
B1 
 
A resina tem uma superioridade estética, durabilidade maior em relação ao ionômero, é sensível a umidade (ideal fazer com 
isolamento absoluto), temos um polimento ideal da umidade, evitando acúmulos bacterianos no local. 
 
Principal desvantagem: contração de polimerização. Precisamos respeitar a técnica incremental, sob risco de trincas do material, 
falhas, dor e sensibilidade. 
Incrementos de 2 mm. 
 
Resina bulk fill 
Uso para restaurações de dentes posteriores com incremento maior (5 mm), visando a diminuição da tensão de polimerização e 
do tempo clínico. 
 
Existem dois tipos: consistência regular e bulk fill flow. 
A regular podemos fazer um incremento maior, de até 5mm, podendo fazer a restauração com um único incremento. 
A flow é bem fluida, pode ser usada para preencher a cavidade mas nunca para terminar a restauração, precisando da regular ou 
de uma resina composta por cima da cavidade forrada com a flow. 
 
Necessidade de acido fosfórico! Esmalte 15 segundos, dentina 7 segundos. 
 
 
Infiltrante ICON: 
Resina infiltrante de baixa viscosidade capaz de penetrar no corpo das lesões porosas em esmalte 
(não cavitadas). Ele entra por capilaridade na mancha branca. Foi desenvolvido para lesões não 
cavitadas em esmalte. 
 
Ele tem duas apresentações: 
 
- Icon proximal 
 
- Icon vestibular 
 
 
 
Coroas de aço: 
Não é estética, mas é uma possibilidade para restaurar dentes muito destruídos. É um material que já vem pronto em diferentes 
tamanhos para cada dente. 
 
Coroas de celuloide (acetato): 
São ‘’formas’’ para preencher com resina, como se fosse um carimbo 
 
Coroas de zircônia: 
Para dentes bastante destruídos.O dente já vem pronto, não tem a fase do laboratório. 
 
Prótese removível: 
Em crianças com situação de saúde bucal muito comprometida, várias anodontias, algumas síndromes com ausências dentarias

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