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07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 1/17 A partir do roteiro, você passará a compreender que as organizações, para não se tornarem obsoletas, precisam se atualizar constantemente, e uma das formas de fazer isso é alcançar novos conhecimentos e administrá-los para que exista uma troca entre empresa e colaborador. Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai: compreender as mudanças no mercado competitivo; aprender sobre a gestão do conhecimento; relacionar a gestão do conhecimento com o ambiente hospitalar; conhecer aspectos da vantagem competitiva; compreender como é possível utilizar a gestão do conhecimento como forma de vantagem competitiva. Bons estudos! Introdução As organizações sempre tiveram de se adaptar às mudanças ocorridas no mundo. Porém, com o passar do tempo, as mudanças se tornaram cada vez mais agressivas e passaram a ocorrer de maneira mais rápida. Com isso, as empresas fazem o possível para conseguir se adaptar e, além disso, ainda conseguir vantagem competitiva frente a seus concorrentes. Mas obter Aprendizagem Organizacional e Gestão do Conhecimento Roteiro deRoteiro de EstudosEstudos Autor: Esp. Beatriz Ueda Rosa de Oliveira Almeida Revisor: Me. Silvio Sandro Soares Junior 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 2/17 vantagem competitiva não é uma tarefa fácil, pois as formas de conseguir essa vantagem também mudam com o tempo. Nessa perspectiva de mudança, o conhecimento tornou-se a principal arma das organizações, pois aquelas que conseguem gerenciar da melhor forma possível são as criadoras de novas tecnologias, novas maneiras de produzir ou conduzir o próprio negócio. Assim, a gestão do conhecimento ganhou espaço não só na literatura como também no dia a dia das empresas. Mudanças no Mercado Competitivo Antes de compreender as mudanças ocorridas no mercado competitivo, precisamos aprender o que signi�ca o termo “mercado”. Primeiramente, é possível separar as unidades econômicas individuais em duas partes segundo sua função: os vendedores e os compradores (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). Entre os vendedores, podemos classi�car as empresas que realizam as vendas de produtos ou serviços, ou até mesmo os trabalhadores e aqueles proprietários de recursos que comercializam terras ou recursos minerais para as organizações. Já os compradores também são conhecidos como consumidores, ou seja, aqueles que vão adquirir ou consumir bens e serviços (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). Em conjunto, compradores e vendedores realizam interação dando origem aos mercados. Dessa maneira, podemos de�nir mercado como: “um grupo de compradores e vendedores que, por meio de suas reais ou potenciais interações, determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos” (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010, p. 7). Mas você pode estar se perguntando, por que a de�nição de mercado é importante? Porque as organizações precisam ter conhecimento de quem são os potenciais e reais concorrentes para os produtos vendidos agora e até mesmo para os produtos que eles ainda pretendem lançar. Além disso, a empresa necessita conhecer os limites de seu produto dentro do mercado em que atua, e os limites geográ�cos para conseguir �xar o preço, tomar decisões sobre investimento e determinar os valores para publicidade (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). Dentro do tema “mercado competitivo”, também é necessário aprender sobre o modelo de oferta e demanda a �m de compreender como e por que os preços mudam e quais são as consequências da intervenção do governo (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). A curva da oferta representa a quantidade de mercadorias que os produtores estão determinados a vender por preço estipulado, ou seja, é uma relação entre preço e quantidade 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 3/17 ofertada. Além disso, a curva da oferta é ascendente, pois quanto mais alto for o preço, maior será o desejo e a capacidade da organização de produzir e vender (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). A curva da demanda, por sua vez, representa a quantidade que os consumidores pretendem comprar conforme altera-se o preço unitário do produto. Essa curva geralmente é decrescente, pois os consumidores estão mais propensos a comprar maiores quantidades do produto se o preço estiver mais baixo. Além disso, o preço unitário reduzido pode fazer com que outros consumidores, que antes não compravam este produto, passem a comprar (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). Um dos fatores que permite deslocar a curva da demanda é a competitividade entre as organizações, pois empresas que são concorrentes em um mesmo mercado vão disputar os consumidores, e muitas vezes isso envolve o preço unitário de venda do produto (PYNDYCK; RUBINFELD, 2010). Por competitividade, podemos entender: [...] a capacidade da empresa de formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado [...]. O sucesso competitivos das empresas advém da criação e da renovação das vantagens competitivas por parte das empresas, em um processo em que cada produtor se esforça por obter peculiaridades que a distinga favoravelmente dos demais, como por exemplo, custo e/ou preço mais baixo, melhor qualidade, menor lead-time, maior habilidade de servir a clientela [...] (COUTINHO; FERRAZ, 1993, p. 4). De acordo com Coutinho e Ferraz (1993, p. 5), a gestão e�ciente da vida competitiva das organizações depende de três fatores: fatores internos à organização – por exemplo, competência, gestão, tecnologia, qualidade etc.; fatores estruturais ou setoriais – são considerados os fatores externos à empresa, como as variações na oferta e demanda. E por �m, os fatores sistêmicos, ou seja, são os fatores legais, políticos institucionais, macroeconômicos. Atualmente, podemos visualizar um mundo globalizado com alta competitividade, extremamente interdependente, di�cultando para as organizações realizarem escolhas empresariais isoladas e competitivas (MARTINS; GUINDANI, 2014, p. 105). Dessa maneira, �ca cada vez mais difícil conceitualizar competitividade e de�nir formas de uma organização continuar se moldando no tempo para competir com seus concorrentes. [...] a única coisa que podemos a�rmar com certeza é que o ambiente é mais volátil e instável para grande parte dos setores da economia. Nesse sentido, o 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 4/17 gestor deve monitorar constantemente esse ambiente e recon�gurar sua base de recursos para que a organização receba sempre os ajustes adequados (MARTINS; GUINDANI, 2014, p. 117). Assim, as empresas precisam se preparar de maneira estratégica para conseguir atender às mudanças ocorridas no mercado externo, pois aquelas que não são capazes de acompanhar acabam se tornando obsoletas e muitas vezes fechando as portas. Além disso, muitos empreendedores utilizam justamente as mudanças para entrar no negócio e inovar, seja no produto ou na forma de vender. Gestão do Conhecimento A palavra conhecimento possui vários signi�cados, e conseguir explicar o que de fato é conhecimento é mais difícil do que parece. Desde os �lósofos mais antigos até os mais atuais discutem sobre a de�nição do conhecimento e isto tem gerado um grande número de material intelectual (CARVALHO, 2012). LIVRO Estratégias e Competitividade Autores: Tomas Sparano Martins e Roberto Ari Guindani Editora: Intersaberes Ano: 2014 Comentário: a leitura fornecerá um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão das mudanças ocorridas no mercado. Leia atentamente o capítulo 4 do texto proposto antes de fazer sua análise, pois você conseguiráperceber como o conhecimento interfere nos mercados competitivos e dinâmicos. Este título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate. 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 5/17 Primeiramente, para entender o que é o conhecimento, precisamos deixar claro que: dado não é informação; informação não é conhecimento; e conhecimento não é dado. Parece meio óbvio quando lemos, porém é imprescindível saber diferenciar um dos demais (CARVALHO, 2012). Para que não ocorra confusão entre estes três conceitos, vamos observar a seguinte tabela: Figura 1 - Características básicas de dado, informação e conhecimento Fonte: Carvalho (2012, p. 10). Explicando um pouco melhor a �gura apresentada, podemos começar pela de�nição de dado: [...] dado é o registro de um evento. Se pensarmos em uma “hierarquia do conhecimento”, comparada à informação e ao conhecimento o dado é o menor e o mais simples elemento do sistema. Trata-se de uma unidade indivisível e extremamente objetiva, além de abundante. Por causa disso, o dado é o elemento mais fácil de ser manipulado e transportado (CARVALHO, 2012, p. 5). A informação, por sua vez, pode ser entendida como um conjunto de dados articulados dentro de um contexto. Apenas o conjunto de dados pode simplesmente ser um acúmulo de coisas que não possuem signi�cado, mas a partir do momento em que esse conjunto é implicado a pelo menos um sujeito, ele pode ser coordenado de maneira signi�cativa (CARVALHO, 2012, p. 6). Por �m, o conhecimento pode ser de�nido como a informação que passou por tratamento e altera o comportamento do sistema. Quando utilizamos o termo “tratamento”, signi�ca que, para chegar ao conhecimento, é preciso realizar um processamento completo e altamente subjetivo da informação. E quanto a alterar o comportamento, estamos querendo dizer que o conhecimento está ligado à ação, ou seja, o conhecimento deve ser utilizado para fazer algo (CARVALHO, 2012). 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 6/17 Além disso, o conhecimento pode ser dividido em duas formas: conhecimento explícito e conhecimento tático. O primeiro se refere ao conhecimento tangível ou visível, dessa maneira podemos entender que esse tipo de conhecimento é codi�cado em linguagem. A transmissão do conhecimento explícito de um indivíduo para o outro é feita facilmente, pois ele possui uma estrutura sistêmica e formal, o que confere a ele um caráter impessoal (CARVALHO, 2012). O conhecimento tácito, por sua vez, não é palpável e é inexplicável. Este tipo de conhecimento é extremamente impessoal, tornando mais difícil de ser compartilhado. O conhecimento tático se afasta do conhecimento teórico e intelectual e se aproxima do prático e empírico, sendo que suas con�gurações abordam as emoções e sensações da pessoa, por exemplo, duas percepções, crenças, habilidades e experiências informais, intuições, entre outras (CARVALHO, 2012). Agora que entendemos os signi�cados, podemos aprender sobre sua história, visto que o conhecimento ganhou maior importância nas últimas décadas, principalmente devido a revolução da informação e da comunicação. Há muito tempo atrás, o fator primário da economia era a terra, mas devido à Revolução Industrial isso mudou consideravelmente, passando esse papel para as máquinas. E atualmente, o principal articulador da economia passou a ser o conhecimento (TAKAHASHI, 2015). A necessidade das empresas por inovação depende da produção de novos conhecimentos que permitam a criação de novas tecnologias no que tange produtos, processos e serviços. É nesse contexto que engloba, atualmente, a discussão do conhecimento - diferentemente da forma como já foi debatido há séculos, por meio de estudos de concorrentes cientí�cas como as da �loso�a, sociologia, psicologia e economia (TAKAHASHI, 2015, p. 173). O estudo do conhecimento na Administração tem ganhado maior importância visto que as empresas precisam adquirir, gerenciar e reter novos conhecimentos a �m de competir no mercado por meio de melhorias e novidades, indo de acordo com as necessidades dos clientes (TAKAHASHI, 2015). A gestão do conhecimento pode ser utilizada como uma estratégia por parte das organizações na medida em que elas precisam se adaptar às constantes mudanças ocorridas no mercado, necessitando de atualização na gestão e avanço tecnológico nos produtos e serviços. Esse tipo de gestão auxilia na compreensão da função dos recursos intangíveis na gestão estratégica para garantir resultados superiores (TAKAHASHI, 2015). Dessa maneira, a gestão do conhecimento está ligada à capacidade das organizações de averiguar os conhecimentos organizacionais que estão disponíveis de maneira interna ou externa a �m de que se transformem em capacidade inovadora e, por sua vez, resultem em novos produtos, sistemas gerenciais, processos e liderança (TAKAHASHI, 2015). 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 7/17 Com tantas mudanças ocorrendo no mundo e com o aumento da concorrência, as empresas buscam aumentar e melhorar o conhecimento de seus colaboradores como um diferencial, tornando a gestão do conhecimento uma ferramenta de grande importância na estratégia gerencial. Gestão do Conhecimento em Hospitais O estudo da qualidade em hospitais e em organizações de saúde tem aumentado gradualmente nos últimos anos. Isto ocorreu porque a qualidade gerou uma mudança positiva na �loso�a empresarial destas instituições, ocorrendo melhorias dos sistemas de informação, na gestão de recursos humanos, no desenho dos processos e também no atendimento dos pacientes (QUINTANS; QUELHAS, 2012). A gestão da qualidade fez com que ocorresse uma revolução gerencial e esta, por sua vez, teve em sua mudança a partir do uso, do acesso e da transferência das informações. Assim, é LIVRO Gestão do Conhecimento: introdução e áreas a�ns Autor: Ronaldo Vieira Editora: Interciência Ano: 2016. Comentário: leia atentamente o Capítulo 3, pois você conseguirá entender melhor a gestão da informação e do conhecimento, e o Capítulo 5 vai auxiliar na compreensão da gestão do conhecimento aplicado à administração, trazendo uma noção das vantagens desta gestão. Este título está disponível na Biblioteca Virtual da Laureate. 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 8/17 possível a�rmar que este modelo da qualidade operado pelos gestores depende diretamente dos sistemas de informação, os quais ajudam na e�ciência e e�cácia dos processos assistenciais. Por mais que os avanços proporcionados pela gestão da qualidade tenham auxiliado as organizações da saúde, o sistema ainda precisa se transformar devido tantas mudanças globais que interferem em todos os setores (QUINTANS; QUELHAS, 2012). Com a crescente importância da transferência da informação, o valor da gestão do conhecimento pode ser mensurado comparando-o com o valor que seria produzido sem ela. Ou seja, é a capacidade de medir o “custo da ignorância” ou o custo de não administrar o conhecimento. O resultado dessa equação obriga os hospitais e demais instituições sanitárias a reconsiderar o conhecimento como um investimento e não mais como um custo (QUINTANS; QUELHAS, 2012). O conhecimento tem um valor econômico e social, pelo fato de gerar melhorias na saúde das pessoas através do aumento da capacidade produtiva dos trabalhadores do setor e da melhoria, que é gerada na qualidade da atenção à saúde. Está aproximação supõe, por um lado, medir o valor agregado pelo conhecimento nas organizações e na sociedade, e por outro, considerar que todas as atividades destinadas a aumentar o capital humano dos pro�ssionais, incrementamo valor intelectual da instituição, passando, assim, a ser reconhecido como investimento e não custo (QUINTANS; QUELHAS, 2012, p. 11). As organizações hospitalares podem ser consideradas como organizações do conhecimento, uma vez que integram atividades como treinamento clínico, pesquisa cientí�ca, assistência especializada em saúde e tecnologia médica. Além disso, para que exista o funcionamento de uma instituição na área da saúde, é necessário reunir diversos tipos de pro�ssionais de diferentes áreas de atuação e competências variadas. Devido a essa heterogeneidade, diversidade e complexidade, a gestão de conhecimentos pode ser utilizada de maneira estratégica em hospitais (SOUZA; CARVALHO, 2015). Em estudos feitos em hospitais, foi visualizada a existência de cumplicidade por parte de todos os colaboradores em compartilhar o conhecimento buscando atingir o melhor resultado possível, visto que estão cuidando da vida de seus pacientes (QUINTANS; QUELHAS, 2012). Dessa maneira, é possível analisar que a quantidade de conhecimento gerado é crescente por meio das trocas ocorridas entre a equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, médicos e os demais pro�ssionais que buscam dar assistência ao paciente (SILVA; JULIANI; DIAS, 2016). Efetivamente a gestão do conhecimento pode bene�ciar organizações hospitalares com a redução do tempo de ciclo dos serviços, diminuição de custos, geração de maior retorno dos investimentos, melhoria da satisfação dos pacientes e o incentivo ao aprendizado contínuo dos médicos, enfermeiros, colaboradores e outros pro�ssionais envolvidos na prestação de serviços de 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 9/17 saúde com excelência (COLAUTO; BEUREM apud SOUZA; CARVALHO, 2015, p. 104). Como os hospitais possuem sistemas abertos, eles sofrem muita in�uência dos acontecimentos do mercado externo e, por isso, essas empresas precisam estar mais atentas e preparadas do que outras organizações de setores diferentes. Dessa maneira, essas instituições da saúde podem utilizar a gestão do conhecimento para se adaptar e até mesmo obter vantagem frente a seus concorrentes. LEITURA Gestão do conhecimento em hospitais públicos com diferentes modelos de gestão: alguns fatores explicativos Autoras: So�a Gaspar Cruz e Maria Manuela Frederico Ferreira Ano: 2017 Comentário: leia atentamente o artigo proposto, pois ele apresenta um estudo da gestão do conhecimento em hospitais. Assim, você terá uma base de como a teoria funciona empiricamente. A C E S S A R Vantagem Competitiva Podemos entender que uma organização possui vantagem competitiva quando ela é capaz de produzir mais valor econômico em comparação a seus concorrentes. O valor econômico, por sua vez, é a diferença entre os benefícios percebidos pelo consumidor que comprou um produto ou serviço de uma organização e o custo econômico total desses produtos e serviços. Assim, a vantagem competitiva pode ser medida pela diferença entre o valor econômico criado e o de seus concorrentes (BARNEY; HESTERLY, 2017). http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/RBGI/article/view/3950 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 10/17 Porém, as organizações que almejam vantagem competitiva precisam passar pelas ameaças ambientais, que podem ser con�guradas em qualquer organização, grupo ou indivíduo fora da empresa que deseje diminuir seu desempenho. Essas ameaças podem aumentar os custos da organização, diminuir sua receita ou até reduzir seu desempenho. Além disso, elas tendem a acirrar a competitividade de um setor e forçar o desempenho de uma organização ao nível de paridade competitiva (BARNEY; HESTERLY, 2017). Podemos visualizar as cinco ameaças disponíveis na literatura a partir da imagem a seguir: Figura 2 - Cinco ameaças ambientais Fonte: Barney e Hesterly (2017, p. 32). A primeira ameaça, de acordo com a imagem acima, é de novos entrantes. Os novos entrantes, por sua vez, são as organizações que iniciaram suas atividades recentemente ou até aquelas que pretendem começar em breve. Essas empresas novas buscam ingressar em determinado setor a �m de obter maiores lucros do que as empresas estabelecidas já obtêm (BARNEY; HESTERLY, 2017). A ameaça de rivalidade pode ser entendida como a intensidade da competição que ocorre entre os competidores diretos de uma organização. Os altos níveis de rivalidade podem acontecer quando o setor possui um grande número de empresas que são praticamente do mesmo tamanho, quando o setor possui crescimento lento, se as organizações não têm sucesso com a diferenciação de seus produtos no setor ou quando a capacidade de produção das organizações é adicionada em grandes incrementos (BARNEY; HESTERLY, 2017). A ameaça de substitutos, por sua vez, ocorre quando produtos e serviços dos concorrentes diretos de uma empresa atendem quase às mesmas necessidades do consumidor, porém de maneira diferente. Por exemplo, o Spotify é um substituto dos downloads de música da internet (BARNEY; HESTERLY, 2017, p. 39). 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 11/17 Já os fornecedores podem se tornar uma ameaça quando o setor é dominado por um número pequeno de fornecedores, quando essas empresas vendem produtos altamente diferenciados ou até exclusivos e também quando eles não são ameaçados por substitutos, pois eles podem tirar vantagem extraindo lucros econômicos das empresas que atendem. Além disso, os fornecedores podem se tornar um problema quando decidem entrar no setor de uma empresa, tornando-se concorrente. Por �m, os fornecedores se tornam ameaças quando o cliente não é importante para eles, como por exemplo, as pequenas empresas (BARNEY; HESTERLY, 2017). Os compradores também são considerados como ameaças, pois são eles que compram os produtos ou serviços das empresas. Diferentemente dos fornecedores, que têm suas ações direcionadas para aumentar os custos de uma organização, os clientes agem para reduzir o lucro dela (BARNEY; HESTERLY, 2017). Assim, uma organização que possui o objetivo de obter vantagem competitiva precisa combater essas cinco forças ou então pode optar por melhorar seu desempenho por meio do controle de seus recursos e capacidades. Os recursos podem ser classi�cados em tangíveis e intangíveis, que a organização controla e que pode utilizar para implementar ou criar estratégias. As capacidades, por sua vez, são um subconjunto de recursos que permitem que a organização aproveite por completo outros recursos que ela controla (BARNEY; HESTERLY, 2017, p. 66). Os recursos e capacidades podem ser classi�cados em quatro grandes categorias: recursos �nanceiros, que são todo o dinheiro destinado para a criação e implementação de estratégias; recursos físicos, que são toda a tecnologia física usada na organização; recursos humanos, que incluem experiência, inteligência, treinamento, relacionamentos, discernimento e visão individual dos colaboradores da empresa; e recursos organizacionais, que são os atributos provenientes dos grupos de pessoas, como o controle e a coordenação formal dos sistemas, a cultura organizacional, entre outros (BARNEY; HESTERLY, 2017). De acordo com a teoria conhecida como Visão Baseada em Recursos, as organizações podem desenvolver ferramentas a �m de analisar os recursos e capacidades de uma empresa e o potencial de cada um deles para gerar vantagem competitiva. Essa teoria envolve o “modelo VRIO”, que traz quatro questões que precisam ser consideradas a respeito de um recurso ou capacidade para estabelecer seu potencial competitivo: valor, raridade, imitabilidade e organização (BARNEY; HESTERLY, 2017). Os recursos e capacidades são considerados como valiosos apenas se permitem que a organização melhoresua posição competitiva. Apesar disso, se o recurso for valioso porém controlado por muitos concorrentes, então di�cilmente este recurso será fonte de vantagem competitiva para qualquer um deles. Ou seja, um recurso precisa gerar valor e ser raro (BARNEY; HESTERLY, 2017). 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 12/17 No entanto, recursos organizacionais raros e valiosos só podem ser fonte de vantagem competitiva sustentável se as empresas que não possuem enfrentarem desvantagem de custo para obtê-los ou desenvolvê-los, comparadas às empresas que já os possuem. Esses tipos de recursos são imperfeitamente imitáveis (BARNEY; HESTERLY, 2017, p. 75). Por �m, a questão da organização está relacionada a utilizar seu potencial máximo e para que isso ocorra é necessário que a empresa esteja organizada para conseguir aproveitar seus recursos e capacidades. Para realizar esse objetivo, existe uma série de componentes: estrutura formal de reporte, organograma da empresa, sistemas de controle gerencial, políticas de remuneração etc. (BARNEY; HESTERLY, 2017). Esses componentes da organização de uma empresa são muitas vezes chamados de recursos e capacidades complementares porque têm, isoladamente, capacidade limitada de gerar vantagem competitiva em isolamento. Porém, quando combinados com outros recursos e capacidades, permitem que uma empresa aproveite todo o seu potencial para vantagem competitiva (BARNEY; HESTERLY, 2017, p. 80). Com a grande quantidade de concorrentes e diante de um mercado dinâmico, as empresas precisam se atentar ao signi�cado da vantagem competitiva e compreender como obtê-la a �m de garantir uma fatia de mercado satisfatória frente aos concorrentes. LEITURA A inovação como vantagem competitiva: estudo de caso em uma pequena empresa Autores: Elisandra Bochi Turra, Claudio Mioranza e Sandra Maria Coltre Ano: 2017 Comentário: leia atentamente o artigo proposto antes de fazer sua análise para compreender como a vantagem competitiva funciona na prática. A C E S S A R http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/RBGI/article/view/4992 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 13/17 Como Utilizar a Gestão do Conhecimento como Forma de Vantagem Competitiva Há um tempo atrás, empresas buscam vantagem competitiva por meio de recursos naturais, localização, acesso à mão de obra barata e capital �nanceiro, porém frequentemente a concorrência conseguia igualar essas diferenças competitivas. Hoje muitos estudiosos apontam que uma das principais formas de se obter vantagem competitiva sustentável é por meio de uma gestão pró-ativa do conhecimento, visto que o conhecimento é suscetível de gerar dianteiras continuadas e retornos crescentes (CAMPOS; BARBOSA, 2001). Neste sentido, as organizações têm procurado desenvolver novas formas de trabalho, de comunicação, de estruturas e tecnologias e novos vínculos com os diversos agentes com os quais interagem. Num ambiente turbulento como o que se apresenta nos dias de hoje, não há vantagem competitiva sustentável senão através do que a empresa SABE, como consegue UTILIZAR o que sabe e a rapidez com que APRENDE algo novo (CAMPOS; BARBOSA, 2001, p. 1). Assim, quando uma organização é capaz de criar e compartilhar dados e informações devidamente codi�cadas, os gestores passam a ter uma base sólida para aperfeiçoar seus produtos e serviços. Mas o conhecimento só pode ser entendido como uma vantagem estratégica quando os dados e informações são associados às ideias e quali�cações dos indivíduos presentes na organização. Ou seja, é necessária a existência de uma boa gestão do conhecimento (SILVA, 2016). Empresas que adotam uma boa gestão do conhecimento obtêm maior agilidade, aumentando o rendimento dos colaboradores e melhorando o tempo de resposta frente às mudanças. Além disso, este tipo de gestão pode aumentar a produtividade da organização e melhorar a tomada de decisão. Isso tudo ocorre porque quando o conhecimento é compartilhado internamente, atualizado, processado e aplicado em benefício da empresa, ocorre a criação de novos conhecimentos (BASSETTO, 2011). Apesar de muitas organizações possuírem complexos sistemas de coleta e análise interna e externa de dados, capazes de gerar um grande volume de informações, a maioria ainda não é capaz de transformar estas informações em conhecimento e difundi-las de maneira organizada e integrada dentro da empresa. Cria-se assim, um vasto campo para a difusão e aplicação dos 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 14/17 conceitos e princípios da Gestão do Conhecimento onde a verdadeira vantagem é a capacidade de aprender e gerar mais conhecimento (CAMPOS; BARBOSA, 2001, p. 13). O grande desa�o das organizações é fazer uma boa gestão do conhecimento, ou seja, identi�car quais são os conhecimentos e habilidades internas e a partir disso moldá-los e processá-los para que se formem novos conhecimentos ou que os conhecimentos já existentes consigam ser combinados da melhor forma possível com cada atividade. Para isso, é necessário que exista uma troca de experiências e de soluções criativas, pois dessa maneira todos dentro da empresa podem crescer e se inserir em um ambiente constante de aprendizagem (CAMPOS; BARBOSA, 2001). Assim, a gestão do conhecimento pode ser vista como uma importante ferramenta estratégica dentro das organizações. Ela pode trazer vantagem competitiva, visto que o conhecimento pode ser valioso, raro e difícil de imitar, quando se trata de um conhecimento tácito, e a gestão vai organizá-lo a �m de difundi-lo dentro da empresa. LEITURA Gestão do conhecimento como fonte de vantagem competitiva em uma paraestatal mineira Autores: Caissa Vesolo e Souza, Fabrício Souza Prata e Je�erson Rodrigues Pereira Ano: 2018 Comentário: leia atentamente o artigo proposto, antes de fazer sua análise para entender como a gestão do conhecimento pode ser uma vantagem competitiva. A C E S S A R Conclusão http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362018000200154 07/03/2021 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665451_1&PAREN… 15/17 A partir do nosso roteiro de estudos, pudemos trabalhar as mudanças ocorridas no mercado externo ao longo dos anos, além de compreender o que são as vantagens competitivas e como a gestão do conhecimento pode ser tornar uma vantagem. Isso possibilitou a você desenvolver análises sobre como as organizações podem utilizar seus recursos intangíveis e organizacionais para gerar novos conhecimentos e utilizá-los a seu favor. Além disso, a partir desta leitura, você aprendeu que cada indivíduo tem algo a auxiliar na empresa, e isso pode acabar fazendo toda a diferença, por isso, é preciso estar atento e gerenciar cada pessoa da melhor forma possível. Referências Bibliográ�cas BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. 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