Buscar

DAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

FIG UNIMESP 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMILA BARRETO LACERDA 
RA:15160478 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO AB 
DEPENDÊNCIA DE DIREITO PENAL I 
TEMA: DAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 2021 
1 
 
Sumário 
Das excludentes de ilicitude...........................................................................1 
1. Da ilicitude...............................................................................................2 
2. Das causas de exclusão de ilicitude........................................................3 
3.1 Do estado de necessidade .....................................................................3 
3.2 Legítima defesa.......................................................................................4 
3.3 Legítima defesa putativa........................................................................4 
4. Estrito cumprimento do dever legal...........................................................5 
5. Exercício regular de direito .......................................................................5 
6. Alteração de legítima defesa no pacote anticrime ....................................6 
7. Conclusão..................................................................................................7 
8. Bibliografia ...............................................................................................8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
DAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE 
 
1. DA ILICITUDE 
 
 Para compreendermos o que são as excludentes de ilicitude, faz se necessário 
discorrer brevemente sobre o conceito de ilicitude. Em sua obra, Nucci define 
ilicitude como "a contrariedade de uma conduta com o direito, causando efetiva 
lesão a um bem jurídico protegido", ou seja, a ilicitude é a conduta que contraria 
o direito e gera danos ao bem tutelado juridicamente. 
 
 A ilicitude encontra-se na contradição entre a conduta e o ordenamento 
jurídico, onde uma ação ou omissão são ilícitas. Em outras palavras, é tudo o 
que se opõe as leis. 
 
 Deve se levar em consideração primeiramente a tipicidade do fato, ou seja, se 
o fato é previsto em lei como crime ou não. Sendo o fato atípico, não há que se 
falar em ilícito penal. Sendo típico, previsto em lei como crime, analisa-se a sua 
ilicitude, contrariedade à lei. 
 
Dentro do Direito penal Brasileiro, a ilicitude abrange um pouco mais de 
situações e condutas do ser humano, não se tratando apenas de uma 
capacidade, para o Direito penal Brasileiro se trata de uma conduta atípica do 
agente que em se enquadrando em uma dessas excludentes poderá ser até 
mesmo isento de pena por uma conduta delituosa 
Para o conceito analítico de crime pela teoria tripartite, o delito é toda 
ação típica, ilícita e culpável. 
O presente estudo visa trabalhar o conceito de ilicitude ou 
antijuridicidade, que conforme leciona Rogério Greco “é a relação de 
antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento 
jurídico” (GRECO, Rogério. Curso de direito penal, parte geral, p.315). 
Assim, estas justificativas ou excludentes de ilicitudes têm previsão legal 
no artigo 23 do Diploma Repressivo, sendo elas: ESTADO DE NECESSIDADE, 
LEGÍTIMA DEFESA, EXERCÍCIO REGULAR DO DIEITO E EXTRITO 
CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL, porém, ainda existe a excludente 
SUPRALEGAL, como o consentimento do ofendido, sendo está uma construção 
doutrinária e com amparo na jurisprudência. 
 
 
3 
 
2. DAS CAUSAS DE EXCLUSÃO DE ILICITUDE 
Prevê o Código Penal, em seu art.23, que: 
"Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular 
de direito. 
Parágrafo Único. O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo." 
 Estando presente qualquer das causas previstas no art. 23 do Código 
Penal, estará afastada a contrariedade da conduta com direito, não havendo que 
se falar em crime. 
 
 Desta forma, conforme previsão legal, são causas de exclusão de 
antijuridicidade: o estado de necessidade, a legitima defesa, o estrito 
cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito. 
 
3.1 ESTADO DE NECESSIDADE 
 
 Está previsto no art.24 do Código Penal: 
 
 "Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável 
exigir-se. 
 
 §1º Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de 
enfrentar o perigo. 
 §2º Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena 
poderá ser reduzida de um a dois terços." 
 
 Para que se considere em estado de necessidade deve se sacrificar um 
interesse juridicamente tutelado para salvar-se de um perigo que somente pode 
ser resguardado mediante a lesão de outro. Existe no estado de necessidade 
dois ou mais bens jurídicos tutelados em perigo, sendo que para proteção de um 
sacrifica-se o outro. 
 
 O perigo deve ser atual, nem o passado nem o futuro podem justificar o 
ataque. Ainda, o perigo deve ser independente da vontade do agente, não pode 
ter sido provocado pelo mesmo, bem como não existir outra forma de evitar o 
perigo, sendo o seu sacrifício a única maneira possível de evitar o perigo. 
https://jus.com.br/tudo/estado-de-necessidade
4 
 
 
 Embora não esteja expressamente previsto, se o agente exceder em sua 
conduta ao proteger o bem que se encontra em perigo atual, receberá a punição 
cabível. 
3.2 LEGÍTIMA DEFESA 
 
Entende-se em legítima defesa aquele que, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. Esta é a definição de legítima defesa prevista no art. 25 do Código Penal. 
 
Além do direito próprio, a legítima defesa engloba direitos de terceiros. 
Assim como no estado de necessidade deve tratar-se de perigo atual, presente, 
ou que estejam prestes a ocorrer. Não se faz necessário que o agressor agrida 
o bem jurídico tutelado. Nos casos de ameaça ao bem jurídico, a agressão 
repelida injustamente também é considerada legítima defesa. 
 
A agressão deverá ser injusta, não havendo que se falar em legítima defesa 
quando a agressão ao bem jurídico decorrer da provocação do autor. 
Ainda, os meios utilizados para a legítima defesa de direito próprio ou de outrém 
devem ser moderados, proporcionais à gravidade da ameaça ou agressão, 
podendo punir-se a agressão em excesso. A avaliação da gravidade é subjetiva 
e deverá ser analisada no caso concreto. 
 
3.3 LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA 
 Existe também a situação da legítima defesa putativa. Sobre o tema, Rogério 
Greco diz que: 
Fala-se em legítima defesa putativa quando a situação de agressão é 
imaginária, ou seja, só existe na mente do agente. Só o agente acredita, por erro, 
que está sendo oui virá a ser agredido injustamente. Para a teoria limitada da 
culpabilidade, acolhida pela exposição de motivos do Código Penal, o erro sobre 
uma causa de justificação, se incidente sobre uma situação de fato, será 
considerado como um erro de tipo permissivo, e não como um erro de proibição. 
A legítima defesa imaginária é um caso clássico das chamadas 
descriminantes putativas, previstas no § 1º do art. 20 do Código Penal (...). 
(GRECO, Rogério. Curso de direito penal, parte geral, p.343) 
 
 
 
5 
 
4. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 
 
 
 Está excludente de ilicitude está prevista no art.23 do Código Penal, todavia ao 
contrário das excludentes que já vimos, não possui definição prevista em lei. 
 Podemos dizer que uma ação em decorrência de dever legal não implica em 
ocorrência de crime, mesmo sendo aquela prevista como tal, ou seja, embora 
haja a prática de um fato típico, este não o será, vez que o agente cumpriuuma 
obrigação imposta por lei. 
 
Para isto, o agente que pratica tal ato deve saber estar praticando um fato 
imposto pela lei, caso contrário implicará em delito. 
Ainda, o excesso praticado pelo agente será punido. 
 
5. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
 
 Trata-se de excludente de ilicitude onde também não há crime quando estiver o 
agente em exercício regular de direito. Qualquer pessoa pode exercitar um 
direito e uma faculdade imposta pela lei penal ou extrapenal. 
Assim como todas as excludentes de ilicitudes, deve obedecer aos limites legais 
e haverá punição em caso de excesso na conduta do agente. 
Com relação aos ofendículos, estes são obstáculos utilizados para a proteção 
do bem jurídico, tais como arame farpado, cerca elétrica para segurança de uma 
residência. Estes aparatos devem ser visíveis, funcionando como meio de 
advertência e proteção da propriedade e qualquer outro bem jurídico. Já quanto 
aos meios mecânicos predispostos são aparelhos ocultos com a mesma 
finalidade dos ofendículos. Por este motivo, configuram-se quase sempre delitos 
dolosos ou culposos. 
 
6.1 ALTERAÇÃO DE LEGÍTIMA DEFESA NO PACOTE ANTICRIME 
 
Conforme previsto no artigo 25, caput do Código Penal, considera-se em legítima 
defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
A legítima defesa é prevista como causa excludente de ilicitude. Trata-se de uma 
norma permissiva, ou seja, que autoriza, desde que cumpridos certos requisitos, 
a prática de um comportamento que, a princípio, é considerado crime, afastando 
a previsão de punição para aquele ato. 
 
https://jus.com.br/tudo/propriedade
6 
 
A Lei 13.964/19, conhecida popularmente como "Pacote Anticrime", incluiu o 
parágrafo único no artigo 25 do Código Penal, determinando que se considera 
em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco 
de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes, desde que 
preenchidos os requisitos previstos no caput, ou seja, a nova lei apenas 
acrescentou um parágrafo destacando uma situação que já era abarcada pelo 
caput. 
 
Ora, antes da nova lei, caso um agente de segurança pública matasse alguém 
que estivesse mantendo uma vítima refém com uma arma, utilizando 
moderadamente dos meios necessários, estaria automaticamente incluso na 
excludente de legítima defesa. Com a alteração, nada mudou. 
 
Isso porque, a legítima defesa pode ser própria, ou seja, a agressão é ao seu 
próprio direito ou também pode ser "de terceiro". Nesse caso, o bem jurídico a 
ser protegido é alheio, como no exemplo mencionado. Em ambos os casos, a 
consequência é a mesma, qual seja, a exclusão da ilicitude e, por consequência, 
do crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
7.1 CONCLUSÃO 
A excludente de ilicitude de forma sucinta, permite que um agente pratique uma 
ação que normalmente seria considerada um crime, mas que, se cometido 
dentro das circunstâncias que caracterizam ilicitude não será considerado de tal 
forma, essas excludentes estão tipificadas no artigo 23 do código penal, e são o 
estado de necessidade, legitima defesa e em estrito cumprimento legal de dever 
ou no exercício regular de direito. 
O perigo precisa ser atual, mas não é necessário que o dano esteja 
ocorrendo, ele pode ser apenas iminente. Isso significa que a legítima 
defesa pode ser preventiva, mas apenas se o perigo for atual. Importante 
ressaltar que em todas as hipóteses, o bem jurídico tutelado, não 
necessariamente precisa ser a própria pessoa, podendo ser terceiros, caso o 
dever seja zelar pela integridade e vida do outro, como no caso dos policiais. 
Outro ponto relevante é que para o indivíduo não ser punido pela excludente de 
ilicitude, é necessário ela seja proporcional à gravidade da ameaça, ou seja, 
não pode haver exaurimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
8. Bibliografia 
 
GRECO, Rogério. Curso de direito penal, parte geral, p.315 
www.politize.com.br 
www.camara.leg.br 
 
http://www.politize.com.br/