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1 UNIVERSIDADE UNIP GILIARDY MARQUES A EXCELÊNCIA EM SEU NEGÓCIO LEROY MERLIN PIM VIII SAMAMBAIA - DF 2019 2 UNIVERSIDADE UNIP GILIARDY MARQUES RA 1935006 A EXCELÊNCIA EM SEU NEGÓCIO LEROY MERLIN PIM VIII Projeto Integrado Multidisciplinar VI para obtenção do título de Gestor de Recursos Humanos apresentado à Universidade UNIP. Orientador: Ana Paula Trubbianelli SAMAMBAIA - DF 2019 3 4 RESUMO Este trabalho teve por finalidade elaborar um estudo enfatizando as competências e as ações através dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes desenvolvidas dentro da organização. A pesquisa foi feito a partir de uma avaliação formativa e da abordagem qualitativa, logo, o seu desenvolvimento foi por meio do aprendizado, da experiência, das habilidades e atitudes dos colaboradores em si. Já o objetivo principal foi identificar e analisar qual a melhor técnicas de negociação para se ter um bom plano estratégico e a definição do sistema para operação dos recursos humanos, mostrando também os objetivos e as competências utilizadas por negociadores no referido processo de negociação; e identificar as competências necessárias para o bom desempenho de seus profissionais, mais especificamente dos coordenadores e gerentes da empresa. O estudo está dividido a partir levantamentos teóricos e das técnicas de negociação, no perfil dos negociadores e no mapeamento de competências. Os dados foram coletados através de pesquisas bibliográficas onde foram feitas análises das questões estipuladas, permitindo a inclusão de aspectos qualitativos ao estudo, mostrando também o perfil dos colaboradores, gerentes e gestores, buscando o equilíbrio necessário para gerar medidas a serem tomadas e a excelência na preparação dos seus profissionais, além de estimular e despertar um estudo mais amplo por parte de um todo. Palavra-chave: Planejamento estratégico, Técnicas de negociação, Competências, Habilidade. 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 05 2. TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO ........................................................................... 07 3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 13 4. SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS.......................... 20 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 21 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 23 6 1. INTRODUÇÃO Em 1960, nasce à marca Leroy Merlin e seis anos depois é inaugurada a primeira grande loja, com 200 colaboradores e sistema de auto serviço. Até então, as lojas tinham dimensões bem enormes. No Brasil, ela deu início em 1997, sendo que a primeira loja da rede no país foi aberta em 1998, em São Paulo, no bairro de Interlagos, zona sul da capital paulista. A Leroy Merlin Brasil é uma empresa do GROUPE ADEO, um grupo diferente dos outros, que acredita na aventura humana de crescer é partilhar! Partilham uma cultura de ambição, valores e o Horizonte, construído em 2008 por 100% dos colaboradores, retrata o “DNA” e a essência da empresa, por isso, possui o Cliente no centro e é sustentado pelos pilares Equipe, Profissionalismo, Desenvolvimento Sustentável e Resultados. Priorizam a construção coletiva dos objetivos e a gestão participativa do negócio, com atuação autônoma e responsável por parte dos colaboradores. Praticam a proximidade e acolhimento das pessoas, escuta livre e ativa de ideias e opiniões, valorização e alinhamento entre os envolvidos nas decisões. Logo, ela é uma empresa que consegue unir, em um mesmo ambiente, profissionalismo, seriedade, sustentabilidade a um clima informal e agradável. Favorecem o bem-estar e o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo para satisfazer todos os clientes e criar riquezas que serão partilhadas por todos. Neste ambiente, é imprescindível que a organização procure saber qual a sua posição no mercado para determinar onde deve chegar e o que devem fazer para atingir seus objetivos. É importante ressaltar que a empresa conheça seus negócios, buscando melhorar continuamente a forma de realizar suas atividades, identificando quais são as ameaças e oportunidades que existem, outro fator importante é estar sempre atualizada e mantendo sempre o foco no seus cliente e nos seus concorrentes, assim, consegue determinar quais os objetivos pretendem atingir, logo, conseguem alcançar os resultados alcançados. Pra isso, é necessário fazer um planejamento estratégico, onde visa identificar as ferramentas que possibilitam aos empreendedores administrar melhor os seus negócios tendo como objetivo realizar um diagnóstico do ambiente externo e interno da empresa para detectar as oportunidades e ameaças, as forças e as fraquezas, assim, estabelecendo sua missão, visão e objetivos. Nesse sentido, a empresa luta pela qualidade e bem estar de seus clientes, buscando sempre satisfazê-los em suas necessidades e desejos. 7 Também é de suma importância que as organizações conheçam seus negócios, buscando melhorar continuamente a forma de realizar as suas atividades, identificando quais as oportunidades e ameaças existentes no mercado e procurem aproveitar aquelas oportunidades que mais favoreçam o desenvolvimento da empresa. Outro fator importante é estar sempre atualizado e mantendo contato com os clientes e concorrentes, para poder determinar quais objetivos pretendem atingir, para assim, alcançar os resultados desejados. 8 2. TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO Segundo Kotler, a negociação, assim como as habilidades de um bom negociador, pode ser apreendida e aperfeiçoada constantemente. Elas, serão uteis para o profissional alcançar os objetivos e metas a que se propõe. Dentre as principais características, destacam-se: - Excelente relacionamento interpessoal: simpatia e bom humor. - Capacidade de comunicação: linguagem simples, correta e atualizada, sem exageros nem exibicionismos. - Postura e apresentação: deve-se adequar ao ambiente e pessoa, e respeitar as diferenças culturais. - Atitude: sugere-se uma postura proativa, objetiva e clara. - Criatividade: requer ousadia. A busca de novas ideias, novos modos de fazer e agir com alternativas e soluções, sem criticar concorrentes, produtos e/ou serviços, constitui-se da mesma forma, como características valorizadas. - Gosto pelo planejamento: necessidade de traçar estratégias e mensurar o que se quer e quais os objetivos a se atingir. - Orientação por metas: a capacidade constante de se estabelecer metas e objetivos constitui-se como postura essencial para aqueles que irão negociar. Sugere-se que planos sejam traçados e que haja articulação para colocá-los em prática, com metas mensuráveis e imensuráveis. - Assertividade: refere-se ao “fazer a coisa certa”. O profissional deve desenvolver a habilidade de expressar ideias, opiniões, sentimentos, valorizando seus próprios interesses, sem violar os interesses dos outros. Já as habilidades mais importantes para ser um bom negociador, está voltado ao preparo, planejamento, conhecimento do assunto, capacidade de pensar com clareza, capacidadede pensar rápido (especialmente sob pressão), verbalização fácil, ouvido atento, julgamento e compreensão geral, integridade, capacidade de persuasão e paciência. 9 • Preparação: o negociador deve estar sempre preparado para o mundo dos negócios, assim, estará capacitado para diversos desafios. • Planejamento: ação que indica o caminho estabelecido quando se pode desfrutar de destreza mental ao ocupar‑se com um evento futuro. • Conhecimento do assunto: as propostas em negociações ocorrem de modo que forneçam pouco tempo para a decisão, e, assim, terá vantagem aquele que conhecer melhor o assunto. • Capacidade de pensar com clareza: quem pensa com clareza consegue construir mapas mentais, que, logo, acenam com vantagens que podem ser propostas ou aceitas. • Capacidade de pensar rápido: Desenvolver uma habilidade em que possa desfrutar de vantagens diante de seus oponentes. É importante que o treino e as condições sejam aperfeiçoadas para tal habilidade. • Verbalização fácil: Pode‑se desenvolver a verbalização fácil com exercício, leitura e coragem. O papel de interlocutor em negociações é bem comum justamente por causa de sua habilidade ao expressar‑se, qualidade que as partes não possuem. • Ouvido atento: manter o ouvido bem atento nos momentos das negociações. • Julgamento e compreensão geral: Fazer o julgamento certo é o grande desafio, interpretar um sinal discreto, um sinal secreto, e tomá‑lo como referência na negociação. A compreensão geral refere‑se à visão que o negociador pode ou deve ter de toda a negociação. • Integridade: é a credencial que o negociador tem para que suas posições tenham crédito. 10 • Persuasão: a persuasão é vista com bons olhos quando usada a nosso favor, quando o sentido se inverte, o sentimento é de manipulação. Pessoas persuasivas são poderosas, boas negociadoras e realizadoras, porque conseguem converter seus desejos mais frequentemente que as demais. • Paciência: a paciência é a virtude daquele que sabe esperar, que aguarda o momento adequado sem se deixar levar pelas emoções e cometer erros por isso. A empresa em si, usa praticamente todas as habilidades de Kotler para definir e delegar seus negociadores (colaboradores), mas em suma, o que a Leroy mais utiliza é a preparação, planejamento, conhecimento do assunto e a capacidade em pensar rápido. Para Casse (1995), existem quatro papéis que podem ser representados pelos negociadores: • Negociador efetivo: conhece detalhadamente a informação relativa à negociação (documenta todo o processo, fornece informações complementares, certifica‑se de que os pontos fundamentais foram abordados e etc.) • Negociador analítico: apresenta‑se de maneira lógica para garantir que a estratégia esteja sendo corretamente implantada. (agenda e programa a reunião, estabelece as regras de negociação, prepara eventuais adaptações, dentre outros) • Negociador relativo: demonstra aptidão para os relacionamentos interpessoais (mantém boas relações com as pessoas envolvidas na negociação, dá importância às reações dos negociadores, examina forças e fraquezas dos oponentes, podem envolver‑se demasiadamente pelo lado humano e podem perder o foco da negociação) • Negociador intuitivo: é criativo e propõe soluções inovadoras para a negociação. (enxerga opções potenciais para a negociação, percebe os pontos essenciais da negociação, 11 examina as implicações das propostas no futuro, verifica o desdobramento da negociação, pode não ser realista, é difícil de ser controlado por ser indisciplinado. Conhecer os tipos de negociadores é importante para prever e antecipar‑se às reações dos oponentes. Essa será uma maneira melhor de se comportar durante o processo de negociação. Logo, pode-se dizer que na visão de Casse a Leroy representa o papel de negociador relativo na demonstração dos relacionamentos interpessoais para manter sempre a boas relação com seus colaboradores, clientes e fornecedores, dá importância às reações dos negociadores, observa as forças e fraquezas dos seus concorrentes. Através dos estudos foi notado que a empresa utiliza também uma visão micropolítica dentro da organização, em cima, dos fatores de relevância, como na concorrência atual e no potencial, além do perfil dos fornecedores e a sua capacidade de fornecimento, a evolução e sazonalidade das demandas, das mercadorias e dos novos produtos que serão oferecidos, nas participação dos segmentos, nos preços relativos e oferecidos em cima das mercadorias, os pontos de venda tanto na loja física, quanto na loja online, os prazos de entrega, os negócios perdidos através dos cancelamentos de contratos de prestadores terceirizados, o perfil dos clientes a partir dos seus comportamentos no momento de decidir o produto, seu poder de compra e valor a eles agregado pelos produtos e diversos outros que devem ser levados em consideração. De acordo com Contreras Alday, em seu artigo “O planejamento estratégico dentro do conceito de administração estratégica”, de 2000, idealmente, uma empresa deve selecionar uma estratégia de crescimento, de forma que alcance bons resultados como aumento de vendas ou de participação de mercado. A partir desse crescimento, espera-se também um aumento de valor da empresa. Pode-se atingir o crescimento de algumas maneiras: Assim, é possível alcançar o crescimento interno por meio do aumento de vendas, da capacidade de produção e da força de trabalho. Quando uma organização adquire companhias que a suprem, ela se engaja na integração inversa. Já a organização que adquire empresas que se postam mais próximas aos usuários finais de um produto (atacadistas, varejistas) está realizando a integração direta. A diversificação é o processo estratégico que envolve o crescimento por meio da aquisição de empresas em indústrias ou linhas de negócios diferentes. Se a empresa adquirida é de uma linha de negócios completamente diversa, o processo é chamado de diversificação 12 não relacionada ou conglomerada. Também é possível que uma empresa cresça por meio de fusões e joint ventures (alianças estratégicas). Na fusão, uma companhia se une a outra, formando assim uma nova organização. Na joint venture, duas organizações trabalham juntas em um projeto específico e muito grande para ser controlado apenas por uma delas, como no caso de programas espaciais. Poter 1986, sugere três tipos de estratégias genéricas. São elas: • Estratégia competitiva de custo: trata-se da estratégia na qual a empresa focaliza seus esforços em busca de eficiência produtiva, ampliação da produção e minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, entre outros itens. Por consequência, o preço ao consumidor é o seu maior trunfo e atrativo. • Estratégia competitiva de diferenciação: aqui, o investimento é pesado em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisas de mercado, qualidade etc., com o intuito de criar diferencial para o consumidor. • Estratégia competitiva de foco: trata-se de fazer a escolha por um alvo restrito, de forma que, por meio da diferenciação ou do custo, a empresa se especialize em atender a segmentos ou nichos específicos. Porter ainda destaca que, a empresa deve primeiro efetuar uma análise objetiva dos atuais negócios e do valor agregado pela corporação por meio de um programa de ação. Esse programa de ação envolveria as seguintes etapas: • Identificação dos inter-relacionamentos das unidades de negócios. • Seleção dos negócios essenciais. • Criação de mecanismos organizacionais horizontais. • Procura de oportunidades de diversificação que permitam o compartilhamento de atividades. • Busca da diversificação por meio da transferência de habilidades. • Adoção da estratégia de reestruturação. • Pagamentode dividendos. 13 É por meio do planejamento estratégico que podemos construir o cenários internos da empresa. Da mesma forma, por meio do planejamento bem feito, conseguimos prever quais as tendências do consumidor e assim proporcionar pequenas ações de baixo custo, mas que podem proporcionar alto valor agregado para o cliente. 14 3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O gerenciamento estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando grau de interação com o ambiente, logo, ela também estar relacionada com os objetivos de médio e longo prazo que afetam a direção ou a viabilidade da empresa. O planejamento deve maximizar os resultados e minimizar as deficiências utilizando princípios de maior eficiência, eficácia e efetividade. Assim, a definição de sistema se torna um conjunto de elementos inter- relacionados com um objetivo comum, sendo uma forma lógica de percepção da realidade. É uma maneira de se pensar a organização do todo a partir do estudo do funcionamento de suas partes. Portanto, é preciso identificar todas as partes do sistema e seus subsistemas para descobrir onde estar o problema. Por isso, tem que se atentar aos detalhes, para descobrir onde estar o problema, pois mesmo o problema pequeno pode acabar influenciando o funcionamento do todo no sistema. Para a gestão, o ambiente de um sistema é tudo que estar fora do próprio sistema, é aquilo que não pode ser controlado pelo sistema, mas que pode ser influenciado por ele e pelo ambiente. Por outro lado, é o local onde o sistema funcional, então a empresa funciona no ambiente do mercado e no ambiente da sociedade. Logo, o objetivo geral de uma empresa é denominado hoje em dia de missão da empresa, sendo caracterizado a função da empresa na sociedade, no mercado e no mundo. Assim, a missão da empresa não muda com o tempo, mas seus objetivos específicos sim. Daí podem surgir as expansões horizontal e vertical, sendo horizontal quando a empresa passa a crescer mais na linha de produção e a vertical, ocorre quando a empresa diversifica seus produtos ou serviços. Porém, na elaboração da missão, a empresa deve identificar os valores que pode proporcionar aos seus clientes, logo, não existe regra para definir a missão da empresa. Por bom senso, ela não deve ser tão ampla que dificulte planejar os passos da empresa, nem tão restrita que limite repensar sua forma de atuação. A grande questão é: quanto mais se identificam as oportunidade de uma organização, mais se percebe como a empresa deve ser comportar no seu ambiente. Outro fator importante na análise externa é a divisão do ambiente em direto e indireto. De acordo com Oliveira (2002, p71): [...]o ambiente direto representa o conjunto de fatores através dos quais a empresa tem condição não só de 15 identificar, mas também de avaliar e medir o grau de influência recebido, e o ambiente indireto representa que a empresa identifica os fatores, mas não tem condição, momentaneamente, de avaliar e medir o grau de influência. Já a visão sistêmica da organização, é a definição da capacidade que um profissional tem de “ver” a empresa como um todo e entender como funcionam e se integram seus processos de obtenção, transformação e entrega (delivery) de seus serviços, produtos e informações, ao mercado e, particularmente, aos seus clientes. Entender como se integramos processos internos e como eles se relacionam com o ambiente externo, como circulam as informações veiculadas através destes processos internos, desde seus pontos de origem, nos quais são geradas, até seus destinos, nos quais são utilizadas é uma característica de quem possui a competência visão sistêmica. Possuir visão sistêmica é importante para todos os profissionais de uma organização; pois, assim eles podem se posicionar na estrutura organizacional e compreenderem seu papel como membros de uma equipe na execução de suas tarefas inerentes aos seus cargos dentro das áreas organizacionais em que atuam, logo, ela é grande parte responsável pelo sucesso do modelo "cliente x fornecedor interno", um dos pilares da filosofia da Qualidade Total, haja vista que os relacionamentos interpessoais dentro das organizações são pautados pela interface dos processos nos quais as pessoas atuam. Então, entender bem qual é seu real papel na estrutura e no processo em que atua é fundamental para que as pessoas também percebam quais são os papéis dos seus colegas de trabalho e com este entendimento bem claro e bem acentuado, contribuam voluntária e sistematicamente para o sucesso de todos na organização. Já a visão sistemática está relaciona os elementos sistêmicos de uma empresa em que são os processos ou as funções executadas entre eles. Por um motivo de praticidade, os processos ou funções podem ser divididos em atividades-meio e atividades-fim. Muitas empresas, em espacial as grandes empresas, optam por não executar funções que estão diretamente ligadas às atividades fim, conhecida como terceirização, onde é o processo de delegar para outras empresas (chamada de terceiros) algumas das funções que executaram anteriormente. O principal argumento para isso, é que ela pode reduzir os custos fixos, na medida que a empresa terceira é especializada naquelas funções que executa. Mas, o importante é que a empresa se concentra apenas nos seus objetivos principais é deixe para as 16 outras uma parte dos seus processos. Logo os elementos de uma empresa são recurso dos quais ela dispõe por ser uma organização e podem ser classificadas como os recursos financeiros, materiais, energéticos, humanos e de informação. Cada elemento tem um ciclo de vida dividido por fases: aquisição, uso e perda (ou disseminação), mostrando que cada elemento será incorporado ao sistema, sendo utilizado por ele, podendo se transformar em outra coisa ou parar de existir em determinados momentos. Tais informações são importantes para as empresas, pois são com base nelas que são tomadas as decisões, mas ela precisa apresentar precisão, objetividade, atualização e um nível de detalhamento correto. Outra coisa que está influenciando as empresas hoje em dia é a globalização, mas ela só é usada quando a empresa é obrigada a competir em nível mundial, onde elas tentam dividir suas atividades de produção e venda pelo mundo, buscando equilíbrio num processo de homeostase, logo, as suas consequências podem ser descritas por dois processos: a concentração e a expansão. A concentração é a divisão de uma parte maior em elementos menores e a expansão é o processo de integração entre partes antes sksfontas e independentes com sinergia. Conforme Kotler (1998, p. 185), “é mais fácil e lógico estabelecer os objetivos da organização (aonde se quer ir) conhecendo e analisando primeiro a própria situação (como se está)”. Assim, antes de fazermos suposições e criarmos expectativas, precisamos conhecer a situação da empresa em todos os seus detalhes. Então, foi criado a receita ideal de planejamento para uma empresa, sendo dividida em etapas: Etapa 1 – Realizar um detalhado diagnóstico estratégico. Etapa 2 – Elaborar a visão da empresa. Etapa 3 – Estabelecer as regras de ação e as metas quantitativas. Etapa 4 – Criar os mecanismos de controle e avaliação. Assim, conseguem identificar todos os problemas e todas as coisas que são feitas de forma errada. Muitas vezes, essa etapa também é chamada de auditoria de posição, e as grandes empresas preferem contratar auditorias externas para realizar esse trabalho de investigação, após precisam estabelecer a visão da empresa, geralmente, ela é construída a 17 partir das expectativas e dos desejos dos proprietários, diretores ou do conselho de administração. De acordo com Oliveira (2002, p. 69), a “visão pode ser considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período detempo mais longo e uma abordagem mais ampla”. Mesmo que, num primeiro momento, os executivos sugiram uma visão que não corresponda à realidade da empresa, podendo surgir as oportunidades e ameaças, levando a visão unificada pelos altos executivos. É importante também ter uma análise externa, com ela, pode-se identificar as oportunidades e as ameaças que a empresa pode encontrar junto ao governo, à política, aos concorrentes, aos fornecedores, no uso da tecnologia, na inserção cultural, enfim, no mercado como um todo, pois quanto mais se identificam as oportunidades de uma organização, mais se percebe como a empresa deve se comportar no seu ambiente. Outro fator importante na análise externa é a divisão do ambiente em direto e indireto. De acordo com Oliveira (2002, p 71): [...] o ambiente direto representa o conjunto de fatores através dos quais a empresa tem condições não só de identificar, mas também de avaliar e medir o grau de influência recebido, e o ambiente indireto representa que a empresa identificou os fatores, mas não tem condições, momentaneamente, de avaliar e medir o grau de influência. Essa divisão deve ter o intuito de facilitar a quantificação das variáveis que influenciam a empresa no ambiente, por exemplo: • a variável cultural: o nível de alfabetização da população, a estrutura educacional, o nível de escolaridade de seus empregados e de seus clientes; • a variável legal: as legislações das áreas tributária, comercial, trabalhista, além de proibições, como de bebida alcoólica e do fumo; • a variável política: a política monetária, a distribuição de renda, a necessidade de imposto do governo; A Análise SWOT é utilizada para fazer a análise de um cenário ou de um ambiente, em que ser utilizada, como uma ferramenta útil, entre o diagnóstico e a formulação da estratégia que será executada 18 proporcionando a base para o planejamento estratégico e o gerenciamento de uma empresa. Devido a sua simplicidade, pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um site na internet, até a gestão de uma grande multinacional. Esta análise de cenário é dividida por ambiente em duas classes diferentes: Ambiente Interno (Forças e Fraquezas) e Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças). As forças e as fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa no mercado e se relacionam, quase sempre, a fatores internos (pessoas, modelo de gestão, etc.). Logo, as oportunidades e ameaças são as antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externo, como, os novos concorrentes, as mudanças econômicas, entre outros. A Leroy Merlin tem um controle interno voltado ao ambiente da empresa, visando sempre os pontos fortes e os pontos fracos num todo. Onde a mesma trabalha com incentivos, para estimular sempre seus colaboradores para que venha sempre ter êxito nos trabalhos executados, logo que é percebido o ponto fraco, a empresa passa a agir em cima do problema, para ter um controle ou, pelo menos, minimizar os seus efeitos. Já no ambiente externo está voltado as ações de seus concorrente direto e até mesmo indiretos, nesse caso, a empresa passa a conhecer mais afundo as empresas concorrentes e ir em busca de melhorias pra loja em si, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. As escolas de pensamentos tem o cuidado em preservar um caminho ideal para a formulação de estratégia, que se dá pela adequação das capacidades internas da organização ás possibilidades de seu contexto externo. Logo, os fatores considerados para a formulação de estratégia são os ambientes interno e externo à organização, os valores, as crenças e as preferências de seus administradores e a responsabilidade da empresa perante a sociedade. Assim, elas são divididas em oito escolas distintas, sendo elas: Escola do design, Escola do planejamento, Escola de posicionamento, Escola empreendedora, Escola cógnita, Escola de aprendizado, Escola do poder, Escola Cultural e Escola de configuração. A Leroy Merlin está voltada a Escola empreendedora, essa escola surgiu a partir dos princípios da economia tendo como visão “a formação de estratégia como um processo visionário’’. Ela estuda como as estratégias são formuladas pelo empreendedor, cuja figura é vista como a força motriz da organização que criou ou transformou (ibidem, 2000). 19 O termo empreendedor teve início no século XIX, pelo economista francês Jean Batiste Say assim, o termo ajudou a identificar o indivíduo que transfere os recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento (MINTZBERG et al., 2000). Segundo Peter Drucker (1984): [...]o empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela e a explora como sendo uma ‘oportunidade’. Ele cria algo novo, algo diferente, ele muda ou transforma valores, não restringindo sua ação a instituições exclusivamente econômicas. O processo empreendedor teve início a partir de uma imagem do negócio, das necessidades a serem satisfeitas, do público que se pretende atingir e, principalmente, da forma como se atenderá esse público e de qual será o caminho para o futuro (MINTZBERG et al., 2000). A geração da estratégia na empresa empreendedora é caracterizada por grandes saltos para frente, face à incerteza. Logo, a escola destaca a centralização da formação estratégica em cima de seu líder, tornando-a mais flexível e apta às mudanças. Afinal, sua estratégia tinha base na visão de seu líder. Porém, com isso, a organização fica vulnerável às possíveis falhas de seu líder, devido a uma sobrecarga ou a uma falta de atenção para operações rotineiras. Em contraste, essa visão do líder é fundamental para a organização, pois a falta de uma visão dos negócios é profundamente prejudicial, pois desorienta a organização e os seus membros quanto às suas prioridades em um ambiente altamente mutável e fortemente competitivo (ibidem, 2000). No processo, as estratégias concebidas pelos empreendedores têm, em grande parte, base em sua intuição, julgamento pessoal, experiência, sabedoria e valores. Por isso, a estratégia empreendedora pode tanto levar em consideração princípios éticos e responsabilidade da empresa perante a sociedade, quanto ser moralmente vazia, orientada apenas para o lucro em si. Isso depende muito do que se passa na mente do empreendedor, que é o estrategista, e da razão de ser que este para o empreendimento se é apenas um investimento com vistas a retorno financeiro ou se tem uma missão maior (ibidem, 2000). As premissas é outro ponto que merece destaque da escola empreendedora pois ela é o processo de formação da estratégia que é semiconsciente, com base na experiência e intuição do líder, que tanto pode ter concebido a estratégia como tê-la adotado de outros líderes, 20 interiorizando-a em seu comportamento, assim, para manter o controle sobre a implementação da estratégia, incluindo a formulação de aspectos específicos, caso haja necessidade, o líder deve agir de forma decidida e até mesmo obsessiva. Segundo Mintzberg et al. (2000), os defensores da escola empreendedora viam a liderança personalizada, baseada na “visão estratégica”, como a chave para o sucesso organizacional. Eles notaram isso em especial nas empresas, mas também em outros setores, e não somente no início de formação de novas organizações, mas também na reformulação de organizações com problemas. Embora o “espírito empreendedor” fosse originalmente associado com os criadores de seus próprios negócios, a palavra foi gradualmente ampliada para descrever várias formas de liderança personalizada, proativa e determinada em organizações. Logo, pode-se dizer que a inovação é uma atividade comum aos empreendedores, tanto aqueles que começam um novo negócio. É por esse motivo a Leroy Merlin usa este método de escola pois visao crescimento da empresa a partir de um líder promissor, onde o mesmo venha ter uma visão empreendedora, capacidade em liderar sua equipe e acima de tudo tendo uma visão de um todo da empresa, além de trabalhar o controle emocional e psicológico de seus colaboradores. Também, estimula a disposição para assumir riscos, a capacidade de "enxergar" oportunidades onde ninguém mais vê e a persistência necessária em buscar sempre o sucesso da empresa. 21 4. SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS As rotinas da empresa Leroy Merlin, funciona a partir da triagem de currículos, entrevistas, processos admissionais, processos demissionais, inclusão, exclusão e alteração de benefícios, lançamento de folha de pagamento, conferencia de folha de pagamento, integração de colaboradores, acompanhamento de processos de avaliação, evolução e TO’s, controle de escalas, folhas de ponto, controle de cotas de aprendizes e PCD, entrega e controle de materiais, EPI’s e Uniformes, comunicação de acidentes de trabalho, afastamentos, controles de atestados médicos, compra de VA e VT. Conferencia de rescisão e acompanhamento de homologação, análise de folha de pagamento, analise de Banco de horas, analise de absenteísmo, animações referente cultura da empresa, controle de formação interna de colaboradores. Apoio nas tomadas de decisão do comitê de loja, orientações trabalhista e previdenciárias. Já os contratos são todos completos e são através do controle de via checklist. Todas as contratações são baseadas nas funções desenhadas pela empresa que já determina o perfil e o processo de contratação. As rotinas de Admissão, permanência e desligamento, a empresa em si possui um quadro máximo e mínimo de colaboradores que é determinado por setor e de acordo com o faturamento. A abertura de vaga é feita de acordo com a função e com a quantidade estipulada no quadro. Quando liberado a abertura da vaga, ela é divulgada em vários sites, usando a plataforma Kenoby (nesta plataforma fazemos todo o processo de triagem, convocação de entrevistas, testes de conhecimento específico e raciocínio logico, feedbacks de entrevistas, não aprovação, etc. Quando aprovado, encaminhamos o candidato para fazer o exame admissional e com o resultado de apto, fazemos toda a contração online (high tech) utilizando a plataforma Docly. O colaborador após a admissão passa por um processo de integração que pode levar de 7 a 15 dias, passando por todos os setores da empresa, familiarizando com os produtos, cultura e valores para depois iniciar efetivamente na função que foi contratado. Para a contratação são divididas em três tipos, sendo elas, mensalista: contrato por tempo indeterminado, com salário mensal, horista (Part Time): pode ser por tempo determinado ou indeterminado, com salário por hora, sendo que este trabalha 6 horas, 4 dias na semana e a temporários para períodos sazonais: contrato feito por meio de empresa terceirizada. 22 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Planejar pode tornar a rotina das empresas mais eficiente e interessante, logo, ela é o trabalho de preparação para qualquer empreendimento, no qual se estabelecem os objetivos, dos recursos utilizados. É um processo no qual se organizam as informações e dados importantes, para manter a sua empresa funcionando e poder atingir determinados objetivos, assim, o planejamento otimiza sua chance de sucesso. Ele não garante o sucesso, mas colabora para a diminuição dos riscos. Isso porque, os riscos são efetivamente calculados, mostrando como o empresário pode aproveitar uma grande oportunidade, mostra também como otimizar os recursos disponíveis, pois, quando se planeja, pode-se visualizar cada parte da empresa, ao mesmo tempo, o planejamento permite ver a empresa como um todo, ajudando a desenvolver métodos e estratégias eficientes para o seu crescimento. As empresas que não forem capazes de ter um planejamento e uma visão clara de como diferenciar-se uma das outras, serão facilmente aniquiladas pelos concorrentes. Diante de tantas transformações que estão ocorrendo nesses últimos anos, qualquer empresa que deseja ter sucesso e manter-se no mercado atual terá que ajustar seu perfil cada vez mais exigente e preparadas enfrentar as constantes mudanças que ocorrem no ambiente organizacional e consequentemente melhorar sua posição competitiva no mercado. A partir de uma análise é possível traçar os seus objetivos, selecionar as ações a serem seguidas e alocar os recursos necessários para que seja possível alcançar os objetivos desejados pela empresa. Cabe a organização priorizar o grau de importância de cada um dos objetivos propostos, avaliar as condições que o mercado se encontra e colocar em prática aqueles que no momento trarão mais retorno positivo para a empresa. Acredita-se também que características como agilidade e flexibilidade são essenciais para organizações que pretendem sobreviver no ambiente competitivo em que está inserida. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo principal, o desenvolvimento do planejamento estratégico, as técnicas de negociações para o melhor desenvolvimento da empresa Leroy Merlin, buscando todas as informações necessárias para analisar e elaborar um plano de ação, e ainda possibilitando uma visão mais ampla para a empresa poder dar continuidade ao seu planejamento estratégico e as suas técnicas de negociação. É importante ressaltar que todo o conhecimento adquirido com a 23 realização deste trabalho contribuiu para o crescimento pessoal e profissional e espera-se também que contribua com a mesma intensidade a empresa, onde a mesma possa desenvolver o seu planejamento estratégico, e tomar as suas decisões com maior confiabilidade, tornando-se cada vez mais competitiva no mercado. 24 6. REFERÊNCIAS ANDRADE, R.O.B Princípios da negociação: ferramentas e gestões. São Paulo: Atlas, 2004. P.55 DRUCKER, P. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1984. CHIAVENATO, 1- Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. GONÇALVES, A.D. Técnicas de negociação. Brasília: Faculdade Alvorada, 2011. Apostila. HAMPTON, David R. Administração: processos administrativos. São Paulo: Editora Mc Gran-Hill Ltda. 1991. KOTLER, P. Administração de Marketing, análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1975. MARTINELLI, D.P. Negociação empresarial: enfoque sistêmico e visão estratégica. São Paulo: Manole, 2002. http:/www.artigonal.com › Negócios › Gestão, acesso em 02/11/2019 ás 16h15min. http:/www.rhportal.com.br/recursos-humanos/Gestao-De-Pessoas acesso em 13/11/2019 ás 13h15min.
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