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Alimentacao de equinos 6

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Alimentação de Equinos 
1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Domesticação de equinos: 4 a 3 milênios a.C. 
 
Povos pastores nômades: norte de Cáucaso e Mar Cáspio 
 
 
1-) Alimentação de Eqüinos 
Desenvolvimento das primeiras civilizações 
Cavalo passou a ser utilizado de maneira mais intensiva 
Fornecimento da pastagem como única e exclusiva forma de alimento 
(fonte de energia) passou a ser insuficiente 
Exemplo: 
Rei Salomão (Israel) – 12.000 animais de montaria e 4.000 de tração 
 
1-) Alimentação de Eqüinos 
Desenvolvimento e melhoramento da alimentação de eqüinos 
Mais evidente a partir do surgimento e desenvolvimento da 
agricultura 
Impossível alimentar corretamente cavalos na forma de vida nômade 
Exploração mais intensiva de eqüinos 
 
 
Aula 6. Equinocultura 
1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Soldados romanos – já recebiam grãos de cereais para alimentação de 
seus cavalos 
 
Idade Média – conjunto: cavaleiro + armadura = + 170 kg 
 
Para suportar carga, não bastava qualquer alimentação 
 
Alimentos básicos como: capins, fenos, palhas, folhagens não nutriam 
corretamente eqüinos 
 
Aula 6. Equinocultura 
1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Soldados romanos – já recebiam grãos de cereais para alimentação de 
seus cavalos 
 
Idade Média – conjunto: cavaleiro + armadura = + 170 kg 
 
Para suportar carga, não bastava qualquer alimentação 
 
Alimentos básicos como: capins, fenos, palhas, folhagens não nutriam 
corretamente eqüinos 
 
Aula 6. Equinocultura 
1-) Alimentação de Eqüinos 
 
 
Aula 6. Equinocultura 
1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Aveia: se tornou o principal alimento para eqüinos na Europa Central 
 
Aveia 
 
Cevada 
 
Centeio 
 
Alimentos mais comumente utilizados 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Guerras de Libertação: 1815-1816 
 
Exército Prussiano – “torrada russa” 
 
Pão Alimentar – tentativas sem muito êxito 
 
“Biscoitos Cavalares” – Inglaterra 1870: difusão e sucesso 
 
Tortas em forma de rosca de 10 a 12 cm de diâmetro (aveia e cevada triturada + 
ervilhas e sementes de linhaça – ricas em Energia e Proteína) 
 
Levadas na sela 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Primeira Guerra Mundial: 
Estimulou fabricação de alimento prensado (blocos de 
aproximadamente: 9 a 10 kg) 
Aveia, bagaço de cervejaria, gergelim, farelo de soja, amendoim, 
gérmen de malte e melaço 
“Ração” de reserva 
 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Segunda Guerra Mundial: 
Blocos mais práticos 
Além de aveia, feno + palha + batata em flocos + levedura 
Após Segunda Guerra = surgiu o conceito de: 
Ração Comercial 
Ração Peletizada 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Ruminantes – basicamente se alimentam de material fibroso 
(habilidade em digerir fibra) 
Cavalo: 
Estômago e Duodeno – enzimas digestivas 
Digerem o alimento até o máximo limite possível 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Porção não digerida: Estômago e Intestino Delgado (duodeno) 
Atacada por microorganismos: CECO (Intestino Grosso) 
Eqüino: 
Facilidade em ingerir concentrado 
Ex.: 10 minutos – 1 kg ração peletizada 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
40 a 50 minutos para ingerir 1 kg de palha 
Boca: lábios + dentes = capacidade de seleção e corte 
Alimentos concentrados = lentamente digeridos 
Alimentos volumosos = passam rapidamente por trato digestivo 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Bases Anatômicas e Fisiológicas 
 
 
Aula 6. Equinocultura 
1-) Alimentação de Eqüinos 
Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Eqüinos: estômagos relativamente pequenos 
Herbívoros – digestão da fração fibra: 
Fermentação microbiana intestinal (Intestino Grosso) 
Assim como ruminantes, são formados ácidos graxo voláteis (AGV´s) 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Principais AGV´s (ác. graxos de cadeia curta): 
Acético 
Propiônico (precursor da glicose) 
Butírico 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Saliva – 40 a 90 mL por minuto 
Não contém enzimas digestivas 
 
Rica em minerais e bicarbonato 
 
Importante para neutralização de 
ácidos formados na porção inicial 
do estômago 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Anomalias dentárias = alimento mal mastigado 
Pouca produção de saliva = risco de problemas digestivos 
Alimentos Volumosos: transportados rapidamente para intestino 
grosso 
Tamanho de partícula: importante! 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Estômago: enzimas alimentares + suco gástrico + microorganismos 
Microorganismos: porção inicial do estômago 
Intestino Delgado: 
Duodeno, jejuno e íleo 
Cerca de 20 m de comprimento 
Conteúdo muito aquoso 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Bases Anatômicas e Fisiológicas 
Intestino Delgado: 
Desembocam ductos (no duodeno) 
de suco pancreático hepático (fígado) 
Intestino Grosso: 
Ceco e Cólon 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
Intestino Grosso: 
Quimo: material digerido proveniente do estômago 
Ceco: contrações constantes, movimentação do quimo 
Até 4 kg de quimo x 100 kg PV 
Ex.: 4 kg quimo ----- 100 kg PV 
 x ------ 500 kg PV 
x = 4 x 500/100 = 20 kg de quimo no Ceco 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Intestino Grosso: 
Grande concentração de microorganismos 
Semelhante à concentração no rúmen do ruminantes 
Presença também de protozoários 
pH tamponado: 6,5 a 7,5 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Intestino Grosso: 
Chegada de alimentos com alta degradabilidade, resulta: 
Redução na proporção de ácido acético 
Aumento na proporção de ácido propiônico 
Eventualmente aumento na formação de ácido lático, queda de pH e 
morte de microorganismos = paralisia da digestão 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Cuidados com alimentação: 
Alguns alimentos, se moído muito finos podem formar massas 
pegajosas no estômago. Ex.: Aveia 
Alguns cereais, se triturados e moídos são melhores aproveitados. Ex.: 
milho e leguminosas em geral 
Cavalos, naturalmente, têm o hábito de se alimentar por longos 
períodos em refeições regulares (cavalos silvestres livres) 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Cuidados com alimentação: 
12 a 18 horas se alimentando 
Encocheirados: mesmo hábito 
Devemos evitar o consumo rápido e excessivo de alimentos, 
principalmente alimentos ricos em fibra (volumosos) 
Estômago: relativamente pequeno, possibilidade de obstrução 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Cuidados com alimentação: 
Estômago: possibilidade de ruptura da parede 
Fornecer sempre volumoso antes que concentrado 
Evitar concentrado misturado à volumoso para que o mesmo não seja 
“carregado” precipitadamente para intestinos 
Fornecer máximo de 0,25 kg concentrado/100 kg PV/refeição para 
animais alimentados 10 x/dia (freqüência semelhante à pastejo) 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Cuidados com alimentação: 
 
Ex.: cavalo 500 kg PV 
 
0,25 kg ------ 100 kg PV 
 y ------ 500 kg PV 
 
y = 0,25 x 500/100 = 1,25 kg concentrado 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Cuidados com alimentação: 
Na prática: 0,4 a 0,5 kg de concentrado (ração)/100 kg PV por refeição 
Logo, para animal de 500 kg (exemplo): 
2 kg a 2,5 kg concentrado/refeição = máximo 
Determinadas práticas podem prejudicar “andamento” da digestão 
 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Digestão prejudicada: 
Após exercícios intensos/estafa 
Movimentos rápidos 
Stress 
Agitação e perturbaçãona cocheira 
 durante alimentação 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Cavalos são animais muito sensíveis quanto à alimentação 
Cólicas são problemas, relativamente, comuns 
Processo doloroso e intenso 
Muitas vezes provoca morte dos animais 
Causado, geralmente, por alimentação inadequada 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Alimentação Inadequada: 
Qualidade 
Cavalos, geralmente, refugam alimentos “estragados” 
Se faltar comida, pode vir a consumir alimento deteriorado 
Alimento deteriorado = fermentação inadequada 
Cólicas 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Alimentação Inadequada: 
Qualidade 
Alimentos volumosos excessivamente picados ou alimentos excessivamente 
fibrosos (lignina) 
Pouca produção de saliva 
Passagem acelerada por trato digestivo 
Constipação no Ceco 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Alimentação Inadequada: 
Quantidade 
Fornecimento de quantidade excessiva de alimento 
Geralmente excesso de Energia e formação de ácidos indesejáveis 
Procurar fornecer, pelo menos 0,5 kg de fibra efetiva (mastigável)/100 
kg de peso vivo por dia 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Alimentação Inadequada: 
Quantidade 
Ex.: cavalo 500 kg PV = 2,5 kg fibra efetiva (longa)/dia 
 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 Pastagens: cuidados especiais 
Escolher forrageiras de alto valor nutritivo 
Preferencialmente Gênero: Cynodon sp 
Forrageiras de baixo valor nutritivo e elevado teor de fibra de baixa 
qualidade (lignina) não são recomendáveis 
Possibilidade de desenvolver distúrbios 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 
 
 
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1-) Alimentação de Eqüinos 
 
Brachiaria sp deve ser evitadas 
 
Rejeitadas por eqüinos (a menos que não tenha escolha) 
 
B. humidicula pode provocar fotossensibilização hepática (sensibilidade da pele à 
luz, provocando feridas) – fígado lesionado 
 
B. Humidicula – alto teor de oxalato = capacidade de seqüestrar Ca = 
desenvolvilemento da “cara inchada”: 
 
Altera-se a relação Ca:P e o PTH (hormônio da paratireóide) entra em ação, 
tentanto remover Ca dos ossos para suprir a demanda 
 
Evitar também: Colonião, Transvala, Quicuiu, Setaria

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