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ok micrrobiologia 28.10

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Alexandra Woods
Epizootiologia das doenças microbianas
28/10/2011
Raiva 
Temos uma raiva paralítica e uma raiva furiosa
Tenho na verdade 2 sintomatologias, a raiva paralítica e uma raiva furiosa. Na verdade temos outras formas, o animal pode ter fazer uma raiva mista, ele intercala muitas vezes o ataque e intercala a paralisação. 
Como vou diferenciar se o animal é raivoso por natureza ou ele está com raiva? 
É muito difícil dizer. 
Tem uma sintomatologia que ele vem apresentando na clinica de pequenos que muitas vezes o veterinário não chega a pensar. O animal chega com dificuldade de engolir. Esse é um quadro que muitas vezes o veterinário deixa a desejar. Porque o paciente chega e o proprietário fala que ele está engasgado. O que o clinico faz? Abre a boca para fazer uma avaliação. É tudo que ele não deveria fazer.
O que acontece: muitas vezes vc acaba entrando em contato com o vírus da raiva em função disso. 
O proprietário fala que ele tem alguma coisa na garganta que ele está fazendo movimentos mas não consegue engolir. O veterinário pode pensar em corpo estranho, mas vc tem que ao menos colocar uma luva antes, que é o que muito veterinário esquece. Coloca uma luva pelo menos. Tudo bem que nesse caso esse cão tinha um osso entalado entre os molares (no exemplo de caso clínico que o professor falou) e ele estava tentando tirar com a língua. Mas é um quadro que pode confundir com a raiva.
Outro quadro que confunde muito é o paciente raivoso. Mas os grandes animais normalmente não fazem o quadro da raiva furiosa, eles fazem o quadro da raiva paralitica. Que confunde muitas vezes, no caso do cavalo, confunde com tétano. O bovino se confunde com carbúnculo.
Presta atenção, porque a raiva é muito variável.
- Primeiro, vc tem a exposição ao vírus, que é um dado bem importante. Qual a quantidade de partículas virais que vc entrou em contato.
- Segundo é a resposta sua em relação ao vírus
Isso vai influenciar diretamente na resposta e no quadro clínico
A raiva é uma doença viral ainda encontrada no nosso meio.
Tem como bioagente um vírus RNA da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. 
Ele é cultivado em cérebro de camundongo com paralisia e morte em 1-2 semanas. Mais ou menos em torno de 10 dias. A morte do camundongo ocorre em torno de 10 dias.
É pouco resistente à dessecação, luz, calor e desinfetantes.
Em termos de dados, todos mamíferos são sensíveis.
A raiva é considerado endêmico, eventualmente surtos epidêmicos, principalmente com bovinos).
Raiva urbana e raiva rural? 
Hoje ainda temos a denominação raiva urbana e raiva rural, mas eu posso considerar isso ainda um ditado?
Era denominado de raiva urbana o cão como responsável e a raiva rural o morcego. Só que, principalmente no Rio de Janeiro, ele tem uma área muito ainda arborizada, se agente for na zona sul, temos muita árvores e mata, então eu tenho o morcego. E se agente for avaliar outros locais, estamos invadindo a área do morcego. Então o morcego tem que se arrumar dentro da cidade. Então hoje está muito mesclado isso. Eu tenho muitos cães em zona rural. Então hoje não temos mais a delimitação de raiva urbana e raiva rural em função dessa mistura de veículos.
Os transmissores são os próprios animais doentes e os portadores inaparentes. O problema é vc tomar cuidado com isso, porque já é difícil diagnosticar, porque vc pode ter um paciente com a suspeita clínica de raiva em função da agressividade que ele tem. Agora, quantos cães são agressivos? 
Em função de vc achar que a agressividade é comum no cão, vc deixa de lado a doença raiva. E mais do que tudo, vc tem o quadro clínico que é a paralitico, mista e a silenciosa. Tem pacientes que fazem intervalos de quadro clínico: uma hora é agressivo, depois fica paralitico, depois volta a ser agressivo, pode voltar a ficar normal, etc. e depois morrer. Então ele faz essa mescla muitas vezes.
 
Raiva urbana
O cão com a raiva furiosa, ele elimina o vírus pela saliva. Se passar a mão no pêlo vc não pega raiva.
Eliminação do vírus vários dias antes dos primeiros sinais. Esse é um ponto bem importante. Ele não apresenta sintomatologia aparente e já está eliminando o vírus. Tomem cuidado com isso. Claro que quando vc é chamado como veterinário, vc é chamado porque ele vem apresentando um quadro. O problema são as pessoas que manipulam esse animal.
Ex.: O professor já pegou um animal dócil. O proprietário atencioso disse que achou o olhar do cão estranho. Ai ele falou que ele olhava pro cachorro e o cachorro olhava para ele, o olhar era fixo. O olhar fixo é tão fixo que chega a ser convergente ou divergente, até hoje se usa a expressão “Vesgo de raiva” porque o cão pode fazer isso (os outros animais também, porem é mais comum no cão). O olhar fixo no proprietário. A principio ele foi em direção ao proprietário e depois ele afastou, ele fica em alerta. A mudança de comportamento também é um fato, e o cão faz isso. Presta atenção na mudança de comportamento, mesmo que ele não ataque, mas ele se mostra diferente, ele olha pra vc de uma maneira diferente, ele te encara de uma maneira diferente. Quando o proprietário tentou entrar em casa o cachorro atacou e recuou, ai ele pensou que realmente o animal estava diferente. Depois disso, o animal procura um lugar mais escondido. 
Presta atenção que a mudança de comportamento é um dos sinais clínicos importantes. Tentativa de ataque, olhar pra vc, o fato dele se esconder.
Diferenciar de animal que vc levou ele a um estresse, que vc tosou ele, etc. ai ele volta pra casa estranho. Vc não pode falar que é raiva, é um fator que levou ele a um estresse.
Portadores inaparentes:
Esse é um problema. Existe alguns mamíferos que estão com vírus mas não apresentam a raiva, como: gatos, ratos, macacos (principalmente os sagüis).
Hoje, o brasileiro, carioca gosta de ter um macaco preso, pra fazer parte da família, e é muitas vezes quando ele morde. Então muitas vezes vc tem que tomar vacina por conta disso.
Em termos de raiva rural (apesar do professor não gostar desse termo):
O morcego hematófago é um dos responsáveis. São aparentemente normais e elimina o vírus na saliva por 5-7 meses (é eliminador do vírus por muito tempo).
Morcegos não hematófagos: Morcego insentivoros e frugivoros, são reservatórios. Eventualmente podem apresentar-se raivosos, e ai eles atacam animais e podem atacar o homem.
Porque essa coisa do morcego não hematófago? Porque eles tem o hábito de um lamber o outro, por isso que muitas vezes vc usa pasta vampericida em um e depois vc solta, porque ele vai ao bando e se mistura. Varfarina principalmente. É um hábito deles se lamberem.
Outra coisa para tomar cuidado: Cuidado com a presa fácil. Morcego caído no chão. Ele é o maior problema, porque pega e muitas vezes tenta salvar e esse pode estar doente e morrendo. Então aquele morcego que cai fácil é um problema.
Diphylla ecaudata 
É um morcego hematófago.
Desmotum rodundun
Daemus 
Cavernas: quando vc adentra uma caverna tem que tomar cuidado com 2 coisas: primeiro com a raiva e segundo com o histoplasma. Um vírus e um fungo juntos.
Raiva silvestre
Pelas: Raposas, lobos, iraras, gambás, etc.
Aspectos clínicos
Vias de transmissão:
- Transcutânea: por mordeduras por saliva ou feridas. Onde na mordida ele inocula a saliva com o vírus. As feridas eles acabam lambendo (isso é muito comum no cão porque o cão como portador inaparente pode transmitir a raiva).
- Também temos a via respiratória. No momento que agente invade o local onde tem o vírus pairando ali no ar como oro partículas, vai fazer entrada com certeza.
	- Entrada em cavernas e contaminação laboratorial.
Uma das vacinas, é a amostra fleuri: histórico: fleuri era uma galetinha francesa que com 4 anos morreu sem ser vitima de ataque do cão. Ela tinha um cão que lambia a genital dela e se lambia. Foi retirada uma amostra fleuri (em função do nome dela) e essa amostra virou uma amostra vacinal.
Tempo de incubação
É variável. Vc pode ter de dias a meses.
Variabilidade do tempo, depende muito do:
	- Poder invasor viral(temos cepas virais)
	- Segundo: quantidade de partículas virais inoculadas. (Ele mordeu? Lambeu? Vc ficou quanto tempo na caverna? Quanto de partícula foi inoculado? Quando vc entra em lugar fechado como sótão vc tem que entrar mascarado)
	- Local de penetração viral
	- Fatores individuais (imunidade variável, vc vai entrar em vírus e vc vai responder)
Raiva furiosa
O animal está intranqüilo
Mudança de comportamento: pode ser discreta ou aparente a mudança de hábitos
Os cães e gatos passam a não atender o proprietário: não atendem ao dono. Os animais parecem desatentos ao seu chamado. 
Passam a não comer. E procuram locais mais escondidos. Isso seria uma mudança de comportamento.
Quem mais vai te ajudar pra fechar diagnóstico é o proprietário. O proprietário conhece os hábitos do cão.
O cão também tem fotofobia, quando ele tem a casinha dele, ele fica no fundo da casa te olhando com o olhar fixo, tem olhar divergente ou convergente.
Bovinos, cabras, porcos, eqüinos passam a mudar o comportamento: não acompanham mais os companheiros, ficam mais isolados, vc percebe uma mudança. 
No cão numa raiva furiosa (que é mais comum) torna-se agressivo. O problema é aquele cão que nasceu agressivo.
Caminham para frente, trotando. Essa é uma das coisas, ele está num andar de trote e sempre ele parte para frente e não para os lados. Ele não olha para os lados, o olhar é sempre fixos. Ele vai na sua direção e recua na mesma direção. Pode morrer no prazo de 1 semana, no máximo 10 dias, por isso que o posto de saúde manda observar o cão até o 10º dia. 
O ideal é vc fazer uma observação do animal geral. Esse animal não quer beber água?
Porque ele tem dificuldade de engolir, ele não consegue engolir, por isso que não come, e não querem beber água por causa da dificuldade em engolir.
As vezes essa raiva furiosa vai alterar com o período de paralisia. Muitas vezes parece que o animal melhora, sinais desaparecem, mas depois voltam à agressividade.	
Pode haver o estrabismo convergente ou estrabismo divergente, o tal de “vesgo de raiva”.
Raiva furiosa em bovino pode acontecer mais é mais difícil. Bovinos atacam outros ou homem, e as vezes pode fazer aquela sialorréia mais intensa, mas é diferente daquela sialorréia em função da febre aftosa, fica mais viscosa, mais espumosa.
Raiva paralitica
Bovino e eqüino:
Não querem movimentar-se
Paralisia parcial ou total, diminuem o consumo de água 
	Inicialmente os membros posteriores, e de 1 a 2 dias paralisia mandibular, não conseguem deglutir e depois membros anteriores. Paralisia mandibular pode ser o primeiro sinal. 
Não se alimenta ou bebe
Estrabismo convergente ou divergente
Às vezes midríase ou miose 
Falta ou diminuição do reflexo à luz (a mesma fotofobia do cão, o bovino e equino também fazem)
Bovinos a forma mais comum é a forma paralitica.
A salivação vai em função da diminuição da deglutição, ele está com a boca travada e ele começa a movimentar, e naquela de movimentar aquela saliva vai ficando espumosa, viscosa. É diferente da salivação, da sialorréia da febre aftosa que fica escorrendo o tempo todo, tentando tamponar aquelas feridas. A salivação da febre aftosa é diferente da salivação da raiva.
Raiva muda ou atípica 
É menos comum e menos diagnosticada.
Se o seu cão está bem eu vou pensar numa raiva muda. Porque: Mudança discreta de hábitos (que cão que não faz uma mudança discreta de hábitos as vezes?)
Mudanças na abertura pupilar e reação à luz. Ai vc precisaria jogar um foco de luz para ele não responder
O que normalmente faz: faz como rotina: vc interna o animal e observa, se esse animal vier a óbito da raiva muda vc tem um exame confirmatório.
Raiva forma mista
O cão está agressivo, fica paralítico, fica agressivo. 
O cão agressivo com paralisia e morre paralitico.
Paresia ou paralisia inicial e depois volta a agressividade, ele fica intercalando os quadros, é um animal que está com mudança o tempo todo de quadro clínico. As vezes voltando a paralisia e chega a morte.
Em geral a forma muda ou atípica evolui para a forma paralítica ou agressiva, raramente é muda até o fim. É difícil o animal que fique na forma normal até o final da vida dele.
Diagnóstico 
Como eu fecho diagnóstico?
O animal morreu, eu mando para necropsia. Tenho que mandar o Corno de Amon, mas como muitas pessoas não sabem onde é o Cornno de Amon, mando a cabeça do animal no gelo e não no formol! 
O que vai fazer vc fechar o diagnóstico: presença de corpúsculo de inclusão citoplasmática viral chamado de negri. 75-90% dos casos, é bastante fidedigno o corpúsculo de negri.
Técnica de coloração que vc faz: esfregaços de fragmentos do hipocampo (corno de Ammon), circunvoluções cerebrais, cerebelo e bulbo. 
Colorações de Faraco (azul de metileno e eosina) ou Seller (azul de metileno e fucsina básica). Tanto faz. 
Se eu não encontrei corpúsculo de negri, posso fazer outro diagnóstico para fechar? Posso, a imunofluorescência é bastante usada. 
OBS: Não confundir Seller com Sinegaglia lentz (que é cinomose)
Outras formas que vc tem:
- Isolamento viral
Vc coleta o material e inocula intra cerebral em camundongos lactentes (ou baby) de suspensão de papa de cérebro 10-20% em solução fisiológica. Normalmente o animal faz movimentos incoordenados, circulares e acabam morrendo no prazo de 1 semana, no máximo em 10 dias.
- Imunofluorescência
Revela infecção difusa, vírus morto ou inativado
Raramente bloqueio da imunofluorescência
- Pesquisa de vírus na saliva
Vacina
Vacina a vírus vivo atenuado;
Vacina Flury.
Qual a diferença de um vírus atenuado para um vírus inativado? 
Quando vc faz o vírus vivo atenuado: é um vírus vivo enfraquecido. A resposta é muito melhor, porem vc pode ter o efeito do vírus. Então vc tem na verdade, o problema no efeito viral, o animal pode desencadear uma doença. Normalmente as resposta a vírus vivo são respostas duradouras, vc tem de 3 anos, 5 anos, as vezes ele pode fazer uma encefalite (é mais difícil, mas pode). Na época que se usava a vacina de vírus vivo atenuado, cadelas gestantes perdiam a cria (ocorria o aborto). Como eram essas vacinas? Vc podia fazer a vacina LEP ou a vacina HEP. 
Vírus vivo inativado
Vacina fuenzalida (vírus fixo cultivado em cérebro de camundongos neonatos – inativada) – desenvolvida para o homem; boa imunidade em boi, cães e gatos (aplic.via subcutânea) 
Vc poderia fazer a vacina LEP ou a vacina HEP. O que seria a vacina LEP e o que seria a vacina HEP
Vacina LEP: 136
Vacina HEP: 178
HEP: High, alta passagem. 		A LEP: Low, baixa passagem.
Vc pega o vírus, coloca em ovos embrionados. De um ovo embrionado vc passa para o outro, até 136 ovos.
O que vai acontecer: quando vc está passando, vc está atenuando o vírus, vc está enfraquecendo esse vírus. Então baixa passagem e alta passagem vai ser o numero de passagem em ovos embrionados.
O LEP então é mais forte.
O HEP é mais fraco, porque quanto mais vc passa mais vc vai atenuando. 
Não se usa mais nenhuma das duas. Porque o que acontecia: vc tinha acidentes neuro-paralíticos. Vc dava a vacina e o animal apresentava quadros neurológicos. Porque vc estava aplicando basicamente o vírus.
É a mesma coisa na cinomose, na cinomose vc dava o vírus atenuado o animal apresentava uma encefalite pós vacinal. 
Então as pessoas começaram a ficar descrentes da vacina. Porque davam a vacina e o animal ficava com quadro neurológico.
Na verdade hoje, o que agente faz: Hoje agente utiliza o vírus inativado.
A vacina que agente usa é o vacina Fuenzalida. Que é um vírus inativado.
Ficar esperto nisso porque muitas vezes o proprietário pergunta isso.
É desenvolvida para o homem, boa imunidade em boi, cães, gatos. 
Hoje a vacina mais segura é a vacina de vírus inativado. É mais segura em todos os aspectos.
Hoje se faz uma vacina com segurança porém sem um tempo maior de atuação, por ser um vírus inativado, por isso devemos vacinar todos os anos.
Hepatite infecciosa canina
Qual a causa da hepatite que vc viu? Vc não vê nenhuma, vc só fecha o diagnóstico na clínica como hepatite. Na clínica vc vêmuita hepatite, só que vc não fecha na causa da hepatite. Se o animal ficar tomando medicamento a toa, ele vai levar a uma hepatite tóxica, medicamentosa. Se o animal está num quadro de infecção, por exemplo numa piometra, ele vai fazer uma hepatite tóxica por endotoxemia. Se ele está com peritonite ele faz uma hepatite tóxica. Se a proprietária ficar lavando com produtos ele vai fazer uma hepatite toxica.
O que vc tem como parâmetros para fechar a hepatite: enzimas hepáticas. Mas agente não tem parâmetros para fechar a causa da hepatite, porque basicamente todas elas requerem o mesmo cuidado, que é manter o animal numa fluidoterapia, dando tudo de bom para o fígado mastigar.
Quantas hepatites infecciosas vc já fechou o diagnostico? nenhuma. 
Porque? A hepatite infecciosa canina é viral. É uma doença infecto contagiosa viral, aguda, própria dos cães, manifesta-se com simples hipertermia (febre) e congestão de mucosas até severa depressão, com convulsão e marcada leucopenia.
Porque uma severa depressão? Porque o animal está num quadro de depressão? Porque na verdade o fígado é responsável pelo metabolismo, o fígado é responsável por produzir a uréia. De onde ele produz a uréia: da amônia que ele tira, da amônia que ele metaboliza de AA, de proteínas.
Se ele está com um problema de fígado não vai dar muita proteína. Porque? Porque a proteína vai virar composto nitrogenado.
Se ele tiver uma evolução do quadro hepatite ele faz um quadro neurológico, a encefalopatia hepática. Evolui para uma encefalopatia hepática? Porque? Porque o fígado não metaboliza a amônia virando uréia, a amônia aumenta, vai no cérebro e faz lesão. Tanto é que pra vc saber que o fígado está insuficiente, que não está trabalhando, que não está metabolizando, vc tem a uréia baixa e a amônia alta. 
Quando vc faz variação de ALT e AST é para avaliar o quanto de extravasamento principalmente de ALT ocorreu. O quanto de lesão hepática vc teve. 
Prestar atenção na parte de bioquímica porque vamos estar com um resultado na mão de bioquímica e vamos ter que dar o veredito final. Temos que saber o que é ALT, o que é AST, o que é GGT, albumina, etc. pra depois vc pensar no que está acontecendo.
Eu tenho a congestão, eu tenho uma depressão em função da amônia. Isso significa que esse vírus que chegou a esse fígado detonou uma boa quantidade de parênquima, a fim de vc chegar a fazer uma diminuição na sua função, a fim de aumentar muito a parte de amônia circulante, e o animal ter uma encefalopatia hepática com convulsão. 
Encefalopatia hepática com marcada leucopenia. A leucopenia justifica um quadro viral. O fato de vc estar acompanhando a bioquímica clínica do paciente e mais o quadro hematológico com uma leucopenia marcante vc já pensa em uma hepatite infecciosa canina pelo mastadenovirus.
A sua vacina protege contra a hepatite infecciosa canina? 
Se vc for olhar na bula da vacina não tem o mastadenovirus tipo 1. Porque: Porque ele usa o mastadenovirus do tipo 2, que faz uma reação cruzada com o 1, então ele protege tanto a traqueobronquite quanto a hepatite. 
Até porque o mastadenovirus do tipo 1 colocada nas primeiras vacinas ele dava reação pós vacinal. Vc via muitos cães fazendo deposição de imunocomplexo em córnea e muitas vezes extravasando líquido na câmara anterior. 
Na dectupla não tem mais. 
As primeiras vacinas que eram as chamadas de tríplice canina tinha o mastadenovirus do tipo 1. O que acontecia: vc dava e alguns pacientes faziam o “olho azulado”, nublado, parecia que estava opaco, e depois as vezes sumia. Imagina vc dar a vacina e a vacina fazer isso no seu paciente. Então as pessoas começaram a ficar com o pé atrás e passaram a fazer menos. 
Na cinomose o cão fazia encefalite pós vacinal, ficava rodando.
Tanto é que até hoje os proprietários falam: vc vai aplicar, mas o cachorro não vai ter cinomose não né? Sempre tem proprietário que pergunta se não vai dar reação.
Mas ele protege tanto no mastadenovirus do tipo 1 quanto o mastadenovirus do tipo 2 que segura a traqueobronquite infecciosa canina, que é uma das 10 doenças que protege. Parvo, corona, traqueobronquite, hepatite, cinomose, 3 variações sorológicas da lepto, etc.
As vezes tem proprietário que não está nem ai, mas tem proprietário que pergunta tudo.
Esse vírus é um vírus sem envelope, o calor é a melhor forma de inativar. Não é um vírus tão virulento, mas é claro que vai depender muito da resposta do paciente. Então eu vou ter um paciente que vai responder ou não esse vírus.
Desinfetantes: hidróxido de sódio, fenol, iodetos aquecidos (60-70ºC). A própria luz solar acaba com ele. 
Como esse vírus age? O que esse vírus causa?
Se esse vírus causa hepatite, no mínimo ele vai pro fígado. 
Ele tem algum quadro renal? Tem comprometimento renal do vírus? Tem, porque esse vírus tem como porta de saída dele é pela urina.
Temos que saber que esse vírus fica sendo eliminado por mais ou menos 1 ano. 1 ano ele não fica na sua clínica, mas ele vai para casa eliminando vírus. Então tem viriúria por mais ou menos 1 ano.
Imagina esse paciente dentro da sua clínica internado? Ele está eliminando esse vírus, por isso temos que tomar cuidado nesses pacientes, tentar fechar esse quadro numa hepatite viral para tomar cuidado de quem está do lado. Muitas vezes vc tem canis em seqüência que o paciente faz xixi e escorre por uma canaleta, e o outro cão do lado lambe ou passa a pata e lambe essa pata.
Alem do que, pode fazer aerossóis, secar aquilo e fazer aerossóis. Se vc estiver vacinado tudo bem, mas o problema é se vc levar onde não o individuo não tem a vacina.
Epizootiologia 
Acomete os cães
Os jovens são mais susceptíveis, pois tem menos imunidade.
Mortalidade é baixa, letalidade é baixa. Mas tem todo um comprometimento, pois a partir do momento que ele atua em fígado ele vai alterar todo o metabolismo do meu paciente
	
Fontes de infecção: 
Urina, fezes e saliva de cães enfermos, alimentos e água contaminados pelo próprio vírus.
Animais recuperados, viriúria até 1 ano, ele elimina o vírus por até 1 ano. Tem que mandar tomar cuidado com esse paciente!
Hepatite parasitária: 
Ciclo de loss. Uma das passagens da via sacra é o fígado, e a outra passagem é pelo pulmão. Ele passa pelo fígado, traqueia, pulmão e ele carreia a bactéria, essas larvas carreiam as bactérias junto. Vc pode ter uma hepatite verminótica, uma hepatite bacteriana, uma hepatite verminótica e bacteriana juntas. Tentar pensar na sua clínica, eu preciso fechar em qual hepatite? Isso é importante.
É importante vc pegar todos os seus paciente, seja grande ou pequeno ou silvestre e tentar fechar um diagnóstico. E não puramente vc pegar um sintoma e falar que ele tem hepatite e dar o medicamento. 
Tem cães com hepatite infecciosa canina que se curam sozinho. Ficam alguns dias sem comer com uma febre leve e depois voltam ao normal.
É importante é vc fazer todo o levantamento epizootiológico. O maior problema é o paciente que se curou, o paciente que está distribuindo o vírus para todos os outros. 
Patogenia
- digestivo ou respiratório: replicação em tecido linfóide
- viremia: 4 a 8 dias
- acomete todos tecidos e secreção (replicação nos órgãos)
Digestivo ou respiratório: o vírus precisa se replicar e ele faz a sua replicação em tecido linfóide necessariamente.
Viremia: 4 a 8 dias. ou seja, no prazo de 1 semana ele está eliminando o vírus para todo o organismo.
Acomete todos os tecidos e secreções. Então ele entra, replica e sai.
Globo ocular
- uveíte
- formação de imunocomplexos
	- fixação de complemento e quimiotaxia de leucócitos
	- lesão deste endotélio e edema
		- descolamento e necrose do endotelio corneal
Globo ocular: fazendo uveíte. As primeiras vacinas faziam isso. Eram usadas as vacinas de vírus vivo atenuado, o que acontecia: o vírus vivo atenuado era um vírus, meio capenga mas ele era, ele chegava lá e fazia essa formação de imunocomplexo. O que acontecia: fixação de complemento a nível de globo ocular, principalmente córnea. 
Quimiotaxia de leucócitos, os leucócitos partiam pra lá, faziamum processo de necrose. 
Ela tem 5 camadas, algumas vezes vai acometer as 4 primeiras camadas. A ultima camada de membrana de deceme, ele acabava fazendo uma saculação para fora, ficava aquela bolsinha e rompia saindo o líquido da câmara anterior. (o proprietário falava que “vazou o olho”) Fazia porque fazia ulceração em função da formação de imunocomplexo.
Começo a observar se o animal que tem quadro hepático, e observe se ele tem uveíte, se ele tem ulceração de córnea, isso é importante.
Fígado
- células de kupffer e hepatócitos 
- com baixos níveis de anticorpos
		- lesões grave e morte súbita
- níveis médios
		- hepatite crônica com fibrose e que pode evoluir para cirrose
As células de kupffer e hepatócitos é onde ele faz a sua replicação. O que ele faz: lesiona. Tem extravasamento de ALT. 
O que vai acontecer: depende muito da resposta do paciente. Se o paciente responde bem, imunocompetente não vai ter nada. 
Com baixos níveis de anticorpos tenho lesão gravíssima, o animal pode até ter uma morte súbita. A letalidade é baixa mas ela existe (10%).
Em níveis médios de resposta hepatite crônica com fibrose e que pode evoluir para cirrose dependendo da quantidade de tecido comprometido. 
Normalmente é bom acompanhar a evolução com a imagem e bioquímica. Imagem e bioquímica porque vc esta acompanhando e ai diz que o ALT está alto, mas ai vc vai vendo e o ALT está baixando, e vc pensa que o animal está melhorando, mas ai do nada o animal morre. Porque ele está baixando? Porque ele não tem mais hepatócito. Então vc vai acompanhando porque se esse animal estiver diminuindo ALT e AST porém a imagem está normal, tudo bem. Agora, se a imagem estiver cada vez mais reduzida significa que ele está evoluindo para uma cirrose.
Rim
- na fase virêmica
	 Presentes no epitélio da capsula de bowmann e nos endotélios dos vasos dos glomérulos – leva a necrose
- aumento de anticorpos com 14 dias
	Imunocomplexos – glomerulonefrites 	
- após 14 dias não encontramos vírus no glomérulo somente no epitélio tubular – viriúria.
Rim: na fase virêmica ele está presente na cápsula de bowmann, depois ele começa a partir para parte de túbulos, é onde nas células tubulares ele faz a sua replicação, o animal já está melhorando a clínica, mas ele está liberando partículas virais pela urina, é quando agente está falando de viriúria. Nessa viriúria ele está no epitélio tubular. 
Nessa parte aqui é bastante importante o EAS, que vc vai ter presença de células tubulares renais (lesão renal). E nessa parte também ele já pode estar fazendo _______.
Tomar cuidado que eu tenho muitas vezes a deposição de imunocomplexos em rim e o rim faz a glomerulonefrite com a insuficiência renal. Então eu acompanho principalmente nessa fase ai a uréia e a creatinina. Se a uréia e a creatinina começou a subir, tenho que prestar atenção porque começou a fazer imunocomplexo, ai ele não está filtrando e está complicando o quadro.
Sinais clínicos
- Sede intensa e anorexia
- Petéquias e sufusões bucais. ai pega o hemograma vê que a plaqueta está normal e critica o laboratório. Vc tem que pensar que vc tem 1º um inicio por baixa de plaqueta, vc pode ter alterações por proteínas de coagulações. TPA (tempo de protrombina) tem que fazer valer isso. 
- Linfoadenomegalia regional – 1º sinal 
- Hepatomegalia e esplenomegalia 
- Acúmulo de líquidos serosanguinolento na cavidade abdominal 
- 20% cães – opacidade de córnea (olho azul)
		- Precipitação de imunocomplexos
- Epistaxes – prova de coagulação 
Sinais clínicos: 
Os sinais clínicos é tudo de hepatite. 
O animal tem sede intensa e anorexia. 
O animal tem petéquias e sufusões bucais. Ai agente pega o hemograma vê que a plaqueta está normal e critica o laboratório. Vc tem que prestar atenção que coagulação vc tem o início e o final. Vc tem primeiro um início de baixa de plaquetas. Mas vc pode ter plaquetas normais com alterações de proteínas de coagulação. 
Se o animal está com petéquias e com a plaqueta normal isso é bom, não necessariamente o animal tem a plaqueta baixa porque tem petéquias, porque não existe só plaquetas, existe as proteínas de coagulação, numa hepatopatia o animal tem dificuldade de coagular, e pra isso existe alguns exames como: tempo de sangramento, tempo de coagulação, tempo de tromboplastina parcial ativada, tempo de protrombina. Isso o veterinário esquece, mas não pode esquecer. Existe parâmetros para isso. Qualquer cirurgia que vc vai fazer hj, seu medico no mínimo vai falar para vc fazer uma coagulograma. E esses exames são baratos, mas não se faz por falta de conhecimento.
Como vc faz uma cirurgia sem pelo menos um perfil de coagulação? 
Outra coisa: tempo de sangramento e tempo de coagulação não dá para mandar para o laboratório, vc tem que fazer na clínica. Vc pega o paciente e fura, encosta uma tira, marca, encosta, marca, encosta, é chato mas todo veterinário deveria fazer.
Tempo de coagulação: pega e enche um capilar, e vai quebrando, quando fizer o fio de coagulação, está pronto, foi o tempo que levou para fazer isso, isso é o tempo de coagulação.
Isso é importante pra isso, porque o fígado não baixa a plaqueta, o fígado não abaixa a plaqueta. Mas na verdade vc tem uma diminuição dos fatores de coagulação, porque quase todos os fatores de coagulação são produzidos pelo fígado.
Linfoadenomegalia regional: por causa da viremia. 
Hepatomegalia e esplenomegalia são órgãos linfóides, o vírus se multiplica nos órgãos linfóides. Ele se multiplica ai.
Acúmulo de líquidos serosanguinolento na cavidade abdominal : 70% da produção de albumina é produzida no fígado. Se o fígado está “baleado” ele não produz albumina, se não produz albumina tem baixa de albumina, se tem baixa de albumina tem perda de pressão oncótica, e se tem perda de pressão oncótica, perde liquido para cavidade, ai vc tem ascite, vc tem acúmulo de líquido. Vc tem que analisar esse líquido. É um líquido serosanguinolento, porque? Está faltando proteínas de coagulação, então extravasa um líquido serosanguinolento, vc manda analisar esse líquido.
20% dos cães apresentam alterações de córnea, alterações de opacidade de córnea (é o chamado de olho azul): é o que chamado de olho azul, olho brilhante, as vezes fica nublado, aspecto leitoso. 
Sangramento: sangrou, prova de coagulação. Tempo de sangramento, tempo de coagulação, tempo de tromboplastina ativada, tempo de prototrombina. Agente vê quais são as vias que estão alteradas, se é a via extrínseca, intrínseca ou ____________. 
Diagnóstico
Temperatura alta.
Hematologia com presença marcante de leucopenia.
Ele faz normalmente 2 picos febris. Tenho um pico febril, depois tenho uma queda de 1 a 2 dias e volta para um 2º pico febril. Então tem uma febre bifásica.
Diagnóstico:
- período de incubação – 4 a 8 dias
	Primeiro sinal clinico: temperatura 40-40,5°C
- hipertermia bifásica
	1º pico febril – queda 1 a 2 dias. 
	2º pico febril
- intensa leucopenia pós infecção – 2 a 4 dias
- mantendo- se na fase virêmica
- a partir do 5º ao 7º dias
- neutrofilia e linfocitose
- podemos encontrar eritrócitos nucleados na corrente sanguínea
Intensa leucopenia pós infecção de 2 a 4 dias, mantendo-se na fase virêmica, só que quando o animal começa a responder ele começa a fazer a neutrofilia e linfocitose. É bastante importante vc ficar acompanhando com hemograma e bioquímica. 
Podemos encontrar eritrócitos nucleados na corrente sanguínea: porque: quando a medula está “baleada”, o que acontece: quem entra na jogada é o fígado e baço fazendo a eritropoiese extra-medular. Só que a coitada dessa eritropoiese é ineficaz, porque eles conseguem mandar para a circulação os metarubrícitos e metarubrócitos que não funcionam como carreadores de O2. 
Então o que vc vai encontrar nessa circulação? Grande quantidade de células jovens, não porque a medula está fazendo isso, mas porque o fígado está tentando compensar a ajuda. Eritropoiese extra-medular. 
Diagnóstico
Quem fecha: ELISA: é mais seguro e rápido. 
(O problema é que é caro, ai vc tem que convencer o proprietário).
Tratamento- Sintomático: é todo paleativo, é todo sintomático
- Se necessário transfusão pela excessiva hemorragia
- Fluidoterapia – usar glicose à 50% ao ringer lactato
- Opacidade de córnea – atropina para reduzir espasmos de corpos ciliares
- Proteção da luz
O tratamento é todo paleativo, é todo sintomático. 
Se for necessário transfusão pela excessiva hemorragia. Como vc vai avaliar? Hematologia.
Fluidoterapia: usar a glicose à 50% ao ringer com lactato. Faz uma ajuda ao fígado até porque o glicogênio é ___________.
Opacidade de córnea: é bom usar a atropina para reduzir espasmos de corpos ciliares. Vc normalmente deixa o animal mais no escuro para evitar luminosidade porque dói esse olho, ele fica fazendo espasmo, o animal fica com o olho mais fechado.
Prevenção
Vacinação: é a melhor coisa.
Parvovirose
O que é cheiro de parvo é porque vc tem metabolismo nas fezes, o sangue ali. É errado falar isso.
É um vírus tranqüilo? Se eu fosse pensar em prognóstico é um prognóstico favorável? 
Corona vírus pega animais jovens? Corona vírus é bonzinho? Ele mata? Parvovirus mata ou não? 
Corona vírus dá diarréia com sangue? Dá. Parvovirus dá diarréia com sangue? Dá. 
Se eu fosse pensar em corona vírus e parvovirus em termos de virulência o parvo é muito mais virulento porque o parvo atua em células epiteliais intestinais (o corona também). Mas o corona vírus em termos de vilosidade ele age na vilosidade (no ápice). O parvovírus vai agir no epitélio, então o parvovírus tem uma destruição de epitélio intestinal muito mais intensa do que o corona, porque faz uma lesão a ponto de atingir vasos e com isso tenho sangramento intestinal. E o corona não necessariamente tem sangramento porque quando pega só o ápice ele não atinge a corrente sanguínea e não tem sangramento. Já o parvovirus tem sangramento.
O parvovirus não só atua em epitélio intestinal como ele atua em medula óssea. Ele dá dois tiros, um ele atinge o intestino fazendo diarréia com sangue, o outro ele impede a produção de sangue, ele atua diretamente na eritropoiese. Por isso que a evolução é muito rápida e é muito agudo o quadro e é um quadro de diarréia sanguinolento agudo. 
Vc chega, põe o paciente no soro e ele morre. Ele morre porque? Porque primeiro vc tem uma diarréia, vc tem uma perda de líquido grande, desidratação. Na desidratação eu vou ter choque hipovolêmico. Então a primeira coisa que eu tenho que pensar é manter a volemia do meu paciente. Só que vc coloca na veia o soro, diluindo mais o sangue e o animal morre por uma hipóxia, porque ele tem pouco sangue. 
Então na verdade na parvovirose vc tem que colocar os 2, controlando o volume globular dele, com sangue de um lado e soro do outro. Sua clínica tem que ser muito equipada para isso. 
Histórico
Década de 70
	O vírus é o agente primário de enterites em cães jovens, até os primeiros 6 meses de vida
Descrito – pela 1ª vez em 1978
No Brasil – 1980, acometendo animais de todas as idades
Sabia-se que pacientes que ficavam no canil, uns tinham diarréia e outros não tinham, então é infeccioso ou não é infeccioso? 
Por onde o vírus sai? O vírus sai pelas fezes, e quando ele sai, ele sai em partículas menores, fazem aerossóis daquelas fezes, com isso o outro fica recebendo esses aerossóis fazendo uma imunidade passiva. Esses pacientes que recebiam imunidade passiva de outros que ainda estavam com diarréia, quando eram vacinados, inutilizava e morria depois de parvo. Foi uma loucura dentro da parte imunológica. Porque ele sai pelas fezes.
Diagnóstico:
O diagnóstico é mandar fezes frescas do paciente, é a pesquisa de antígeno viral nas fezes frescas (e não anticorpo!). 
Bioagente
- Vírus da família parvoviridae
- O PVC-2 (Parvovirus canino)
		- Mais comumente discriminado
		- Vírus de filamento único de DNA, sem envoltório
		- Nova cepa – (PVC – 2b) também pode infectar felinos
- Acredita-se que o PVC tenha se originado por mutação do vírus da panleucopenia felina ou de vírus estreitamente relacionados. 
O gato apresenta panleucopenia felina que é a diarréia pelo parvovirus.
3 espécies são comprometidas pelo parvo: suínos (parvovirose Porcina), gato (panleucopenia, o parvovirus do gato não é tão agressivo) e o cão. 
A pesquisa pro diagnóstico é de vírus porque a de anticorpo não dá tempo de fazer. Vc só vai controlar a parvovirose se vc controlar as células circulantes e a volemia do cão.
Transmissão 
- A transmissão é feita por via orofecal
- Na enfermidade aguda e cerca de 1-2 semanas após a recuperação
	- Vírus é excretado
- Transportado por pessoas ou fômites
- Permanência no ambiente durante 5 a 7 meses
- Raças mais susceptíveis:
	- Rottwailes, Dobermann, Pit Bull, e possivelmente o Labrador chocolate.
A transmissão é feita por via orofecal, fezes. É muito comum o cão cheirar as fezes do outro ou cheirar o anus do outro.
Na enfermidade aguda cerca de 1-2 semanas após a recuperação, o vírus é excretado se ele agüentar.
Transmissão por pessoas ou fômites, um veículo fantástico é o veterinário. 
Permanência no ambiente durante 5-7 meses. Isso todo o proprietário sabe, ele começa a fazer uma guerra contra o parvovirus. Então passa cloro, queima, etc. porque a permanência dele é de grande tempo no ambiente.
As raças mais susceptíveis são Rottwailes, Dobermann, Pit Bull, e possivelmente o Labrador chocolate.
Dizem que tem que dar 4 vacinas em rottwailes, dobermann, pit Bull, e possivelmente o labrador chocolate. Porque? Não que eles sejam susceptíveis ao vírus, na verdade eles tem um defeito nas proteínas de coagulação que é chamado de defeito de coagulação Vom Willebrandt, que é o fator 8 da coagulação. Se ele tem deficiência, fazendo 4 vacinas, 5 vacinas, 6 vacinas, 10 vacinas não vai adiantar nada, é a mesma coisa. Não tem jeito, o problema é que eles são mais susceptíveis, se pegar provavelmente morre.
Tanto corona quanto parvo podem ter febre, quanto os 2 podem não ter, porque a febre ocorre em função das complicações secundárias bacterianas. 
Tenho que fazer o antibiótico para esse animal, porque se ele está fazendo lesão de mucosa, a bactéria está entrando. Mas agora vc explica para o proprietário que é um quadro viral, e vc vai passar o antibiótico para controlar a infecção secundária bacteriana e não por causa do vírus.
Patogenia
- Tropismo:
	Células do intestino, medula óssea e tecido linfóide, as quais se multiplicam
- Lesão em cripta:
	Formação de ulceras, aumento de permeabilidade e diminuição da absorção, estabelecendo-se desta maneira a diarréia
- Comprometimento de barreira:
	Translocação bacteriana
	Absorção de endotoxinas (choque endotoxico)
	Desenvolvimento de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) que pode ser fatal
Tropismo: Células do intestino, medula óssea e tecido linfóide, as quais se multiplicam
Lesão em cripta. 
Comprometimento de barreira: se ele lesiona o epitélio, a bactéria que está lá faz a translocação bacteriana. Uma coisa que leva a óbito é o choque hipovolêmico do vírus e choque endotóxico séptico da bactéria. Cuidado que são 2 choques! O hipovolêmico causado pelo vírus e o choque endotóxico séptico causado pela bactéria.
Desenvolvimento de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) que pode ser fatal. 
O prognóstico da parvo é muito reservado. Vc tem que controlar 2 choques.
Reza para ser uma bactéria boa a estar translocando porque normalmente quem transloca é a E.coli que vai fazer a cardiopatia.
O parvovirus vc tem que ser rápido o tempo todo. Não pode mandar para casa, vc tem que internar, controlado, com equilíbrio acido básico.
Avaliar condição de volemia. Se vc der 4 litros de soro o paciente dá edema pulmonar e morre.
Sinais clínicos
- Anorexia, depressão, vomito, melena e dor fétido e desidratação severa.
- Ocasionalmente choque hipovolêmico, icterícia e edema pulmonar (síndrome da angustia respiratória)
- Em filhotes podemos encontrar hipoglicemia.
- A diarréia está em geral ausente nas primeiras 24-48 horas, e nem sempre é hemorrágica
- Filhotes (infectados in útero ou antes de 8 semanas de idade) podem desenvolvermiocardite.
Sinais clínicos:
Anorexia, depressão, vômito, melena e dor fétido e desidratação severa em função da diarréia. ocasionalmente choque hipovolêmico, icterícia e edema pulmonar (síndrome da angústia respiratória). 
Em filhotes eles fazem uma hipoglicemia. Então tem pacientes que fazem o choque hipoglicêmico. Então normalmente em filhotes, manter uma dosagem de glicose e se necessário vc entra com glicose. 
Cuidado com glicose que vai entrar, porque tem uns que entram com glicose demais e faz mais diarréia e faz mais desidratação. De preferência, fazendo a glicemia do paciente filhote, dose glicose e acompanha, dosa glicose e acompanha no soro. 
	A diarréia está em geral ausente nas primeiras 24-48 horas. O que acontece: numa parvovirose a primeira coisa que acontece é diminuir peristaltismo, e agente muitas vezes acha que é o contrario, mas não é, é diminuir o peristaltismo, então vai acumulando liquido, vai preenchendo e vc vê que é um jato comprido, jato rápido, mas não por causa do peristaltismo, por causa da pressão.
Na USG vc vê uma imagem bem característica. Vc vê uma diminuição de peristaltismo com distensão de alça intestinal com conteúdo anecogênico é característico de parvo. 
Tem que fazer hematologia, bioquímica, imagem USG, e acompanhar.
Cuidado com filhotes que normalmente eles pegam esse vírus no útero, quando a mãe está com parvo. O que acontece: as vezes ele morre por uma miocardite, o parvovirus pode atuar em cima de miocárdio do filhote (infectados in útero ou antes de 8 semanas de idade, podem desenvolver miocardite).
Volume das fezes com sangue é grande apesar do peristaltismo diminuir ele faz um volume muito grande. As vezes vc recebe o paciente sem ainda ele ter a diarréia, ai ele começa a ter a diarréia na sua clínica.
Diagnóstico
- Hemograma
	Anemia arregenerativa (porque ele vai atuar a nível de medula, diminuindo a eritropoiese) normocítica normocrômica.+ leucopenia
- Sorologia
	Pesquisa de antígeno viral em amostras fezes frescas
Hemograma: A anemia arregenerativa ocorre porque ele vai atuar a nível de medula. Não é pela perda de sangue. Ele faz uma anemia pela diminuição da eritropoiese, por isso que é arregenerativa.
Sorologia: pesquisa de antígeno viral em fezes frescas. Por isso que vc manda fezes frescas com o swab.
O intestino fica sem vilosidade, ele desmancha a vilosidade. 
O problema maior da parvo quando controlada, é que esse cão jovem não vai ganhar peso porque faz uma cicatriz a não tem absorção. Esse cão vai ser fraco, susceptível a outras doencas, carênciais principalmente. Porque faz fibrose, então onde precisava absorver não tem mais como absorver. Faz suplementação pro resto da vida.
Tratamento e prevenção
- Tratamento de suporte
	Antibioticoterapia
		Penicilina, cefazolina ou fluorquinolona
	Fluidoterapia
	Restrição alimentar, antieméticos, etc.
- Vacinação dos filhotes (3 doses) e revacinação anual.
Tratamento: com antibiótico principalmente, para vc controlar a bacteremia. 
Fluidoterapia é muito importante.
Restrição alimentar, pois não adianta vc dar alimentos que causem mais diarréia. 
O mais importante é que tirou o animal da parvo, vc vai explicar ao proprietário que ele nunca vai ser o animal adulto que seria. Ele não vai atingir o peso, não vai ter a mesma imunidade, etc.
O animal que já teve a parvo, entra no esquema normal de vacinação.

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