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Cinomose
A cinomose é uma doença infecciosa multissistêmica mundialmente importante para os cães domésticos, causada por um morbilivírus da família Paramyxoviridae. Possui característica clínica aguda, subaguda e crônica. Sua ocorrência é mundial, sem sazonalidade e sem preferência por sexo ou raça, sendo a maior incidência em animais jovens, entretanto pode atingir qualquer idade.
EPIDEMIOLOGIA
A infecção dissemina-se rápido entre os cães, sendo os não imunizados de qualquer idade, sexo ou raça os mais susceptíveis, porém a doença é mais comum em filhotes entre 3 e 6 meses, já que provavelmente não possuem mais a imunidade passiva derivada da mãe.
O VCC (vírus da cinomose canina) acomete uma ampla variedade de hospedeiros além de cães domésticos, como raposa, dingo, coiote, lobo e chacal (família canidae), da família mustalidae como: furão, vison, doninha, gambá, texugo e lontra, da família Procyonidae como guaxinim, panda, jupará e quati, também da família felidae exóticos, mas não os gatos domésticos.
VIAS DE ELIMINAÇÃO
Os animais acometidos expelem o agente nas excreções corporais, como urina, fezes, saliva, placenta e secreções respiratórias, podendo ou não apresentar sinais clínicos.
ETIOLOGIA
É doença causada por um vírus, que durante a doença pode ser encontrado no fluxo ocular e nasal. É encontrado também no sangue circulante do enfermo, durante sua evolução, determinando vários sintomas. Têm o vírus notável resistência a dissecação, e as baixas temperaturas a particularidade de serem conservantes para o vírus.
PATOGENIA
A infecção pelo vírus consiste na excreção de gotículas por meio de aerossol e outras excreções do corpo a partir dos animais infectados, podendo liberar o vírus por vários meses, sendo assim, a disseminação ocorre onde os cães são mantidos em grupos, tornando o vírus instável no ambiente.
SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos são multissistêmicos e extremamente variáveis, geralmente a depressão e anorexia são seguidas por vômito e diarreia, que pode ser mucosanguinolenta. Outros sinais comuns são conjuntivite serosa a mucopurulenta e tosse seca, que passa a ser produtiva dentro de poucos dias. Alterações oculares também são comumente associadas com a infecção pelo vírus da cinomose, como: uveíte anterior, neurite óptica (com consequente cegueira e pupilas dilatadas) e retinocoroidite.
A ceratoconjuntivite seca e cicatrizes retinais hiper-reflexivas, chamadas lesões em medalhões são observadas em alguns cães com infecção crônica. 
Manifestações clínicas menos comuns, como a hipoplasia do esmalte dentário, pode ocorrer em animais jovens, antes do desenvolvimento da dentição permanente.
Se houver uma resposta imunológica rápida e efetiva, a infecção será subclínica com recuperação completa e eliminação do vírus sem enfermidade clínica. Isso ocorre por volta do 14º dia pós-infecção. Caso a resposta imunológica seja lenta ou parcial, os sinais clínicos multissistêmicos podem não acontecer, mas a localização no SNC poderá resultar em encefalomielite crônica com retardo do início dos sinais neurológicos.
As lesões do SNC são as alterações mais graves da doença, e geralmente culminam com o óbito dos animais.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico clínico, realizado com base no exame físico, anamnese e por exames complementares, às vezes, é inconclusivo, pois o mesmo padrão também pode ser encontrado em outras doenças infecciosas e parasitárias de cães. O VCC pode estar presente em uma gama de amostras biológicas e nos diferentes estágios da infecção, a urina, o sangue total, os leucócitos, as fezes, a saliva, as secreções respiratórias e o líquor podem apresentar o vírus em títulos variados. O emprego de um método sensível de diagnóstico ante mortem do VCC permite que condutas adequadas de tratamento e profilaxia, tanto da cinomose canina quanto de outras enfermidades que apresentam sinais clínicos semelhantes, possam ser adotadas com antecipação e eficiência.
O diagnóstico clínico pode ser confirmado pela identificação de corpúsculos de inclusão (Corpúsculos de Lentz), característicos da doença, em células associadas à exsudato, nas células epiteliais e em neutrófilos, porém sua ausência não exclui a infecção pelo VCC;
A linfopenia, a monocitose e a neutrofilia ocorrerão quando o quadro já estiver instalado, e geralmente, a leucocitose é resultante de infecção bacteriana secundaria;

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