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Pesquisa Biográfica - David Ricardo

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PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABÉIS E ATUARIAIS
MARX E O FETICHISMO
LUIZ FELIPE PEREIRA DE PAULA
SÃO PAULO
2021
Sumário
INTRODUÇÃO	3
1.	O ENIGMA DA MERCADORIA E SEU CARÁTER FETICHISTA	4
2.	A GÊNESE DO DINHEIRO E O SEU CARÁTER FETICHISTA	6
3.	A GÊNESE DO CAPITAL E SEU CARÁTER FETICHISTA	9
CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	13
INTRODUÇÃO
O ENIGMA DA MERCADORIA E SEU CARÁTER FETICHISTA
Marx no capital, define mercadoria como, produto do trabalho humano realizado não para uso próprio, mas para o mercado, e que por isso, expressa internamente uma relação de dualidade. Como valor de uso, a mercadoria é capaz de satisfazes as necessidades de uso dos seres humanos, sejam eles, materiais ou não, “A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia.”(Marx 2004, p. 57) Além disso, enquanto mercadoria possui também valor de troca, comum e inerente a todas elas, quantitativamente definido pelo o trabalho humano social abstrato, é uma espécie de unidade de medida, capaz de fazer com que as mercadorias sejam compatibilizadas e relacionadas entre si. “Conhecemos agora a substância do valor: é o trabalho. Conhecemos a medida da sua grandeza: é a duração do trabalho.” (MARX, 2004, p. 170)
A forma enigmática da mercadoria surge justamente quando o produto do trabalho se torna mercadoria, isto é, quando esse recebe, projeta e sintetiza o trabalho humano e todas as peculiaridades e nuanças das relações sociais de produção no instante que o produtor de mercadorias transfere, sob determinado tempo, sua força de trabalho a meteria prima, atribuindo assim valor. Tal fato, é responsável por reduzir a relações entre produtores das diferentes mercadorias, em relação entre mercadorias. Desse modo, as características sociais internas das relações de trabalho, são traduzidas de maneira concreta e palpável na figura da mercadoria, de tal modo que, essa forma se torna a dominante nas relações sociais entre proprietários privados de mercadorias na esfera externa a da produção.
O valor, ou valor de troca – quantidade de trabalho socialmente necessário para produzir uma mercadoria - em um primeiro momento media e quantifica as relações sociais entre os homens, em relação puramente física e esvaídas de qualquer subjetividade entre as pessoas físicas envolvidas, é o que transforma o envoltório de trabalho humano em algo social e comensurável. A mercadoria então como fruto do trabalho útil logo assume o protagonismo, deposito emocional dos desejos e necessidades humanos. É o que, de maneira autônoma, impulsiona o vínculo entre vendedor e comprador. 
. Apenas os produtos do trabalho humano cujo caráter é útil a terceiros, são admitidas como a mercadoria supridoras de necessidade(s) sociais, passando a fazem parte do complexo total da produção social. Como as mercadorias são privados, pertencendo somente aos seus respetivos produtores, o encontro social entre eles só ocorre mediante o intercâmbio entre mercadorias. Ou seja, é uma relação que se inicia e encerra puramente através dos produtos do trabalho. A parte quantitativa da dualidade da mercadoria – valor - é o que objetivamente realiza a troca, sendo a face equivalente da mercadoria, na medida em que consolidando uma simetria entre as partes envolvidas no processo de troca, no entanto é o caráter subjetivo -o valor de uso- que viabiliza o intercambio, sem utilidade o produto do trabalho, é ineficiente ao tentar se expressar como mercadoria, e, portanto, está excluído do conjunto do produto social. “Assim acontece com o ar, prados naturais, terras virgens etc. Uma coisa pode ser útil e produto do trabalho humano e não ser mercadoria “(Marx,2004, p. 4)
É daí que surge o fenômeno denominado por Marx como Fetichismo da mercadoria. Historicamente as sociedades antigas, atribuíam a significado da palavra fetiche a itens considerados com virtudes mágicas e encantadoras. Segundo Marx, a mercadoria emerge nas sociedades mercantis como objeto de fetiche, logo, quando uma mercadoria se reflete em outra para manifestar seu valor as relações entre as pessoas, se alteram, de maneira que agora são expressas através das mercadorias, isto é, uma relação fetichizadas.
Diante disso, Marx ao comparar esta característica - exclusiva de sociedades mercantis pautadas no trabalho produtor de mercadoria - com mundo das religiões, descreve o fetichismo. 
(...) para encontrar uma analogia, temos de nos deslocar à região nebulosa do mundo da religião. Aqui, os produtos do cérebro humano parecem dotados de vida própria, figuras autônomas, que mantêm relações entre si e com os homens. Assim, no mundo das mercadorias, acontece com os produtos da mão humana. Isso eu chamo o fetichismo que adere aos produtos de trabalho, tão logo são produzidos como mercadorias, e que, por isso, é inseparável da produção de mercadorias. (Marx, 2004, .198)
Tal forma enigmática e fetichista da mercadoria, que é responsável por transferir o eixo das relações sociais ao âmbito da mercadoria, é historicamente determinada e característica inerente do capitalismo, em outros modos de produção anacrônicas tal fenômeno não emerge. No feudalismo europeus, por exemplo, as relações sociais de produção têm como especificidade a dependência, das quais os pagamentos eram realizados in natura, e, portanto, o caráter enigmático da mercadoria não se insurge, aqui as interações econômicas são pessoais e direta. Como afirma Marx. 
Portanto, como quer que se julguem as máscaras que os homens, ao se defrontarem aqui, vestem, as relações sociais entre as pessoas em seus trabalhos aparecem em qualquer caso como suas próprias relações pessoais, e não são disfarçadas em relações sociais das coisas, dos produtos de trabalho. (MARX, 1996, p.203)
Isto posto, podemos concluir que o fetichismo da mercadoria é a capacidade de conversão do produto do trabalho humano em mercadoria que se autovaloriza e se afasta do seu criador.
A GÊNESE DO DINHEIRO E O SEU CARÁTER FETICHISTA
O advento da forma dinheiro, equivalente geral, decorre historicamente no percurso do intercambio de mercadorias. Num primeiro momento as trocas entre os diferentes produtores de mercadorias se constituíam de forma direta, ou seja, através do escambo. Aqui a produção que se excedia era convertida em valor, das quais mediavam diretamente a relação de proporcionalidade das trocas, em dois polos distintos e complementares – polo equivalente e polo relativo - em resumo podemos expressar tal relação por meio da fórmula geral M-M – mercadorias são trocadas diretamente por outras mercadorias. No entanto, ocorre que, ao decorrer da história mercantil, se elege socialmente uma mercadoria comum a todos, como equivalente geral, que como representante do valor – trabalho social humano – é responsável por realizar a função meio circulante.
Daí surge o ouro na forma Dinheiro (D), cujo impacto na circulação de mercadorias é notório, mediando a relação de troca entre os produtos do trabalho humano, estabelecendo assim uma nova formula geral - M-D-M. Agora há uma mercadoria diferente das outras – segundo Marx o ouro – que exclui seu valor de uso enquanto propriamente mercadoria, e se coloca no posto de equivalente geral, por conseguinte, todas as mercadorias transfigura-se relativas a ela, e, portanto, estão sujeitas a serem metamorfoseada nela. Desse modo, o possuidor de dinheiro, pode dentro dos seus limites quantitativos de moeda, comprar qualquer objeto que lhe é útil.
Além disso, na circulação simples de mercadorias, podemos destrinchar a fórmula M-D-M, em duas morfoses, que ao mesmo tempo são em direções contrárias, opostas e complementares, M-D e D-M, respectivamente, venda e compra. A respeito disso, os individues primeiro produzem mercadorias e as vende para obter dinheiro – metamorfose M-D -, e somente então, em posse de dinheiro os indivíduosfinalmente podem adquirir outras mercadorias de igual valor, e que lhes suprem suas necessidades iniciais – metamorfose – D-M. 
Quanto a isso, as barreiras individualistas limitantes, presentes no intercambio direta dos produtos do trabalho humano, por exemplo, o obstáculo do local e reciprocidade de valor de uso entre as partes da negociação, imprescindíveis a efetivação da troca, saem de cena. Aqui, o processo de circulação se torna autônomo e independente, numa espécie de teia cujas relações sociais cruzadas são cada vez mais incontáveis e abrangentes, uma vez que, só se pode adquirir mercadorias antes vendendo, apesar de contraditoriamente a recíproca não ser verdadeira. No entanto, apesar de ser fundamental para o desenvolvimento das sociedades mercantis, na esfera da circulação simples, o que acima de tudo determina o processo de troca, é a mercadoria e não o dinheiro, sendo o dinheiro, apenas o meio para se atingir um fim – o consumo da mercadoria útil. 
Todavia, sob a ótica da economia política marxiana quando analisamos mais de perto os impactos causados pelo dinheiro nas relações sociais, notamos que, os 
indivíduos invariavelmente reagem a essa forma, a adorando ou a odiando, foto é que essencialmente os indivíduos não permanecem inertes a essa forma. Diante disso, alguns sujeitos na condição de possuídos de dinheiro, passam a objetivar o acúmulo, o rompimento metamorfose em M-D, em outros termos, entesouramento da forma dinheiro, como expressa Marx. “já nos primórdios do desenvolvimento da circulação das mercadorias desenvolvem-se a necessidade e a paixão de reter o produto da primeira metamorfose, a forma transfigurada da mercadoria, a crisálida áurea.” (SILVA, p. 15).
Quando falamos sobre Fetichismo do dinheiro, notamos que aqui as relações sociais também são ocultadas. Assim como vimos anteriormente no fetichismo da mercadoria, os fatores sociais humano das relações comerciais, que acontecem em meio ao percurso da circulação, são abstraídos. Para Marx, o dinheiro é o que liga, socialmente, o homem e suas necessitas físicas de consumo, a efetiva superação dela. O possuidor de dinheiro não eleva ao seu consciente tais relações, mas, no estante que toma posse de dinheiro, implica diretamente na vida de terceiros, na medida em que adquire produtos do trabalho humano alheio. 
Além disso, o ouro - ou seu signo -, enquanto equivalente geral, adquire o poder exclusivo de alienar qualquer produto do trabalho humano em si mesmo, como cita Marx em seus manuscritos econômicos “O dinheiro, já que possui a propriedade de comprar tudo, de apropriar objetos para si mesmo, é, por conseguinte o object par excellence. O caráter universal dessa propriedade corresponde à onipotência do dinheiro, que é encarado como um ser onipotente. . . o dinheiro é a proxeneta entre a necessidade e o objeto, entre a vida humana e os meios de subsistência” (MARX, 1884). Diante disso Marx, parte dessa premissa sobre o dinheiro aprofundando sua análise, concluindo que, os indivíduos, enquanto possuidores de dinheiro, se confundem com o próprio dinheiro, e com isso tem acesso quase que instantâneo, não somente a objetos, mas também tudo aquilo que o homem não consegue obter pelas suas características individuais, seja qualidades e valências ou até mesmo pessoas, “Quem pode comprar a valentia é valente, ainda que seja covarde.” (SILVA, p. 160). evidenciando um grau de fetichismo o para além daquele visto nas mercadorias simples.
As qualidades do dinheiro são minhas – [de] seu possuidor – qualidades e forças essenciais. O que eu sou e consigo não é determinado de modo algum, portanto, pela minha individualidade. Sou feio, mas posso comprar para mim a mais bela mulher. Portanto, não sou feio, porque o efeito da fealdade, sua força repelente, é anulado pelo dinheiro. Eu sou – segundo minha individualidade – coxo, mas o dinheiro me proporciona vinte e quatro pés; não sou, portanto, coxo; sou um ser humano mau, sem honra, sem escrúpulos, sem espírito, mas o dinheiro é honrado e, portanto, também o seu possuidor. O dinheiro é o bem supremo, logo, é bom também o seu possuidor (MARX, 2004, p. 159).
Além disso, segundo Marx o dinheiro vai ainda além ao desapropriar as qualidades individuais daqueles que não o possuem. Aqui as qualidades reais só podem sair do campo da imaginação e de fato se efetivarem como qualidades individuais, mediantes ao dinheiro. 
 Eu, se não tenho dinheiro para viajar, não tenho necessidade alguma, isto é, nenhuma necessidade efetiva e efetivando-se de viajar. Eu, se tenho vocação para estudar, mas não tenho dinheiro algum para isso, não tenho nenhuma vocação para estudar, isto é, nenhuma vocação efetiva, verdadeira. Se eu, ao contrário, não tenho realmente nenhuma vocação para estudar, mas tenho a vontade e o dinheiro, tenho para isso uma vocação efetiva. (MARX, 2004, p. 160).
Aqui se estabelece uma contraditoriedade, aquele que adquire qualidades por meio do dinheiro não as adquire efetivamente, somente sua representação materializada em mercadorias, ao mesmo tempo que a representação das qualidades estão continas na mercadoria, e, portanto, sua aquisição é sua realização. Logo, é o poder de compra que torna o dinheiro objeto de desejo e adoração, a capacidade que o indivíduo obtém de metamorfosear qualquer mercadoria existente.
A GÊNESE DO CAPITAL E SEU CARÁTER FETICHISTA
Como vimos nos itens anteriores, tanto a mercadoria, quanto o dinheiro, são condicionadas historicamente, isto é, surgem de acordo com o grau maior ou menor de desenvolvimento das sociedades mercantis. As mercadorias aparecem quando a divisão e especialização do trabalho atinge níveis que propiciam a produção de itens para além do consumo próprio, consumando um excedente de produtos destinados ao intercambio mercantil. Já o dinheiro, é consequência de um aprimoramento das relações de troca, que eleva o nível de abstração dos vínculos de compra e venda, ao conceber a figura do equivalente geral.
Posto isso, a partir da figura do dinheiro e suas determinações que o capital se aflora, juntamente com a imagem do capitalista. Quando falamos da circulação monetária – M -D -M -, a figura central da relação é a mercadoria, ou seja, o princípio fundamental do movimento na circulação é a venda de mercadorias enquanto não valores de uso, e posteriormente na presença do dinheiro a compra de outras mercadorias das quais satisfazem a necessidade do comprador, desse modo todos os agentes do processo têm os mesmos valores, o dinheiro apenas media a troca, se afastando do seu ponto de origem a cada novo ciclo. A grande diferença quando tratamos do capital, é que com a gênese do capitalista, a formula se inverte e o capital então é expresso na formula D-M-D’-, aqui a quantidade de dinheiro que o capitalista despeja na circulação, necessariamente deve retornar em maior quantidade, ou seja, D’=D+ ΔD, - ΔD sendo denominado por Marx como mais-valia - em outras palavras, o valor cria mais valor, e o dinheiro é ao mesmo tempo impulso e finalidade da expressão. 
A expansão do valor em si mesmo, como característica do capital, faz com que segundo Marx ele adquira autonomia, seja senhor das relações sociais “entidade que opera automaticamente” (SILVA, p. 183), sua renovação é crescente tendendo sempre ao infinito, o capitalista inseri dinheiro na circulação, para se obter mais dinheiro e assim insistentemente repetindo o ciclo D-M-D’. “(...)o valor torna-se aqui o agente de um processo em que, através do contínuo revezamento das formas dinheiro e mercadoria, modifica sua própria magnitude como valor excedente(...)”. (MARX, 2004, p.184).
	Logo, para que o capital, bem como sua constante renovação seja viabilizado dentro dos limites da lei da troca entre equivalentes, surge em um longo processo histórico, um indivíduo – o trabalhador -, sujeito livre e desapropriado de seus meios de subsistência possuindo unicamente como mercadoria alienável a sua de força de trabalho. A força de trabalho, é a mercadoria chave para o capital, uma vez que seu valor de uso justamenteentrega ao seu comprador – o capitalista – ao ser consumido o poder de realizar um excedente de mais valor. 
No entanto, como ocorre no processo produtivo a formação da mais valia? A reposta para essa questão está justamente no instante do pagamento. assim como todas as mercadorias, a força de trabalho também possui como valor atrelados as “respectivas quantidades de trabalho necessário para a sua produção” (MARX 2004, p. 97). posto isso, o provento do trabalho verifica-se por uma quantia monetária equivalente a cesta de consumo do trabalhador, ou seja, uma remuneração capaz de adquirir todos os bens e serviços suficientes para a existência e reprodução da classe trabalhadora. Por conseguinte, uma parcial da jornada de trabalho já é o suficiente para que o trabalhador produza o valor da sua própria força de trabalho, o restante é usufruto do capitalista, correspondendo a parcela da mais valia. Sendo assim, o capital atinge sua forma final.
Ao completar o desenvolvimento de sua formação, o capital provoca profundas mudanças estruturais, não somente nas relações sociais entre os cidadãos, despontando o vínculo entre capitalistas e proletariados e seus desdobramentos, mas também na lógica da circulação e da acumulação. 
É justamente da autonomia do capital que surge a característica fetichista do capital, assim como vistos na mercadoria e no dinheiro, ele também se torna objeto de desejo autárquico. Aqui os capitalistas abstraem as suas funções tanto da mercadoria, quanto do dinheiro, as condicionando a produção ininterrupta de valor, implicando na proporia circulação, quando observadas através da ótica dos capitalistas. 
Na circulação D – M – D (..) funcionam dinheiro e mercadoria, apenas como modos de existência diversos do próprio valor, sendo o dinheiro seu modo de existência geral, e a mercadoria, seu modo particular ou dissimulado. O valor passa continuamente de uma forma para outra, sem perder-se nesse movimento, transformando-se numa entidade que opera automaticamente. (SILVA, p. 184)
Além do mais, quando tratamos das mudanças nos termos da acumulação, observamos que, o capital, como finalidade do capitalista, generaliza-se, tornando objeto fanático e insaciável de cobiça, uma vez que inevitavelmente, o desejo de renovação de capital encontra um fim em si mesmo, “nunca se deve considerar o valor-de-uso objetivo imediato do capitalista. Tampouco o lucro isolado, mas o interminável processo de obter lucros. Esse impulso de enriquecimento absoluto, essa caça apaixonada ao valor, é comum ao capitalista e ao entesourador(...)”. (SILVA, p. 183)
Outrossim, o capital em seu caráter fetichista vai além, não somente tomando posse da própria racionalidade do capitalista. Mas também o tornando a própria representação humana, encarnação do próprio capital, como descreve Marx.
Como capitalista, apenas personifica o capital. Sua alma é a alma do capital. Mas o capital tem seu próprio impulso vital, o impulso de valorizar-se, de mais-valia, de absorver com sua parte constante, com os meios de produção, a maior quantidade possível de trabalho excedente. O capital é trabalho morto que, como um vampiro, se reanima sugando trabalho vivo, e, quanto mais o suga, mais forte se torna. (MARX, 2004, p. 271)
	
 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARX, K. O Capital. [S.l.]: Nova Cultural Ltda, 1996.
MARX, K. Manuscritose econômico-filosóficos. 1. ed. [S.l.]: Boitempo, 2004.
SILVA, F. D. A. SOBRE O FETICHISMO DO CAPITAL EM KARL MARX, Bahia, 2011.
SILVA, F. D. A. O Fetichismo do Capital e a Dialética Materialista, 2012.

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