Dieta DASH - TCC

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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA ESTADUAL PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA JÚLIO DE MESQUITA
CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
GISELE LEONCIO FERNANDES XAVIER
LAYS REBECA BRANCO 
 DIETA DASH
Para Hipertensos
SANTO ANDRÉ
2021
GISELE LEONCIO FERNANDES XAVIER RM: 55152
LAYS REBECA BRANCO RM: 55140
DIETA DASH
Para Hipertensos
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Nutrição e Dietética da ETEC Júlio de Mesquita, orientado pela Professora Fernanda Alves Prado Borges, como requisito parcial para obtenção do título de técnico em nutrição e dietética.
SANTO ANDRÉ
2021
RESUMO 
O presente projeto com o tema Dieta DASH relata importância da dieta e de outros fatores de estilo devida no controle da hipertensão arterial sistêmica vem sendo enfatizada nas últimas décadas. O DASH foi um estudo randomizado, controlado e multicêntrico, que comparou o efeito de três padrões dietéticos sobre a pressão arterial, mostrando que uma dieta rica em frutas, verduras e laticínios desnatados, escassa em gorduras saturadas e colesterol, pode reduzir a pressão arterial tanto quanto a mono terapia com anti-hipertensivos em hipertensos no estágio I. Além dos benefícios obtidos com a melhora na circulação do sangue, há uma redução de ingestão de calorias, o que proporciona uma diminuição da obesidade, altamente nociva, em pacientes estudados.Posteriormente, um segundo estudo com a dieta DASH associada à ingestão de quantidades reduzidas de sal mostrou um importante efeito sinérgico na diminuição dos níveis pressóricos.
Palavras-chave: Hipertensão arterial; Pressão arterial; Dieta; Ingestão de sal.
	
ABSTRACT 
 This project, with the theme DASH Diet, reports the importance of diet and other lifestyle factors in the control of systemic arterial hypertension, which has been emphasized in recent decades. DASH was a randomized, controlled, multicenter study that compared the effect of three dietary patterns on blood pressure, showing that a diet high in fruit, nonfat dairy, low in saturated fat and cholesterol can reduce blood pressure as much as monotherapy with antihypertensive drugs in stage I hypertensive patients. In addition to the benefits obtained with the improvement in blood circulation, there is a reduction in calorie intake, which provides a reduction in obesity, which is highly harmful, in patients studied. A study with the DASH diet associated with the ingestion of reduced amounts of salt showed an important synergistic effect in lowering blood pressure levels.
Keywords: Arterial hypertension; Bloodpressure; Diet; Salt intake
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS	6
2.1 OBJETIVO GERAL	6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	6
3. METODOLOGIA	7
4. REVISÃO DE LITERATURA	8
4.1 DIETA DASH	8
4.2 ALIMENTOS CONTRA-INDICADOS	8
4.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL	8
4.4 PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COM USO DA DIETA DASH	9
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES	11
5.1 RESULTADOS	11
5.2 DISCUSSÕES	15
REFERÊNCIAS	16
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, cerca de 38,1 milhões de brasileiros têm pressão alta, 2,5% a mais que na última pesquisa realizada em 2013; contudo vemos que o tabagismo, prática associada a hipertensão arterial tem caído no período observado.
Em geral recomenda-se constantemente para estes pacientes a prática de exercícios físicos e uma dieta pobre em sal. Seria está uma forma clara de se instruir o paciente portador desta doença?
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a Dieta DASH é estudada desde 1990 e chegou ao Brasil em 2004 apresentando grandes benefícios na redução da pressão arterial em pacientes hipertensos, funcionando como um padrão alimentar saudável por não restringir grupos alimentares inteiros, e sim trabalhar com porções. Entretanto, apesar do incentivo do MS em divulgar e auxiliar a aplicação desta dieta através de aplicativos, observamos que esta dieta ainda é pouco conhecida. Pensando nisso iremos buscar soluções para a divulgação destas informações para pessoas em idade avançada, onde se concentra a maior parte dos hipertensos e o menor acesso as atualizações sobreo tema.
Observou-se alguma alteração nos hábitos alimentares da população nos anos 90 para justificar um aumento considerável nos casos de hipertensão a ponto de se investigar uma dieta apropriada para o público hipertenso?
Com o consumo desenfreado de alimentos industrializado com alto teor de sódio e a livre propaganda de bebidas alcoólicas e cigarros podemos notar que os hábitos desta população contribuíam para o aumento da pressão arterial. Levando em consideração o sucesso da dieta vegetariana para o controle deste distúrbio, a Dieta DASH surge como uma opção atrativa para aqueles que desejam controlar a hipertensão sem abrir mão deste alimento em sua dieta.
 Esta dieta é reconhecida e recomendada pelos profissionais de nutrição?
 Esta dieta foi divulgada nos anos 90 e só foi citada no Brasil a partir de 2004, ou seja, fazem apenas 17 anos desta dieta aqui no país, pensando nisso podemos imaginar que ela ainda não se popularizou e apenas os profissionais que se especializam nesta área devem se aprofundar nesta dieta.
 Os praticantes desta dieta possuem facilidade em segui-la e sentem diferenças significativas suficientes para recomendá-la?
A Dieta DASH não se refere a uma dieta restritiva, ela propõe algumas mudanças de hábitos e redução de consumo de alguns itens que podem ser prejudiciais para a saúde de hipertensos, portanto não tratasse de uma dieta que envolva grandes gastos ou mudanças o que facilita muito a adaptação, os resultados esperados devem ser acompanhados diariamente para que a diferença seja notada e outros benefícios como emagrecimento e controle de diabetes e triglicérides podem estar associados a esta dieta, porém não são o objetivo principal e por isso podem se manifestar de forma mais branda ou forte em cada indivíduo. Acredita-se que esta dieta seja recomendada por seus praticantes aos seus familiares que possam herdar estas comorbidades ou á conhecidos que querem mudar seus hábitos alimentares com o objetivo de prevenir a hipertensão ou conseguir uma melhor qualidade de vida através da alimentação.(BRICARELLO, 2018) 
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Apresentar os benefícios Dieta DASH ao público com uma estratégia de ampla divulgação entre a coletividade portadora de hipertensão arterial ou aqueles que conhecem pessoas portadoras de hipertensão arterial.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Levantar e identificar o nível de conhecimento sobre a dieta DASH; 
· Encontrar os dados de pesquisas, estudos e testes publicados com os resultados obtidos pela utilização da Dieta DASH;
· Desenvolver um Blog para ampliar o conhecimento sobre a Dita DASH;
3. METODOLOGIA
O estudo será construído de forma transversal, utilizando referências bibliográficas confiáveis como livros e publicações, artigos científicos e dados fornecidos por boletins dos órgãos responsáveis, como ministério da saúde, OMS entre outros, e contará com pesquisa quantitativa construída, aplicada e analisada pelos membros deste trabalho sob a supervisão de seu orientador. O artigo em sua integralidade será construído entre os meses de fevereiro e dezembro de 2021. As entrevistas serão realizadas virtualmente, de forma individual, através de formulário composto por questões fechadas e estruturadas, objetivando a maior amostra possível de indivíduos brasileiros portadores ou não de hipertensão arterial, que após serão segmentados para análise e apresentação dos resultados em forma de gráficos.
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1DIETA DASH
A Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é um plano alimentar para prevenção e tratamento da hipertensão arterial desenvolvido pelo órgão do governo americano National Heart, LungandBloodInstitute (NHLBI). Surgiu como resultado de um estudo multicêntrico randomizado, realizado em alguns centros universitários dos Estados Unidos, que testouo seu efeito sobre a pressão arterial.(DAVID,2009) 
De acordo com David (2009), deve ser uma dieta rica em potássio, cálcio, magnésio e antioxidantes e pobre em gorduras saturadas, colesterol e gordura total. Para isso, deve-se favorecer a ingestão de frutas, hortaliças, grãos integrais e sementes oleaginosas; peixes (especialmente aqueles ricos em ômega-3, como o salmão, anchova, linguado, bacalhau, truta, arenque, cavala, atum e sardinha); laticínios (leites, queijos e iogurtes) de preferência leites desnatados ou semi-desnatados,pois contém um baixo teor de gordura, o que é solicitado nesta dieta. 
4.2 ALIMENTOS CONTRA-INDICADOS
Segundo Panelle (2020), alimentos contra indicados são bebidas açucaradas como exemplo refrigerantes, achocolatados, sucos industrializados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, alimentos congelados exemplo pizza, lasanha, hambúrguer e bebidas alcoólicas em excesso, pois podem induzir um aumento na pressão arterial.
4.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL
A Hipertensão Arterial é o mais importante fator de risco para o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e o seu tratamento está entre as estratégias de prevenção mais efetivas. 
A permanecia de HA aumenta com o passar da idade (mais de dois terços das pessoas com mais de 65 anos são hipertensas) e com a presença de obesidade dizia Piper (2012). 
Sabe-se que existem outras formas de reduzir a pressão arterial, além dos medicamentos (OLMOS,2001), e um meio para se obter uma diminuição de HA é o uso da Dieta DASH. 
4.4 PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COM USO DA DIETA DASH
Uma pesquisa selecionou pessoas com pré-hipertensão e HAS grau I. Ao aplicar a dieta DASH com restrição parcial do sódio, foi verificada a redução dos valores pressóricos. Além disso, foi concluído que quanto maiores forem os valores de pressão arterial, maior será a redução advinda da dieta DASH. Nesse contexto, alguns indivíduos com valores pressóricos ≥ 150 mmHg no componente sistólico obtiveram redução de até 20 mmHg na pressão sistólica (REIS EA,et al., 2021).
Em relação à ingestão de substitutos do sódio na dieta DASH,Hock (2018) diz haver uma redução da pressão arterial, muitos estudos epidemiológicos e ensaios clínicos exploraram os efeitos de tal conduta (consumo de sais com baixo teor de sódio e alta concentração de potássio, cálcio e magnésio) na redução da pressão arterial. Uma análise mostrou que a utilização dos substitutos do sódio é eficaz tanto na diminuição da pressão sistólica, quanto na diastólica o resultado disso foi uma redução da ingestão de sódio na população em torno de 33%, bem como uma diminuição de > 10 mmHg na Pressão Arterial sistólica e diastólica, além de uma redução de 80% de AVC. 
PengYg (2014) citou outro estudo na qual analisou a substituição do sódio por cloreto de potássio por dois meses a 3 anos o resultado foi a diminuição da pressão arterial em 5,7 mmHg e 2,0 mmHg, confirmando, assim, o efeito hipotensor do uso de substitutos do sódio. Alguns exemplos de alimentos ricos em potássio são: feijão, laranja, ervilha, leite desnatado, damasco e abacate.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 RESULTADOS
Como forma de embasamento neste trabalho, foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa explicita na metodologia com a participação de 55 pessoas, sendo o objetivo em questão do conhecimento da sociedade a respeito da dieta DASH. 
· Faixa etária das pessoas que se disponibilizaram para responder o formulário: abaixo de 18 anos 38,2%, de 19 á 23 anos 21,8%, 24 á 29 anos 12,7%, 30 á 35 anos 9,1% e acima de 36 anos 18,2% (figura 1). 
Figura 1
· Gêneros: feminino 67,3%, masculino 29,1% e aqueles que prefiram não dizer 3,6% (figura 2).
Figura 2
· Indivíduos com hipertensão arterial 29,1%, conhecidos quem tenham essa enfermidade 54,5% e não tem relação com ninguém que tenha HA 16,4% (figura 3).
Figura 3
· A realização de dietas restritivas por causa da hipertensão arterial, 5,5% realizaram e 94,5% não (figura 4).
Figura 4
· Conhecimentos ou práticas das dietas: Dieta do Mediterrâneo 1,8%, Dieta Paleolítica 5,5%, Dieta DASH 3,6%, outro 10,9% e não conheço nenhuma das escolhas 78,2% (figura 5).
Figura 5
· Com relação ao tratamento da dieta DASH nunca utilizei 23,6%, utilizo atualmente 1,8%, o não conhecimento da dieta 74,5% (figura 6).
Figura 6
· Se faz a utilização da dieta DASH tem acompanhamento profissional, sim com médico 6,1% e não 93,9% (figura 7). 
Figura 7
5.2 DISCUSSÕES
As evidências disponíveis sugerem que modificações no estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta tipo DASH, são estratégias eficientes, assim a dieta DASH parece ser uma estratégia não medicamentosa promissora, de baixo custo e sem efeitos colaterais, para a prevenção de Hipertensão Arterial como AVC. (PIPER,2012)
O estudo DASH demonstrou que certos padrões dietéticos (especificamente uma dieta rica em frutas, verduras e grãos, incluindo derivados desnatados do leite, peixe, legumes, aves e carnes magras, com conteúdo reduzido de doces e bebidas ricas em açúcar) podem afetar a pressão arterial favoravelmente em adultos. (OLMOS,2001) 
É perceptivo que os indivíduos participantes desta pesquisa, mostraram não ter o conhecimento necessário para cuidar, prevenir ou controlar a hipertensão arterial. 
Das questões abordados como faixa etária e gênero, obteve respostas substanciais como um número maior em mulheres e da idade de 18 anos, uma proporção grande em pessoas que não fazem acompanhamento com profissionais da área da saúde, a porcentagem em número de quem conhece a dieta DASH foi tão menor, isso nos mostra o nível que a sociedade têm ao se tratar em conhecer a dieta apresentada neste trabalho. 
REFERÊNCIAS
BRICARELLO, Liliana Paula et al.Abordagem dietética para controle da hipertensão: reflexões sobre adesão e possíveis impactos para a saúde coletiva. 2018. Disponível em:  <https://www.scielosp.org/article/csc/2020.v25n4/1421-1432/pt/>. Acesso em 03 de março de 2021
PIPER, Vanessa Alves et al. Dieta DASH na redução dos níveis de pressão arterial e prevenção do acidente vascular cerebral, 2012. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/159362>. Acesso em 02 de março de 2021
SANTOS, Luciana Kaercher John dos. Avaliação da adesão à dieta DASH pelo escore DASH em pacientes hipertensos: ensaio clínico randomizado. 2017. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/171572>. Acesso em 02 de março de 2021
CARVALHO NETO, Francisco João de et al. Construção de tecnologia educacional: promoção do conhecimento sobre dieta DASH. 2020. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1097017>. Acesso em 08 de março de 2021
DAVID, Isabela M. B. Dieta DASH. Disponível em:<https://20Documents/Grupo%203/diet-dash.pdf?CT=1632432702453&OR=ItemsView>. Acesso em 23 de setembro de 2021
PANELLE, Marielle F. et al. Cartilha de orientação e planejamento nutricional nos padrões dietéticos DASH* e mediterrâneo. Disponível em: <www.httsp://www.hcfmb.unesp.br./biblioteca-virtual>. Acesso em 24 de setembro de 2021
PIPER, Vanessa Alves et al. Dieta DASH na redução dos níveis de pressão arterial e prevenção do acidente vascular cerebral. 2012. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/159362/001015968.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 24 de setembro de 2021
OSMOS, Rodrigo Díaz e Isabela M. Benseñor. Dietas e hipertensão arterial: Intersalt e estudo DASH. 2001. Disponível em: <http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-2/dietas.pdf>. Acesso em 24 de setembro de 2021
REIS, E. A.et al. Efeitos metabólicos da adoção das abordagens dietéticas para controlar a hipertensão (DASH). Brazilian Journal of Health Review. 2021. Disponível em: <https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/32362>. Acesso em 24 de setembro de 2021 
HOCK S, et al. Tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial sistêmica. 2018. Disponível em: <https://afmo.emnuvens.com.br/afmo/article/view/42/39>. Acesso em24 de setembro de 2021
PENG YG et al. Effects of salt substitutes on blood pressure: A meta-analysis of randomized controlled trials. Am. J. Clin. Nutr. American Society for Nutrition. 2014. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25411279/>. Acesso em 24 de setembro de 2021