Clinica de pequenos animais II - OTOPATIA

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Otopatias em Cães e Gatos 
 
 
- Não é ouvido, é ORELHA 
- É o mesmo tecido internamente da orelha interna – com pelo, glândula sebácea e 
seruminosa 
 
 
- Pelo: só removo quando atrapalha tratamento 
- Limpeza: limpo semananalmente só, pois quanto mais tira mais produz. 
- Cotonete pode empurrar a cera de volta. 
 
 
 
 
- Otoscopia: principal ferramenta para avaliação. 
- Otoscópio tem que ser o veterinário 
 
 
OTITE EXTERNA 
•A mais comum delas !! 
•Em cães causa alérgica 
•Aproximadamente 50% das OE em gatos são por Otodectes cynotis 
 
 
 
- Manifestações clínicas 
✓ Eritema (pavilhões auriculares, meato e conduto auditivo) 
✓ Prurido e meneios cefálicos 
✓ Dor 
✓ Otohematoma 
 
- Cronicamente: Alterações proliferativas – ESTENOSE/OCLUSÃO – Fibrose e/ou mineralização 
 
Meneio cefálico: chacoalhar cabeça – pode ser coceira ou dor. 
 
 
- Otite Ceruminosa: Cera produzida em excesso 
Produz cera e inflama 
 
Predisposição genética: Labrador, Cocker Americano, Sharpei e Persa 
 
- Todo processo inflamatório causa cera 
- Doenças associadas: Endocrinopatias (Hipertireoidismo), Distúrbios de queratinização, 
Manejo, Corpo estranho. 
 
- Otite Eczematosa: inflama e causa cera 
Principal causa: alergia 
 
 
 
 
- Alergopatias: Alergia Alimentar e Dermatite Atópica. 
 
 
 
- Otite só essas duas, o resto é consequência dela. 
 
. 
 
Otite Bacteriana 
 
- Otite fúngica, bacteriana ou estenosante é secundária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Otite Hiperplásica / Estenosante 
 
 
 
Otite Externa - Diagnóstico 
- Verificar Pavilhão Auricular 
- Olfação 
- Palpação 
- Otoscopia: o que avaliar 
- Parasitológico de Cerúmen 
- Citologia 
- Fibro-otoscopia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- E se não houver conclusão faço citologia laboratorial. 
TERAPIA OTITE EXTERNA 
Princípios básicos 
1. Higienização do conduto auditivo 
2. Diminuir a inflamação 
3. Controlar a infecção 
 4. Controlar doenças doenças de base 
 
 
 
 
Quando está muito inflamado dou prioridade para ceruminoliticos que são mais 
neutros. 
 
Lavagem ótica 
- Solução fisiológica morna 
- Remoção do exsudado 
- Preparação: Prednisona (1 mg/kg 5 dias) Ceruminolítico 
- Rx , TC ou RM 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glicocorticóides - Uso racional 
Úteis na maior parte dos casos: Redução: prurido, dor, edema, exsudação, proliferação 
tecidual e estenose 
 
Glicocorticóides Tópicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia antimicrobiana 
•Malassezia pachydermatis 
•Staphylococcus spp (pseudointermedius) 
•Pseudomonas spp 
 
Terapia 
Leveduras: terapia tópica 
- Miconazol 
- Nistatina 
- Clotrimazol 
- Posaconazol 
- Terbinafina 
 
- Com mínimo de 21 dias. 
 
 
 
Otite Externa Terapia 
Bactérias: terapia tópica 
- Cloranfenicol 
- Ciprofloxacina 
- Neomicina 
- Gentamicina 
- Tobramicina 
 
 
 
 
Prednisolona 1 mg/kg a cada 24 horas, mínimo 15 dias – CUIDADOS com efeitos adversos 
Ciclosporina 5mg/kg a cada 24 horas – demora 4 semanas para efeito pleno 
 
 
 
 
Doença inflamatória da orelha média 
- Subdiagnosticada: 16% otite externa aguda; 50-80% otite externa crônica 
- Alterações neurológicas: DOR 
 
Otite interna 
- Vestibulopatia periférica 
- Manifestações neurológicas 
- Associação com otites externa e média (extensão da otite média) 
 
Manifestações clínicas 
- Andar em círculos, queda para o lado da lesão 
- Emese e disorexia 
- Perda de audição (anacusia / disacusia) 
 
 
 
 
Otite Média 
Otite Interna 
Diagnóstico 
- SEMPRE deve incluir exames de imagem 
- Video-fibro-otoscopia 
- Cultura e antibiograma 
- A otoscopia convencional quando bem realizada pode dar o diagnóstico (mas nem 
sempre é possível...) 
 
 
 
Otite Média Terapia 
1. Miringotomia (acesso à orelha média) 
2. Material cito / cultura 
3. Lavar a bula 
4. Infundir medicação tópica 
5. reduzir inflamação (corticóides) 
6. ATBs sistêmicos 
 
 
 
 
 
Pólipos e Neoplasias 
➢As neoplasias mais comuns são as de origem de glândulas ceruminosas (HARVEY et 
al., 2001); 
➢No cão as neoplasias são em sua maioria benignas, já no gato 50% dos casos 
apresentam malignidade (MILLER, GRIFFIN, CAMPBELL, 2013); 
➢Em gatos os pólipos nasofaríngeos inflamatórios são formações benignas, ascendem 
pela tuba auditiva e invadem a orelha média com perfuração timpânica. Otite crônica e 
doença respiratória são predisponentes (MILLER, GRIFFIN, CAMPBELL, 2013); 
➢Cães também apresentam pólipos como consequência de inflação crônica – conduto 
externo é mais comum; 
 
 
 
➢Colesteatoma: crescimento expansivo de epitélio escamoso estratificado, com 
invasão da orelha média e destruição óssea. Braquicefálicos são os mais predispostos, 
mas pode ocorrer em quaisquer animais com otite crônica; 
➢A terapia é sempre cirúrgica! ▪ Ablação parcial ou total (considerar a topografia); ▪ 
Ressecção – massas pequenas que ocupem menos de 180°; ▪ Pólipos nasofarígeos – 
arrancamento; ▪ Cistomatose ceruminosa – laser/cautério; ▪ Colesteatoma – ablação 
total com curetagem cuidadosa da bula com/sem osteotomia ventral da bula. 
 
Mensagens para casa 
- Otites crônicas: a maior parte dos casos (evolução de mais de 3 meses) 
- Boa anamnese – verificar causa de base – ALÉRGICA 
- Bom exame dermatológico – BOM exame otoscópico 
- Realização de citologia 
- Realização de cultura e antibiograma ? 
- Uso de ceruminolítico prévio / Lavagem ótica ? Realização de exames de imagem: 
fibro-ostoscopia, RM, Tomo