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RESUMO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Ao pensarmos na História da Educação no Brasil, devemos voltar 500 anos atrás, com a chegada dos colonizadores portugueses em nossa terra. No Brasil viviam povos nativos, os chamados índios. Os povos eram divididos por suas Línguas e se espalhavam por toda a costa e nas bacias dos rios Paraná-Paraguai, os dois principais grupos indígenas eram os Tupis-guaranis e os Tapuias. Dentro destas sociedades a educação estava ligada á sua sobrevivência, e era transmitida oralmente, aprendiam à caça a pesca, a agricultura e o artesanato, estas atividades eram ainda divididas de acordo com o sexo e a idade. A educação era de tradição, ou seja, tudo era passado de pai para filho de geração em geração. Dentro de uma aldeia, mesmo que todos tivessem suas casas e lugares de plantio, não existe uma apropriação de terra pela parte de ninguém, tudo era de todos, inclusive os conhecimentos. Durante muitos anos a educação em solo brasileiro permaneceu assim, mas tudo começou há mudar poucos anos depois de 1500.
Com o surgimento da Reforma protestante na Europa, a companhia de Jesus foi fundada por padres jesuítas, com o objetivo de promover o catolicismo. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549. O objetivo dos padres era a catequização dos nativos, mas para isso era necessário ensina-los a ler e escrever. O principal obstáculo no processo educacional era o idioma, visto que as línguas indígenas iam muito além do tupi-guarani, sem contar com a resistência das mães das crianças, que não eram muito de acordo com a influência europeia para seus filhos. A ação da igreja foi de extrema importância nos traços culturais de nosso país, onde ate hoje predomina a fé católica. Além da ajuda financeira que a igreja fornecia, os jesuítas usavam os índios como mão-de-obra para atividades agrícolas. O fim dos jesuítas no Brasil se deu por conflitos com Bandeirantes, que disputavam por terras cultivadas pela ordem dos padres.
No decorrer da história, inicia-se então, período denominado Pombalino. Pode-se dizer que o período pombalino no Brasil se iniciou quando o Marquês de Pombal recebeu o cargo de primeiro-ministro pelo Rei D. José I. E então umas séries de mudanças começaram a ser estabelecidas no país, principalmente no esforço para recuperar a economia através da concentração do poder real. Na sua primeira década como ministro ele começou um processo de expulsão dos Jesuítas, em que tinha como principais motivos apontados: empecilho na conservação da unidade cristã e da sociedade civil educava o cristão para a Companhia e não para os interesses do país. E assim começou a ser instituído o Estado Laico no Brasil. Outra grande criação nesse novo período foi a Mesa Censória, que retirava o poder da igreja e encarregada o Estado de todas as obrigações, inclusive dos negócios da Educação. A criação das Escolas Menores eram escolas gratuitas comandadas pelo Estado, estimulando a formação de cidadãos brasileiros.
Com a chegada da família real em nosso território, vamos começar a passar por diversas outras mudanças. O Brasil passou por modificações consideráveis: Abertura dos portos, Imprensa, Museu, Biblioteca, Academias. Modificação dos interesses em relação ao Brasil que passa a se constituir como prioridade na agenda cultural portuguesa. Passam a circular os primeiros jornais e revistas, tanto no Rio de Janeiro como na Bahia. Também vamos ter diversas mudanças no quadro das instituições educacionais, como a criação de diversos cursos que hoje são como o nível superior no nosso território. Além disso, começou a se aproximar da estrutura de aula que temos hoje e a tendência ao ensino profissionalizante. Sendo assim a educação brasileira começou a se estabelecer verdadeiramente.
Dando inicio ao período imperial no Brasil, também vamos ter notáveis mudanças no sistema educacional do país. A Educação no Primeiro Reinado foi marcada pelo projeto de Constituição: “Haverá no Império escolas primárias em cada termo, ginásios em cada comarca e universidades nos mais apropriados locais”. Constituição de 1824: garantia da “instrução primária gratuita a todos os cidadãos” e criação de “Colégios e Universidades, onde serão ensinados os elementos das ciências, belas artes e artes.”. Ainda no primeiro reinado foi feita a primeira Lei para a educação de 15 de outubro de 1827 determina que se criem as escolas de primeiras letras que forem necessárias em todas as vilas, cidades e lugares. 
A lei de 15 de outubro de 1827, para a lei escolar do Império, meninas tinha menos capacidade intelectual que os meninos, sendo assim, não era permitidos o ensino de matemática para as mulheres. As meninas eram limitadas aprenderem apenas as quatro operações básicas. E para a admissão de professoras era somente se a mulher provasse que era uma mulher respeitosa em sua vila.
Durante o Período Regencial foi criado o Ato Adicional de 1834. Que responsabilizava as Províncias  pela educação elementar e secundária.  Como não existiam muitos professores no país, foram criadas as escolas Normais, que eram escolas responsáveis pela formação de professores. Educação no Segundo Reinado teve a volta dos jesuítas para o país. O período foi marcado por diversas reformas, entre elas estão: 1854 – Reforma Couto Ferraz – Ensino Primário e Secundário no Município da Corte; 1854 – Reforma Luís Pedreira –Cursos Jurídicos e dos Cursos de Medicina; 1878 - Projeto para a criação de cursos noturnos para adultos analfabetos, no Município da Corte.
Entre 1889 e 1930, o Brasil passa por um novo período intitulado de República Velha. E assim como em qualquer outro período estudado, vamos ter mudanças significativas na educação. Acreditava-se que a educação era a única redentora dos males sociais, tendo assim a necessidade de construir a nação formando o cidadão, o homem público; Salvar a criança estaria salvando o país; e teve-se também grande influencia das ideias positivistas. Duas orientações principais: tornar os diversos níveis de ensino “formadores” e não apenas preparadores; romper com o academicismo mediante uma formação fundamentada na Ciência; Acréscimo das matérias científicas às tradicionais: ensino enciclopédico. 
Por volta de 1890, iniciaram uma serie de reformas, sendo a primeira a Reforma Benjamin Constant, que trazia o Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Distrito Federal, Regulamento de Ginásio Nacional e Criação e Aprovação do Conselho da Instrução Superior – instituição do Exame de “madureza”. Em 1901 vamos ter a reforma Epitácio Pessoa, que tem como principais características o Código de Institutos Oficiais de Ensino Superior e Secundário, e também a retirada de Biologia e Sociologia e inclusão da Logica. Em 1911 teremos a Reforma Rivadavia Correia, que trás a Lei Orgânica do Ensino Superior e do Ensino Fundamental na República – total liberdade, desoficialização do ensino, – exames de admissão pelas próprias Faculdades. Na parte da organização escolar vamos ter: um Ensino Primário, gratuito e Laico; O município tinha a responsabilidade de construir o prédio escolar e o Estado de pagar professores e funcionários, bem como fornecer livros oficiais; Cursos de quatro anos, com aulas das 9 às 14 horas; Currículo com Leitura, Escrita, Caligrafia, Moral Prática, Educação Cívica, Geografia Geral, Cosmografia, Geografia do Brasil, Noções de Química, Física e História Natural, Música, Canto e Ginástica; exames rigorosos tanto orais como escritos; escolas intermediarias ou provisórias sendo menos exigentes.
Baseado no decreto N° 19.890, de 18 de Abril de 1931, podemos perceber algumas diferenças sendo  inseridas nos métodos de ensino do Brasil. A seguir, veremos de que modo deveria ser a educação segundo a legislação. Logo no ensino secundário teremos varias mudanças, primeiramente irei tratar dos cursos. O ensino se secundário era dividido em duas etapas, fundamental e complementar,  com a duração total de 5 anos. Em cada serie eram estudadas certas disciplinas:  1º serie: Português, Francês, Historia da civilização, Geografia,Matemática, Ciências, Desenho e  Música. 2º  serie: Português, Francês, Inglês, Historia da civilização, Geografia, Matemática, Ciências,  Desenho e Musica. 3º  serie: Português, Francês, Inglês, Historia da civilização, Geografia, Matemática, Física, Química,  Historia natural, Desenho e Musica. 4º  serie: Português, Francês, Latim, Alemão (facultativo), Historia da civilização, Geografia, Matemática, Física, Química, Historia natural e Desenho. 5º  serie: Português, Latim, Alemão (facultativo), Historia da civilização, Geografia, Matemática, Física, Química, Historia natural e Desenho. Era obrigatório a pratica de educação  física em todas as turmas.
Na metodologia, havia durante o ano letivo arguições, trabalhos práticos e, ainda, provas escritas parciais, com atribuição de nota. O aluno deveria fazer um exame de admissão na segunda quinzena de fevereiro,  onde deveriam apresentar um atestado de vacinação contra varíola e pagar a taxa de inscrição e ter  idade mínima de 11 anos e máxima de 13 anos. A matricula era realizada de 1 a 14 de março. O ano letivo  tinha inicio em 15 de março e terminava em 30 de novembro. O corpo docente constituído de professores catedráticos, diplomados pela Faculdade de  Educação, Sciencias e Lettras, sendo escolhidos através de concursos e nomeados através de  decretos do Governo Federal. O professor teria um contrato de até 10 anos.
Nos Anos 50, vamos ter um evento denominado de Marcha para o Oeste, que foi um plano desenvolvido por Getúlio Vargas, tendo como objetivo ocupar a região central do país, promovendo o desenvolvimento populacional e a integração econômica da região Centro-Oeste do Brasil. A marcha para o oeste estava inserida no projeto de desenvolvimento econômico e buscava o desenvolvimento das regiões pouco povoadas do interior do Brasil. A propaganda varguista tinha como base a afirmação de que se era um processo fundamental, com a incorporação das novas áreas semi despovoadas, assim visando a construção de uma grande nação, assim também acabando com o chamado “vicio do litoral”, em que a população só buscava se instalar na região litorânea do país. A campanha teve sucesso na promoção do desenvolvimento populacional das regiões. Ademais, houve o crescimento da malha rodoviária. Entretanto, o projeto sofreu bastante com a falta de incentivo e apoio, fez com que os colonos vivessem em condições muito precárias nas regiões onde foram desenvolvidas as colônias.
Durante o período ditatorial no Brasil, o ensino superior passou por varias reformas, sendo as de maior destaque: A organização e o funcionamento das universidades serão disciplinados em estatutos e em regimentos das unidades que as constituem, os quais serão submetidos à aprovação do Conselho de Educação competente; Os programas de aperfeiçoamento de pessoal docente deverão ser estabelecidos pelas universidades, dentro de uma política nacional e regional definida pelo Conselho Federal de Educação e promovida através da CAPES e do Conselho Nacional de Pesquisas; O Conselho Federal de Educação interpretará, na jurisdição administrativa, as disposições desta e das demais leis que fixem diretrizes e bases da educação nacional, ressalvada a competência dos sistemas estaduais de ensino, definida na Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
Em 1970, o governo Federal criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização, também conhecido pela sigla MOBRAL, com o objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em um período de 10 anos. O programa MOBRAL tinha como proposta a alfabetização de jovens e adultos, visando educar ensinando a ler, escrever e a calcular, permitindo melhores condições de vida. O programa acabou não findando e foi extinto em 1985. O movimento tinha o compromisso de dedicar-se à alfabetização de adultos, porém acabou sendo expandido por todo o país no final da década de setenta e ainda foi ampliado o seu campo de atuação até a quarta serie do ensino fundamental. No entanto, as metas criadas ficaram longe de ser atingida, isso porque o MOBRAL não conseguiu alterar os campos de analfabetismo. O nome do projeto adquiriu conotação negativa, tornando-se um adjetivo, sinônimo de indivíduo com pouca instrução formal, "semianalfabeto" ou "analfabeto funcional".

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