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SUTURAS Aproximação de estruturas teciduais; Manipulação e apresentação de tecidos: Bordas devem ser apresentadas e elevadas; Colocação da agulha no porta-agulha: Agulha presa na parte média (um pouco atrás); Transfixação das bordas: Um ou dois tempos; Extração da agulha: Apontar para cima apenas quando atravessar as duas bordas; Evitar usar os dedos para a retirada. Diretrizes básicas para uma boa sutura Inserir a agulha com ângulo de 90º; Adotar um caminho curvilíneo; Simetria tanto nos lados como na profundidade. Boa sutura e efeito estético Sutura interrompida X Sutura contínua SUTURAS ----- Interrompida Contínua V A N TA G EN S Permite o ajuste da tensão em toda a linha de sutura; Mais rápido; A falha de um nó não traz muitos problemas; Menos material estranho na ferida; Gera uma maior tensão, melhor mobilidade e distensibilidade tecidual; Propicia uma vedação mais hermética; Sutura interrompida X Sutura contínua SUTURAS ----- Interrompida Contínua D E S V A N T A G E N S Mais tempo necessário para amarrar nós individuais; Falha do nó pode levar à quebra da linha de sutura; Gasta-se mais material de sutura; Menor precisão do controle da tensão e aproximação da ferida; Aumento na quantidade de material estranho na ferida. Forma helicoidal diminui a microcirculação e favorece edemas. SUTURAS INTERROMPIDAS Mais utilizada e mais versátil; Colocada a mais de 0,5 cm da área incisada (comum a TODA sutura); Usada em suturas internas e externas (pele comumente); TÉCNICA - Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, unir as extremidades do fio com nó. Simples separado/Interropido Sutura de aposição; Não promove alteração de fluxo sanguíneo; Previne eversão dos tecidos; Sutura de fechamento mais forte que simples separado; TÉCNICA - Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, logo em seguida iniciar nova perfuração lateral a primeira entrada também saindo na outra margem e após unir as extremidades do fio com nó, dando o formato de “X”. “X”/Cruzada/Sultan “X”/Cruzada/Sultan Aposição completa das bordas com leve eversão das bordas; Causa mínima alteração do suplemento sanguíneo; Pode ser usada como sutura de tensão (primeira linha de sutura); TÉCNICA – Primeira passagem na borda maior que o 0,5 cm comum as suturas, passa por dentro da ferida cirúrgica saindo na outra margem um pouco mais de 0,5 cm (distância semelhante a entrada), volta pela face externa por onde acabou de sair aproximadamente 2/3 mm perto da ferida cirúrgica saindo na outra borda mais ou menos na mesma distância da entrada anterior, após unir as extremidades do fio com nó, dando o formato de “U” verticalizado. Donatti/“U” Vertical Donatti/“U” Vertical Promove leve eversão das bordas; Forma um quadrado perfeito; Usada como sutura de tensão moderada; Em pele gera cicatrização excessiva e reduz suprimento sanguíneo das bordas; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, volta pela face externa por onde acabou de sair sendo sua entrada paralela a saída anterior indo na outra borda pela parte interna da ferida, ao término unir as extremidades do fio com nó, dando o formato de “U” horizontalizado. Wolff/“U” Horizontal Wolff/“U” Horizontal Indicada para órgãos ocos; Bordas das feridas ficam para dentro, sutura invaginante; Sero-muscular não contaminante » não penetra na luz do órgão que está sendo suturado; TÉCNICA – Passar agulha na primeira borda entrando longe e saindo perto (entrar pela camada sero-muscular sem pegar o lúmen do órgão interno), na segunda borda entra perto e saindo longe, ao término unir as extremidades do fio com nó gerando uma invaginação (pode ser de uso interrompido e contínuo também). Lembert Lembert Indicada para eviscerações e hérnias (uma borda reforça a outra, excelente resistência a tensão); Sutura de sobreposição; TÉCNICA – Passar agulha na primeira borda entrando longe e saindo dentro, na segunda borda entra perto de fora para dentro e sai longe, depois invertemos o sentido da agulha entrando na primeira borda sendo de dentro para fora ao término unir as extremidades do fio e uma borda FICARÁ SOBRE A OUTRA. Jaquetão Jaquetão Variações da sutura tipo ‘Colchoeiro’; Para fechamento de pele e regiões sob tensão; TÉCNICA (longe-longe/perto-perto) – Passar agulha na primeira borda entrando longe e por dentro saindo longe na segunda borda entra perto de fora para dentro ainda na segunda borda e sai de dentro para fora na primeira borda ao término unir as extremidades do fio. TÉCNICA (longe-perto/perto-longe) – Passar agulha na primeira borda entrando longe e por dentro saindo perto na segunda borda, então entra perto de fora para dentro na primeira borda e sai de dentro para fora longe na segunda borda ao término unir as extremidades do fio. Longe longe perto perto Longe perto perto longe Longe longe perto perto Longe perto perto longe Longe longe perto perto Longe perto perto longe Variação da simples interrompida; Ajuda a controlar a eversão da mucosa; Indicada para anastomose; TÉCNICA – Passar agulha na primeira borda entrando de fora para dentro (até a mucosa) retorna pela mucosa da mesma borda e volta pela submucosa; na outra borda entra pela submucosa e sai pela mucosa retornando ao exterior da segunda borda e depois é só unir as extremidades do fio com nó. Gambee Gambee SUTURAS CONTÍNUAS Indicada para tecidos elásticos e mínima tensão; Ideal para maior aproximação das bordas das feridas; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, unir as extremidades do fio com nó. Ainda com o fio agulhado realizamos nova perfuração paralela a primeira entrada repetindo os passos até pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Simples contínua/Kurschner Simples contínua/Kurschner Indicada para situações quando existem resistência tecidual; Empregadas em suturas longas, pois, dificilmente eles afrouxam; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, unir as extremidades do fio com nó. Ainda com o fio agulhado realizamos nova perfuração paralela a primeira entrada só que o fio passa por dentro do próprio fio numa espécie de “balão”, repetindo os passos até pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Festonada/Reverdin/Ford/Ancorada/Retrógrada Festonada/Reverdin/Ford/Ancorada/Retrógrada Indicada para pele e em certos graus de eversões; Ideal para maior aproximação das bordas das feridas; Permite um rápido fechamento; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, unir as extremidades do fio com nó. Ainda com o fio agulhado realizamos nova passagem perpendicular a incisão no mesmo lado onde iniciamos a sutura com uma distância de 2 cm em relação ao ponto de partida repetindo os passos na direção contralateral até pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Colchoeiro/”U” Contínua Colchoeiro/”U” Contínua Sutura de aposição sero-mucosa; Ideal para anastomose intestinal; Lembra um “cadarço de sapato”; Sutura CONTAMINANTE, podendo ser necessário uma sutura evaginante/eversante. TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica saindo na outra margem, após, unir as extremidades do fio com nó. Entra na segunda margem por dentro (transpassa mucosa, serosa, muscular em que o fio tem contato com o lúmen do órgão) avançando com o fio em diagonal, sempre com a entrada pela mucosa (semelhante ao cadarço do sapato) repetindo os passosaté pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Schmieden Schmieden Indicada para sepultamento de outras suturas e para invaginar as bordas da ferida; TÉCNICA – Passar agulha na primeira borda entrando longe e saindo perto (entrar pela camada sero-muscular sem pegar o lúmen do órgão interno), na segunda borda entra perto e saindo longe, ao término unir as extremidades do fio com nó gerando uma invaginação. Ainda com o fio agulhado repetir os mesmos passos até o pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Lembert contínua Lembert contínua Início na serosa até atingir a muscular e retornando pela serosa sem atingir o lúmen; Não contaminante; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica (sem atingir o lúmen saindo na serosa/muscular/serosa) saindo na outra margem (sem atingir o lúmen saindo na serosa/muscular/serosa), após, unir as extremidades do fio com nó. Passar agulha paralelamente as bordas da ferida em um lado onde foi realizado o ponto anterior e depois repetir contralateral até pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Cushing Cushing Idêntica a Cushing mas atravessa a mucosa; Contaminante; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas, transpassar pela face externa da ferida cirúrgica (até atingir o lúmen atravessando a mucosa) saindo na outra margem (até atingir o lúmen atravessando a mucosa), após, unir as extremidades do fio com nó. Passar agulha paralelamente as bordas da ferida em um lado onde foi realizado o ponto anterior e depois repetir contralateral até pleno fechamento da área incisada com realização do nó final. Connell Connell Indicada para fechamento de orifícios; Sutura em círculo e ao redor dos orifícios com posterior tração para fechamento; TÉCNICA – Passar agulha em uma das bordas de forma circular ao redor do orifício com posterior tração então unimos as extremidades do fio com o nó. Ocorrerá o fechamento do orifício em questão (semelhante a um artesanato em “fuxico”). Bolsa de fumo/de tabaco Bolsa de fumo/de tabaco Indicada para redução de espaço morto da cavidade; Uso intradérmico ou sub-cutâneo; Utilizado em cirurgias plásticas; Indicado para animais agressivos, sem a necessidade da retirada posterior (FIO ABSORVÍVEL DE LONGA DURAÇÃO). TÉCNICA – Passar agulha na derme em uma das bordas, da ferida cirúrgica saindo na outra margem com entrada na derme contralateral, realizar o primeiro nó e dar continuidade nos demais pontos. Importante que os pontos sejam simétricos em relação ao ponto anterior, ao se atingir o pleno fechamento da área incisada realizar o nó final. Zigue-zague Zigue-zague
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