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Etiologia: · Dentre as amputações, as de MMII ocorrem em 85% dos casos, sendo as causas mais comuns: · Necrose – doença vascular periférica, queimaduras ou congelamento; · Congênitas – malformação; · Traumas – lesão por esmagamento (comum em acidentes); · Tumores – forma profilática do osteossarcoma; · Infecções – osteomielite. · Quanto mais jovem o paciente for, mais fácil é a reabilitação; · A amputação traz uma incapacidade física permanente para o paciente – com consequências físicas, psicológicas e fisiológicas. OBS: amputações de MMSS são mais relacionadas a tumores e traumas! Incisão cirúrgica: · Não há relação entre o local da incisão e a utilização da prótese, desde que não seja irregular, hipertrófica ou aderida; · Nas amputações parciais de pé, deve preservar a maior parte da pele; · Seccionar a pele no nível mais distal possível no momento da operação; · Paciente com espícula óssea pode ficar impedido de usar prótese por conta da dor; · O coto de membro inferior tem que ser melhor feito do que o de membro superior, tendo em vista a utilização da prótese e a descarga de peso que será feita no membro amputado. Melhores condições de um coto para a reabilitação: · Nível adequado; · Coto estável; · Coxim adequado; · Ausência de neuromas e espículas ósseas; · Boa circulação e cicatrização; · Ausência de edemas. · Quanto mais próximo o coto fica de uma articulação, mais provável fica a formação de deformidades e, consequentemente, a protetização; · Em alguns casos, é melhor fazer a desarticulação do membro do que preservá-lo em tamanho maior para que seja possível a protetização. Níveis de Amputação de MMII: · 6 níveis de amputação; · Hemipelvectomia; · Desarticulação do quadril; · Amputação transfemoral; · Desarticulação de joelho; · Amputação transtibial; · Amputação do pé. · Outras classificações: · Desarticulação metatarsofalangeana; · Amputação transmetatarsiana; · Desarticulação de Lisfranc; · Amputação naviculocuneiforme-transcubóide; · Desarticulação de Chopart; · Amputação de Pirogoff; · Desarticulação de Syme; · Amputação de Boyd; · Amputação transtibial; · Desarticulação de joelho; · Amputação transfemoral; · Desarticulação de quadril; · Desarticulação sacroilíaca. Desarticulação interfalangiana: · Ou parcial de dedos; · Geralmente não apresentam problemas funcionais e estéticos; · Preferível a amputação do que os dedos não-funcionais, rígidos, dolorosos e deformados; · Não alteram o equilíbrio e a deambulação; · Amputação do hálux – manter a base da falange proximal (inserção dos tendões do extensor e flexor curto); · Etiologia: processos vasculares e traumáticos; · Prevenção: EPI’s, calçados especiais. · Quando a amputação é na segunda falange é ideal que se faça uma protetização mesmo que apenas estética – o hálux entra em deformidade e se torna hálux valgo. Desarticulação Metatarsofalangiana: · Amputações isoladas do 2º ao 5º podálico não causam alterações significativas na marcha. · Amputação isolada do 2º e 3º dedo isolados = deformidade importante em hálux-valgo; · Etiologias: vascular, neuropática e traumática; · Amputação do hálux = compromete fase de impulso na marcha – torna a marcha lenta e pode causar encurtamentos de flexores de quadril até. Amputação transmetatarsiana: · Retira-se as falanges e alguns metatarsos – ou parte dele; · Outros nomes: amputação parcial dos dedos do pé ou secção em raio; · Etiologia: vasculares e traumáticas; · Em processos infecciosos pode ser feita uma incisão em raio deixando o pé funcional, porém, assimétrico; · Flap plantar maior que dorsal, visando coxim mais resistente – secção óssea oblíqua (1º meta = 2º > 3º > 4º > 5º) melhor alinhamento metatarsal - evitar áreas de hiperpressão no coto; · Secção óssea próxima à cabeça ou à base dos metatarsos, pois sua diáfise cortical (longa e fina) pode ser reabsorvida, provocar desconforto no coxim ou perfura-lo; · Na marcha, a fase de desprendimento do antepé fica prejudicada. · Sapato com solado do tipo Rocker – faz com que o paciente tenha um enchimento na parte anterior do calçado e torne a descarga de peso distribuída de forma mais eficiente e evite úlceras por pressão. Amputação de Lisfranc – Tarsometatarsiana: · Desarticulação os metatarsos com os ossos cuboide e cuneiforme; · Indicações: predomínio vascular. · Desvantagens: deformidade em flexão plantar; · Dificuldade na protetização; · Limitação na carga distal total; · Hoje em dia é raro, prefere-se fazer a desarticulação do tornozelo; · Reinserção dos dorsiflexores – bons resultados para evitar deformidades em flexão plantar; · Fibular curto – cubóide; · Tibial anterior – colo do tálus. · Uso de prótese ou órtese de tornozelo fixa. Amputação de Chopart: · Desarticulação entre os ossos navicular e cubóide com o tálus e o calcâneo; · Conhecida como amputação do retropé; · Etiologias: vascular, infecciosas, traumáticas e tumorais (raras); · Predomínio dos músculos flexores plantares inseridos na tuberosidade posterior do calcâneo sobre musculatura dorsiflexora importante equino; · Amputação não funcional; · Descarga de peso pode ser dolorosa.
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