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02 - Tipo de Riscos

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Tipo de Riscos 
Biológicos
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação de:
-  Agentes patogênicos selvagens;
-  Agentes patogênicos atenuados;
-  Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;
-  Amostras biológicas;
-  Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);
-  Animais.
Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os manipuladores. As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.
Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes.
As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os agentes em quatro classes:
-  Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);
Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);
Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).
Em relação às manipulações genéticas, não existem regras pré-determinadas, mas sabe-se que pesquisadores foram capazes de induzir a produção de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência simiana em macacos que foram inoculados com o DNA proviral inserido num bacteriófago. Assim, é importante que medidas gerais de segurança sejam adotadas na manipulação de DNA recombinante, principalmente quando se tratar de vetores virais (adenovírus, retrovírus, vaccínia). Os plasmídeos bacterianos apresentam menor risco que os vetores virais, embora seja importante considerar os genes inseridos nesses vetores (em especial, quando se manipula oncogenes).
De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:
-  Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança, especialmente das Normas de Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
-  O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
-  A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;
-  O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção individual;
-  Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual necessários,
-  Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa após o uso;
-  Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo comum;
-  Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.
Riscos Físicos
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:
-  ruídos;
-  temperaturas excessivas;
-  vibrações;
-  pressões anormais;
-  radiações;
-  umidade.
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
	  Nível de ruído dB (A)
	Máxima exposição diária permissível
	85
	8 horas
	86
	7 horas
	87
	6 horas
	88
	5 horas
	89
	4 horas e 30 minutos
	90
	4 horas
	91
	3 horas e 30 minutos
	92
	3 horas
	93
	2 horas e 40 minutos
	94
	2 horas e 40 minutos
	95
	2 horas
	96
	1 hora e 45 minutos
	98
	1 hora e 15 minutos
	100
	1 hora
	102
	45 minutos
	104
	35 minutos
	105
	30 minutos
	106
	25 minutos
	108
	20 minutos
	110
	15 minutos
	112
	10 minutos
	114
	8 minutos
	115
	7 minutos
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
-  fadiga nervosa;
-  alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
-  hipertensão;
-  modificação do ritmo cardíaco;
-  modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
-  modificação do ritmo respiratório;
- perturbações gastrointestinais;
-  diminuição da visão noturna;
-  dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:
-  Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
-  Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
-  Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.
-  Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
-  Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
Vibrações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
RadiaçõesSão formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
-  Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
-  Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
-  Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
-  Medida médica: exames periódicos.
Temperaturas extremas
Calor Quente
Altas temperaturas podem provocar:
-  desidratação;
-  erupção da pele;
-  câimbras;
-  fadiga física;
-  distúrbios psiconeuróticos;
-  problemas cardiocirculatórios;
-  insolação.
Calor Frio
Baixas temperaturas podem provocar:
-  feridas;
-  rachaduras e necrose na pele;
-  enregelamento: ficar congelado;
-  agravamento de doenças reumáticas;
-  predisposição para acidentes;
-  predisposição para doenças das vias respiratórias.
-  Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se tome medidas:
-  de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
-  de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).
Pressões anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
Riscos Químicos
Risco químico é a probabilidade da exposição ocupacional a agentes químicos. São riscos ambientais assim como os riscos biológicos e físicos.
Agentes químicos são substâncias, misturas ou produtos que podem entrar no organismo do trabalhador, nas formas de vapor, poeira, gases, fumos, neblinas, névoas...
Conforme disposto na NR 9, consideram-se agentes químicos (...)
(...) as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo, pela pele ou por ingestão.
Os riscos químicos trazem ao trabalhador desde incômodos e desconfortos, até problemas de saúde, invalidez e morte.
A exposição a riscos químicos e a manipulação de produtos químicos podem provocar danos físicos e danos à saúde do trabalhador. 
Os danos físicos incluem: irritações na pele, irritação nos olhos, queimaduras leves e graves, dentre outros. 
Os danos à saúde incluem: doenças respiratórias (inalação de vapores), doenças hepáticas, renais, do sistema nervoso, câncer, dentre outros. 
Trabalhador com mascara de protecao agentes quimicos
Agentes Químicos 
Os agentes químicos podem ser encontrados no ambiente em diferentes estados físicos (gasoso, líquido e sólido). 
Estado sólido: poeiras, fumos, fibras, grãos...
Estado líquido: névoas, neblinas, gasolina...
Estado gasoso: hidrogênio, nitrogênio...
A possibilidade de um agente químico entrar no organismo do trabalhador está ligada ao seu estado físico.
Agentes químicos no estado gasoso podem entrar no organismo pela via respiratória (inalação do ar contaminado pelo agente químico) ou pelo contato com a pele e mucosas (absorção cutânea). Partículas gasosa também podem penetrar no organismo pela via digestiva.
Agentes químicos na forma líquida podem entrar no organismo pela via digestiva (ingestão) ou pelo contato com a pele e mucosas (absorção cutânea). Partículas líquidas também podem penetrar no organismo pela via respiratória.
Agentes químicos no estado sólido podem entrar no organismo pela via digestiva (ingestão), pelo contato com a pele e mucosas (absorção cutânea). Partículas sólidas também podem penetrar no organismo pela via respiratória.
Risco Químico: Poeira
A poeira é um tipo de risco químico sólido (partícula sólida) produzida pela ruptura mecânica de um material sólido. 
Essa ruptura mecânica pode ocorrer em decorrência do manuseio e limpeza de bancadas ou de uma operação mecânica: peneiramento, polimento, trituração, moagem e outras ações.
Exemplos: carvão, poeira de madeira, grãos e poeira de sílica.
Agente químico carvão
Risco Químico: Fumos 
Os fumos são riscos químicos também representados em partículas sólidas que resultam de uma reação química ou da condensação de vapores. 
Os fumos são geralmente produzidos após a volatilização de metais fundidos.
Exemplos: fumo de ferro produzido em operações de solda elétrica.
Risco Químico: Fibras
Fibras são riscos químicos no estado sólido (partículas sólidas) que, assim como as poeiras, são geradas pela ruptura mecânica de materiais sólidos.
No entanto, as fibras são partículas mais alongadas do que as partículas das poeiras. Seu comprimento é maior que ser diâmetro. 
Exemplos: fibra animal (lã), fibra vegetal (algodão) e fibra mineral (cerâmica).
Nevoa de tinta agente quimico
Risco Químico: Névoas e Neblinas
As névoas e as neblinas são riscos químicos no estado líquido (partículas líquidas).
São geradas pela ruptura mecânica do líquido ou pela condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente. 
Exemplo: névoa de tinta produzida em trabalhos com pintura a pistola.
Risco Químico: Gases e Vapores
Gases são substâncias que, em condições ambientais de temperatura e pressão, estãono estado gasoso. Ex. oxigênio, nitrogênio e hidrogênio.
Vapor é a o estado gasoso de uma substância que, em condições ambientais de temperatura e pressão, se encontra em estado líquido ou sólido. Ex.: vapor de gasolina.
Efeitos dos Agentes Químicos
Os riscos químicos podem causar vários efeitos no organismo do trabalhador: irritação, asfixia, anestesia, toxicidade, alergia... 
Mascara de protecao agente quimico asfixiante
Agentes Químicos Asfixiantes
Agentes químicos asfixiantes são aqueles capazes de impedir que o oxigênio chegue ao organismo do trabalhador, sufocando-o. 
São exemplos: nitrogênio, monóxido de carbono, hidrogênio, hélio, metano e outros.
Podem causar dores de cabeça, sonolência, convulsões e morte.
Agentes asfixiantes podem ser simples ou químicos.
O agente asfixiante simples não age diretamente no organismo. Sua presença no ambiente desloca o ar e torna a atmosfera deficiente de oxigênio, tomando o seu lugar nos pulmões do trabalhador (p.ex. nitrogênio). 
O agente asfixiante químico age no organismo, pois impede a entrada do oxigênio nos tecidos (p.ex. monóxido de carbono - se liga a hemoglobina e impede o transporte de oxigênio e a oxigenação dos tecidos).
Agentes Químicos Alergênicos
Agentes químicos alergênicos são aqueles capazes de provocar algum tipo de alergia no trabalhador (p.ex. poeira de madeira e compostos de níquel).
Normalmente esse efeito vem acompanhado de uma predisposição fisiológica do trabalhador. 
Agentes alérgicos máscara de proteção
Agentes Químicos Irritantes 
Agentes químicos irritantes são aqueles capazes de produzir irritação na pele, nos olhos, nas vias respiratórias e em outras partes do organismo do trabalhador.
A ação irritante de cada substância, mistura ou produto, depende da sua composição química, concentração no ar e tempo de exposição do trabalhador.
São exemplos: cloro, soda cáustica, amônia, ácido clorídrico, ácido sulfúrico...
Podem causar irritação nas vias aéreas.
Os agentes químicos irritantes podem ser divididos em irritantes primários e irritantes secundários.
Irritantes primários: produz irritação sobre o local em que entram em contato.
Irritantes secundários: produz irritação sobre o local em que entram em contato e que agem de forma generalizada sobre o organismo.
A solubilidade é uma característica importante do agente químico que irá determinar o local de ação desse agente no sistema respiratório.
Agentes irritantes que são altamente solúveis em água agem na via respiratória superior, mais especificamente nas áreas do nariz e da garganta (p.ex. ácido clorídrico).
Agentes irritantes que são relativamente solúveis em água agem na via respiratória superior e no pulmão (p.ex. ozônio).
Agentes irritantes que são pouco solúveis em água agem diretamente no pulmão (p.ex. óxido de nitrogênio).
Dessa forma, os agentes químicos mais perigosos para a saúde do trabalhador são aqueles pouco solúveis em água.
Máscara de proteção agentes químicos anestésicos
Agentes Químicos Anestésicos
Agentes químicos anestésicos (narcóticos) podem provocar vários efeitos no organismo do trabalhador.
O efeito mais comum que esse agente pode causar é uma ação depressiva ou narcótica sobre o sistema nervoso central - inconsciência. 
Mas, os agentes anestésicos também podem provocar efeitos nos rins, fígado, sangue... 
São exemplos: acetona, propano, benzeno, butano, álcoois e outros.
Os agentes químicos anestésicos são primeiramente inalados pelo organismo (via respiratória). Captadas pelo pulmão, são transportadas à corrente sanguínea, onde serão distribuídas para o restante do organismo.
Também poderão entrar no organismo através do contato com a pele, podendo cair diretamente na corrente sanguínea do trabalhador. 
Agentes Químicos Tóxicos
Agentes químicos tóxicos são aqueles capazes de provocar intoxicações no organismo do trabalhador (p.ex. fumos metálicos provenientes de chumbo).
Os agentes químicos tóxicos podem ser inalados ou ingeridos pelo trabalhador.
Podem causar doenças pulmonares e outras intoxicações específicas de cada agente.
Outros Tipos de Agentes Químicos
Mutagênicos: provocam problemas hereditários (p.ex. chumbo).
Cancerígenos: produzem tumores malignos no organismo do trabalhador (p.ex. cromo, benzeno, amianto...). 
Pneumoconióticos: provocam algum tipo de pneumoconiose - como a silicose (p.ex. poeira de sílica).
Corrosivos: causam severos danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou destroem as coisas (p.ex. soda cáustica).
Inflamáveis: substâncias que, quando misturadas ao ar, e na presença de uma fonte de ignição (fogo), entram em combustão - liberação de energia na forma de calor (p.ex. metano).
Trabalhadores com proteção respiratória agentes químicos
Principais Agentes Químicos e Efeitos
Sílica 
A poeira de sílica é um risco químico que causa uma doença respiratória denominada silicose.
É uma forma de pneumoconiose que diminui a capacidade de respiração do trabalhador, além de causar dores no peito, tosse, fraqueza e febre.
A exposição ocupacional da poeira de sílica ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: mineração de ferro, construção civil, siderúrgicas, extração de calcário, dentre outras.
Asbestos
A fibra de asbesto é uma variedade fibrosa de sais minerais utilizada em vários produtos comerciais. 
A inalação das fibras de asbesto pode provocar problemas respiratórios, causando até mesmo um câncer bronquial. 
A exposição ocupacional ao risco químico da fibra de asbesto ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: indústrias de fabricação de chapas, amianto, caixas-d’água, telhas, lonas de freios, confecção de roupas protetoras para bombeiros, dentre outras.
Atividade corte madeira agente químico
Madeira
A poeira de madeira são partículas sólidas em suspensão decorrentes do manuseio da madeira.
Pode ocasionar vários danos à saúde do trabalhador, tais como irritações, dermatites, alergias respiratórias e até mesmo câncer.
A exposição ocupacional do risco químico da poeira de madeira ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: fabricação de móveis, construção civil, indústrias de reflorestamento, operações com serra circular e lixadeira, dentre outras. 
Benzeno 
O benzeno é agente químico líquido, incolor, volátil e altamente inflamável.
Provoca vários danos ao organismo como por exemplo: anemia, leucemia e outros efeitos no sistema nervoso central, imunológico, hepático e renal.
A exposição ocupacional ao risco químico benzeno, ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: é utilizado como matéria prima em indústrias químicas para a fabricação de plástico e borracha.
Fumos metálicos agentes químicos
Fumos Metálicos
Fumos metálicos são partículas formadas em processos de fusão ou combustão de metais.
Os efeitos desse tipo de agente químico estão condicionados ao tipo de processo e das matérias primas utilizadas (ferro, chumbo, manganês, cromo...).
Dessa forma, dependendo do tipo de substância presente, os fumos metálicos podem ocasionar: irritações, saturnismo (intoxicação por chumbo), manganismo (intoxicação por manganês), pneumoconiose, dentre outras doenças.
Outra doença que os fumos metálicos pode produzir é a chamada “febre dos fundidores” - resulta no aparecimento de dores musculares, febre, tosse e resfriados. Mas, é uma doença passageira e o trabalhador pode se recuperar se afastando dois dias da exposição.
A exposição ocupacional ao risco químico de fumos metálicos ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: operações de fundições e soldagem, fabricação de baterias, mineração, dentre outras.
Em atividades de pintura a pistola, a névoa de tinta pode conter pigmentos metálicos como cromo e chumbo.
Trabalho com algodão agente químico
Algodão
O algodão é uma fibra branca vegetal que se desenvolve a volta de sementes. 
A fibra de algodão pode causar problemas respiratórios, febre, bronquite e a chamada bissinose.
A bissinose é uma doença pulmonar que causa dores no peito, dispneia, tosse e dificuldade respiratória. É difícil dediagnosticar pois não apresenta alterações patológica específicas.
A exposição ocupacional ao risco químico das fibras de algodão ocorre nas seguintes atividades e ambientes de trabalho: fabricação de tecidos, tecelagem, indústria da confecção, dentre outras.
Mascara de proteção respiratória
Riscos Químicos e Medidas de Controle
Promoção da saúde do trabalhador, com fornecimento de água tratada e alimentação adequada;
Adoção de medidas de proteção coletiva (ventilação localizada e eficiente e redução da duração da atividade e do grau de exposição);
Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) - protetor respiratório e luvas de proteção;
Não comer, beber ou fumar no ambiente de trabalho que apresentam riscos químicos;
Prestar atenção nos rótulos dos produtos e nos avisos de advertência;
Promoção de treinamentos e palestras conscientizando os trabalhadores sobre os riscos dos agentes químicos a que estão expostos e sobre as formas de prevenção existentes);
Promoção de treinamentos e palestras conscientizando os trabalhadores sobre a utilização, guarda e conservação dos EPIs;
Posicionamento dos trabalhadores de forma a evitar a respiração dos agentes químicos - trabalho em locais abertos ou ao ar livre (de costas para o vento);
Apresentando qualquer sintoma suspeito o trabalhador deverá procurar o serviço médico.
Riscos Ergonômicos 
Riscos Acidentes/Mecânicos

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