Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 15 MECâNICA VENTILATÓRIA • Movimento de ar do mais para o menos • O que muda é a pressão alveolar • Pressão pleural: -3/-5 cmH2O • Quando a pressão está 0: ausencia de diferença de pressão para o lado de fora • Mecanismo da inspiração e expiração (anatomia) o Durante o repouso, a inspiração é ativa e a expiração passiva o O diafragma é o principal músculo da inspiração, suprido pelos nervos frênicos o Outros músculos incluem os abdominais, intercostais e acessórios • Ao somar uma expiração ativa: aumenta ainda mais a pressao do alveolo por conta da ação muscular o Pressão pleural pode chegar a ser positiva → comprimi ainda mais os alvéolos • Cavidde pleural: virtual e vazio o Pulmão se recolhece e fica tracionando (visceral) o Caixa toracica puxa o gradil costal para fora (parietal) o O que cria uma pressão de vácuo CAUSAS DAS DIFERENÇAS REGIONAIS NA VENTILAÇÃO As regiões pulmonares inferiores ventilam mais do que as superiores. A pressão intrapleural é menos negativa na base do que no ápice do pulmão. A razão disso é o peso do órgão, tudo que é sustentado requer pressão maior na parte inferior do que na parte superior, a fim de equilibrar as forças do peso que atuam para baixo. Como o pulmão é sustentado pelo gradil costal e pelo diafragma, a pressão na base é maior (menos negativa) do que no ápice. A pressão dentro do pulmão é a mesma que a pressão atmosférica. O pulmão é mais fácil de ser insuflado a baixos volumes do que a grandes volumes, quando se torna mais rigido. A pressão de expansão na base do pulmão é pequena, essa região apresenda um pequeno volume de repouso, porém se expande bem numa expiração. O ápice apresenta grande pressão de expansão, grande volume de repouso e pequena alteração na inspiração A diferença regionais na ventilação, ou seja, o volume por unidade de volume repouso. A base apresenta tanta maior alteração de volume, quanto menor volume de repouso em comparação com o ápice. Assim, sua ventilação é melhor. Quando a pressão intrapleural na base excede a das vias áreas (atm), a base pulmonar não esta sendo expandida, mas comprimida, e a ventilação é impossivel até que a pressão intrapleural local fique abaixo da pressão atm. Em contraste, o ápice ventila bem, sendo assim, as regiões superiores estão ventilando melhor do que as inferiores. • Pit= pressão pleural/intrapleural/torax • Ptranspulmonar: diferença entre Palv e Pit o Diferença de pressão entre a parte de dentro e a parte de fora do pulmão, numericamente igual à pressão ao redor do pulmão quando a pressão alveolar é atmosférica o Maior a Ptp, melhor a volume dentro alveolar (força que abre o alvéolo) CICLO REPIRATÓRIO João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 16 • Pressão alveolar que varia, a pleural é sempre negativa • Antes de começar a inspiração, a pressão intrapleural é de – 5 cm de água em função da força de retração do pulmão. A pressão alveolar é zero, pois não tem fluxo de ar e não ocorre a queda de pressão ao longo da via área. • Para que o fluxo inspiratório aconteça a pressão alveolar reduz, ocorrendo uma pressão propulsora (diminuição depende da velocidade do fluxo e da resistência da via área) → a mudança da pressão alveolar em indivíduos normais geralmente é de 1 cmH20 • A pressão intrapleural cai durante a inspiração por 2 motivos: 1. Conforme o pulmão se expande, a retração elástica aumenta 2. Redução da pressão alveolar causa uma queda adicional na pressão intrapleural. • Na expiração, a pressão intrapleural é menos negativa do que seria na ausência de resistência das vias áreas, pois a pressão alveolar é positiva. Na expiração, forçada a pressão intrapleural é acima de zero. COMPORTAMENTO PRESSÓRICO DO SR • Pré-inspiração: pulmão esta vazio, mas não recomeçou a inspirar. O 0 representa a pressão no alvéolo e significa que não há diferença entre álveolo-boca/atm (se fosse realmente 0 o álveolo estaria colabado. Em repouso ventilatório não tem o esforço ventilatório e por isso também é representado por 0, ou seja, não há movimento de ar. • Com a contração do diafragma, a cavidade pleural fica mais negativa ( -5 → -10/-12). Conforme a cavidade fica mais negativa, os alvéolos são tracionados deixando a pressão mais baixa que a pressão atm. • Quando puxamos o ar,a pressão atmosférica continua a mesma e o que muda é a pressão do alvéolo. Quando a pressão a pressão alvéolar fica mais negativa que a atm, o ar vai da onde tem mais para onde tem menos, nesse momento é a fase inspiratória. • A inspiração ocorre até a pressão do alvéolo se igualar a da atm, conforme o pulmão vai se enchendo a pressão que começou negativa no alveolo vai subindo • Com a nova igualdade pressórica. O diafragma para de contrair e começa a voltar ao seu formato de cúpula. A retração elástica do pulmão e da caixa torácica faz com que a pressão alvéolar aumente • A compressão no pulmão causada pelo recolhimento do diafragma, da caixa PEEP João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 17 torácica e das visceras faz com que a pressão do alvéolo fique mais positiva. Essa nova diferença pressórica faz com que o ar seja deslocado para fora do sistema respiratório. Normalmente a expiração é passiva, que é causada pela retração elástica (compressão dos alvéolos cheios de ar), se a expiração for forçada, junto com todo esse processo tem a força de contração dos músculos expiratórios. Na expiração ativa o ar é expulso com mais velocidade. • A pressão da pleura na expiração passiva volta ao seu normal ( de -10/-12 para -5), se for a ativa, a pressão fica positiva (único momento que é fica positivo e é fisiológico). • PEEP (pressão positva no final da expiração) intrínsica: mostra apresionamento de ar → conforme contração da mm inspiratoria → pressao alveolar fica mt alta → diminui a pressao ao longo do bronquio → quando se torna menor a pressao da pleura → pleura estenosia o bronquio na regiao → ar não sai → alvéolo hiperinsuflar • Ponto de igual pressão: bronquio de maior calibre → não fecha → cartilagem garante estabilidade. o Quando acontece no de pequeno calibre → fecha o Pct hipersecretivo: bronquilolos → acontece o ponto de igual pressão na periferia → fecha o ar • Relação entre pressão alveolar e pressão pleural. No momento da pré-inspiração, a pressão alveolar é igual a pressão atm. A pressão pleural em repouso está em -5, mas esse valor pode variar, depende se está no ápice ou base. • Na inspiração, o diafragma começa a descer, puxando a lâmina parietal para baixo e a cavidade pleural fica mais negativa do que o normal. Confome a cavidade vai ficando negativa, ela puxa os álveolos no seu sentido, pois a pressão do vácuo faz com que os aveolos sejam tracionados e a pressão dele começa a cair em relação a atm. Pulmão fica cheio de ar. • Com o pulmão cheio de ar, a pressão do alvéolo é igual a da atm (0, sem fluxo). Nesse momento o CR inibe a inspiração e começa a expiração • As vísceras comprimidas tendem a empurrar o diafragma para o lugar, o diafragma tende a subir, o recolhimento elástico da caixa torácica e do alvéolo fazem com que a pressão do alvéolo aumente em relação a da atm. Então, conforme comprimimos o pulmão cheio de ar, a pressão dentro deles aumenta e ocorre a expulsão do ar, porque a pressão do alvéolo é maior que a da atm e começa a fase expiratória. Isso ocorre até o momento que chega a fase pré inspiratória, expiramos até o momento que a pressão do alvéolo se iguala com a pressão atm e a pressão pleural volte ao normal. • Azul: alveolar e Vermelho: pleuralo Pleural cai conforme a inspiraçao → tração do alveolo → pressao cai em relação da atm → na expiração → alevolo aumenta em relação da atm → expulsao do ar → pleura valor de rouposo VOLUME X FLUXO X PRESSÃO Tudo que está acima da linha basal é insp, abaixo é exp João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 18 VOLUME • Quantidade de ar, unidade em ml e em algumas situações em L FLUXO • Quantidade de ar que entra em um tempo determinado. Se entra muito ar num determinado tempo o fluxo é alto e significa alta velocidade. Se diminui a entradade de ar para o mesmo tempo, significa que o ar esta entrando de forma mais lente e tem velocidade mais baixa. • Unidade: volume por tempo. • Didatica: velocidade • Fluxo inspiratorio e expiratorio • Laminar (produz menor resistencia – “fluxo manteiga”), resistência é inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo e paralelas ao tudo. A viscosidade afeta a relação pressão-fluxo • Turbulento (maior resistência e atrito – no reflexo de tosse é benéfico), completa desorganização das linhas do fluxo. O aumento da densidade exacerba a queda da pressão do fluxo. Presente em via aérea superior, processo de limpeza na cavidade nasal. • Transicional – segue laminar e se depara com bifurcação, região onde se deposita medicações PRESSÃO • Tensão/força • Força que o ar excerce dentro do sistema respiratório • Unidade: mm de ar • Pressão da via area (pressão de pico) e alveolar (pressão platô) RESISTÊNCIA X COMPLACÊNCIA X ELASTICIDADE X ELASTÂNCIA RESISTÊNCIA • Força contrária à passagem do fluxo • Diferença de pressão e um fluxo → formula de resistenca → delta P sobre fluxo • Fórmula conceitual: 𝑅𝑣𝐴 = 8. 𝑛. 𝑙 𝜋𝑟4 o N: viscosidade → menor viscosidade → menor resistencia (diretamente proporcional) o L: comprimento → maior comprimento → maior a resistência (diretamente proporcional) o R: raio → calibre maior → menor resistencia (inversamente proporcional); elevado a quarta potencia • Compara o tamanho do bronquio dele com ele mesmo → resistencia muda • O de grande e pequeno calibre → area de secção transversa → volume vai se dividindo conforme a bifurcação do bronquio → somatoria dos bronquios para chegar no mesmo volume do começo, porem a area vai ser maior do que a do bronquio fonte → menor resistencia • Aumento → pct obstrutivo João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 19 COMPLACÊNCIA • Modificação de volume por unidade de pressão alterada, grau de distensibilidade das estruturas do sistema respiratorio para acomodar o ar • Forças elasticas; sentido de abrir os pulmões. Quando for baixa, o pulmão vai se distender pouco e uma quantidade baixa de ar entra no sistema o que ocasiona um padrão restritivo (restrição respiratória). Já quando for além do normal é ocasionada uma hiperinsuflação • Depende do tamanho do pulmão • Dinâmica (Cdin): quantos as vias áreas se distendem para permitir a passagem de ar o Medida durante o movimento do ar na via área → dinâmica • Estática (Cest): distensão dos alvéolos para receber o volume de ar – o quanto o alvéolo se distende durante o seu enchimento o Antes de comecar a expiração existe uma pausa inspiratória → sem movimento de ar → ar acomoda entre os alveolos → pressão alveolar alveolo se distende → estática o Ocorre quando não há movimentação do ar, apenas redistribuição • É muito mais facil desinsuflar do que insuflar pulmão → HISTERESE → tensão superficial • O aumento da resistência da via área diminui a complacência dinâmica. Esse aumento não necessariamente interfera na Cest, só se houver repercurssões graves na mecânica ventilatória. o Obstruções da via área atrapalham mais a expiração pelo fato dos brônquios diminuirem de tamanho(na inspiração eles se distendem). A obstrução vai diminuir mais ainda o diâmetro na fase expiratória e podem não permitir a saida do ar do álveolo interferindo na Cest (alvéolo fica distendido) o Relação V/Q → diminuição da Cest faz com que ocorra menos ventilação, ou seja, diminuição da ventilação alveolar levando ao um shunt. Pode ocorrer também uma compressão do capilar, diminuindo a perfusão o Resistência vai ser sempre pior durante a expiração • Alterações na Cest não interfere na Cdin • A pressão ao redor do pulmão é inferior à atm → comportamento elástico do pulmão • Redução da complacência: fibrose pulmonar, edema pulmonar, diminuição da ventilação por um longo período (especialmente se for volume baixo, pressão pulmonar elevada ou se o pulmão estiver engurgitado de sangue • Aumento da complacência: enfisema pulmonar e envelhecimento do pulmão ELASTICIDADE • Propriedade do tecido de se deformar e voltar ao seu normal • Sentido de fechar os pulmões • Pulmão elastico: fisiologico • Se perde a elasticidade: perda da capacidade de recolhimento (sentido do fechamento) → permanece aberto → hiperinsufla o Hiperinsuflação dinâmica: fechou a via a area (bronquiolo) → consegue reverter o Hiperinsuflução estática: perdeu a elasticidade → não reverte ELASTÂNCIA • Resistencia do tecido contra a deformidade/distenção, ou seja, dificuldade da distensão do tecido. • Inverso da complacência TENSÃO SUPERFICIAL ALVEOLAR • Moléculas de água polar se atrai por outras partes apolar (atração entre elas) → leva a parede do alveolo junto → tende a fechar • Surfactante: mantém as moléculas de água afastada uma das outras, diminuindo a tensão de fechamento dos alvéolos. Tensão João Medeiros – Fisioterapia XXIV 1º semestre 2021 Página 20 alveolar diminui porque a tensão de atração das moléculas de água diminui. o Ions, proteinas e fosfolipideos (DPPC – dipalmitolil fosfatidil colina. Um lado afasta e outro lado atrai a molecula de agua) o Produzidos pelos pnemocitos II o Quanto mais fechado, maior a ação do DPPC (fase expiratoria) o A falta resulta em redução da complacência pulmonar, atelectasia alveolar e têndencia ao desenvolvimento do edema pulmonar TÓRAX X PULMÕES 1. Parte de baixo → pouco volume pulmonar → maximo de desinfludado (só tem volume residual – 1200 ml), recuo elástico pequeno (quantidade de ar é baixa) • Caixa torácica quer abrir → para chegar no ponto de repouso e relaxar (3800 ml de ar nos pulmões) 2. Tem CRF (VR+VRE=2300ml), o pulmão esta mais cheio e a retração elástica está aumentando • Caixa toracica ainda tende a abrir, porém sua força de recolhimento diminui (mais proxima a zona de repouso) 3. Tem 70% da capacidade vital (3500ml de ar). Aumenta o recolhimento elástico do pulmão • Caixa toracica chegou na posição de repouso (tecido elástico da CT está relaxado) o Elasticidade somente do pulmão 4. Limite máximo de insuflação CPT (5600 ml) – Pulmão no máximo de insuflação, máximo de retração de fechamento o Caixa quer fechar → para voltar na posição de repouso o Potencializa a fase expiratoria 1 3 6 3 9 4 5 2 3 6 3 9 4 5 3 3 6 3 9 4 5 4 3 6 3 9 4 5
Compartilhar