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V A N E S S A L U D W I G P R 1 H É R N I A S D A P A R E D E A B D O M I N A L FATORES DE RISCO Congênitas Idade Sexo Obesidade ICC/Ascite/Dispnéia Doença pulmonar crônica/Dispnéia Tabagismo Hipertrofia prostática Cistocele/Retocele Hipertensão portal/Ascite Gestação Enfermidades colônicas que aumentem a pressão intra-abdominal INCIDÊNCIA: 5% + COMUM: HÉRNIA INGUINAL (75%) 2/3 indiretas 1/3 direta 6x mais comum entre os homens PREVALÊNCIA: Homens Mulheres Inguinais Femorais Epigástricas Umbilicais DIAGNÓSTICO: -> quadro clínico Aumento de volume (tumoração) • Intermitente ou não -> Doloroso ou não • Principalmente aos esforços Pode haver somente dor, sem abaulamento em hérnias pequenas Em hérnias complicadas podem haver sintomas relacionados a complicação • Oclusão intestinal -> Abscessos -> Fístulas Exames complementares • Ecografia -> Tomografia PROTUSÃO DE UM ÓRGÃO OU TECIDO ATRAVÉS DE UM DEFEITO NA PAREDE ABDOMINAL. Pode ser congênito ou adquirido. V A N E S S A L U D W I G P R 1 H É R N I A S D A P A R E D E A B D O M I N A L TIPOS DE HÉRNIAS ABDOMINAIS HÉRNIA PRIMÁRIA Não foi submetida a tratamento cirúrgico HÉRNIA RECIDIVANTE Hérnia que já foi tratada cirurgicamente previa- mente e que é recorrente na mesma localização HÉRNIA REDUTÍVEL Conteúdo retorna espontaneamente ou após manobras para cavidade abdominal HÉRNIA ENCARCEIRADA Não pode ser reduzido o conteúdo nem mesmo após manipulação HÉRNIA ESTRANGULADA Hérnia encarceirada com comprometimento da vascularização do seu conteúdo HÉRNIA DE RITCHER Somente uma das paredes do intestino está herniada HÉRNIA DE LITTRE Hérnia cujo conteúdo é um divertículo de Meckel. HÉRNIA DE SPIEGEL Entre a linha semilunar e o músculo reto abdo- minal. HÉRNIA DE PETERSEN Hérnia interna HÉRNIA DE AMYAND Protusão apêndice vermiforme HÉRNIA OBTURADORA Hérnia através do canal obturador HPERNIA DE PANTALONA (Pantaloon) Saco herniário é composto de hérnia direta e indireta cavalgando os vasos epigástricos inferi- ores HÉRNIA DE COOPER Hérnia que envolve o canal femural com trajeto até a bolsa escrotal ou grandes lábios HÉRNIA INCISIONAL No leito de incisão cirúrgica prévia P R 1 H É R N I A S D A P A R E D E A B D O M I N A L HÉRNIAS INGUINAIS Anatomicamente: Músculo oblíquo externo e interno e Músculo transverso do abdome Anel inguinal profundo -> Anel inguinal superficial Canal inguinal -> Assoalho do canal inguinal Teto do canal inguinal -> Tendão conjunto Ligamento inguinal -> Ligamento de cooper CLASSIFICAÇÃO DA HÉRNIAS INGUINAIS -> NYHUS DIRETAS • MEDIAIS aos vasos epigástricos inferiores • Fraqueza no triangulo de Hasselbach • Fraqueza da fáscia transversalis • Hérnia do idoso (raro antes dos 40 anos) • Raro encarceirar ou estrangular INDIRETAS • LATERAIS aos vasos epigástricos inferiores • Se exterioriza pelo anel inguinal profundo através do canal inguinal em direção a bolsa scrotal • Patência do conduto peritonio-vaginal Classificada pela localização: direta ou indireta e medialmente ou lateral- mente aos vasos epigástricos P R 1 H É R N I A S D A P A R E D E A B D O M I N A L TRATAMENTO: Antibiótico profilaxia • Cefazolina 2g na indução anestésica Anestesia • Dependente da via pela qual a cirurgia será realizada. • Vídeo = anestesia geral • Convencional = Espinhal (Raquianestesia) Objetivo • Redução do conteúdo do saco herniário • Fechamento do saco herniário • Reparo do canal inguinal Técnicas abertas Reparo a McVay Tendão conjunto ao Lig. Cooper Usada também para hérnias femurais Reparo a Bassini Tendão conjunto ao lig. Inguinal Reparo a Shouldice Imbricação de 3 ou 4 planos de sutura entre fáscia transversalis e fibras de m. oblíquo interno ao ligamento inguinal. (Recompor o assoalho do canal inguinal danificado) Reparo de Lichtenstein Técnica sem tensão! Colocação de prótese (tela), fixa no tendão conjunto (ou aponeurose do m. ob. Interno) e no ligamento inguinal. O cordão espermático passa por um buraco (confeccionado) no meio da tela. Reparo de Stoppa Também sem tensão Também utiliza prótese. Porém, esta é colocada no espaço pré peritoneal. V A N E S S A L U D W I G P R 1 H É R N I A S D A P A R E D E A B D O M I N A L TÉCNICA VIDEOLAPAROSCÓPICA COMPLICAÇÕES HERNIORRAFIAS INGUINAIS Testículos - Orquite isquêmica e atrofia testicular Infertilidade masculina Hidrocele Seromas Lesões da art. E/ou veia femoral HÉRNIA UMBILICAL Congênitas Usualmente regridem até 2 anos Após 5 anos dificilmente fecham Mais comum afro-americanos Adultos Adquirida Usualmente fechamento primário Tela se >2cm Recidiva incomum Técnica Totalmente extraperitoneal (TEP) Não penetra a cavidade peritoneal Cria-se um espaço com a insuflação do CO2 no espaço pré-peritoneal de maneira que seja possível dissecar o saco herniário e reduzir seu conteúdo e coloca-se uma tela de maneira a corrigir o defeito herniário. Técnica Transabdominal Pré peritoneal (TAPP) Penetra-se a cavidade peritoneal Abre-se um "flap" do peritoneo de maneira a se ob- servar o defeito herniário. Reduz-se o conteúdo da hérnia dissecando também o saco herniário. Coloca- se prótese recobrindo o defeito, fixando-a no liga- mento de Cooper e tendão conjnunto. Fecha-se o "flap" do peritoneo para cobrir a tela e evitar o con- tato da mesma com as alças intestinais evitando aderências e erosões Lesões de bexiga urinária Lesões intestinais Infecções Recidivas Com tensão = até 20% Sem tensão = 1-2% Parestesias HÉRNIA EPIGÁSTRICA Linha média (linha alba) - Entre o apêndice xifóide e cicatriz umbilical Homens -> Fácil confundir com lipomas Diferenciar de diástase do reto abdominal HÉRNIA INCISIONAL Cicatrização inadequada de incisão prévia. ->Ascite ->Desnutrição ->Infecção de ferida ->Hematomas Condições que aumentam a pressão intra abdominal Obesidade => Gestação Geralmente corrigidas com sutura e colocação de tela V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A Câncer: é uma neoplasia maligna, onde compreende-se alterações que se passam no código genético da célula, tornando-a anômala do ponto de vista morfológico, bioquímico e funcional, impedindo a sua morte natural (apoptose) Como surge o câncer: carcinogênese ou oncogênese Ao ser exposta por fatores ambientais e genéticos, a célula passa por transformações em seu DNA, ocorrendo o pro- cesso de carcinogênese. A célula sofre um estímulo de agressão, pelos agentes cancerígenos (oncopromotores) continuando a transformação celular. Fazendo com que aconteça uma multiplicação ce- lular (de células alteradas) descontrolada. E com esse acúmulo de células, torna-se o tumor. Como células cancerosas se comportam? A célula evolui para tecido, sem limitar-se a apenas um, invadindo tecidos e órgãos podendo evoluir para uma metástase. TABAGISMO AGENTE CARCINOGÊNIO QUE ESTÁ PRESENTE EM TODAS AS FASES DO SURGIMENTO. 10% HEREDITÁRIA (jovens) 90 % ESPORÁDICA (+ idade) V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O SD A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A Alterações fisiológicas Epidemiologia Características das células cancerígenas: proliferação descontrolada, diferenciação e perda de função, poder de invasão e capacidade de sofrer metástases. HOMEM Incidência: próstata, cólon e reto, traqueia, brônquio e pulmão Mortalidade: traqueia, brônquio e pulmão, próstata, cólon e reto. MULHER Incidência: mama, cólon e reto, colo do útero Mortalidade: mama, traqueia, brônquios e pulmão cólon e reto. CÂNCER DE PELE É O + INCIDENTE EM HOMENS E MULHERES FATORES DE RISCO -> Alimentação (30%) -> Tabagismo (30%) -> Hereditariedade (15%) -> Infecção -> Exposição profissional -> Obesidade e falta de exercício -> Álcool -> Raios UV -> Medicamentos -> Poluição .. V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A ABORDAGEM DO PACIENTE. 1. Anamnese 2. Exame físico (geral, loco-regional) 3. Exames complementares IMAGEM: radiografia, TC, Ressonância, PET scan/CT ENDOSCÓPICA: Endoscopia, CRPE, eco- endoscopia, colonoscopia. MARCADORES TUMORAIS: CEA, CA 19-9, PSA, alfa-fetoproteína. 4. Biópsia Anatomo-patológico Biologia molecular AVALIAÇÃO CLÍNICA AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR ANAMNESE EXAME FÍSICO REGIONAL LOCO- REGIONAL EXAMES COMPLEMENTARES IMAGEM ENDOSCÓPICOS MARCADORES TUMORAIS BIÓPSIA ANATOMO- PATOLÓGICO BIOLOGIA MOLECULAR V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A IMAGEM ENDOSCÓPICOS MARCADORES TUMORAIS CEA ALFA-FETOPROTEÍNA PSA CA 19-9 Tumores colorretais Câncer de pâncreas e vias biliares Câncer de próstata Hepatocarcinoma *cintilografia óssea (câncer de osso) *ultrassom (tireoide, mama) EXAMES COMPLEMENTARES V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G Câncer de esôfago Endoscopia digestiva alta INCISIONAL EXCISIONAL COM AGULHA Parte da lesão Toda lesão Biópsia de Shaving Ressecção total do tumor ENDOSCOPIA P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A BIÓPSIA EDA ECO-ENDOSCOPIA CRPE COLONOSCOPIA PARA O PATOLOGISTA INFORMAÇÕES CLÍNICAS Diminuição das taxas de cura e sobrevida MATERIAL REPRESENTATIVO Evitar áreas de necrose ou hemorragia REFERÊNCIAS ÀS MARGENS Identificar cadeias linfonodais PARA O CIRURGIÃO TAMANHO E EXTENSÃO LOCAL DO TUMOR Situação das margens do tumor TIPO HISTOLÓGICO Grau de malignidade EMBOLIZAÇÃO VASCULAR Venosa e linfática TRUE-CUTY Analisa fragmentos de células tumorais V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA -> Pela drenagem linfática e metastatização para linfonodos lo- co-regionais CEC de dorso do pé com metástase para linfonodo da região inguinal. EX: câncer de mama HEMATOGÊNICA -> Seguem por capi lares sanguíneos promovendo me- tástases em órgãos a distância. Comum em sarcomas de partes moles. Sarcoma de membro inferior com metástases no parênquima pulmonar/ Metástase cerebral por um câncer de pulmão CONTINUIDADE CA de estômago que invade o esôfago (sistema igual – sistema digestório – igual órgãos) CONTIGUIDADE CA de reto com extensão local, invadindo bexiga, útero, ovários, próstata (locais próximos) Ex: Tumor de reto na parede da bexiga GRADUAÇÃO HISTO-PATOLÓGICA G1 Bem diferenciado G2 Moderadamente diferenciado Quanto + indiferenciado, pior o grau de câncer (+ agressivo) G3 Pouco diferenciado G4 Indiferenciado V A N E S S A L U D W I G TX,T0,T1,T2,T3,T4 V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A ESTADIAMENTO DOS TUMORES MALIGNOS (Exame físico, exame de imagem e biópsia) Extensão do Tumor primário Ausência ou presença e a extensão de metástases em linfoNodos regionais NX, N0, N1, N2, N3 Números de linfonodos acometidos e localização Ausência ou presença de Metástases à distância MX,M0,M1 Conceitos cTNM: Estadiamento clínico sTNM: Estadiamento cirúrgico (R0, R1, R2) pTNM: Estadiamento patológico yTNM: Estadiamento pós tratamento neoadjuvante (antes da cirurgia -> quimio/radio) (em órgãos ocos, esofago, estomago, delgado, colón -> camadas em que acomete) em órgãos sólidos, maciços (fígado, mama) -> relacionado ao tamanho do tumor T1: invade a submucosa T2: camada muscular T3: camada serosa T4: acomete órgão adjacente (contiguidade) Estratificam os pacientes baseados no volume neoplási- co local e a distância. Realiza-se logo após diagnóstico, como objetivo: definir estratégia de tratamento. Classificação do câncer residual R0: Ressecção completa do tumor R1: Doença residual microscópica R2: Doença residual macroscópica V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A Conceitos técnicos: Operabilidade: baseia-se nas condições clínicas do paciente Ressecabilidade: baseia-se na extensão do tumor Cuidados técnicos: Proteção das bordas da ferida operatória Inventário minucioso da cavidade peritoneal Dissecção centrípeta da peça operatória Oclusão da luz do órgão acima e abaixo do tumor Evitar rotura do tumor Margens de segurança Ligadura precoce dos pedículos vasculares Ressecção em bloco do tumor primário e das cadeias linfáticas (quando indicada) Marcação com clipes metálicos para orientar o campo da RT (quando necessário) DIAGNÓSTICO TARDIO Falta de sintomas nas lesões precoces Falta de informações sobre a doença Dificuldade de acesso ao sistema de saúde Qualificação inadequada dos profissionais PIORA DOS RESULTADOS Diminuição das taxas de cura e sobrevida CONSEQUÊNC IAS Aumento da morbidade F INANCIERO Elevação dos custos OBJETIVOS DO TRATAMENTO Cura Aumento da sobrevida Melhora da qualidade de vida MODALIDADES TERAPÊUTICAS LOCO-REGIONAIS: cirurgia, radioterapia (braquiterapia) SISTÊMICAS: QT, HORMONIOTERAPIA, IMUNO- TERAPIA (sistêmica, loco-regional) REABILITAÇÃO: FÍSICA, PSÍQUICA *fisioterapia, psicologia) ELEVADAS TAXAS DE CURA: Diagnóstico precoce e tratamento adequado V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A FATORES QUE IMPLICAM NO PROGNÓSTICO: Estadiamento ao diagnóstico Tumores em estágio inicial x avançado Características biológicas do tumor Bem, moderadamente ou pouco diferenciado Planejamento terapêutico QT-RT neo, cirurgia up front, QT-RT adjuvante Estado geral do paciente Performance status ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR: Diminuir a possibilidade de recorrência da doença Transformar tumores irressecáveis em ressecáveis Aumentar as taxas de cura e sobrevida Melhorar a qualidade de vida V A N E S S A L U D W I G V A N E S S A L U D W I G P R 1 F U N D A M E N T O S D A C I R U R G I A O N C O L Ó G I C A CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS PREVENTIVA Objetivode impedir o desenvolvimento de neoplasias malignas RADICAL Ressecção tumoral completa com margem ade- quada e remoção de Área de drenagem linfono- dal (quando indicada) Finalidade curativa PALIATIVA Em casos de tumores irressecáveis ou ressec- ções incompletas Finalidade de melhorar a função Evitar complicações de progressão da doença Viabilizar alternativas de tratamento Melhorar a qualidade de vida CIRURGIA DAS METÁSTASES CURATIVA: ressecção completa das metásta- ses com o tumor primário controlado PALIATIVA: melhora dos sintomas RADICAL AMPLIADA Ressecção em MONOBLOCO de um ou mais órgãos e estruturas macroscopicamente com- prometidas pelo tumor. CITORREDUTORA Redução do volume do tumor primário ou de sí- tios metastáticos ; Melhora o efeito da quimiote- rapia adjuvante; HIPEC (Quimioterapia intraperi- toneal em altas concentrações para erradicação de células livres/ Quimioterápico a 42 graus por 60-90 minutos) Finalidade curativa em casos selecionados Objetivo: diagnóstico, tratamento de tumores (sólidos), tratamento de complicações; 60% tratados cirurgicamente ; 90% vão necessitar de cirurgia V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O E O B S T R U T I V O V A N E S S A L U D W I G DOR VISCERAL (transmissores lentos) Fibras do tipo C – sistema nervoso autônomo Aparecimento gradual da dor Difícil localização Inflamação/isquemia/distensão DOR PARIETAL (transmissores rápidos) Fibras tipo A-Delta - somáticas Dor localizada Dor do tipo pontada Síndrome clínica caracterizada por dor abdominal moderada ou grave que necessita de tratamento clínico ou cirúrgico precoce DOR: TIPOS: INFLAMATÓRIO OBSTRUTIVO PERFURATIVO VASCULAR HEMORRÁGICO ( + frequente) APENDICITE AGUDA INFLAMATÓRIO COLECISTITE AGUDA INFLAMATÓRIO OBSTRUÇÃO DO INTESTINO DELGADO CÓLICA URINÁRIA ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA INFLAMATÓRIO PANCREATITE AGUDA DIVERTICULITE AGUDA INFLAMATÓRIO DOR ABDOMINAL INESPECÍFICA (DISPEPSIA/CONSTIPAÇÃO) INSPEÇÃO V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O E O B S T R U T I V O V A N E S S A L U D W I G CRONOLOGIA TIPO DA DOR IRRADIAÇÃO APETITE QUEIXAS ASSOCIADAS TOPOGRAFIA AUSCULTA PALPAÇÃO PERCUSSÃO INVESTIGAÇÃO: ANAMNESE + EXAME FÍSICO + EXAMES COMPLEMENTARES LABORATORIAIS -> Hemograma -> Creatinina/Ureia -> Parcial de urina -> Amilase -> B-HCG IMAGEM -> Rx Abdome agudo Tórax Abdome em pé Abdome deitado V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O V A N E S S A L U D W I G APENDICITE AGUDA Causa + comum de abdome agudo. + comum em homens. Pico de incidência: 10-30 anos DIAGNÓSTICO: Anamnese: DOR VISCERAL por aproximadamente: 12—24 horas Se localiza na FID: fossa ilíaca direita (pontadas fortes) Náuseas, vômitos, inapetência Febre 38° Exame físico: Irritação peritoneal ‘’DEFESA’’ - FID Sinais na palpação abdominal Exames complementares: Laboratoriais: Leucocitose: 11-13.000 PU normal (pode haver leucocitúria) PCR alterada Imagem: RX de abdome: sem pneumoperitoneo/ Alça sentinela ECO de abdome total: primeiro exame/ apêndice 7mm ou mais, não depressível/ apendicolito/ Liq. Ou massa periapendicular. TAC abdome: Sinais de espessamento apendicular/ > 7mm/ Sinais de inflamação peripendicu- lar. Sinal de BLUMBERG -> Irritação peritoneal à descompressão dolo- rosa em FID Sinal de ROVSING -> Palpa-se a FIE e o paciente tem dor refe- rida a FID devido ao descolamento dos ga- ses no cólon Sinal de PSOAS -> Deita-se o paciente em decúbito lateral esquerdo e estende-se a coxa direita Sinal do OBTURADOR -> Paciente em decú- bito dorsal, flexão da coxa, rotação interna do quadril V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O V A N E S S A L U D W I G Tratamentos: Cirúrgico convencional: Casos que não podem ser corrigidos por vídeo. -> intolerância à anestesia -> cirurgias abdominais prévias Incisão de Mcburney (oblíqua) ou incisão de Rockey Davis (transversa) Divide-se o espaço entre a crista ilíaca antero superior e a cicatriz umbilical. Na divisão entre o terço lateral para o terço médio encontra-se o local a inci- sar Videolaparoscópico: PRIMEIRA OPÇÃO 3 trócáteres Mesmo resultado cirúrgico Lembrar: ATB– PROFILAXIA Dependendo do grau de infecção mudar tempo e espectro Estágios: Apêndice aguda catarral Apêndice aguda supurativa Apêndice aguda gangrenosa Apêndice aguda perfurativa DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Doença inflamatória intestinal Doença inflamatória pélvica Cistos de ovário hemorrágicos Dor do meio do ciclo (ovulação) - Mitelschmerz Infecção do Trato Urinário Bexigona Neoplasia do ceco V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O V A N E S S A L U D W I G ÚLCERA PÉPTICA PERFURADA (Gástrica ou duodenal) Contato do conteúdo gastroduodenal com a cavidade peritoneal Peritonite química DIAGNÓSTICO: Anamnese: Paciente se recorda do início da dor Dor de início súbito Muito forte—aguda Seguida de febre, taquicardia, desidratação, íleo Exame físico: Dor abdominal difusa e intensa Rigidez abdominal (abdome em tábua) Tratamento: Cirurgia Limpeza exaustiva da cavidade peritoneal Identificação do local da perfuração Rafia da lesão Patch com peritônio sobre a sutura ÚLCERA GÁSTRICA-60% TIPO I Não relacionada a acidez Pequena curvatura, próximo a incisura angular ÚLCERA GÁSTRICA TIPO II Relacionada a acidez Corpo do estomago Associada com úlce- ras duodenais ÚLCERA GÁSTRICA-20% TIPO III Relacionada a acidez Pré pilóricas ÚLCERA GÁSTRICA TIPO IV Não relacionada a acidez Parte alta da curva- tura menor próxima da junção esofago- gástrica GASTRECTOMIAS Pylorus and antrum (removed) Billroth I (end-to-end anastomo- sis) Úlceras gástricas tipo I perfuradas Billroth II (end– to– side anasto- mosis) Lembrar úlceras gástricas perfuradas: Tratamento de H. pylori Inibidores de secreção gástrica Biópsia do leito ulceroso (tipo I) V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O V A N E S S A L U D W I G COLECISTITE AGUDA Infecção/Inflamação aguda da vesícula biliar Cálculos biliares Obstrução a drenagem da bile Estase Distensão da vesícula (isquemia—necrose) Fibrose TRATAMENTO: Antibióticos com espectro para bactérias mais comuns. Cirurgia (Colecistectomia) -> aberta x laparoscópica -> Identificação do hilo vesicular -> Identificação do Trígono de Calot (Ducto hepático comum, rebordo hepático, ducto cístico) -> Ligadura da artéria cística -> Ligadura do ducto cístico -> Descolamento da vesícula biliar do leito hepático -> Retirada da vesícula biliar da cavidade abdominal DIAGNÓSTICO: Anamnese: Dor—cólica biliar—24 horas Cólica forte Inicio após dieta gordurosa (50%) Hipocôndrio direito—epigástrico Irradia para dorso à direita (escapula) Náuseas/vômitos Febre/ icterícia obstrutiva -> PACIENTE ICTÉRICO OBSTRUTIVO: sinais: Colúria + acolia fecal Exame físico: Dor a palpação em HCD ‘’defesa’’ no local Exames complementares: Laboratoriais: Leucocitose (12000-14000) Aumento de Bilirrubinas Aumento da FA Aumento de transaminasesAumento da amilase SINAL DE MURPHY: Pede-se para o paciente inspirar profundamente e aplica-se a palpação profunda no HCD. A parada da inspiração como reflexo a dor caracteriza o exame como positivo. V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O I N F L A M A T Ó R I O V A N E S S A L U D W I G DIVERTICULITE AGUDA Inflamação de um divertículo colônico + comum em cólon sigmóide Perfuração do divertículo Abcesso Peritonite localizada Peritonite fecal generalizada TRATAMENTO: Diverticulite não complicada: antibióticos Paciente com dor importante ou peritonite localizada: Internar—ATB endovenoso/ melhora em 24h a 48h. Encaminhar investigação em aproximadamente 30 dias para diagnósticos diferenciais e docu- mentação (Colonoscopia) 1° crise de diverticulite não complicada: Tratamento clínico. Recidiva 25%. Orientações 2° crise de diverticulite não complicada: Tratamento clínico. Recidiva 50%. Discutir tra- tamento cirúrgico (principalmente doentes < 40 anos) Cirurgia após 4-6 semanas. COLECTOMIA: Identificar a porção com divertículos. Local da diverticulite. Pesquisa por abcessos. Ligadura da veia e artéria nutridoras do segmento a ser ressecado. Dissecção do cólon a ser resse- cado. Colectomia. Anastomose. DIAGNÓSTICO: Anamnese: Dor na fossa ilíaca esquerda FIE Irradiação suprapúbica/inguinal esquerda/dorso Início insidioso Intensidade moderada para forte ‘’APENDICITE DO LADO ESQUERDO’’ Alteração do hábito intestinal Febre Sangramento não é comum Exames complementares: Laboratoriais: Leucocitose Imagem: TAC de abdome (exame padrão-ouro) -> Revela localização -> Extensão do processo -> Presença e localização de abcessos -> Comprometimento de outros órgãos V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O O B S T R U T I V O V A N E S S A L U D W I G Intestino delgado 1. Bridas/Aderências - 60% 2. Hérnias de parede / Internas – 10% 3. Intussucepção DIAGNÓSTICO: Anamnese: Dor abdominal em cólica Distensão abdominal Vômitos Alteração do hábito intestinal (diarreia—paradoxal/ parada da eliminação de gases e fezes) Exame físico: Distensão abdominal importante TR—sem fezes Diarreia -> RHA aumentados. Ruídos de ‘’briga’’ - RHA metálicos. Oclusão -> RHA silencio abdominal Taquicardia/febre/irritação peritoneal -> sofrimento de alça intestinal (isquemia) Exames complementares: Laboratoriais: Dependentes da condição clínica do paciente Podem ser normais Podem ser alteradas -> Líquido fica represado tanto no interior quanto na parede da alça—edema da alça. Desidratação/hipovolemia/desiquilíbrio hidroeletrolítico. Perda da função de barreira (principalmente se isquemia por aumento da pressão intraluminal. Leucocitose Imagem: RX de abdome -> Alças dilatadas -> Níveis hidroaéreos -> Empilhamento de moedas -> Volvo -> Corpos estranhos -> Ausência de ar no reto Opção: TAC de abdome Cólon 1. Câncer - 20% 2. Corpos estranhos 3. Volvos V A N E S S A L U D W I G P R 1 A B D O M E A G U D O O B S T R U T I V O V A N E S S A L U D W I G BRIDAS Pontes de tecido cicatricial que se formam após cirurgias abdominais prévias. Intestino delgado ‘’roda’’ ao redor das pontes interrompendo o fluxo do conteúdo ADERÊNCIAS Quando as alças aderem umas as outras ou a parede abdominal também após cirurgias prévias HÉRNIAS ABDOMINAIS INTUSSUCEPÇÃO INTESTINAL Invaginação intestinal CÂNCER Mais comum ocluir no cólon esquerdo e sig- moide Costumeiramente comprometem o cólon proximal devido a distensão CORPO ESTRANHO VOLVULOS Mais comum no cólon sigmoide Pode ser tratado com injeção de gás via retal Manter infusão de líquidos por pelo menos 2 dias para que não se refaça de imediato Colonoscopia pode ajudar a desfazer Agendar sigmoidecomita na sequencia Se não resolver clinicamente. Cirurgia Sinal do ‘’U’’ invertido V A N E S S A L U D W I G P R 1 A F E C Ç Õ E S C I R Ú R G I C A S D O E S Ô F A G O V A N E S S A L U D W I G Esôfago: órgão que conduz o alimento ( da faringe ao esôfago)~ ~ em torno de 25cm Porção cervical, torácica e abdominal. Composto por músculo. Sendo a primeira porção: músculo estriado (voluntário); e a Segunda e terceiro porção: músculo liso (involuntário). Não possui serosa. Constrições: Superior: mm. cricofaríngeo (EES) Porção média: arco da aorta (e brônquio principal esquerdo) Porção inferior: EEI Anatomia cirúrgica Cercado por estruturas vitais: Anterior: traqueia, arco aórtico, artéria pulmonar, brônquio principal esquerdo, pericárdio, tronco vagal anterior e hiato esofágico Posterior: aorta descendente, ducto torácico, tronco vagal posterior Lateral direito: veia ázigos e brônquio principal direito Lateral esquerdo: porção do arco aórtico e nervo laríngeo recorrente Nervos: nervos laríngicos recorrentes, nervo vago, plexo esofágico, troncos simpáticos e ner- vos esplâncnicos maiores FUNÇÃO BÁSICA: Conduzir o alimento. Evitar a deglutição de ar/ aerofagia durante a respiração (tônus de EEI). V A N E S S A L U D W I G P R 1 A F E C Ç Õ E S C I R Ú R G I C A S D O E S Ô F A G O V A N E S S A L U D W I G FISIOLOGIA DA DEGLUTIÇÃO Fase orofaríngea: mastigação e salivação -> faringe Reflexo da deglutição: anteriorização da laringe e fechamento da glote Relaxamento da EES NN: IX (aferente) e X e XII (eferente) Fase esofágica: Fase inicial de inibição (relaxamento), seguida de contração -> forma sincronizada para a propulsão do bolo alimentar Relaxamento de EEI: interligação entre o plexo mioentérico e o SNA que atua na musculatura lisa do esfíncter A deglutição promove o relaxamento fisiológico do EEI, permitindo a livre passagem do alimento ao estômago Tipos de peristalse: • Primária: em resposta ao reflexo da deglutição • Secundária: em resposta à distensão mecânica do esôfago pelo bolo alimentar • Adendo: movimentos terciários (não peristálticos) não são sincronizados e podem ocorrer es- pontaneamente ou após deglutição ou distensão esofágica. Principais Sinais e Sintomas no Distúrbios Esofágicos Disfagia: dificuldade na deglutição • De transferência (orofaríngea) – provoca engasgo ao tentar deglutir • Ocorre tanto para sólidos como para líquidos • Distúrbios que afetam aos músculos esqueléticos ou o SN para a deglutição Pode ser de causa anatômica, neurológica ou muscular Disfagia de condução: dificuldade no transporte dos alimentos pelo esôfago até o estômago Paciente sente algo “entalado” (interrupção ou estagnação do bolo alimentar no tórax) Disfagia para sólidos e líquidos: obstrução mecânica severa ou distúrbio motor do esôfago Disfagia APENAS para sólidos: obstrução mecânica (neoplasia, estenose péptica, cáustica, com pressões extrínsecas) Disfagia progressiva para sólidos: característico de CA Odinofagia: dor à deglutição Pirose: sensação de queimação retroesternal Regurgitação: retorno do alimento através do esôfago até a boca Cólica esofagiana: dor retroesternal “em aperto” Hematêmese: vômito de sangue V A N E S S A L U D W I G P R 1 A F E C Ç Õ E S C I R Ú R G I C A S D O E S Ô F A G O V A N E S S A L U D W I G Distúrbios Neuromusculares do Esôfago Acalásia Calásia = relaxamento • Acalásia é o não relaxamento Doença neurogênica com lesão das células ganglionares no plexo mioentérico (Auerbach) levando a distúrbio do peristaltismo esofagiano e da função do EIE 1. Déficit de relaxamento do EEI durante a deglutição (principal característica) 2. Graus variados de hipertonia do EEI 3. Substituição da peristalse normal do corpo esofagiano por contrações anormais• Distúrbio motor primário mais comum do esôfago • Mais comum em paciente com menos de 40 anos • Degeneração dos neurônios do plexo de Auerbach ( grande responsável pela coordenação motora do esôfago) • Perda de interneurônios inibitórios que secretam óxido nítrico V A N E S S A L U D W I G P R 1 A F E C Ç Õ E S C I R Ú R G I C A S D O E S Ô F A G O V A N E S S A L U D W I G
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