Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Fisiologia Veterinária II 
Respiração nas Aves 
SISTEMA PULMONAR AVIÁRIO 
▪ Vias aéreas condutoras 
▪ Sacos aéreos 
▪ Pulmões parabronquiais 
▪ Músculos da respiração 
SISTEMA RESPIRATÓRIO AVIÁRIO 
 
VIAS CONDUTORAS 
Traqueia: anéis cartilaginosos completos, mais 
longa que nos mamíferos, grande diversidade 
entre espécies. 
Brônquios: primários, secundários, terciários 
(parabrônquios). 
Esses parabrônquios, além de conterem em 
seu interior os brônquios terciários, eles 
possuem um outro tecido que fica 
circundando esses brônquios, formando a 
chamada manta parabronquial. Esta estrutura 
vai substituir os bronquíolos terminais, 
respiratórios, e os alvéolos. 
SACOS AÉREOS 
São estruturas ocas constituídas por uma 
fina camada de tecido conjuntivo, não 
participam das trocas gasosas (na maioria das 
espécies), sendo um total de 9 sacos aéreos: 
2 cervicais, 1 clavicular, 2 torácicos craniais, 
2 torácicos caudais e 2 abdominais. 
Função: são ventilados durante a inspiração, 
atuando como foles para o pulmão 
relativamente rígido nas aves. O ar inspirado 
vai preenchendo os sacos aéreos na direção 
craniocaudal, e ao retornar, antes de ser 
expirado, esse ar passa pelos pulmões 
parabronquiais. 
Essas estruturas se desenvolveram nas aves 
pois elas possuem pulmões inelásticos, que 
não alteram seu volume durante a insuflação. 
Parte desses sacos aéreos, principalmente os 
mais craniais, possuem divertículos que 
adentram os ossos. 
 
PULMÃO PARABRONQUIAL 
O pulmão parabronquial é uma estrutura que 
possui um tecido especializado para a 
realização de trocas gasosas no entorno dos 
parabrônquios, constituídos por tubos longos 
e estreitos formando uma rede de 
anastomoses. Os parabrônquios são divididos 
ainda em paleopulmonar e neopulmonar, 
dependendo da localização. 
A manta periparabronquial é um tecido 
especializado formado por uma rede de 
capilares aéreos e capilares sanguíneos 
entrelaçados, o que garante uma alta 
eficiência nas trocas gasosas. 
No interior dos tubos dos parabrônquios 
existem várias pequenas aberturas 
chamadas de átrios, onde vão se conectar os 
capilares aéreos e os capilares sanguíneos. 
ESTRUTURA DO PARABRÔNQUIO 
 
MECÂNICA DA VENTILAÇÃO NAS AVES 
Na inspiração, há a participação de músculos 
inspiratórios. Nesse caso, ocorre a contração 
dos seguintes músculos: intercostais externos 
e internos, escaleno e serrátil. Durante a 
inspiração, o ar passa pela traqueia e pelos 
brônquios, e a maior parte dele segue para 
preencher os sacos aéreos, que têm seu 
volume aumentado. Com isso, há uma 
diminuição da pressão do aparelho 
respiratório como um todo em relação à 
pressão atmosférica, e então o ar flui para o 
sistema pulmonar (paleopulmão e neopulmão). 
OBS.: As aves não possuem o músculo 
diafragma, então não ocorre a divisão em 
cavidade torácica e cavidade abdominal, 
constituindo uma cavidade única chamada 
tóraco-abdominal. 
Nos mamíferos, a expiração é um processo 
passivo, exceto em uma expiração forçada no 
caso de um exercício, e em casos de algumas 
doenças respiratórias, em que os músculos 
abdominais sofrem contração. Já nas aves, 
esse processo é ativo, pois há a contração 
dos músculos expiratórios intercostais 
externos e internos e abdominais. Com isso, é 
gerada uma pressão dos músculos sobre os 
sacos aéreos, que sofrem um aumento de 
pressão em seu interior e então há uma 
diminuição do volume dos sacos aéreos. O ar 
liberado por eles então flui em direção aos 
pulmões, para preencher os capilares aéreos 
e promover as trocas gasosas. 
OBS.: As trocas gasosas acontecem tanto na 
inspiração quanto na expiração, mas esse 
processo é mais efetivo na expiração. 
TRAJETO DO AR 
INSPIRAÇÃO 
 
EXPIRAÇÃO 
 
CONTROLE AUTONÔMICO DO FLUXO AÉREO 
As fibras pós-ganglionares simpáticas e as 
fibras pós-ganglionares parassimpáticas 
inervam todo o aparelho respiratório. 
Enquanto o sistema nervoso simpático 
promove a dilatação das vias condutoras, o 
sistema nervoso parassimpático (fibras 
vagais) promove a constrição dessas vias. 
CONTROLE DA VENTILAÇÃO NAS AVES 
O controle da ventilação nas aves é similar em 
vários aspectos aos mamíferos: 
• Núcleos na ponte e no bulbo; 
• Quimiorreceptores centrais; 
• Quimiorreceptores periféricos (corpos 
carotídeos). 
Diferentemente dos mamíferos, as aves 
contam ainda com os seguintes mecanismos: 
• Quimiorreceptores intrapulmonares 
(nos mamíferos são mecanorreceptores); 
• Mecanorreceptores nas paredes dos 
sacos aéreos; 
• Termorreceptores espinhais (estresse 
térmico: aumento da frequência 
respiratória). 
Os termorrecptores espinhais respondem à 
modificações na temperatura ambiente, e as 
aves domésticas são muito sensíveis à essas 
alterações, sofrendo muito com o estresse 
térmico quando está muito frio ou muito 
quente. 
EFICIÊNCIA DAS TROCAS GASOSAS 
DURANTE O VÔO 
O voo é uma atividade que requere muita 
energia, e nos voos à altas altitudes o ar é 
mais rarefeito. As aves conseguem manter o 
fluxo sanguíneo cerebral mesmo em altitudes 
elevadas, com a pCO2 elevada. 
Uma outra característica das aves está 
relacionada com sua hemoglobina. A 
hemoglobina aviária possui duas isoformas, a 
Hb A e a Hb D (na maioria das espécies), e elas 
apresentam uma maior capacidade de 
saturação, o que garante um melhor 
transporte dos gases via sanguínea. 
Além disso, muitas aves possuem ossos 
pneumáticos, que consistem em prolongamentos 
de sacos aéreos (divertículos) para a cavidade 
de alguns ossos. Com isso, o peso das aves é 
diminuído durante a insuflação desses sacos e 
o trabalho de permanência no voo dessas 
aves também.