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Caso 3° EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___________VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ – RIO DE JANEIRO. GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço) em Vitória/ES, por seu advogado, com endereço profissional (endereço), para fins do artigo 158 e 171, inc. II, do CPC, vem a este juízo, propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO em face de BERNARDO, nacionalidade, viúvo, profissão, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço) em Salvador/BA e JANAINA, menor impúbere, neste ato devidamente representada por sua genitora NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada (endereço completo) em Macaé/RJ pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I - DOS FATOS Ocorre que Gerson é legítimo credor de Bernardo, conforme se extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10/10/2020, conforme anexo aos autos. O fato principal da ação está no fato de que Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento desta, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que as dívidas de Bernardo já ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra-se alugado para terceiros. II - DOS FUNDAMENTOS Vista os fatos mencionados, é evidente que os promovidos agiram de forma dolosa e de meio ilícito utilizado pelo devedor com o fato de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, das inúmeras dívidas que o Bernardo possui. Tanto é que as doações se deram logo após o vencimento da dívida contraída, tornando-se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil vigente. Nesse sentido, art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. Ressalta-se que o negócio jurídico também está eivado do vício de nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere, com o estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o domínio de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, senão burlar a justiça e os direitos dos credores, em uma ação executiva judicial? Nesse sentido expõe o artigo 171 do código civil: Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. VII - DO PEDIDO Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: I – Conceda a gratuidade de justiça; II - Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento; III – C ite os promovidos para comparecer à Audiência de Conciliação; VI – Intime o promovido para contestar, caso não haja acordo; V – Julgue a ação procedente para anular o negócio juríd ico, condenando os promovidos ao pagamento de custas processuais. DAS PROVAS Protesta e requer provar os fatos alegados por todos os meios de prova em direito admitidos sobre a face DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) – inteligência do artigo 291 do CPC. Termos que, Pede deferimento, Local/Data, Advogado – OAB
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