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Exame do sistema urinario

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Semiologia P2 Alexia F. Gomes | MED 20 
Exame do sistema urinário – exame dos rins. 
INSPEÇÃO 
O exame dos rins deve ser iniciado com a 
inspeção, que deve ser feita no organismo como 
um todo. Sinais apresentados na pele, em certas 
regiões do corpo, podem apresentar 
características de anormalidades na atividade 
renal. 
Quando há aumento do tamanho do rim, é 
possível que haja protrusão da parede abdominal 
na sua parte mais superior. Pode ocorrer por 
presença de tumor, cisto ou hidronefrose 
ipsilateral (tem aspecto amolecido à palpação) 
Protrusão na região costovertebral que seja 
coincidente com o local dos rins pode ser 
decorrente de abcesso perinefrético ou de 
tumores, sendo melhor visto com o paciente 
sentado e inclinando-se para frente. 
PALPAÇÃO 
Em condições normais os rins geralmente não são 
palpáveis devido à sua localização – 
retroperitonial na parte superior do abdome e 
protegido pela caixa torácica. Em alguns casos, a 
borda inferior do rim direito pode ser sentida. 
A palpação deve ser feita com o paciente em 
decúbito dorsal horizontal. O examinador deve 
ficar do lado do rim que se deseja examinar, 
posicionando a mão contralateral no ângulo 
costovertebral para empurrar a região 
retroperitonial durante a inspiração, momento em 
que o rim é deslocado inferiormente. A mão 
ipsilateral do examinador deve ser empurrada 
sobre o hipocôndrio em direção à outra mão a fim 
de se palpar o rim. Também pode ser feita com o 
paciente em decúbito lateral. 
 
Nessa parte do exame, se o rim for palpável, 
podem ser avaliados a consistência, o tamanho e 
a conformação do órgão. 
Quando o rim é palpado, pode ser indicativo das 
seguintes afecções: hipertrofia renal 
compensatória (rim vicariante), hidronefrose, 
tumor, cisto ou doença policística. 
Além da palpação dos rins, a mesma técnica pode 
identificar o baço, tumorações ou lesões do cólon. 
Em casos de dores que sugiram ter origem nos 
rins, deve-se diferenciar de possível lesão na 12ª 
costela, de anomalias da coluna vertebral e da 
fase pré-eruptiva do herpes zóster (entre T11 e 
L2), que têm esse sintoma coincidente. 
PERCUSSÃO 
Sinal de Giordano → percussão sobre o ângulo 
costovertebral causa desconforto no paciente. 
Pode ser indicativo de inflamação ou infecção 
renal. 
 
A presença de cálculos renais também causa dor 
durante a percussão da região sobreposta aos 
rins. 
Hidronefrose (aumento de líquido no rim por 
obstrução do canal que liga o rim à bexiga) pode 
ser identificada por percussão na parte anterior e 
posterior do abdome do paciente. 
AUSCULTA 
Sopro sistólico, talvez associado a estenose ou 
aneurisma de artéria renal, pode ser identificado 
por ausculta da região costovertebral ou do 
quadrante superior do abdome. 
TRANSLUMINAÇÃO 
Técnica utilizada para diferenciar presença de 
massa cística ou hidronefrose de presença de 
massa sólida em crianças de até um ano. 
Em uma sala escura, uma fonte de luz é colocada 
na parte posterior ao flanco: 
• Massa cística ou hidronefrose → ocorre 
transiluminação com facilidade. 
• Massa sólida (tumores) → não permitem a 
passagem da luz. 
Essa técnica geralmente é substituída por 
ultrassonografia. 
*Fonte principal: Semiologia Médica, Mário López, 
5ª edição.

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