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Unidade 3 Livro Didático Digital Débora Luiza da Silva Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autora DÉBORA LUIZA DA SILVA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS DÉBORA LUIZA DA SILVA Olá. Meu nome é Débora Luiza da Silva. Sou formada em Letras (Habilitação Português) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos e Especialista em Educação a Distância: Gestão e Docência pela mesma instituição, com uma experiência técnico-profissional na área da docência e elaboração de conteúdos pedagógicos para cursos da modalidade a distância. Passei por diferentes instituições, dentre elas o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e outras privadas, tais como a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), a UniRitter e a Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs), ambas do Grupo Laureate International Universities, nas quais já atuei como analista acadêmica de EAD, professora-tutora, designer educacional e docente de EAD. Atualmente sou professora de Língua Portuguesa e Literatura da EJA EAD do Serviço Social da Indústria (SESI/RS). Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida, bem como contribuir com o aprendizado daqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! A AUTORA Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desen- volvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessida- de de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações es- critas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e inda- gações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoaprendi- zagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Compreendendo como funciona a escrita ...................... 10 Como a escrita funciona .................................................... 10 Reconhecendo a prática da produção textual pelas crianças ............................................................................ 12 Como iniciam as atividades de produção textual na escola 13 Importância da ortografia e da pontuação na escrita .......... 14 Analisando a produção de textos na escola .................... 17 Produção de textos na escola ............................................. 17 Avaliação das produções textuais na escola ....................... 21 Reconhecendo a interferência da tecnologia no desenvolvimento da escrita ............................................. 25 A tecnologia e as produções textuais ................................. 26 Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 7 UNIDADE 03 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa8 Quando falamos nas atividades de produção textual, na maioria das vezes, pensamos nestas práticas como um instrumento de avaliação, pois o professor passa a ser o único leitor dos textos elaborados pelos alunos. Por essa razão, acaba-se deixando de lado os saberes adquiridos fora do espaço escolar, fazendo com que os estudantes se adequem aos padrões impostos pelo professor, motivo pelo qual o texto produzido em sala de aula ainda se encontra distante da vida do aluno. Dessa forma, nesta Unidade de estudos compreenderemos como funciona a escrita, reconheceremos como ocorrem as práticas de produção textual pelas crianças, analisaremos as produções textuais na escola e, por fim, reconheceremos como a tecnologia interfere no desenvolvimento da escrita. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 9 Olá. Seja muito bem-vindo à nossa Unidade 3 – A escrita, nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término dessa etapa de estudos: 1. Compreender como funciona a escrita; 2. Reconhecer a prática da produção textual pelas crianças; 3. Analisar a produção de textos na escola; 4. Reconhecer a interferência da tecnologia no desenvolvimento da escrita. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá! OBJETIVOS Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa10 Compreendendo como funciona a escrita A escrita é um ato que demanda tempo, por isso é necessário que um autor iniciante compreenda que essa atividade requer prática e dedicação. Da mesma forma, as atividades de produção textual na escola exigem que os professores busquem realizar um trabalho que aproxime seus alunos das situações cotidianas e adotem práticas de letramento que possibilitem interesses reais por parte dos estudantes. Assim, a escrita deve ser vista como uma habilidade que atribui verdadeiros significados, trazendo resultados para a vida dos alunos. Por isso, iniciaremos nossos estudos com foco no funcionamento da escrita. REFLITA: Você já parou para pensar como a escrita se constitui? Vamos mais além, que papel ela exerce na sociedade? Enquanto educador, como desenvolver atividades que contemplem a prática da escrita, de maneira a aliá-la às habilidades de leitura e aquisição da língua? Veremos a seguir! Como a escrita funciona O ato de escrever deve ser encarado como uma atividade prática, com propósito definido, e deve ter um leitor específico, ao qual deverá ser destinado a cumprir uma determinada finalidade. Figura 1: Funcionamento da escrita Fonte: Pixabay Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 11 A função da escrita no processo de ensino-aprendizagem está principalmente no ato da comunicação, da preservação da memória e de registros, do exercício da documentação oficial e do desenvolvimento da autoconsciência (BURKE e POTER, 1993). Nesse sentido, afirmam os PCNs (1997) que um escritor competente é aquele que se torna capaz de elaborar textos coerentes, coesos e eficazes. EXPLICANDO MELHOR: Coesão textual é a conexão e harmonia entre os elementos de um texto, que ocorre através do uso de conectivos, tais como: preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais. Já a coerência textual é responsável por estabelecer o entendimento das ideias de um texto. Por meio da coerência, ocorre a concatenação das ideias do texto, isto é, o encadeamento das ideias expostas no texto. Dessa forma, coesão e coerência têm como função a construção dos sentidos da textualidade. Afirma-se que a escrita nada mais seria que a correspondência da fala, pois desde a Antiguidade já se registrava a oralidade por meio da escrita de textos. Entretanto, a escrita passou a ser observada, ao longo dos anos, como uma nova forma de comunicação. Mas foi durante a Idade Média que essa nova forma de se comunicar passou a ser desenvolvida de maneira crescente, com a contribuição de estudiosos e copistas. Como sabemos, a escrita passou por inúmeras transformações, assim como as línguas quetambém evoluem, de acordo com as necessidades dos seus falantes. Exemplo disso são as expressões trazidas com o advento da internet, assunto que será ampliado a seguir. Por isso, verificaremos na sequência como a prática da escrita começa a ser desenvolvida, inicialmente na fase infantil. Dessa maneira, será possível compreendermos por quais razões os falantes da língua portuguesa, na grande maioria, encontram tanta resistência nas práticas de produção textual, tanto dentro quanto fora das escolas. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa12 Reconhecendo a prática da produção textual pelas crianças Conforme o que dispõe a Base Nacional Comum Curricular (2017, p. 42): Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Por isso, é fundamental que, desde a Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do conhecimento das crianças e das suas curiosidades. Figura 2 : Início da escrita Fonte: Pixabay EXEMPLO: Quando se propõem atividades com a literatura infantil, elas contribuem para a aquisição do gosto pela leitura. Mais tarde, as crianças se tornam capazes de construir hipóteses sobre a escrita que inicialmente podem se revelar por rabiscos e à medida que vão conhecendo as letras, desenvolvem escritas espontâneas, mas já indicativas da compreensão escrita como sistema de representação da língua. Atualmente, o domínio da escrita é tido como um pré-requisito para a aprendizagem de disciplinas das séries finais do Ensino Fundamental. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 13 Ao desenvolver as habilidades de leitura e escrita nas séries iniciais, o aluno passa a ser capaz de produzir seus próprios textos e adquire conhecimento por meio da escrita. Por isso, seguiremos nossos estudos com foco nas atividades de produção textual nas escolas. Como iniciam as atividades de produção textual na escola De acordo com os PCNs: Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com reais questões que a escrita coloca a quem se propõe a produzi-la, arriscar-se a fazer como consegue e receber ajuda de quem já sabe escrever (BRASIL, 1997, p. 48). Dessa forma, as atividades de escrita devem proporcionar a maior aproximação do que se pretende construir com os alunos e não ao contrário. Esse trabalho, portanto, deve iniciar desde o momento da alfabetização, afinal, esse é o início de um caminho que os estudantes deverão trilhar para se tornarem cidadãos da cultura escrita (BRASIL, 1997). Por essas razões, é tão importante que as crianças sejam estimuladas a escrever seus próprios textos, assim que chegarem ao ambiente escolar. Todavia, mesmo que elas não saibam a grafia adequada, deverão ser incentivadas desde cedo a ser produtoras da sua própria escrita. Esse trabalho, portanto, deve iniciar na alfabetização, por isso, inicialmente, é preciso pensar sobre a escrita representando graficamente a linguagem. Assim, é fundamental que nas atividades iniciais que visem à produção escrita, o estudante necessite se esforçar para construir meios de analisar e buscar formas de representar graficamente o que deseja escrever. Nesse sentido, a escola deve criar um espaço capaz de privilegiar a reflexão sobre o sistema da escrita, onde os alunos possam construir os procedimentos de análise para a sua alfabetização. EXEMPLO: Atividades que permitem que os alunos acompanhem sua própria produção são boas alternativas para o início da escrita. Listas Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa14 (de compras, de livros, de materiais escolares, entre outras) e quadrinhas se encaixam nessas atividades. Entretanto, também é fundamental que o estudante seja sempre incentivado à pesquisa e à consulta, a fim de encontrar informações para construir suas atividades escritas. Importância da ortografia e da pontuação na escrita No ensino da língua escrita também é importante ressaltarmos as atividades que contemplam o ensino de ortografia e pontuação, os primeiros aspectos a serem observados na produção textual de alunos de anos iniciais do Ensino Fundamental. No que se refere à ortografia, percebe-se um forte trabalho na memorização de palavras, cujos professores ainda utilizam como estratégias de ensino os ditados ou a repetição de expressões que os alunos escrevem em desacordo com a grafia correta. Figura 3: Ortografia Fonte: Pixabay Entretanto, conforme dispõem os PCNs: Ainda que tenha um forte apelo à memória, a aprendizagem da ortografia não é um processo passivo: trata-se de uma construção individual, para a qual a intervenção pedagógica tem muito a contribuir (BRASIL, 1997, p. 57). Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 15 Contudo, em muitas ocasiões, se faz necessária a aquisição da consciência de que nem sempre é possível escrever corretamente com base nas regras da gramática normativa. Assim, o ensino da ortografia deve partir dos seguintes eixos (BRASIL, 1997, p. 85): 1. privilégio do que é regular, permitindo que, por meio da manipulação de um conjunto de palavras, o aluno possa, agrupando-as e classificando-as, inferir as regularidades que caracterizam o emprego de determinada letra; 2. preferência, no tratamento das ocorrências irregulares, dos casos de frequência e maior relevância temática. Por isso, torna-se tão importante que os alunos utilizem os dicionários o quanto antes. Nesse sentido, cabe ao professor orientar essa consulta, para que os estudantes compreendam de que maneira devem realizar suas buscas, pois muitas vezes, é um tanto quanto complexa. Torna-se fundamental que seja possível considerar a contextualização do aprendizado ortográfico, para que os alunos entendam a importância da escrita que estão produzindo. Por isso, o ensino das regras de pontuação também é fundamental no ensino da escrita. Geralmente, se atribui essa prática apenas para a escrita, quando na verdade não se pode excluir a importância desse aspecto para a leitura de textos. Conforme os PCNs: O texto não é uma soma de frases, é um fluxo contínuo que precisa ser dividido em partes — frase que pode ou não conter partes também — os apostos, por exemplo. Frases que se agrupam tipograficamente em parágrafos. A pontuação aparece sempre em posições que indicam fronteiras sintático- semânticas. Aliás, é principalmente para isso que ela serve: para separar (BRASIL, 1997, p. 59). Ao mesmo tempo, também está o ensino dos aspectos gramaticais, necessários para a coesão e coerência das produções textuais. Contudo, esses aspectos são observados à medida que os alunos vão amadurecendo, pois conforme já abordamos aqui, as Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa16 atividades de produção textual são desenvolvidas com o passar dos anos na escola. Por essas razões, é fundamental que o professor possa propor atividades contextualizando os aspectos gramaticais para serem usados dentro da prática textual e não de maneira isolada, sem desconsiderar o contexto social e a realidade das turmas em que atua. Figura 4 : Pontuação Fonte: Pixabay REFLITA: Pense na sua futura prática profissional e imagine quais serão seus objetivos ao trabalhar com as produções de texto em sala de aula. Que temas escolher para serem trabalhados? Como avaliar os textos escritos pelos alunos? Veremos a seguir! Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 17 Analisando a produção de textos na escola Produção de textos na escola Atualmente, existe um considerável processo de atualização no que diz respeito às práticas de ensino-aprendizagem e de avaliação no que se refereà produção textual na escola. Figura 5: Escrita na escola Fonte: Pixabay Segundo Passarelli (2012, p. 46), A produção de textos na escola é uma atividade realizada como exercício para desenvolver a capacidade textual do sujeito. Por se tratar de um trabalho de reflexão individual e/ ou coletiva que de pende de uma série de habilidades [...]. Nesse sentido, é papel das instituições escolares propor situações interlocutivas para que o estudante desenvolva capacidades para produzir seus próprios textos. Por isso, torna-se essencial que o professor incorpore temas atuais às atividades de escrita, assim como assuntos pertencentes ao cotidiano do aluno, pois quando isso não se torna possível, a qualidade dos textos produzidos pelos alunos é bastante insatisfatória. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa18 COMO VISTO ANTERIORMENTE: Na Unidade 2 desta disciplina, abordamos a importância do trabalho com gêneros textuais na sala de aula, pois ao trabalhar com a ideia de gêneros e não tipos textuais, o professor favorece o ensino de leitura e produção de textos, tanto orais quanto escritos. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) contribuíram muito para que esse trabalho fosse se ampliando ao longo dos anos em todo o cenário escolar brasileiro. Cabe ressaltar que é inevitável que a leitura auxilie a escrita. Ela atua, portanto, como um elemento característico da produção textual, pois fornece matéria-prima para a escrita, bem como contribui para a constituição dos modelos de escrita (PASSARELLI, 2012). Contudo, de acordo com os PCNs: A relação que se estabelece entre leitura e escrita, entre o papel de leitor e de escritor, no entanto, não é mecânica: alguém que lê muito não é, automaticamente, alguém que escreve bem. Pode-se dizer que existe uma grande possibilidade de que assim seja. É nesse contexto — considerando que o ensino deve ter como meta formar leitores que sejam também capazes de produzir textos coerentes, coesos, adequados e ortograficamente escritos — que a relação entre essas duas atividades deve ser compreendida (BRASIL, 1997, p. 40). IMPORTANTE: Embora os alunos recebam modelos prontos para desenvolverem suas produções escritas, eles criam o seu próprio modelo, a partir das suas percepções, assim personalizando suas produções textuais. Por isso, há de se considerar que a escrita não pode ser vista como um ato de reprodução, mas de criação. Mas quando se pensa nos motivos pelos quais os alunos não gostam das atividades de produção textual, atribui-se essa ideia à falta de não ter sobre o que escrever, bem como a falta de preparo sobre como escrever. Há de se destacar que o sucesso das produções textuais na escola não está apenas na utilização de normas prontas e técnicas de Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 19 redação. Além disso, todo o critério que envolve a correção dos textos é baseado nas regras da gramática normativa. Figura 6: Prática da escrita Fonte: PIxabay Por isso, cabe ao professor entender e ensinar que as produções textuais não devem ter como objetivo principal o ensino das regras gramaticais da gramática normativa. Isso resultará em um processo de ressignificação do ensino da escrita, cujos alunos se tornam sujeitos agentes do seu meio social. Por essa razão, há alguns anos o termo “redação” vem sendo substituído por “produção textual (ou de textos)”, pois a prática da escrita de textos é algo que deve ocorrer de maneira processual (PASSARELLI, 2012). Assim, o aluno precisa ser estimulado e incentivado a escrever com a sua própria identidade. O professor, todavia, deverá perceber as limitações do estudante e do ambiente ao qual ele pertence ao conduzir atividades de escrita. Toda aprendizagem ocorre quando acontece uma mudança de postura e de comportamento. Por isso, torna-se tão importante propor atividades de produção textual baseadas em temas reais, pertencentes ao cotidiano do aluno. Isso ocorre porque, muitas vezes, são os professores que escolhem textos de acordo com seus conhecimentos e suas preferências. Ao aluno não é permitido discutir ou fazer escolhas do gênero, nem do tipo de texto a ser lido. Nos anos finais do Ensino Fundamental, por exemplo, Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa20 a maioria das leituras sugeridas por eles são obras do final do século passado, que também se repetem ano após ano. Ainda que essas leituras tenham valor no ensino, é inegável que os professores também necessitam trabalhar com leituras pertencentes ao cotidiano do aluno. COMO VISTO ANTERIORMENTE: De acordo com os PCNs (1997), ao adotar as práticas sociais como ponto de partida do trabalho escolar, promove-se o desenvolvimento de competências básicas para a ação. Isso contribui para que o aluno possa se colocar como produtor de conhecimento, de sujeito ativo e protagonista do seu meio social. Contudo, é fundamental considerarmos a importância da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem das produções textuais. Por isso, existem inúmeros gêneros textuais que colaboram para que a escrita ocorra de maneira prazerosa e significativa. Figura 7: Aprendendo brincando Fonte: PIxabay Segundo os PCNs (1997), os gêneros textuais devem servir como base para o trabalho com textos em sala de aula. Porém, muitas questões são levantadas sobre o real significado dos gêneros textuais no ensino, assim como de que forma é possível utilizá-los nas escolas. O envolvimento afetivo entre o professor e os alunos é um fator contribuinte para que as práticas de produção de textos sejam capazes de transformar a realidades dos estudantes. Dessa forma, a sala de aula torna-se um espaço de construção, cuja interação entre as partes, Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 21 professores e alunos, é fundamental. Assim, esse ambiente é visto como um local de trabalho. VOCÊ SABIA? Quer saber mais sobre a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Afetividade no processo ensino-aprendizagem”. Disponível em: https://bit.ly/3eXSNeR Cabe ressaltar que o professor, em todo o processo de ensino- aprendizagem, deve ser o responsável por mediar os aspectos sociais e as atividades da sala de aula, enquanto o aluno deverá desenvolver uma postura autônoma e independente. Avaliação das produções textuais na escola O linguista Geraldi (2002) afirma que o ensino de Língua Portuguesa na escola deveria ser resultado de um trabalho que visasse à prática da leitura e produção de textos, mas sem esquecer a importância de atividades que contemplassem análise linguística. Assim, seria possível alcançar objetivos como ultrapassar, apesar dos limites da escola, o não uso artificial da linguagem, o domínio da linguagem padrão em suas modalidades oral e escrita. Consequentemente, as atividades de produção textual seriam um trabalho sem interação e diálogo com o texto e com os leitores. Para Geraldi (2001, p. 127, apud BUNZEN, 2012, p. 147), “a escrita seria uma atividade com a linguagem em que, infelizmente, não há um sujeito que diz, mas um aluno que devolve a palavra que lhe foi dita na escola”. O professor percebe textos mal escritos a partir daquilo que planejou e propôs aos seus alunos, pois de acordo com a ideia deles, escrever apenas para ser avaliado pelo professor é cumprir tarefa. Em https://bit.ly/3eXSNeR Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa22 consequência disso, a partir das observações feitas por seu professor, o aluno apenas lê e reconhece a correção, preocupando-se mais com a nota atribuída do que com as observações feitas, Antes de mais nada, é preciso lembrar que a produção de textos na escola foge totalmente ao sentido da língua: os alunos escrevem para o professor (único leitor, quando lê os textos). A situação do emprego da língua é, pois, artificial.Afinal, qual é a graça de escrever um texto que não será lido por ninguém ou que será lido por uma pessoa (que por sinal corrigirá o texto e dará nota para ele?) (GERALDI, 2002, p. 65). Em muitos casos, quando o professor propõe uma atividade de produção de textos, não há exercícios de sondagem, que poderiam servir para avaliar ou reconhecer os conhecimentos adquiridos pelos alunos acerca do gênero textual ou tipo de texto a ser trabalhado. Por esse motivo, ao receber as observações feitas pelo professor, o aluno não exerce a atividade de reescrita, momento em que poderia levar em consideração tais observações e aperfeiçoar, portanto, a prática da escrita. Outro fator importante para a elaboração de textos de qualidade é a forma como os textos circularão. Se o aluno tiver o incentivo de escrever textos para diferentes leitores, além dos próprios professores, inclusive fora do ambiente escolar, sua produção de textos será realizada de maneira mais eficaz. REFLITA: Convido você a relembrar das atividades de produção textual da sua época como aluno da educação básica. Os textos produzidos eram baseados nos problemas reais da turma? Quem eram os verdadeiros leitores dos seus textos? Pense na sua prática como docente, refletindo de que maneira você pode contribuir para que as produções textuais dos seus alunos tenham real importância, senão para avalia-los? Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 23 Logo, caberá à comunidade escolar perceber as diferentes realidades que compõem a escola, isto é, faz-se necessário que as práticas sociais sejam levadas em consideração. À medida que os alunos produzirem textos que exponham suas necessidades, ou mesmo trabalharem questões que precisam ser discutidas na sala de aula, na escola ou na comunidade da qual fazem parte, as produções de texto passarão a ser realizadas com finalidades específicas e para verdadeiros destinatários. Então, será possível trabalhar com políticas de ensino fortalecedoras, capazes de contemplar as práticas sociais dos alunos, bem como com os contextos culturais em que as escolas estão inseridas. De acordo com Rojo (apud GURGEL, 2009) “Para que alguém se coloque na posição de escritor, é preciso que sua produção tenha circulação garantida e leitores de verdade”. Assim, ele será capaz de assumir a responsabilidade da comunicação, colocando-se na posição de leitor e como ele vai interpretá-lo. O trabalho de produção textual em sala de aula deve promover a reflexão dos alunos sobre as diferenças dos diversos gêneros textuais existentes, bem como sobre seu papel no processo de interação verbal, para que eles reconheçam suas peculiaridades e sejam capazes de empregá-las com adequação nas situações de interação verbal. Essa tarefa é considerada desafiadora para o professor, pois trazer gêneros para a escola, sem deixar que as paredes da sala de aula tirem a naturalidade e a finalidade de cada gênero, não é tão simples (ALMEIDA, 2012). Para que as aulas de produção de textos cumpram o seu devido papel, cabe ao professor olhar a realidade em que sua sala de aula está inserida, percebendo as necessidades de seus alunos. A cada produção de textos, possibilidades diferentes serão criadas e ampliadas e, dessa forma, o professor também aperfeiçoará suas habilidades como profissional de Língua Portuguesa (SENT, 2012). Logo, será possível que a escola também cumpra seu devido papel, que é contribuir para que os cidadãos possuam, em sua formação, características como autonomia e crítica. Com o trabalho de leitura de textos que, de fato, circulam na sociedade, e a produção de textos que serão realmente lidos e não somente escritos para serem avaliados Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa24 pelos professores, os alunos serão capazes de aprender o verdadeiro significado das aulas de leitura e produção de textos. Assim, ao cumprir uma tarefa proposta pelo professor, o aluno passará a atribuir diferentes significados acerca do que lhe é solicitado, construindo diferentes formas de julgar-se e narrar-se, de determinados modos, frente a si e aos outros, utilizando a linguagem de maneira adequada ao se comunicar, nos diferentes contextos dos quais fizer parte. Figura 8: O papel do professor nas produções textuais Fonte: Pixabay Percebe-se que há, em algumas escolas, um crescimento no interesse por atividades diferentes de produção textual. Entre tantos questionamentos provindos dos professores, seria válido considerar quais são os objetivos que os motivam para ensinar seus alunos a produzirem bons textos. REFLITA: Convido você a pensar no seguinte questionamento: como a tecnologia influencia e contribui para as atividades de produção textual na escola? Por isso, esse será nosso assunto a seguir! Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 25 Reconhecendo a interferência da tecnologia no desenvolvimento da escrita Com a chegada da internet, afirma-se que nunca se escreveu tanto como nos dias atuais. Através da interação entre as pessoas nas redes sociais, nos aplicativos de mensagens, nos blogs, chats, entre outros canais digitais, as pessoas passaram a se comunicar consideravelmente por meio da linguagem verbal. De acordo com Geraldi (2012, p. 17): Nossos jovens estão sendo bombardeados a todo instante para se fazerem consumidores: da tecnologia, do novo celular com inúmeras funções, do novo site, da nova rede de relacionamento, do novo espetáculo. Quando na escola precisam enfrentar a dureza do trabalho, o esforço do aprender que lhes exige tempo, eles não conseguem ter o gozo de produtores porque estão acostumados somente com o gozo dos consumidores. Enfrentar o consumo veloz da novidade talvez seja o importante desafio contemporâneo da escola. Figura 9 : A chegada da internet Fonte: Pixabay O autor afirma que, por isso, sem a aposta do professor de querer aprender com a vida e com suas aulas, nada irá para frente; e sem o engajamento do aluno não haverá aprendizagem (GERALDI, 2012). Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa26 A tecnologia e as produções textuais Para Passarelli, (2012, p. 66): Tanto no ensino a distância como na educação presencial, a pedra de toque de um modelo pedagógico que inclui as tecnologias é o estímulo à aprendizagem cooperativa, colaborativa e à autoaprendizagem. Para isso ser viável, um caminho é levar em conta o que se entende por interação construtivista. EXPLICANDO MELHOR: O Construtivismo tem como objetivo proporcionar autonomia e senso crítico nos indivíduos. Por isso, a base do pensamento construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e que para que isso aconteça a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, isto é, ensinar aprender a aprender. Por isso, a BNCC (2017) sugere a importância de compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. Esse documento também sugere a necessidade de contemplar de forma crítica as novas práticas de linguagem e produções, não só na perspectiva de atender às muitas demandas sociais que convergem para um uso qualificado e ético das TDIC (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), necessárias para as mais diversas situações: trabalho, estudo, entre outras. A BNCC (2017) procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e diferentes elementos, desde aqueles basicamente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 27 Por isso, no que se refere ao eixo de produção de textos, o documento apresenta: • Compreender as práticas de linguagemrelacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral ou semiótico, com diferentes finalidades e projetos educacionais. • Produzir textos por meio de situações efetivas de produção de textos pertencentes a gêneros que circulem nos diversos campos de atividade humana. • Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender a refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. Dessa forma, cabe ressaltar que: As transformações sociais provocadas pela tecnologia em todas as esferas de relações (familiar, profissional e escolar) ensejam o desenvolvimento da sociedade conectada. Essa sociedade é configurada para utilizar as tecnologias da informação de forma não apenas quantitativa, mas também qualitativa, em que a comunicação, propiciada por elas, permite a interação, a colaboração, a cooperação e a autoria (BEHAR, 2013, p. 38). VOCÊ SABIA? Em 2010, o Brasil possuía cerca de 67 milhões de usuários da internet, o que equivalia a 34% da população total do país. Esse número certamente é maior atualmente, devido à época em que foi realizada essa pesquisa. Conclui-se, portanto, que esse percentual aumenta consideravelmente e de maneira constante. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa28 No que diz respeito à produção de textos, da mesma maneira estão surgindo formas de comunicação. De acordo com Nascimento (2015), “um fato interessante a registrar é que o mundo digital vem (re) criando um grande acervo de gêneros textuais, numa profusão que, muitas vezes, não permite ainda definições completas.” E isso ocorre porque novas tecnologias de comunicação e interação, novas redes sociais são lançadas no meio digital. Marcuschi (2005, p. 13) afirma que “os gêneros emergentes nessa nova tecnologia são relativamente variados, mas a maioria tem similares em outros ambientes, tanto na oralidade como na escrita”. Alguns desses gêneros já estão consolidados no cotidiano dos indivíduos, como o e-mail, as salas de bate-papo, os fóruns, os chats, os blogs, a escrita coletiva, entre outros. Como já abordamos na Unidade 2 de estudos, os indivíduos estabelecem diferentes formas de comunicação de acordo com a necessidade, com o contexto em que estão inseridos. Esse fato ocorre no que diz respeito ao uso de novas tecnologias, pois é notável que o computador mudou a maneira de ler e de escrever, provocando um impacto na linguagem e nos meios sociais. Vive-se atualmente em uma era digital, em que desde muito cedo se utiliza equipamentos eletrônicos como suporte para a aprendizagem, para o ensino e para o entretenimento. A comunicação, nesse meio, ocorre de maneira rápida, provocando diversas modificações, tanto no âmbito da comunicação quanto da educação. Atualmente, a internet é usada mundialmente como instrumento de comunicação entre as pessoas, por isso ela também permite que novas formas de discurso sejam utilizadas para tal. Da mesma forma que novos gêneros textuais são criados e reinventados nas diferentes esferas de comunicação, na internet também se cria novos gêneros textuais, o que se denomina como gêneros textuais digitais. Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 29 Figura 10: Influência da tecnologia na escrita Fonte: Pixabay Nesse sentido, o professor precisa estar preparado para trabalhar com a velocidade que as novas formas de comunicação, trazidas pelo contexto digital, influenciam nas suas práticas de ensino. Por isso, o ensino da escrita é algo que demanda tempo e um olhar atento. Ao mesmo tempo que se quer formar escritores competentes, também é importante considerar as novas formas de comunicação trazidas pela internet e outros recursos digitais. SAIBA MAIS: Quer se aprofundar na temática de produção textual na escola? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Produção textual no Ensino Fundamental: aluno- escritor, professor-leitor”. Disponível em: https://bit.ly/374Q3tt https://bit.ly/374Q3tt Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa30 RESUMINDO: Nesta Unidade de estudos, nosso enfoque se concentrou na escrita na sala de aula. A prática textual é um tema bastante discutido nos documentos oficiais do Ministério da Educação e uma temática muito pesquisada por teóricos e estudiosos da Língua Portuguesa. Como abordamos aqui, ainda prevalece em muitas escolas o ensino artificial dessas práticas e, por isso, é um assunto que sempre pode ser ampliado. Nesse sentido, torna-se relevante desatacar que o professor precisa perceber as necessidades existentes dentro das suas turmas, ao pensar no planejamento das atividades, bem como acompanhar as mudanças trazidas pela tecnologia no que diz respeito à escrita. Esperamos ter contribuído com a sua compreensão sobre este tema e seguiremos nossos estudos, com foco no ensino da Língua Portuguesa em vários aspectos em nossa próxima Unidade. Até lá! Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 31 Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa32 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, A. P. de. Por falar em gêneros... In: GUIMARÃES, A. M. de M.; KERSCH, D. F. (org.). Caminhos da construção: projetos didáticos de gênero na sala de aula de língua portuguesa. Campinas: Mercado das Letras, 2012. BEHAR, P. A. Competências: conceito, elementos e recursos de suporte, mobilização e evolução. In: BEHAR, P. A. (org.). Competências em educação a distância. Porto Alegre: Penso, 2013. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/base/o-que. Acesso em: 22 abr. 2019. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa/Brasília: Secretaria de Educação Fundamental. 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf. Acesso em: 10 abr. 2019. BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto no ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M. (org.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2012. BURKE, P.; PORTER, R. (orgs.). Linguagem, indivíduo e sociedade. 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M. de M.; KERSCH, D. F. (org.). Caminhos da construção: projetos didáticos de gênero na sala de aula de língua portuguesa. Campinas: Mercado das Letras, 2012. Débora Luiza da Silva Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa Compreendendo como funciona a escrita Como a escrita funciona Reconhecendo a prática da produção textual pelas crianças Como iniciam as atividades de produção textual na escola Importância da ortografia e da pontuação na escrita Analisando a produção de textos na escola Produção de textos na escola Avaliação das produções textuais na escola Reconhecendo a interferência da tecnologia no desenvolvimento da escrita A tecnologia e as produçõestextuais
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