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Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa Unidade 4

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Unidade 3
Livro Didático 
Digital
Débora Luiza da Silva
Metodologia de 
Ensino da Língua 
Portuguesa
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
DÉBORA LUIZA DA SILVA 
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
DÉBORA LUIZA DA SILVA
Olá. Meu nome é Débora Luiza da Silva. Sou formada em Letras 
(Habilitação Português) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – 
Unisinos e Especialista em Educação a Distância: Gestão e Docência 
pela mesma instituição, com uma experiência técnico-profissional na 
área da docência e elaboração de conteúdos pedagógicos para cursos 
da modalidade a distância. Passei por diferentes instituições, dentre 
elas o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e outras privadas, tais 
como a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), a UniRitter e a 
Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs), ambas do 
Grupo Laureate International Universities, nas quais já atuei como analista 
acadêmica de EAD, professora-tutora, designer educacional e docente de 
EAD. Atualmente sou professora de Língua Portuguesa e Literatura da EJA 
EAD do Serviço Social da Indústria (SESI/RS). Sou apaixonada pelo que faço 
e adoro transmitir minha experiência de vida, bem como contribuir com o 
aprendizado daqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho. Conte comigo!
A AUTORA
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do desen-
volvimento de uma 
nova competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessida-
de de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações es-
critas tiveram que ser 
priorizadas para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e inda-
gações lúdicas sobre 
o tema em estudo, se 
forem necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamento 
do seu conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoaprendi-
zagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo como funciona a escrita ...................... 10
Como a escrita funciona .................................................... 10
Reconhecendo a prática da produção textual pelas 
crianças ............................................................................ 12
Como iniciam as atividades de produção textual na escola 13
Importância da ortografia e da pontuação na escrita .......... 14
Analisando a produção de textos na escola .................... 17
Produção de textos na escola ............................................. 17
Avaliação das produções textuais na escola ....................... 21
Reconhecendo a interferência da tecnologia no 
desenvolvimento da escrita ............................................. 25
A tecnologia e as produções textuais ................................. 26
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 7
UNIDADE
03
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa8
Quando falamos nas atividades de produção textual, na maioria 
das vezes, pensamos nestas práticas como um instrumento de avaliação, 
pois o professor passa a ser o único leitor dos textos elaborados pelos 
alunos. Por essa razão, acaba-se deixando de lado os saberes adquiridos 
fora do espaço escolar, fazendo com que os estudantes se adequem 
aos padrões impostos pelo professor, motivo pelo qual o texto produzido 
em sala de aula ainda se encontra distante da vida do aluno. Dessa 
forma, nesta Unidade de estudos compreenderemos como funciona a 
escrita, reconheceremos como ocorrem as práticas de produção textual 
pelas crianças, analisaremos as produções textuais na escola e, por fim, 
reconheceremos como a tecnologia interfere no desenvolvimento da 
escrita. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar 
neste universo!
INTRODUÇÃO
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 9
Olá. Seja muito bem-vindo à nossa Unidade 3 – A escrita, nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término dessa etapa de estudos:
1. Compreender como funciona a escrita;
2. Reconhecer a prática da produção textual pelas crianças;
3. Analisar a produção de textos na escola;
4. Reconhecer a interferência da tecnologia no desenvolvimento 
da escrita.
Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto 
fascinante e inovador como esse? Vamos lá!
OBJETIVOS
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa10
Compreendendo como funciona a escrita
A escrita é um ato que demanda tempo, por isso é necessário 
que um autor iniciante compreenda que essa atividade requer prática e 
dedicação. Da mesma forma, as atividades de produção textual na escola 
exigem que os professores busquem realizar um trabalho que aproxime 
seus alunos das situações cotidianas e adotem práticas de letramento 
que possibilitem interesses reais por parte dos estudantes. Assim, 
a escrita deve ser vista como uma habilidade que atribui verdadeiros 
significados, trazendo resultados para a vida dos alunos.
Por isso, iniciaremos nossos estudos com foco no funcionamento 
da escrita.
REFLITA:
Você já parou para pensar como a escrita se constitui? Vamos 
mais além, que papel ela exerce na sociedade? Enquanto 
educador, como desenvolver atividades que contemplem a 
prática da escrita, de maneira a aliá-la às habilidades de leitura 
e aquisição da língua? Veremos a seguir!
Como a escrita funciona
O ato de escrever deve ser encarado como uma atividade prática, 
com propósito definido, e deve ter um leitor específico, ao qual deverá 
ser destinado a cumprir uma determinada finalidade.
Figura 1: Funcionamento da escrita
Fonte: Pixabay
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 11
A função da escrita no processo de ensino-aprendizagem está 
principalmente no ato da comunicação, da preservação da memória e 
de registros, do exercício da documentação oficial e do desenvolvimento 
da autoconsciência (BURKE e POTER, 1993).
Nesse sentido, afirmam os PCNs (1997) que um escritor 
competente é aquele que se torna capaz de elaborar textos coerentes, 
coesos e eficazes.
EXPLICANDO MELHOR:
Coesão textual é a conexão e harmonia entre os elementos 
de um texto, que ocorre através do uso de conectivos, tais 
como: preposições, conjunções, advérbios e locuções 
adverbiais. Já a coerência textual é responsável por 
estabelecer o entendimento das ideias de um texto. Por meio 
da coerência, ocorre a concatenação das ideias do texto, 
isto é, o encadeamento das ideias expostas no texto. Dessa 
forma, coesão e coerência têm como função a construção 
dos sentidos da textualidade.
Afirma-se que a escrita nada mais seria que a correspondência 
da fala, pois desde a Antiguidade já se registrava a oralidade por meio 
da escrita de textos. Entretanto, a escrita passou a ser observada, ao 
longo dos anos, como uma nova forma de comunicação. Mas foi durante 
a Idade Média que essa nova forma de se comunicar passou a ser 
desenvolvida de maneira crescente, com a contribuição de estudiosos 
e copistas.
Como sabemos, a escrita passou por inúmeras transformações, 
assim como as línguas quetambém evoluem, de acordo com as 
necessidades dos seus falantes. Exemplo disso são as expressões 
trazidas com o advento da internet, assunto que será ampliado a seguir.
Por isso, verificaremos na sequência como a prática da escrita 
começa a ser desenvolvida, inicialmente na fase infantil. Dessa maneira, 
será possível compreendermos por quais razões os falantes da língua 
portuguesa, na grande maioria, encontram tanta resistência nas práticas 
de produção textual, tanto dentro quanto fora das escolas.
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa12
Reconhecendo a prática da produção 
textual pelas crianças
Conforme o que dispõe a Base Nacional Comum Curricular (2017, 
p. 42):
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à 
cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao 
observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, 
comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de 
língua escrita, dos gêneros, suportes e portadores. 
Por isso, é fundamental que, desde a Educação Infantil, a imersão 
na cultura escrita deve partir do conhecimento das crianças e das suas 
curiosidades. 
Figura 2 : Início da escrita
Fonte: Pixabay
EXEMPLO: Quando se propõem atividades com a literatura 
infantil, elas contribuem para a aquisição do gosto pela leitura. Mais 
tarde, as crianças se tornam capazes de construir hipóteses sobre a 
escrita que inicialmente podem se revelar por rabiscos e à medida que 
vão conhecendo as letras, desenvolvem escritas espontâneas, mas já 
indicativas da compreensão escrita como sistema de representação da 
língua.
Atualmente, o domínio da escrita é tido como um pré-requisito para 
a aprendizagem de disciplinas das séries finais do Ensino Fundamental. 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 13
Ao desenvolver as habilidades de leitura e escrita nas séries iniciais, 
o aluno passa a ser capaz de produzir seus próprios textos e adquire 
conhecimento por meio da escrita. Por isso, seguiremos nossos estudos 
com foco nas atividades de produção textual nas escolas. 
Como iniciam as atividades de produção 
textual na escola
De acordo com os PCNs:
Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade 
de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da 
escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com reais 
questões que a escrita coloca a quem se propõe a produzi-la, 
arriscar-se a fazer como consegue e receber ajuda de quem já 
sabe escrever (BRASIL, 1997, p. 48).
Dessa forma, as atividades de escrita devem proporcionar a 
maior aproximação do que se pretende construir com os alunos e não 
ao contrário. Esse trabalho, portanto, deve iniciar desde o momento da 
alfabetização, afinal, esse é o início de um caminho que os estudantes 
deverão trilhar para se tornarem cidadãos da cultura escrita (BRASIL, 
1997).
Por essas razões, é tão importante que as crianças sejam 
estimuladas a escrever seus próprios textos, assim que chegarem 
ao ambiente escolar. Todavia, mesmo que elas não saibam a grafia 
adequada, deverão ser incentivadas desde cedo a ser produtoras da 
sua própria escrita. Esse trabalho, portanto, deve iniciar na alfabetização, 
por isso, inicialmente, é preciso pensar sobre a escrita representando 
graficamente a linguagem.
Assim, é fundamental que nas atividades iniciais que visem à 
produção escrita, o estudante necessite se esforçar para construir 
meios de analisar e buscar formas de representar graficamente o que 
deseja escrever. Nesse sentido, a escola deve criar um espaço capaz de 
privilegiar a reflexão sobre o sistema da escrita, onde os alunos possam 
construir os procedimentos de análise para a sua alfabetização.
EXEMPLO: Atividades que permitem que os alunos acompanhem 
sua própria produção são boas alternativas para o início da escrita. Listas 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa14
(de compras, de livros, de materiais escolares, entre outras) e quadrinhas 
se encaixam nessas atividades.
Entretanto, também é fundamental que o estudante seja sempre 
incentivado à pesquisa e à consulta, a fim de encontrar informações para 
construir suas atividades escritas.
Importância da ortografia e da pontuação 
na escrita
No ensino da língua escrita também é importante ressaltarmos 
as atividades que contemplam o ensino de ortografia e pontuação, os 
primeiros aspectos a serem observados na produção textual de alunos 
de anos iniciais do Ensino Fundamental.
No que se refere à ortografia, percebe-se um forte trabalho 
na memorização de palavras, cujos professores ainda utilizam como 
estratégias de ensino os ditados ou a repetição de expressões que os 
alunos escrevem em desacordo com a grafia correta.
Figura 3: Ortografia
Fonte: Pixabay
Entretanto, conforme dispõem os PCNs:
Ainda que tenha um forte apelo à memória, a aprendizagem 
da ortografia não é um processo passivo: trata-se de uma 
construção individual, para a qual a intervenção pedagógica 
tem muito a contribuir (BRASIL, 1997, p. 57).
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 15
Contudo, em muitas ocasiões, se faz necessária a aquisição da 
consciência de que nem sempre é possível escrever corretamente com 
base nas regras da gramática normativa. Assim, o ensino da ortografia 
deve partir dos seguintes eixos (BRASIL, 1997, p. 85):
1. privilégio do que é regular, permitindo que, por meio da 
manipulação de um conjunto de palavras, o aluno possa, agrupando-as 
e classificando-as, inferir as regularidades que caracterizam o emprego 
de determinada letra;
2. preferência, no tratamento das ocorrências irregulares, dos 
casos de frequência e maior relevância temática.
Por isso, torna-se tão importante que os alunos utilizem os 
dicionários o quanto antes. Nesse sentido, cabe ao professor orientar 
essa consulta, para que os estudantes compreendam de que maneira 
devem realizar suas buscas, pois muitas vezes, é um tanto quanto 
complexa.
Torna-se fundamental que seja possível considerar a 
contextualização do aprendizado ortográfico, para que os alunos 
entendam a importância da escrita que estão produzindo. Por isso, o 
ensino das regras de pontuação também é fundamental no ensino da 
escrita. Geralmente, se atribui essa prática apenas para a escrita, quando 
na verdade não se pode excluir a importância desse aspecto para a 
leitura de textos.
Conforme os PCNs:
O texto não é uma soma de frases, é um fluxo contínuo que 
precisa ser dividido em partes — frase que pode ou não 
conter partes também — os apostos, por exemplo. Frases que 
se agrupam tipograficamente em parágrafos. A pontuação 
aparece sempre em posições que indicam fronteiras sintático-
semânticas. Aliás, é principalmente para isso que ela serve: 
para separar (BRASIL, 1997, p. 59).
Ao mesmo tempo, também está o ensino dos aspectos 
gramaticais, necessários para a coesão e coerência das produções 
textuais. Contudo, esses aspectos são observados à medida que 
os alunos vão amadurecendo, pois conforme já abordamos aqui, as 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa16
atividades de produção textual são desenvolvidas com o passar dos 
anos na escola.
Por essas razões, é fundamental que o professor possa propor 
atividades contextualizando os aspectos gramaticais para serem usados 
dentro da prática textual e não de maneira isolada, sem desconsiderar o 
contexto social e a realidade das turmas em que atua.
Figura 4 : Pontuação
Fonte: Pixabay
REFLITA:
Pense na sua futura prática profissional e imagine quais serão 
seus objetivos ao trabalhar com as produções de texto em 
sala de aula. Que temas escolher para serem trabalhados? 
Como avaliar os textos escritos pelos alunos? Veremos a 
seguir!
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 17
Analisando a produção de textos na 
escola
Produção de textos na escola
Atualmente, existe um considerável processo de atualização no 
que diz respeito às práticas de ensino-aprendizagem e de avaliação no 
que se refereà produção textual na escola.
Figura 5: Escrita na escola
Fonte: Pixabay
Segundo Passarelli (2012, p. 46),
A produção de textos na escola é uma atividade realizada 
como exercício para desenvolver a capacidade textual do 
sujeito. Por se tratar de um trabalho de reflexão individual e/
ou coletiva que de pende de uma série de habilidades [...]. 
Nesse sentido, é papel das instituições escolares propor 
situações interlocutivas para que o estudante desenvolva capacidades 
para produzir seus próprios textos. Por isso, torna-se essencial que o 
professor incorpore temas atuais às atividades de escrita, assim como 
assuntos pertencentes ao cotidiano do aluno, pois quando isso não 
se torna possível, a qualidade dos textos produzidos pelos alunos é 
bastante insatisfatória.
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa18
COMO VISTO ANTERIORMENTE: Na Unidade 2 desta disciplina, 
abordamos a importância do trabalho com gêneros textuais na sala de 
aula, pois ao trabalhar com a ideia de gêneros e não tipos textuais, o 
professor favorece o ensino de leitura e produção de textos, tanto orais 
quanto escritos. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(1997) contribuíram muito para que esse trabalho fosse se ampliando ao 
longo dos anos em todo o cenário escolar brasileiro.
Cabe ressaltar que é inevitável que a leitura auxilie a escrita. Ela 
atua, portanto, como um elemento característico da produção textual, 
pois fornece matéria-prima para a escrita, bem como contribui para a 
constituição dos modelos de escrita (PASSARELLI, 2012).
Contudo, de acordo com os PCNs: 
A relação que se estabelece entre leitura e escrita, entre o papel 
de leitor e de escritor, no entanto, não é mecânica: alguém 
que lê muito não é, automaticamente, alguém que escreve 
bem. Pode-se dizer que existe uma grande possibilidade 
de que assim seja. É nesse contexto — considerando que o 
ensino deve ter como meta formar leitores que sejam também 
capazes de produzir textos coerentes, coesos, adequados e 
ortograficamente escritos — que a relação entre essas duas 
atividades deve ser compreendida (BRASIL, 1997, p. 40).
IMPORTANTE:
Embora os alunos recebam modelos prontos para 
desenvolverem suas produções escritas, eles criam o 
seu próprio modelo, a partir das suas percepções, assim 
personalizando suas produções textuais. Por isso, há de se 
considerar que a escrita não pode ser vista como um ato de 
reprodução, mas de criação.
Mas quando se pensa nos motivos pelos quais os alunos não 
gostam das atividades de produção textual, atribui-se essa ideia à falta 
de não ter sobre o que escrever, bem como a falta de preparo sobre 
como escrever. Há de se destacar que o sucesso das produções textuais 
na escola não está apenas na utilização de normas prontas e técnicas de 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 19
redação. Além disso, todo o critério que envolve a correção dos textos é 
baseado nas regras da gramática normativa.
Figura 6: Prática da escrita
Fonte: PIxabay
Por isso, cabe ao professor entender e ensinar que as produções 
textuais não devem ter como objetivo principal o ensino das regras 
gramaticais da gramática normativa. Isso resultará em um processo de 
ressignificação do ensino da escrita, cujos alunos se tornam sujeitos 
agentes do seu meio social. Por essa razão, há alguns anos o termo 
“redação” vem sendo substituído por “produção textual (ou de textos)”, 
pois a prática da escrita de textos é algo que deve ocorrer de maneira 
processual (PASSARELLI, 2012).
Assim, o aluno precisa ser estimulado e incentivado a escrever 
com a sua própria identidade. O professor, todavia, deverá perceber as 
limitações do estudante e do ambiente ao qual ele pertence ao conduzir 
atividades de escrita. Toda aprendizagem ocorre quando acontece 
uma mudança de postura e de comportamento. Por isso, torna-se tão 
importante propor atividades de produção textual baseadas em temas 
reais, pertencentes ao cotidiano do aluno.
Isso ocorre porque, muitas vezes, são os professores que escolhem 
textos de acordo com seus conhecimentos e suas preferências. Ao aluno 
não é permitido discutir ou fazer escolhas do gênero, nem do tipo de 
texto a ser lido. Nos anos finais do Ensino Fundamental, por exemplo, 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa20
a maioria das leituras sugeridas por eles são obras do final do século 
passado, que também se repetem ano após ano. Ainda que essas 
leituras tenham valor no ensino, é inegável que os professores também 
necessitam trabalhar com leituras pertencentes ao cotidiano do aluno.
COMO VISTO ANTERIORMENTE: De acordo com os PCNs (1997), 
ao adotar as práticas sociais como ponto de partida do trabalho escolar, 
promove-se o desenvolvimento de competências básicas para a ação. 
Isso contribui para que o aluno possa se colocar como produtor de 
conhecimento, de sujeito ativo e protagonista do seu meio social. 
Contudo, é fundamental considerarmos a importância da 
ludicidade no processo de ensino-aprendizagem das produções 
textuais. Por isso, existem inúmeros gêneros textuais que colaboram 
para que a escrita ocorra de maneira prazerosa e significativa.
Figura 7: Aprendendo brincando
Fonte: PIxabay
Segundo os PCNs (1997), os gêneros textuais devem servir como 
base para o trabalho com textos em sala de aula. Porém, muitas questões 
são levantadas sobre o real significado dos gêneros textuais no ensino, 
assim como de que forma é possível utilizá-los nas escolas.
O envolvimento afetivo entre o professor e os alunos é um fator 
contribuinte para que as práticas de produção de textos sejam capazes 
de transformar a realidades dos estudantes. Dessa forma, a sala de 
aula torna-se um espaço de construção, cuja interação entre as partes, 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 21
professores e alunos, é fundamental. Assim, esse ambiente é visto como 
um local de trabalho.
VOCÊ SABIA?
Quer saber mais sobre a importância da afetividade no 
processo de ensino-aprendizagem? Recomendamos o 
acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento:
Artigo: “Afetividade no processo ensino-aprendizagem”.
Disponível em: https://bit.ly/3eXSNeR
Cabe ressaltar que o professor, em todo o processo de ensino-
aprendizagem, deve ser o responsável por mediar os aspectos sociais e 
as atividades da sala de aula, enquanto o aluno deverá desenvolver uma 
postura autônoma e independente.
Avaliação das produções textuais na escola
O linguista Geraldi (2002) afirma que o ensino de Língua Portuguesa 
na escola deveria ser resultado de um trabalho que visasse à prática 
da leitura e produção de textos, mas sem esquecer a importância de 
atividades que contemplassem análise linguística. Assim, seria possível 
alcançar objetivos como ultrapassar, apesar dos limites da escola, o não 
uso artificial da linguagem, o domínio da linguagem padrão em suas 
modalidades oral e escrita. 
Consequentemente, as atividades de produção textual seriam um 
trabalho sem interação e diálogo com o texto e com os leitores. Para 
Geraldi (2001, p. 127, apud BUNZEN, 2012, p. 147), “a escrita seria uma 
atividade com a linguagem em que, infelizmente, não há um sujeito que 
diz, mas um aluno que devolve a palavra que lhe foi dita na escola”.
O professor percebe textos mal escritos a partir daquilo que 
planejou e propôs aos seus alunos, pois de acordo com a ideia deles, 
escrever apenas para ser avaliado pelo professor é cumprir tarefa. Em 
https://bit.ly/3eXSNeR
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa22
consequência disso, a partir das observações feitas por seu professor, o 
aluno apenas lê e reconhece a correção, preocupando-se mais com a 
nota atribuída do que com as observações feitas, 
Antes de mais nada, é preciso lembrar que a produção de 
textos na escola foge totalmente ao sentido da língua: os 
alunos escrevem para o professor (único leitor, quando lê 
os textos). A situação do emprego da língua é, pois, artificial.Afinal, qual é a graça de escrever um texto que não será lido 
por ninguém ou que será lido por uma pessoa (que por sinal 
corrigirá o texto e dará nota para ele?) (GERALDI, 2002, p. 65). 
Em muitos casos, quando o professor propõe uma atividade de 
produção de textos, não há exercícios de sondagem, que poderiam 
servir para avaliar ou reconhecer os conhecimentos adquiridos pelos 
alunos acerca do gênero textual ou tipo de texto a ser trabalhado. Por 
esse motivo, ao receber as observações feitas pelo professor, o aluno 
não exerce a atividade de reescrita, momento em que poderia levar 
em consideração tais observações e aperfeiçoar, portanto, a prática da 
escrita.
Outro fator importante para a elaboração de textos de qualidade 
é a forma como os textos circularão. Se o aluno tiver o incentivo de 
escrever textos para diferentes leitores, além dos próprios professores, 
inclusive fora do ambiente escolar, sua produção de textos será realizada 
de maneira mais eficaz. 
REFLITA:
Convido você a relembrar das atividades de produção textual 
da sua época como aluno da educação básica. Os textos 
produzidos eram baseados nos problemas reais da turma? 
Quem eram os verdadeiros leitores dos seus textos? Pense 
na sua prática como docente, refletindo de que maneira você 
pode contribuir para que as produções textuais dos seus 
alunos tenham real importância, senão para avalia-los?
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 23
Logo, caberá à comunidade escolar perceber as diferentes 
realidades que compõem a escola, isto é, faz-se necessário que as 
práticas sociais sejam levadas em consideração. À medida que os 
alunos produzirem textos que exponham suas necessidades, ou mesmo 
trabalharem questões que precisam ser discutidas na sala de aula, na 
escola ou na comunidade da qual fazem parte, as produções de texto 
passarão a ser realizadas com finalidades específicas e para verdadeiros 
destinatários. Então, será possível trabalhar com políticas de ensino 
fortalecedoras, capazes de contemplar as práticas sociais dos alunos, 
bem como com os contextos culturais em que as escolas estão inseridas. 
De acordo com Rojo (apud GURGEL, 2009) “Para que alguém 
se coloque na posição de escritor, é preciso que sua produção tenha 
circulação garantida e leitores de verdade”. Assim, ele será capaz de 
assumir a responsabilidade da comunicação, colocando-se na posição 
de leitor e como ele vai interpretá-lo.
O trabalho de produção textual em sala de aula deve promover 
a reflexão dos alunos sobre as diferenças dos diversos gêneros textuais 
existentes, bem como sobre seu papel no processo de interação verbal, 
para que eles reconheçam suas peculiaridades e sejam capazes de 
empregá-las com adequação nas situações de interação verbal. Essa 
tarefa é considerada desafiadora para o professor, pois trazer gêneros 
para a escola, sem deixar que as paredes da sala de aula tirem a 
naturalidade e a finalidade de cada gênero, não é tão simples (ALMEIDA, 
2012). 
Para que as aulas de produção de textos cumpram o seu devido 
papel, cabe ao professor olhar a realidade em que sua sala de aula 
está inserida, percebendo as necessidades de seus alunos. A cada 
produção de textos, possibilidades diferentes serão criadas e ampliadas 
e, dessa forma, o professor também aperfeiçoará suas habilidades como 
profissional de Língua Portuguesa (SENT, 2012). 
Logo, será possível que a escola também cumpra seu devido 
papel, que é contribuir para que os cidadãos possuam, em sua formação, 
características como autonomia e crítica. Com o trabalho de leitura de 
textos que, de fato, circulam na sociedade, e a produção de textos que 
serão realmente lidos e não somente escritos para serem avaliados 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa24
pelos professores, os alunos serão capazes de aprender o verdadeiro 
significado das aulas de leitura e produção de textos.
Assim, ao cumprir uma tarefa proposta pelo professor, o aluno 
passará a atribuir diferentes significados acerca do que lhe é solicitado, 
construindo diferentes formas de julgar-se e narrar-se, de determinados 
modos, frente a si e aos outros, utilizando a linguagem de maneira 
adequada ao se comunicar, nos diferentes contextos dos quais fizer 
parte.
Figura 8: O papel do professor nas produções textuais
Fonte: Pixabay
Percebe-se que há, em algumas escolas, um crescimento no 
interesse por atividades diferentes de produção textual. Entre tantos 
questionamentos provindos dos professores, seria válido considerar 
quais são os objetivos que os motivam para ensinar seus alunos a 
produzirem bons textos.
REFLITA:
Convido você a pensar no seguinte questionamento: como 
a tecnologia influencia e contribui para as atividades de 
produção textual na escola? Por isso, esse será nosso assunto 
a seguir!
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 25
Reconhecendo a interferência da 
tecnologia no desenvolvimento da escrita
Com a chegada da internet, afirma-se que nunca se escreveu tanto 
como nos dias atuais. Através da interação entre as pessoas nas redes 
sociais, nos aplicativos de mensagens, nos blogs, chats, entre outros 
canais digitais, as pessoas passaram a se comunicar consideravelmente 
por meio da linguagem verbal.
De acordo com Geraldi (2012, p. 17): 
Nossos jovens estão sendo bombardeados a todo instante 
para se fazerem consumidores: da tecnologia, do novo 
celular com inúmeras funções, do novo site, da nova rede 
de relacionamento, do novo espetáculo. Quando na escola 
precisam enfrentar a dureza do trabalho, o esforço do aprender 
que lhes exige tempo, eles não conseguem ter o gozo de 
produtores porque estão acostumados somente com o gozo 
dos consumidores. Enfrentar o consumo veloz da novidade 
talvez seja o importante desafio contemporâneo da escola.
Figura 9 : A chegada da internet
Fonte: Pixabay
O autor afirma que, por isso, sem a aposta do professor de querer 
aprender com a vida e com suas aulas, nada irá para frente; e sem o 
engajamento do aluno não haverá aprendizagem (GERALDI, 2012).
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa26
A tecnologia e as produções textuais
Para Passarelli, (2012, p. 66):
Tanto no ensino a distância como na educação presencial, 
a pedra de toque de um modelo pedagógico que inclui 
as tecnologias é o estímulo à aprendizagem cooperativa, 
colaborativa e à autoaprendizagem. Para isso ser viável, um 
caminho é levar em conta o que se entende por interação 
construtivista.
EXPLICANDO MELHOR:
O Construtivismo tem como objetivo proporcionar autonomia 
e senso crítico nos indivíduos. Por isso, a base do pensamento 
construtivista consiste em considerar que há uma construção 
do conhecimento e que para que isso aconteça a educação 
deverá criar métodos que estimulem essa construção, isto é, 
ensinar aprender a aprender.
Por isso, a BNCC (2017) sugere a importância de compreender 
e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma 
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais 
(incluindo escolares), para se comunicar por meio das diferentes 
linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e 
desenvolver projetos autorais e coletivos.
Esse documento também sugere a necessidade de contemplar 
de forma crítica as novas práticas de linguagem e produções, não só na 
perspectiva de atender às muitas demandas sociais que convergem para 
um uso qualificado e ético das TDIC (Tecnologias Digitais da Informação 
e Comunicação), necessárias para as mais diversas situações: trabalho, 
estudo, entre outras.
A BNCC (2017) procura contemplar a cultura digital, diferentes 
linguagens e diferentes elementos, desde aqueles basicamente lineares, 
com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a 
hipermídia. 
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 27
Por isso, no que se refere ao eixo de produção de textos, o 
documento apresenta:
 • Compreender as práticas de linguagemrelacionadas à 
interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral ou 
semiótico, com diferentes finalidades e projetos educacionais.
 • Produzir textos por meio de situações efetivas de produção 
de textos pertencentes a gêneros que circulem nos diversos campos de 
atividade humana.
 • Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, 
mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir 
sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender a 
refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Dessa forma, cabe ressaltar que:
As transformações sociais provocadas pela tecnologia em 
todas as esferas de relações (familiar, profissional e escolar) 
ensejam o desenvolvimento da sociedade conectada. Essa 
sociedade é configurada para utilizar as tecnologias da 
informação de forma não apenas quantitativa, mas também 
qualitativa, em que a comunicação, propiciada por elas, 
permite a interação, a colaboração, a cooperação e a autoria 
(BEHAR, 2013, p. 38).
VOCÊ SABIA?
Em 2010, o Brasil possuía cerca de 67 milhões de usuários 
da internet, o que equivalia a 34% da população total do país. 
Esse número certamente é maior atualmente, devido à época 
em que foi realizada essa pesquisa. Conclui-se, portanto, que 
esse percentual aumenta consideravelmente e de maneira 
constante.
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa28
No que diz respeito à produção de textos, da mesma maneira 
estão surgindo formas de comunicação. De acordo com Nascimento 
(2015), “um fato interessante a registrar é que o mundo digital vem (re)
criando um grande acervo de gêneros textuais, numa profusão que, 
muitas vezes, não permite ainda definições completas.” E isso ocorre 
porque novas tecnologias de comunicação e interação, novas redes 
sociais são lançadas no meio digital.
Marcuschi (2005, p. 13) afirma que “os gêneros emergentes nessa 
nova tecnologia são relativamente variados, mas a maioria tem similares 
em outros ambientes, tanto na oralidade como na escrita”. Alguns desses 
gêneros já estão consolidados no cotidiano dos indivíduos, como o 
e-mail, as salas de bate-papo, os fóruns, os chats, os blogs, a escrita 
coletiva, entre outros.
Como já abordamos na Unidade 2 de estudos, os indivíduos 
estabelecem diferentes formas de comunicação de acordo com a 
necessidade, com o contexto em que estão inseridos. Esse fato ocorre 
no que diz respeito ao uso de novas tecnologias, pois é notável que 
o computador mudou a maneira de ler e de escrever, provocando um 
impacto na linguagem e nos meios sociais.
Vive-se atualmente em uma era digital, em que desde muito cedo 
se utiliza equipamentos eletrônicos como suporte para a aprendizagem, 
para o ensino e para o entretenimento. A comunicação, nesse meio, 
ocorre de maneira rápida, provocando diversas modificações, tanto no 
âmbito da comunicação quanto da educação.
Atualmente, a internet é usada mundialmente como instrumento 
de comunicação entre as pessoas, por isso ela também permite que 
novas formas de discurso sejam utilizadas para tal. Da mesma forma que 
novos gêneros textuais são criados e reinventados nas diferentes esferas 
de comunicação, na internet também se cria novos gêneros textuais, o 
que se denomina como gêneros textuais digitais.
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 29
Figura 10: Influência da tecnologia na escrita
Fonte: Pixabay
Nesse sentido, o professor precisa estar preparado para trabalhar 
com a velocidade que as novas formas de comunicação, trazidas pelo 
contexto digital, influenciam nas suas práticas de ensino. Por isso, o 
ensino da escrita é algo que demanda tempo e um olhar atento. Ao 
mesmo tempo que se quer formar escritores competentes, também é 
importante considerar as novas formas de comunicação trazidas pela 
internet e outros recursos digitais.
SAIBA MAIS:
 Quer se aprofundar na temática de produção textual na 
escola? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de 
consulta e aprofundamento:
Artigo: “Produção textual no Ensino Fundamental: aluno-
escritor, professor-leitor”. Disponível em: https://bit.ly/374Q3tt
https://bit.ly/374Q3tt
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa30
RESUMINDO:
Nesta Unidade de estudos, nosso enfoque se concentrou na 
escrita na sala de aula. A prática textual é um tema bastante 
discutido nos documentos oficiais do Ministério da Educação 
e uma temática muito pesquisada por teóricos e estudiosos 
da Língua Portuguesa.
Como abordamos aqui, ainda prevalece em muitas escolas o 
ensino artificial dessas práticas e, por isso, é um assunto que 
sempre pode ser ampliado.
Nesse sentido, torna-se relevante desatacar que o professor 
precisa perceber as necessidades existentes dentro das suas 
turmas, ao pensar no planejamento das atividades, bem 
como acompanhar as mudanças trazidas pela tecnologia no 
que diz respeito à escrita.
Esperamos ter contribuído com a sua compreensão sobre 
este tema e seguiremos nossos estudos, com foco no ensino 
da Língua Portuguesa em vários aspectos em nossa próxima 
Unidade.
Até lá!
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa 31
Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa32
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aula de língua portuguesa. Campinas: Mercado das Letras, 2012.
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distância. Porto Alegre: Penso, 2013.
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http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/base/o-que. Acesso em: 22 
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Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993.
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PASSARELLI, L. G. Ensino e correção na produção de textos escolares. São 
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detetive: transformando em limões em limonada. In: GUIMARÃES, A. M. de 
M.; KERSCH, D. F. (org.). Caminhos da construção: projetos didáticos de gênero 
na sala de aula de língua portuguesa. Campinas: Mercado das Letras, 2012.
Débora Luiza da Silva
Metodologia de Ensino da 
Língua Portuguesa
	Compreendendo como funciona a escrita
	Como a escrita funciona
	Reconhecendo a prática da produção textual pelas crianças
	Como iniciam as atividades de produção textual na escola
	Importância da ortografia e da pontuação na escrita
	Analisando a produção de textos na escola
	Produção de textos na escola
	Avaliação das produções textuais na escola
	Reconhecendo a interferência da tecnologia no desenvolvimento da escrita
	A tecnologia e as produçõestextuais

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